Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 47
17 - Os Generais


Notas iniciais do capítulo

Aí , deu acesso na fic em , leiam ela gente, to voltando a escrever mesmo, talvez até reescreva a primeira temporada...

leitura!



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17 – Os Generais

 

Luta após luta a vida do Acampamento estava esvaindo aos poucos.

Agora ali estava idêntico a um campo de batalha. Trincheiras circundavam desde a praia até a floresta. Postos avançados foram montados nas árvores. Todos patrulhavam em grupos. Usavam armaduras dia e noite, até dormiam com elas.

Os ataques eram iminentes e frequentes. Legiões e hordas de monstros, harpias, lobos selvagens, cães infernais. Além dos ciclopes, lestrigões, mortos-vivos e todo tipo de criatura maligna.

E eles ainda eram liderados por um titã até então desconhecido.

Céos.

O titã da inteligência, que comandava as suas tropas de monstros tão bem que pareciam soldados treinados. Tão frio e calculista que não se importava em sacrificar monstros ou semideuses para conseguir vencer as investidas dos semideuses do Acampamento. Ele era páreo até mesmo para Atena. 

Seria uma batalha injusta se os meio-sangues não estivessem recebendo ajuda divina constantemente. Bençãos, armas, e até mesmo a presença deles.

Apolo, Ártemis, que havia chegado ao Acampamento junto de suas caçadoras desde a última visita de Tártaro.

Além dos gêmeos, Atena e Poseidon também defendiam o Acampamento.

Todos desobedeciam as ordens de Zeus. O rei dos Olimpianos havia pedido não interferência, mesmo com tudo que estava acontecendo, as Leis Antigas, ainda pareciam ter importância para o senhor dos céus.

Atena achava isso ridículo, assim como Poseidon. Logo que os dois deixaram o Olimpo para defender os meio-sangues, Apolo e Ártemis fizeram o mesmo. Graças a eles o Acampamento ainda estava de pé. Davam esperança aos semideuses.

Apolo sempre estava nos postos avançados. Assim como Ártemis e suas Caçadoras.

O deus do sol havia treinado os meio-sangues tão bem que podiam acertar os alvos a 100m de distância. Antes mesmo de soarem as cornetas dos campistas batedores.

As Caçadoras até agora não haviam sofrido muitos ferimentos, nenhuma delas ocupava a enfermaria, que estava lotada.

Naquela manhã chuvosa os meio-sangues estavam reunidos na tenda de guerra montada próximo ao refeitório.

Atena estava de pé debruçada sobre uma enorme mesa rabiscando algo com um compasso. Vez ou outra movia estátuas de semideuses e monstros no enorme mapa do acampamento que cobria toda a mesa.

—Eles estão nos atacando pelo leste, oeste e nordeste. Estou quase chegando a um padrão, Céos é inteligente, mas também sou.

Atena sorria vitoriosa. A deusa vestia uma armadura de bronze celestial e prata, usando uma túnica branca por cima. Os olhos cinzas tempestuosos brilhavam intensamente, algumas rugas de expressão e olheiras, mas determinados.

—Ele está atacando sempre pela manhã, sempre um mesmo número de inimigos, todos lutando em formação.

Os meio-sangues estavam tão acostumados à presença dos deuses que nem se espantavam com Atena os liderando.

As táticas de batalha foram discutidas por um breve tempo. Até que o som da corneta soou ao longe na floresta.

Os semideuses se saíram as pressas da tenda e correram em formação até a orla da floresta. Armas em mãos. Formação de falange. Escudos e lanças em mãos.

O que veio da floresta não produziu som. E não eram muitos inimigos.

O que surgiu fez o ar ficar pesado, e as nuvens quase negras.

Uma biga das trevas saiu da floresta, derrubando as poucas árvores restantes e um dos postos avançados. Ela era inteiramente negra, parecia ser feita de pura névoa negra, bruxuleava com o vento e sua forma se desfazia e refazia novamente.

O quinteto de pé em cima dela foi o que chamou atenção.

Tártaro puxou as cordas e a biga deslizou no solo árido até parar de lado. Frente aos meio-sangues.

O deus do abismo foi o primeiro a descer.

As outras três figuras desceram em seguida e se prostraram a seu lado. Os meio-sangues reconheceram apenas Céos, que aparecia as vezes controlando as legiões de Tártaro.

Havia um homem e uma mulher misteriosos.

Cada um totalmente diferente do outro.

O homem era escuro como a noite, quase tão escuro quanto Tártaro. Usava uma armadura de ferro estígio e tinha a cabeça raspada. Os olhos eram brancos como a lua.

A mulher era o oposto. Sua pele era clara como o dia. Os cabelos brancos estavam trançados nas costas e uma coroa de lírios brancos circundava a testa. Não usava armadura, apenas uma túnica branca que cobria até seus pés.

Céos continuava como sempre. Armadura de bronze, cabelos brancos cortados em estilo militar. Não era muito diferente de um senhor de idade, não fosse pelos olhos, amarelos como os raios solares.

—Meio-Sangues!

Tártaro deu uns passos a frente. A falange dos semideuses recuou nervosa. Alguns caíram no chão e se levantaram aturdidos.

O deus ria com escárnio.

Houve movimento por entre a falange e os Olimpianos se postaram logo a frente dos meio-sangues.

—Saia daqui monstro, antes que eu o destrua – Atena brandiu uma espada e a colocou sobre o pescoço do deus.

Tártaro apenas riu com gosto. Ele se divertia com a expressão de ódio da deusa da sabedoria.

—Atena, não é? – ele olhou para Céos e este assentiu com a cabeça.

Tártaro afastou a espada com um toque de seus dedos e andou em volta da deusa, circulando-a e analisando-a.

—Não sei muito sobre vocês Olimpianos – seu sorriso havia se transformado numa expressão de dúvida – Céos?

—Meu senhor, Atena, filha do Olimpiano Zeus, deusa da sabedoria, da guerra e da justiça.

—Ah! – ele cuspiu a palavra – Quem o deu este posto de deusa da guerra? – inflou o peito em ódio e sem nem encostar na deusa, ela foi jogada para trás com um vento forte e arrebatador.

Poseidon a segurou.

—Esses Olimpianos – disse com nojo – Tomam postos e se intitulam senhores de forças que não compreendem.

“Esses títulos valem muito mais que vocês, lixo divino. Os matarei e concederei tais títulos a quem os realmente mereça, quando tiver o poder necessário para ressucitar meus aliados.”

Os Olimpianos ficaram apreensivos. Ele havia revelado um plano então. Reviver aliados. Isso ajudaria os semideuses a terem um objetivo.

—Mas hoje eu não vim aqui para lutar, não trouxe minhas forças, nem pretendo trazê-las.

“Quero que conheçam meus generais, recém retornados dos mortos. Céos, vocês já o conhecem. O titã da inteligência. Érebo, o primordial da escuridão. E Hemera, a primordial da luz, a verdadeira senhora do sol.”

Os generais sorriram vitoriosos.

—E mais uma coisa.

“Estou aqui para propor uma saída, uma escolha de liberdade. Os meio-sangues, deuses e criaturas mágias que quiserem se juntar a meu exército são bem-vindos. Os pouparei quando ganharmos a guerra, e serão nossos súditos leais.”

Todos cochicharam entre si. Os deuses se manteram parados e firmes. A troca de olhares de ódio entre eles e os generais era de arrepiar.

O vento frio era a única coisa que produzia som.

—Ninguém? – Tártaro fechou a cara.

Mas o barulho de espadas e escudos caindo no chão foi inconfundível.

Parte da falange havia se rendido. Tártaro sorriu malignamente. Os olhos vermelhos brilhando.

Mais de 50 campistas, sátiros, ninfas, andaram na direção de Tártaro.

—Ah, quase me desapontaram, confesso que esparava mais – Ele bateu palmas – Mas já está bom.

“Reneguem seus deuses, aceitem a mim como seu senhor e tenham a liberdade.”

Todos os traidores fizeram uma reverência exagerada e se postaram atrás dos generais.

—Vocês – ele apontou para os deuses e a falange – Boa sorte, irão precisar.

E Tártaro desapareceu num vendaval. Os generais e os traidores junto com ele.


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Notas finais do capítulo

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