Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 46
16 - No Encalço da Morte


Notas iniciais do capítulo

Nu... 8 meses sem postar , mas voltei a escrever, entao se alguem ainda se interessa pela fic... leia de novo se quiser... pq nem eu lembro como era kkk tive q ler de novo...

boa leitura...



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16 - No encalço da morte 

 

Percy estava tendo dificuldade de manter Gryphion no ar. O grifo já estava voando a quase 16 horas sem parar. Isso por dois motivos.

O Primeiro.

Porque assim que eles deixaram Sault St. Marie , todos os monstros marinhos pareciam ter acordado e começado a segui-los. A água não era segura para um filho de Poseidon. Irônico , não?

Segundo.

Percy não conseguia se comunicar com os tais monstros. Eles também não eram parecidos com nada que o garoto já vira em livros de história grega no acampamento. Eram disformes demais , gosmentos demais , estranhos demais.

Hora ou outra Percy conseguia descer por tempo suficiente até a água e matar algum monstro. Mas eles eram numerosos , serpentes estranhas , polvos com o dobro de ventosas , lulas gigantes e cavalos-marinhos das trevas.

O garoto voava em Gryphion quando tentou novamente mergulhar no lago. Ele tampou Contracorrente e fechou os olhos.Deixou que o corpo escorregasse pela lateral do grifo. Ele desceu de cabeça como um missil em direção à água.

Sua cabeça furou as águas do lago e ele abriu os olhos. O garoto enviou pensamentos em tom de ameaça aos monstros marinhos que o perseguiam. Destampou Contracorrente e a girou na água , a pressão da água sequer fez efeito , ele a brandiu como se estivesse em terra firme.

Os monstros não pararam. Eles investiram , um a um contra o garoto.

Ele suspirou e deixou que viessem.

Um a um , estavam sendo reduzidos à pó. Ele sequer se movia. Apenas rodava , girava e brandia sua espada. Decepava tentáculos de polvos , perfurava cabeças e cortava alguns membros estranhos. Ele estava exterminando a todos quando uma corrente o jogou uns metros para trás.

Percy olhou em volta , as águas escuras o impediam de ver muita coisa. Ele só via o pó dourado misturado com a água. O pó estava se comportando estranhamente. De repente ele estava se juntando , e algo estava se materializando. Aquilo tomara a forma de um homem , e a cor dourada estava escurecendo , para cinza , e então , preto.

A voz a seguir fez as águas recuarem e criarem correntezas.

—Perseu Jackson – Tártaro riu.

O coração de Percy parou. A imagem negra do deus primordial estava à sua frente. Os dentes à mostra sugeriam um sorriso sinistro. Por uma fração de segundo ele se desviou da lâmina de anemoi thuellai. Ele brandiu Contracorrente e as lâminas se

chocaram. Percy não sentiu medo, apenas apreensão.

Tártaro ria sarcasticamente do garoto , como se ele fosse um gatinho mostrando as garras. Divertia-se com a inútil investida de Percy.

—Então, você não estava morto, truque sujo meu rapaz – Tártaro tentou soar indiferente, mas um quê de insatisfação pôde ser notado.

—Vejo que isso o chateia, meu rapaz— Percy zombou – Se é que você de fato é um.

O deus riu. O som estremeceu nas águas e afastou os peixes e animais marinhos próximos.

—Confesso que fiquei desapontado, sim – Tártaro o analisou, os olhos vermelhos deram calafrios na nuca do garoto, como se um vento frio o atingisse pelas costas.

Então seu inimigo brandiu a lâmina negra e desarmou Percy, que estava distraído demais para reagir.

Ele investiu a lâmina contra o peito de Percy. Mas algo o impediu.

Aquilo totalmente era fora do comum. O mastim negro surgiu das águas negras e se lançou sobre Tártaro como se ele fosse um dos bonecos gregos do Acampamento. O deus não teve reação. Percy suspirou e relaxou ao ver a inconfundível cara de cachorro “pidão” da Srª O’leary.

—Garota! – ele exclamou – Temos que ir rápido.

Percy ordenou as correntes e o repuxo na barriga o fez subir rápido em direção à superfície.

A Srª O’leary havia desaparecido nas sombras.

Quando o garoto apontou na água Gryphion fincou as garras na camisa do garoto e ele saiu voando dali. Pôde ouvir o urro de Tártaro ecoar das profundezas.

Ele voou nas garras do grifo por alguns metros , mas a ave bambeava para os lados em exaustão , e logo quando avistou a primeira faixa de terra eles pousaram rolando e capotando. Percy rolou e descreveu cambalhotas antes de parar totalmente.

Ele respirava com dificuldade. O coração estava tão disparado quanto seus pensamentos. Tártaro , Srª O’leary , era demais para ele. O brilho da lua projetava sombras bruxuleantes na ilha. Ele não havia visto muito , mas o pouso fora perto da borda. Gryphion estava deitado imóvel a poucos centímetros do penhasco.

Ás suas costas ele via a margem de uma floresta densa. Se levantou e andou cambaleando até o grifo caído. Ele colocou os dedos sob seu pescoço. O animal respirava cansado. Dormindo.

Então Percy se virou para a floresta. Apenas o brilho da lua iluminava o lugar , e o único som era o cantarolar de pássaros e latidos distantes.

Ele destampou Contracorrente e o brilho da lâmina mostrou seu rosto cansado, os olhos fundos, mas o mesmo olhar selvagem. Suas roupas estavam rasgadas em alguns pontos, os cortes no rosto e a terra em seus braços o faziam parecer um soldado vietnamita.

Percy esticou os músculos e a brisa marinha o fez bater os dentes. E ele se pos a caminhar em direção às árvores escuras.

Seu corpo doía e o brilho da lua mostrava suas expressões animalescas. O garoto se movia silenciosamente por entre as árvores escuras, que produziam sombras bruxuleantes a seu redor.

Os uivos distantes e sons de pássaros eram o único som, além dos seus passos ecoando pela floresta.

Os mesmos olhos vermelhos das florestas do Acampamento o observavam na mata sombria, porém esses eram mais amedrontantes, do tipo que fariam os semideuses de lá saírem correndo, mas não ele. Percy espreitou os olhos e apertou o cabo de sua espada.

O ataque era eminente. Num segundo foi uma chuva de flechas douradas. Ele pulou para trás de uma árvore, mas as flechas estavam vindo de todas as direções. Ele se desviou como pôde e partiu algumas com Contracorrente.

Não haviam inimigos à vista. Seu coração estava disparado.

Um dos projéteis havia se alojado em seu braço. Pelo brilho de Contracorrente ele pôde ver o que realmente era. Uma pena dourada. Pássaros de Estinfália.

Ele estreitou os olhos e se escondeu atrás de uma das árvores. Arrancou violentamente a pena. Respirou fundo e fechou os olhos, aguçando os ouvidos, todos os sentidos de seu corpo. Pôde ouvir o sibilar do gelado vento e os pios de centenas de pássaros. Ele transformou sua espada novamente em caneta e a guardou.

Deixou que seus poderes fluíssem atráves de seu corpo.

Instintivamente suas mãos foram para o arco atravessado em suas costas. E então ele respondeu o fogo incessante de penas douradas com uma saraiva de flechas eletrizantes atrás da outra. Os olhos ainda estavam fechados. Percy podia sentir os pássaros sendo acertados por suas flechas. Podia sentir suas carcaças de metal caindo no chão da floresta.

Com poucos minutos ele já não ouvia nenhum pio de ave alguma. E então novamente pôs o arco nas costas.

Ao abrir os olhos ele se surpreendeu. Sempre que usava esses novos dons de “escolhido” parecia entrar num frenesi. Todas as flechas que ele havia disparado estavam alojadas em pássaros mortos. Nenhum erro. Nenhuma árvore atingida.

Sorriu vitorioso.

Percy correu de volta para seu grifo.

Gryphion ainda estava estático no chão. O garoto logo tratou de cortar alguns galhos de árvores e um pouco de grama seca. Felizmente no treinamento de Perseu estava incluído passar duas semanas numa floresta em Michigan apenas com uma faca cega e um cantil.

Não foi problema fazer fogo com duas pedrinhas que ele havia escolhido aleatoriamente no chão.

A pequena fogueira que ele havia montado perto de Gryphion o fazia se lembrar da fogueira do Acampamento. A diferença era que brilho dourado projetado pelo fogo não mostrava um adolescente de expressão divertida e inocente, mas um soldado, um soldado perfeito. Perseu havia conseguido então. A profecia estava acertando.

Depois de algum tempo de “patrulha” Percy foi vencido pela exaustão.

Seu corpo vagou pela imensidão de sonhos. Todos ruins. Em uns Annabeth morrendo, em outros o Empire State em ruínas. Sempre esses.

***

Logo que o sol despontou no horizonte o garoto se levantou abruptamente. Ele ergueu o tronco e olhou para o horizonte. O que viu o chocou.

Vacilante entre o dourado brilho solar e o azul do mar ele pôde vislumbrar um terceiro brilho. Um verde esmeralda. E além dele a forma bruxuleante de um palácio grego.


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Notas finais do capítulo

nao se esqueça daquele comentario, e se gostou favorite,



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