Ele o jogador do time de futebol da escola, popular, odiado pela maioria dos meninos (quando digo a maioria digo os que não têm a metade da beleza e talento que infelizmente ele tem) e amado por quase todas as meninas, quase todas.

Ela a nerd que todos e todas chamam de tábua, as meninas humilham e os meninos ignoram, aquela garota linda que esconde sua beleza através de seus óculos gigantes, suas roupas largas e que servem pra dormir. A garota de olhos azuis perfeitos e quem não admite que é linda porque os animais da fazenda que ela tem que frequentar (chamada escola) todos os dias dizem que ela parece uma ema (n/a olha a risada galera, sintam o drama da garota rsrs) Mas felizmente ela tem alguma coisa “não estranha”: seu violão e sua paixão por compor canções que se descobrisse deixariam qualquer um, QUALQUER UM, de boca aberta.

Chiara

Sabe quando você odeia uma pessoa mais ama ao mesmo tempo e não admite? Tô me sentindo assim no momento.. não é bem sentir e sim..aah quem eu to querendo enganar, é sentir mesmo. Antes que minha mãe me mande comer e eu não querer, eu quero deixar bem claro: isso não é um diário. É apenas um caderno onde expresso meus repugnantes sentimentos.. é isso ai. Falei meu nome? Se não é Chiara Salles, mas pode chamar de Chiara .. sim, não tenho um apelido. Ok vamos começar.. bom, primeiramente (acho que já foi, mas tudo bem) eu odeio minha vida, simplesmente ODEIO. Odeio minha escola, odeio os animais que habitam nela e principalmente um tal de James Maslow.. garoto lindo e saradão que infelizmente meche com meu sentimental por ser extremante o oposto de mim. Ele é insuportável, metido, ignorante, chato, arrogante, idiota, fresco, viado, e tudo de ruim. Bom. Ruim Chiara, ruim. Falaremos da minha mãe por favor. Nome: Julie Salles Sperandio, idade: ninguém sabe. Minha mãe é a coisa mais legal e bonita e chata e linda e preciosa e que eu amo muito. Vivemos eu e ele ela e eu nesse AP que ela ainda tá pagando. Queria ajudar, sei lá, tipo trabalhando mais como ainda tenho 16 ela não me deixa … melhor mãe do mundo, eu sei rsrs. Meu pai nos deixou quando eu tinha 1 ano e meio, o que me fez sentir um ódio tremendo dele, aquele viado do caralho (desculpe as palavras inapropriadas, foi sem querer… querendo)

Na escola todos me acham esquisita por eu não dar bola pra o popular daquela merda. O James. Não sou puta e nem a certinha, na escola talvez a certinha porque eu sou um pouco nerd… um pouco não, sou nerd, amo estudar! Infelizmente sou a única, acho que desse planeta. Na escola sofro bullying por não me interessar pelo gay do Jamie. James. Desculpa… e por não usar roupas de putas, como a Karen e a Mercedes usam (maiores patricinhas da fazenda que dão o rabo pra qualquer um que veem na frente, só pra ter faminha e ficar mais tempo no clube das líderes de torcida). Voltando ao assunto anterior, eu sofro bullying por usar roupas largas mais que são confortáveis, usar óculos gigantes que eu amo e tênis o dia todo. Tênis é minha vida, jamais usarei um salto, tipo, alto mesmo.

A única coisa que me resta é meu violão e como minha mãe diz “minha eterna criatividade para compor”. Ás vezes tento me mutilar por causa dos problemas que me rodeiam, mais simplesmente não consigo.  Estranho isso, eu sei. Então pego um lápis, meu violão e ponho tudo o que eu sinto no papel, e assim sai coisas que ninguém pode saber ou ouvir. Ninguém mesmo.

Como falei antes minha mãe já ia chamar pra jantar, e isso aconteceu. Eu tenho que estudar depois, mês de prova, todo mundo se fodendo e eu “livre” e rindo assim que sento na cama. Ok, depois volto e conto quem é meu repugnante vizinho… destino? Ás vezes acho que sim, ás vezes acho que não e penso que essa criatura veio me perturbar aqui, riquinho mora em tudo quanto é canto mesmo.