Amor De Irmãos escrita por Minori Rose


Capítulo 19
Te descobrindo


Notas iniciais do capítulo

Consegui seguir o prazo! *samba* Aqui está um capítulo antecedente ao que vocês tanto querem; e que é melhor que eu faça antes de ser morta kkkkkkkkkkkkEnfim, boa leitura doces da Lele :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367426/chapter/19

Você costumava me cativar

Com a sua luz ressonante

Agora sou limitada pela vida que você deixou para trás

Seu rosto assombra todos os meus sonhos que já foram agradáveis

Sua voz expulsou toda a sanidade em mim

Ponto de vista – Violetta

Samuel parecia para mim uma nova chance; nova vida, novas escolhas, novas pessoas, e por que não um novo amor? Por isso fiz de tudo para sermos ao menos amigos. Fomos para a cerimônia juntos, e mamãe parecia animadíssima com a idéia de que eu pudesse namorar um medico. Eu também, para ser sincera. A inteligência, beleza e experiência do Sr. Doutor me encantavam.

Foi uma formatura como as outras... chapéus, becas, e um ar de despedida bem funéreo e difícil. O jantar foi deliciosamente esplendido, bom e requintado. Agradou até mamãe... Papai finalmente achou um espaço em uma agenda disputadíssima e deu as caras. Foi rude e de poucas palavras com Samuel que pareceu não se importar muito... Adam querendo ou não, Richard e ele tinham pontos fortes em comum. Passamos boa parte do tempo juntos, quando não Agnes estava a perguntar de novo sua a sua profissão.

Saí para ir ao banheiro, entrando no corredor principal quando trombei com Thomas. Confesso que me senti constrangida em vê-lo com Janaina. Eu sabia que estava juntos, e não me enciumei por isso... Sorri. Logo após ele disse que nós três poderíamos nos ver pelo condomínio. “Infelizmente...” Pensei.

– Sabe-se lá até quando, Thomas. Violetta anda tão popular que não vai demorar muito para sair daqui. – Janaina disse com aquela voz irritante.

– Imagine só. Ainda tenho muito á fazer por aqui... Vamos nos embarrar com certeza. – Respondi em um sorriso.

Mal pude perceber alguém se aproximando por trás de mim; na verdade o percebi pelo seu perfume bom mais forte. Olhei para Sam e mexi no cabelo. Segurou-me pelos ombros com seu braço largo, acabei por corar. A megera deu uma “medidinha” nele com os olhos. Encarei-a. Ao mesmo tempo em que percebi os olhares irritadiços que alternavam entre mim e o senhor doutor.

– Não brinque com isso. Não vai me deixar, certo? – ele disse, com a voz mais acentuada que o normal.

Está marcando território, só pode.

– Era isso que eu estava dizendo, Sam. Claro que não. – respondi quase que rindo.

Se ele queria, que assim fosse. O ódio – não comprovado – rodeava o rosto de Thomas; ignorei. Ele não tinha mais esse direito.

– Posso falar com você? – Thomas perguntou rapidamente. – é rápido.

Olhei para Sam, não pedindo permissão e sim dizendo que eu teria de ir. Resolver isso de uma vez por todas.

– Claro. – respondi balançando a cabeça.

Pedi á Samuel que esperasse; ele sequer respondeu, mas mesmo assim fui. Antes mesmo que eu pudesse virar as costas Janaina já estava a puxar assunto com Samuel. Passamos por um grupinho de pessoas, graças a Deus do primeiro ano – Isso arrecadaria comentários – e encostei-me a uma mureta não longe de onde estávamos. Na dobra do corredor.

– A gente não nada se vendo, mas já está saindo com alguém?

– Não estou exatamente saindo com ele, Thomas. E eu gostaria de evitar esse tipo de conversa desnecessária.

Não respondi. Encurte isso...

– Vamos seguir em frente... – disse abraçando-o sem pensar muito. Inalei o cheiro dele, e por uns segundos voltei ao passado. – Sempre me lembrarei de você.



– Ele era seu ex? – Samuel perguntou segurando minhas mãos frias em meio as suas quentes.

Estavamos um pouco afastados dos demais; quase que na entrada do local. Ele olhava para mim de um jeito terno, fazendo com que eu retribuísse.

– Ah, sim... – Eu disse apertando meus dedos dentre os dele – mas somos somente amigos agora.

Sem duvidas Janaína deve ter soltado o verbo; que menina cretina. Samuel sorriu. Fiquei contente por ter sido compreensivo e não perguntando mais... Por dento tentei achar uma pista, que mostrasse que ele tinha alguma interesse em mim fora os toques de nossas mãos. Como se adivinhasse da minha necessidade de iniciativa para mostrar-lhe minhas idéias, aproximou-se de mim. Largou uma de minhas mãos segurando meu rosto em vez desta... Fiquei tensa e por míseros segundos lembrei-me que só havia beijado dois caras em toda a minha vida.

E um deles era o meu irmão. De toda, ou qualquer forma não recuei. Muito menos resisti a ele e seu charme, seu beijo. Encaixou seus lábios nos meus e firmou por alguns segundos... recusou um pouco e senti sua respiração – calma – em minha face. Olhou para mim provavelmente tentando decifrar se deveria continuar. Cruzei os braços em volta de seu pescoço e acabei por ficar nas pontas dos pés para alcançá-lo... Samuel iniciou um beijo lento e audacioso, deslizando sua língua contra a minha em prol suavidade.

Tenho que admitir que mexeu com meu interior; fiquei feliz por isso e triste em depois pensar que ninguém conseguiria ser tão impactante quando Adam fora... Também pudera. Continuei mantendo seu ritmo, até parar para recuperar o fôlego. Olhei para ele e em um puxão carinhoso acolheu-me em seus braços... Não podia ser pior para que eu me derretesse. Naquele momento tomei coragem e perguntei... Sem intenção de receber repostas memoráveis.

– Você sabe que eu terei que viajar daqui á alguns dias... – Concordou, roçando o queixo em meus cabelos – Bem eu... Sei que você é atarefado, mas não teria como ir também?

O sopro de um riso lisonjeiro foi feito; Apertou-me, agora pela cintura.

– Sem duvida. – respondeu antes de beijar-me novamente.



Nos próximos dias foi uma baita correria; insisti para que Agnes ficasse em São Paulo. Seria uma benção se eu pudesse aproveitar a vida mesmo que minimamente sem as regras dela... Pelas minhas contas o tempo que passaria no Rio de Janeiro atravessaria o meu aniversario; Não podia ser melhor... Sem escola, de maior e trabalhando em uma cidade como aquela. – que acabou por perder parcelas de beleza, por motivos próprios.

Sam precisaria de uns dias a mais que eu para acertar as coisas, e me senti muito ruim com a idéia de que talvez só o tenha chamado para tudo isso com o intuito de atingir alguém, se é que se importa. O que não era a minha intenção... Usar Samuel para atingir o idiota que a minha pessoas, sinceramente iria evitar ver. Despedi-me do Sr. Não mais meu psicólogo profissional com um jantar nos Jardins... Nisso descobri mais sobre ele.

Sua origem paranaense e a influencia de sua família naquele estado. Preferiu sair de lá quando tudo o que fazia era associado a seu sobrenome... Acabei por perceber que Samuel era feito basicamente de princípios e valores, e que vivia e os respirava. Orgulhei-me disso. Outro ponto em comum entre os dois.

Ponto de vista – Bernardo

Basicamente, querendo ou não, esse seria o verão mais feliz ou infeliz de minha vida. Não havia como discutir sobre isso, os pontos eram mesmo extremistas... O que se pendurou por anos, o que estava a matando, me sufocando e mobilizando todos os envolvidos iria acabar. The end. O laço seria desfeito, possivelmente pelas minhas mãos, pelo que sairia de minha boca. Isso já estava decidido.

Pousamos na cidade do calor infernal por voltas da uma da tarde; aumentando minha agonia. Violetta ouvia uma banda inglesa de rock – falou disso o tempo todo – em uma altura absurda. Em um ato gentil acabei por carregar sua mochila enquanto a mãe da garota, vinha atrás conversando no celular em tom baixo, como sempre.

Cerca de duas pessoas da equipe andava conosco; estava pensando em quanto tempo fazia que não visitava uma praia ao passo em que estávamos á atravessar as portas automáticas do aeroporto. Peguei o celular, vendo c chamada perdida de Irene quando em um pulo, antes que virássemos a dobra Violetta jogasse os fones para trás e agarrase sua própria mochila em minhas costas.

– Filho! – A mãe loira oxigenada disse acenando para um cara.

Vi o rosto de Violetta enrubescer. É como se acontecesse ali uma espécie de juízo final... Ali estava Jesus, mas talvez ele não te chamasse. Vi o brilho e opacidade brigarem por espaço naqueles olhos verdes tão semelhantes aos meus... Droga, não fazia idéia do que acontecia.

O cara olhou para ela de um jeito que eu não pude compreender muito bem; Violetta virou o rosto e me encarou. “Me tira daqui” sussurrou, rapidamente ainda apertando o meu braço. Admito que me assustei; aquela voz, aqueles olhos e insanidade não eram dela, não era ela. Assim como no outro dia, passaram de gelo ao choro. A única coisa da qual tenho certeza foi que eu não sabia de nada. Sobre ela, sobre ele, sobre mim e sobre os Barizon.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenha sido do agrado de vocês... Até mais, e obrigada por ler! Beijos :3 ♥