Mogadorianos infectados começam a invadir o prédio, Setrakus tenta impedir a passagem deles, porém não é o bastante. Estella arremessa pedras com sua telecinese, acho estranho o fato dela não usar sua arma em uma situação como essas. Tento eliminar o máximo de mogadorianos que estão tentando invadir, graças ao pente estendido posso matar cerca de 25 mogs a cada recarga. Setrakus luta com sua espada, seus reflexos são impecáveis e sua habilidade é surpreendente, ele transforma o exército de mogs em uma nuvem de cinzas em questão de segundos.

Enfim vejo uma passagem livre, estreita, porém é o bastante para que possamos escapar.

–Estella! Setrakus! Por aqui!

Ambos vem em minha direção, com eles, um exército em fúria prontos para nos matar. Enquanto Setrakus e Estella correm, elimino cerca de 13 mogs que se aproximam pelas laterais. Assim que conseguimos nos reagrupar em frente a passagem, Estella passa primeiro, logo em seguida Setrakus, por ultimo eu consigo passar antes que um deles me atingisse com uma adaga.

–Temos algum plano? -Pergunto a Setrakus.

–Na verdade temos. Há um centro de refugiados em algum lugar ao norte do planeta, estava pensando em ir para lá, mas infelizmente não conseguiremos passar por tantos soldados...

–Podemos usar a nave. -Estella sugere.

Ouvimos uma explosão, então, a entrada pela qual passamos foi destruída. Corremos para uma porta, por sorte, estávamos no lado de fora do prédio.

–Vamos para a plataforma! -Setrakus afirma- Podemos pensar em algo melhor quando estivermos na sua nave.

Corremos na direção da plataforma. Conseguimos despistar o exército de infectados que nos perseguia. Quando entramos no Hall algo estava diferente. A estátua da criatura tinha sumido.

–Esperem! -Setrakus afirma.- Tem algo errado...

Ficamos em silêncio, até enfim ouvirmos uma leve respiração vinda de uma porta grande a esquerda do Hall.

–Atravessem o Hall em silêncio, não queremos que seja lá o que for apareça.

Andamos devagar até a porta da plataforma principal. Setrakus parava para vigiar a porta a cada 10 metros, ele sabia o que estava atrás da porta, ele só não queria dizer.

Assim que saímos do Hall, Setrakus parece mais calmo, porém continua vigiando a porta pela qual passamos.

Enfim chegamos à plataforma onde estava a nave, mas para nossa sorte ouvimos mais uma explosão, seguido de um rugido grave e grotesco. Setrakus olha para trás e grita:

–Para a nave!

Corremos para a nave. Sem nos importar com o que estava atrás de nós, Estella levitava objetos ao longo do caminho e os atirava para trás como se estivesse desesperada.

Assim que entramos na nave, Estella assume os controles e em questão de segundos partimos sem rumo para o norte de Mogadore.

–E agora? -Pergunto a Setrakus.

–Vamos encontrar o centro de refugiados, espero que Lex, o cientista que desenvolveu o vírus, ainda esteja bem.

Então voamos sem rumo para o norte, com uma única esperança de encontrar sobreviventes.