No Rules escrita por drê


Capítulo 11
Doce reencontro


Notas iniciais do capítulo

Essa capítulo ficou chato p caramba :$ Desculpa. ahuah



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Acordei assim que senti a claridade no meu rosto. A porta da sacada estava um pouco aberta, onde dava espaço para o vento gelado da manhã entrar. Quando levantei minha cabeça, fui abençoado em ver Kate dormindo. Era uma cena linda de ver. A cobri com a coberta e logo me levantei.

– Bom dia. - ouvi alguém falar. Levei um susto que fez meu corpo inteiro tremer.

– Mãe.. - falei calmamente. - Que susto. - sorri, me aproximando dela. A abracei graciosamente e dei-lhe um beijo. - Como está?

– Estou bem.. Eu acho. - ela comia bolachas e tomava uma xícara de café. - Foi uma notícia que eu nunca imaginei receber. Levei um choque. Cheguei a sonhar com a cena, como tudo aconteceu. - ouvi-a atentamente.

– Não dá pra imaginar. Só quem vivenciou sabe o quanto foi ruim. E fico feliz que você não tenha vivenciado a cena..

Ela sorriu e me deu mais um abraço. Subi até o banheiro onde fiz minhas necessidades. Fui até meu quarto, o por quê não sei ao certo.. Avistei uma carteira de cigarro próxima, e então acendi um cigarro. Fui até minha janela e fiquei olhando o movimento na rua. Apesar de ser terça-feira, estava um dia calmo. Pensei vagamente naquela madrugada, mas logo me desfiz de todos esses pensamentos. Olhei para o relógio e vi que eram seis horas. Explicado porque está tão calmo na rua, pensei comigo.

– Merda! – falei, lembrando que Kate estudava na parte da manhã. Desci correndo e fui até onde ela dormia. - Kate.. - chamei-a. Ela resmungou.

– O que foi?

– Você precisa ir pra escola. São seis horas já.

– Tudo bem. - falou, mas ao invés de levantar, ela se virou para o lado e dormiu. Ri.

– Kate. - chamei-a novamente. - Vem, vamos.. Você precisa ir. Não quero que falte escola por minha causa.

Ela me olhou com uma cara que me fez sentir dó de acordá-la. Esfregou os olhos e se espreguiçou. Ajudei ela a se levantar. Ela cumprimentou minha mãe quando a viu, e seguiu até o banheiro.

Minha mãe ficou me olhando com uma cara muito suspeita.

– O que foi, D. Madeleine? - falei, rindo.

– Nada, ué. - riu. - Acho bonita a relação de vocês. Não é nada concreto, mas vocês se respeitam.

– Eu gosto dela, mãe. Gosto do jeito como ela faz eu me sentir.

Minha mãe não falou nada, apenas assentiu com a cabeça. Balancei minha cabeça, rindo. Subi novamente até meu quarto onde iria trocar de roupa. Apaguei meu cigarro num cinzeiro que avistei, e procurei uma roupa. Me troquei rapidamente.

Esbarrei com Kate saindo do banheiro. Ela sorriu, me olhando nos olhos. Nos abraçamos de um jeito tão confortante. Beijei-a o rosto e depois descemos novamente. Dei tchau pra minha mãe e acompanhei Kate até sua casa.

Nós não andávamos de mãos dadas. Acho que não era necessário. E eu gostava disso. A gente não forçava nada, tudo acontecia naturalmente.

– Sua mãe sabe que tu dormiu na minha casa? - perguntei, rindo.

– Deve saber. Falei pra ela que iria vir te ver, então ela deve imaginar. - falou.

A casa da Kate não era tão longe, não levamos nem quinze minutos. Ela me convidou para subir até seu apartamento, mas eu fiquei meio acanhado de ir. Mas ela insistiu tanto que eu acabei indo. Pra ser sincero, estava com um pouco de vergonha e medo de que os pais dela estivessem acordados e me vissem ali. Mas por sorte, talvez, não foi dessa vez. Ela trocou de roupa e arrumou suas coisas rapidamente, depois acompanhei ela até o metrô, onde ela seguiria até sua escola. Ela então me deu um selinhos quando nos despedimos. Voltei pra casa com um sorriso estampado no rosto.

Quando cheguei em casa novamente, minha mãe estava toda arrumada, parecia que iria sair.

– Onde vai? - perguntei.

– Vou em casa, depois o senhor vai me levar no hospital em que o Arthur esta. - falou, me olhando. Meu coração acelerou, mas eu não falei nada. Apenas segui com ela. **

Nós tivemos que pegar um táxi para seguirmos até o hospital no San Jordano. Senti que minha mãe se encolheu, assim que entramos no bairro. Eu não falei nada, também me senti assim quando vim aqui naquela noite.

Seguimos até a recepção assim que chegamos no hospital. Era a mesma enfermeira que me deixou ver o Arthur na manhã seguinte do ocorrido.

– Oi! - falou. - Veio ver seu irmão? - ela sorriu. Eu assenti. - Oh.. Bom dia, sou a enfermeira Kaylei. - cumprimentou minha mãe.

– Percebi que você já reconhece meus filhos. - minha mãe sorriu de lado. Senti que ela estava aflita. - Então, como o Arthur esta?

– Então, já conversei com o.. - ela olhou na ficha. - Já conversei com o Nathan, e o Arthur teve muita sorte. Nós tivemos que fazer uma cirurgia para retirarmos a bala.. - enquanto ela contava pra minha mãe a mesma história que contou a mim, me virei e caminhei rapidamente pelo hospital. Aquele lugar era horrível pra mim. Me fazia lembrar de tudo com tamanha precisão.

– Nathan.. - ouvi minha mãe me chamar. Sequei rapidamente meus olhos que já se enchiam de lágrimas.

Entramos pelo mesmo corredor e depois fomos até a sala do Arthur. Nós pudemos entrar e ele estava acordado. Estava comendo e assistindo TV. Não me aguentei de tamanha emoção e deixei que algumas lágrimas caíssem sobre meu rosto. Meu coração estava acelerado. Estava alegre.

– Porra.. - falei num tom baixo. - Arthur. - cheguei próximo dele e o abracei. Não fiz muita força, mas precisava abraçá-lo. Olhei-o nos olhos. - Eu quero te matar, Arthur. - falei sério.

– Aproveita que eu já estou no hospital, irmão. - falou. Nós caímos na gargalhada.

– Mas sério, não sabe a raiva que me deu de ti. E eu tô me segurando pra não te xingar das piores coisas que eu conheço. - eu olhava pra ele.

– Se quiser.. - deu de ombros. - Eu sei o que eu passei. E cara, tu não tem noção do quanto essa merda dói. - comentou, sobre o tiro.

– Eu acho que os dois devem tomar mais um pouco de vergonha na cara. - minha mãe falou. Nós dois encaramos ela. Ela falou num tom tão forte e tão amedrontador.

– Que isso, mãe.. - Arthur falou, logo rindo. - Foi só um susto.

– E que susto, né Arthur? - ela ainda falava séria. - Se eu pudesse eu quebrava a cara dos dois. Vocês sabem disso. - ela suspirou. - Mas não posso deixar de agradecer a Deus, que pelo menos tu saiu vivo disso tudo. - ela se aproximou de Arthur e o abraçou. Acho que ela ainda não tinha feito isso, porque não dei espaço. Estava tão animado que não desgrudei dele.

– Eu te amo, mãe. - ele falou, enquanto se abraçavam. Não aguentei e me juntei ao abraço deles.

Nós enxugamos as lágrimas e nos recompomos. Minha mãe olhou para a enfermeira e perguntou:

– Quando ele vai poder sair?

– Logo. Depende da recuperação dele. Mas acredito que amanhã ele já pode ir pra casa. Ele teve uma recuperação boa. Vocês podem ver que ele não pára de comer. - riu. - Ele tá sendo forte. Insistindo na recuperação.

– Tudo o que eu mais quero é sair daqui. - Arthur completou, olhando pra minha mãe.

– Acho bom, porque te quero fora daí o quanto antes. - falou, logo riu.

Nós tínhamos que ir embora, já que nem no horário de visitas nós estávamos. Minha mãe ficou com o coração apertado de ter que deixar o Arthur naquela cama de hospital. Mas eu sabia que ele logo ia sair de lá, e iríamos viver como a gente sempre viveu: na farra. Tudo o que eu mais queria era o meu irmão do meu lado.

E dessa vez eu ia cuidar pra que nada acontecesse com ele. Nem comigo, é claro. Precisamos nos cuidar. Precisamos um do outro. E é isso que eu mais prezo nessa vida.

Quando cheguei em casa, recebi uma ligação. Era Arthur me ligando do hospital.

– Aí viado, vai fazer só dois dias que estou aqui no hospital, mas estou com saudades de sair pra farra contigo. - falou. Eu gargalhei. - Quando voltar, se prepara. Vou voltar pior que antes.

– Tu não presta. - gargalhei.

Desliguei o telefone e senti meu corpo mais leve. Era maravilhoso falar com o meu irmão daquela maneira. Da nossa maneira. Era maravilhoso ter meu irmão novamente. Quase que completo. Só precisávamos dar tempo à tudo. Tudo ia se pôr em seu devido lugar. Eu sei que sim..



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, mesmo c a chatice q ficou :( ♥



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