Best Friend's Brother escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 11
Um esclarecimento de histórias.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi leitoras, como estão?
Eu demorei este tempo para postar por causa de algumas coisas que estão acontecendo na minha vida pessoal, mas aqui tem outro capítulo novinho em folha!
E novidades : faltam poucos dias para as minhas férias, isto é sinal de capítulo atrás de capítulo todo o tempo! Então para realmente dar certo, eu vou precisar da ajuda de vcs --> Mandem reviews!!!


Boa Leitura.



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POV Jade.

Dois minutos. Eram dois minutos até o sinal tocar.

Eu estava batendo discretamente o meu pé no chão, ansiosa para finalmente sair do lado de Sr. Oliver e fugir de seus olhares e sorrisos.

Havíamos combinado, mesmo que seja loucamente, esconder este ‘tal namoro’. Ele disse que era o nosso plano... E não se passou nem um dia com o acordo feito e ele faz toda esta burrada desnecessária na frente da classe?

Quando nos sentamos Sikowtiz continuou dando aula, e mesmo com a vontade de pegar minha bolsa e apenas sair da sala, decidi ficar e esperar pelo sinal. Sentada ao lado daquele idiota... Ah! Não queria que a turma percebesse que eu havia ficado alterada por ele.

Não o olhei, não fiz contato (nem contato secreto) e me fingi de múmia durante toda a classe, o bom foi que ele parou de insistir em pegar a minha mão ou fazer qualquer outra coisa apropriada para um casal secreto no meio do público.

Finalmente. A campainha!

Levantei-me numa pressa e peguei minha bolsa, fui a primeira a sair pela porta e apenas ouvi a voz da Tori por cima do barulho que os alunos começaram a fazer.

- Jade? Onde é que está indo?

Revirei os olhos e observei ao redor. As pessoas estavam cada vez mais sem vida e sem graça. Lembrei-me do que Beck havia feito... Ele poderia estar me enganando este tempo todo!

Ele estaria fazendo o que o Ryan fez comigo um tempo atrás. Ele me prometeu com todo o coração que faria aquilo, só que por fim, ele riu na minha cara dizendo que eu fui boba o suficiente para acreditar. Ele só se aproveitou.

Beck poderia estar só se aproveitando também!

- Eu também não quero uma namorada. Eu vou embora daqui a três meses.

- Eu preciso tanto de você...

- Ah tá, eu te entendo. Deve ser porque não está pronta para fazer isto ainda.

Quem em sã consciência pode querer namorar comigo mesmo? Quem pode me amar? QUEM não quer apenas se aproveitar de mim?

Entrei no armário do zelador por precaução, senti as lágrimas quentes vindo. Qual era o meu problema afinal? Por que eu havia ficado tão feliz quando ele me pediu em namoro?

Sentei no chão provavelmente sujo e olhei ao redor. Tudo estava escuro e eu só ouvia as vozes dos alunos no lado de fora.

Eu disse a ele que não queria uma pega. Ele só fez mentir para me enrolar e conseguir o que queria de mim. E o que prova isto foi naquele exercício estúpido de atuação, onde o Sr. Adorável fez de tudo para deixar bem claro o ‘nosso amor’ na frente de toda a sala, quando ele já me viu agoniada para isto não acontecer.

Tori estava certa. Eu sempre acabo chorando. Nunca ninguém vai me amar e eu tenho que botar isto na cabeça.

Beck não quer nada comigo.

A porta foi aberta com força e eu quase pulei de susto.

- Ainda bem, Tori me disse que você estaria aqui! – Ouvi a voz dele e abaixei minha cabeça. Este mentiroso não poderia ver minhas lágrimas.

Tentei recompor pelo menos minha voz. – Saia daqui. - Disse fria o suficiente para assustar meio mundo.

Beck apenas entrou no armário e fechou a porta atrás de si sentando-se ao meu lado. Estava escuro e eu só conseguia notar que ele estava sorrindo. Provavelmente ainda não sabia que eu estava chorando.

- Saia daqui. – Exigi outra vez.

- Qual é o seu problema? – Ele perguntou com a voz pacífica. – Foi o Improviso Alfabético? Eu só queria aproveitar.

“Eu só queria aproveitar”

“Eu só queria aproveitar”

“Eu só queria aproveitar”

“Eu só queria aproveitar”

É Beck, eu percebi!

- Eu não quero conversar com você.

- Jaaadeee... – Ele resmungou. – Foi uma brincadeira. Afinal quem pode desconfiar? Estávamos atuando.

Ouvimos o sinal tocando outra vez e o barulho dos alunos do corredor finalmente havia cessado. Ficamos em silêncio por um ou dos minutos depois disso.

- Sim, estávamos atuando Beck! Mas todo mundo sabe que nenhum menino faria isto comigo, mesmo na simples e pura atuação! Eu tenho certeza que um monte de boatos sobre a gente vai sair daquelas paredes e ir direto para a boca de todo mundo!

- Jade... É tão ruim assim ser minha namorada? – Ele perguntou com um sorriso bobão, mas pela sua voz eu sabia que o assunto era sério. – Eu sou feio ou algo do tipo...?

Aquilo fez o meu coração derreter. Mas eu não poderia admitir isto.

- Não... Beck... Ah, é que eu só não quero ter um namorado.

- Por isto que estamos nessa de um namoro escondido. – Ele sorriu como se tudo fosse muito fácil.

- Não existe qualquer namoro escondido, Oliver. – Fui fria e ele chegou mais perto.

- Como assim?

- Você está me enganando com esta história. Beck, você simplesmente quer me pegar e voltar para sua vida antiga como se nada tivesse acontecido em Los Angeles. E eu não quero isto, eu tenho uma imagem e ser for possível acreditar eu também tenho um coração para zelar.

Ele ficou em silêncio por outro par de minutos que estavam me fazendo louca. Eu daria de tudo para imaginar o que ele estava pensando naquele momento.

- Eu tenho que ser sincero. – Ele logo começou e isto fez meu coração parar por alguns segundos. – Desde que eu te vi pela primeira vez, senti uma atração por você. E isto é claro, pois você é a garota mais linda do mundo. – Ele me olhou outra vez e eu tentei esconder meu sorriso. Idiota... - E a cada dia que eu lhe conhecia mais, ou a cada pergunta que eu fazia a Tori sobre você... Eu só conseguia me sentir mais atraído e apaixonado por ti. Ter proposto um namoro escondido foi pelo simples fato de que você estava disposta a ficar comigo em segredo e eu não conseguia tirar você de minha cabeça, eu espero que essa decisão esteja deixando você feliz tanto quanto eu. – Beck sorriu outra vez. – E quero que saiba que estou orando todos os dias para que de alguma forma eu não volte para o Canadá tão cedo. Eu não quero me separar de você, Jade West.  

Agora estava claro para mim que se eu olhasse para ele por muito tempo, todos os meus argumentos iriam esvaecer e eu ficaria perdida em seu olhar. Então tentei fitar o chão o tempo inteiro. – Eu ainda não sei se ficarmos juntos durante este tempo terá algum benefício.

- Pense nos riscos que nós podemos cometer, mas também pense em quanto eu poderei te fazer feliz... Mesmo que infelizmente, isto não dure para sempre.  Jade você é simplesmente incrível, não entende? Eu nunca vi ou conheci uma menina como você, e eu estou tão apaixonado que prefiro viver aqui do que voltar para minha casa.

Aquilo me tocou de certa forma. Eu não havia dado chance a possibilidade de que Beck realmente estaria apaixonado por mim.

- Beck, presta atenção no que você está dizendo. Olhe para mim, eu sou estranha e assustadora...  E rude, malvada, cruel e todos que me conhecem me evitam. Exceto Cat, porque ela é ela, e a Tori.

A Tori.

Desde que ela me conheceu viveu ao meu lado. Ela não desgrudava mais de mim e nossa amizade se tornou tão duradoura a ponto de sermos irmãs. É brega dizer isto, mas é a verdade e como sempre a verdade precisa ser dita. E, além disto, a verdade tinha outro ponto:

“ Beck e Tori eram tão idênticos que poderiam ser realmente irmãos de sangue, ou até gêmeos. ”

Poderia ser esta a explicação de tudo. Eles eram tão parecidos fisicamente como no gosto. Poderia ser que da mesma maneira em que Tori havia gostado de mim, Beck também gostou.

- Jade, eu estou acostumado a sair com muitas garotas lindas... – Era uma indireta de que eu era feia? - E elas sempre parecem divertidas quando nos conhecemos, só que quando nosso namoro começa elas mudam e ficam chatas, repetitivas, cansativas. Você é exatamente ao contrário, você tem uma personalidade diferente, atrativa, e eu aposto que isto não vai mudar por causa de mim.

Eu fiquei em silêncio. O fitando.

Pensei que Beck seria como outros, mas nenhum outro cara disse algo para mim assim.

- Eu estou disposto a fazer de tudo para o nosso relacionamento durar. E se o que eu fiz não foi algo muito inteligente, me desculpa. Eu prometo não fazer isto novamente, eu só achei que era algo inocente.

- Por quê? – Perguntei com raiva.

Ele sorriu. – Olhe só para você, Jade. Pensei que gostava de arriscar e como você queria um ‘casal de brincadeira’ e ainda por cima escondido de todo mundo, seria legal um beijo em público, mas que ninguém percebesse algo por trás dele.

Beck ainda não sabe o efeito que ele tem sobre mim, não é? Aquele idiota nem imagina que se por acaso eu o beijasse não conseguiria parar ou então quebraria o beijo com um sorriso estupidamente enorme! E além do mais, todo mundo iria ficar curioso para saber o motivo do garoto quente Beck Oliver gostar tanto assim de uma rebelde malvada.

- Então você gosta de arriscar, Beck? Pense bem, pode acontecer qualquer coisa. – Eu tentei ser forte.

- Qualquer coisa do gênero de se descontrolar por mim e querer me beijar na frente do mundo, mesmo quando não estamos agindo? – Ele perguntou brincalhão e eu tive que rir. O dei um murro no ombro. – De qualquer forma me desculpa por ter feito aquilo, eu só não consegui me controlar. Você tem toda a razão para estar com raiva de mim...

Ele se levantou e me puxou para fazer o mesmo. – Eu só não consigo ficar longe de você, mas prometo que não vou fazer isto de novo, tudo bem?

Foi naquele momento que eu tive outra ideia... Ou melhor, dizendo: outra vingança. Sei que parece loucura como Tori disse, mas dessa vez ela não iria nem sonhar com isto. Muito menos Beck. Assim como o nosso ‘namoro’ era algo meio que inexistente, eu iria dar uma vingança a Beck Oliver meio que inexistente.

- Está tudo bem. – Eu murmurei maliciosamente. Vi o brilho do sorriso dele e Beck apenas se inclinou para me beijar.

O beijo de começo foi calmo, mas eu fiz questão de aprofundar. Talvez fossemos continuar o que havíamos começado naquele provador de roupa, pois eu já estava imprensada na parede com um Beck sem fôlego em cima de mim. Aproveitando que ele havia me levantando um pouco do chão, passei uma perna ao redor dele. Comecei a mexer meu quadril em cima do dele no mesmo ritmo que o nosso beijo. O que me fez ouvir gemidos baixos do fundo de sua garganta.

Ele disse que pensava que eu gostasse de arriscar. O problema é que eu realmente gosto.

E enquanto o que nos estávamos fazendo estava ficando cada vez mais quente, eu decidi parar antes que perdesse a cabeça e estragasse o meu novo plano. Empurrei Beck para longe com um sorriso no rosto.

- O que? – Ele murmurou.

– Não vamos fazer nada aqui. – Arrumei minha roupa e o meu cabelo, peguei a minha bolsa no chão e fui andando para a porta. Beck continuou me fitando incrédulo.

- Por que não?

- Porque é o armário do zelador! – Respondi sendo a coisa mais óbvia do mundo.

- M-Mas se você desde sempre não queria fazer isto... Por que me deixou assim? – Ele perguntou apontando para as calças. Eu apenas ri e me virei de costas, indo para porta e antes de sair o mandando um beijinho pelo ar.

Ouvi sua voz ressoar lá de dentro enquanto eu caminhava pelos corredores vazios.

- É a sua vingança!

Sorri. Era apenas parte da minha vingança.

POV Beck.

Jade era inacreditável. E este era um dos motivos de eu a amar tanto assim, não há outro sentimento para comparar: é amor. Só pode ser amor. E desde que começamos essa coisa de namoro escondido, para mim foi ao mesmo tempo um alívio e dor no coração. Alívio porque finalmente eu poderia considerar a West como minha namorada. E dor porque eu estaria partindo de LA para voltar ao Canadá e terminar o semestre.

Eu não queria ficar longe dela nem um minuto desde que a vi. Talvez se saísse daqui não suportaria a saudades. Eu realmente quero a levar comigo, ou ficar aqui para sempre. Eu queria passar um braço ao redor da cintura dela e beijá-la na frente de todos para verem que ela é minha. E mesmo que Jade seja tão perfeita e eu achando que não a mereço, seria bom aproveitar todos os segundos ao lado dela.

Foi com este pensamento que fui em direção a minha Jade. Avistei-a subindo as escadas e provavelmente estava indo para a classe, corri atrás dela a tempo de alcança-la antes de perdê-la de vista.

- Jade – Chamei-a sem fôlego e ela se virou para mim, confusa.

- O que você quer? – Foi fria como o habitual. Era outra coisa que eu amava nela, pois já estava acostumado com garotas incrivelmente doces.

Eu peguei a mão dela. – Eu quero sair com você.

Ela me olhou estranhamente.

Estávamos no estacionamento de Hollywood Arts e Jade entrou em meu carro.

- Caramba é o seu carro? Ele é incrível! – Ela disse maravilhada enquanto olhava ao redor e mexia na bonequinha de hula-hula que estava no painel.

- Obrigado. – Sorri orgulhoso de mim mesmo.

- Para onde vamos? – Jade perguntou quando eu estava saindo da escola. – Você sabe que irão perceber que nos dois fugimos da escola e ligarão para os nossos pais, não sabe?

- Eles vão fazer isto? – Perguntei enquanto ainda dirigia e tentava manter minha atenção na estrada. Na minha antiga escola não tinha nada disso.

- Sim. Mas eu tenho uma ideia... – Jade sorriu cruelmente. – Me empreste o seu celular.

- Por quê? – Perguntei confuso enquanto o tirava do bolso com uma mão.

- Porque a Helen já conhece o meu número. – Ela murmurou entristecida e discou alguns números. Jade tampou o nariz e fez uma voz estranha. – Alô? Oi? É a direção de Hollywood Arts? Com quem eu falo? Ah sim, Helen... Meu netinho o Beckett Oliver, é um aluno novo. Ele saiu no quarto horário e veio para casa porque a sua mãe está doente, eu só queria notificar a escola. Então tá certo? Sim, sim. Eu digo que desejas melhoras. Até logo.

E então ela desligou e me fitou com um sorriso. E pela sua cara eu tinha certeza que estava a olhando com uma expressão incrédula. Jade começou a rir.

- Você fez realmente isto? – Perguntei ainda descrente. Ter feito aquilo foi ridículo, mas Jade atua muito bem e eu quase me convenci de que realmente era a minha avó.

Ela só continuou a rir e tirou seu celular do bolso de trás da calça. – Ok, agora é a sua vez.

- M-Minha vez? – Murmurei.

- É. – Ela deu de ombros e me disse o número. – Liga e finja que é o meu tio e disse que estava me levando para o hospital para visitar... Hm... Minha nova priminha tão adorada que nasceu horas atrás.

- Sério?

- Sim, faz isto.

Eu peguei seu celular e disquei, enquanto dirigia com apenas uma mão.

- A Direção de Hollywood Arts de Los Angeles no momento. Aqui quem fala é o coordenador geral, Lane- Eu o interrompi com uma voz grossa e séria.

- Sim, sim. Aqui é o tio da aluna Jadelyn August West. E eu estou notificando a escola de que eu a busquei no terceiro horário para levá-la ao hospital, é que a minha esposa deu a luz algumas horas atrás e toda a família está vindo para celebrar a chegada de um novo membro da família. Claro, os pais dela já estão notificados. Eu aviso para ela. Tudo bem, muito obrigado pelo atendimento. Até mais.

Eu desliguei o celular dela meio nervoso. Pelo menos tudo tinha dado bem. Jade ficou me fitando sorrindo.

- No final pareceu até que você conversava com um telefonista de operadora. – Ela continuou sorrindo. – Mas foi até bom, eles vão acreditar com toda a certeza. Agora titio, me diz para onde estamos indo?

- Para um lugar muito especial, vovó.


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Notas finais do capítulo

O que pensam disto?
Mandem seus reviews e como havia falado lá em cima; isto vai me ajudar com as capítulos das fanfics.
E as outras histórias de minha autoria serão logo atualizadas, certo?
Até mais ♥



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