* 23:00 da noite: Casa da Sarah.

Após o ataque dos vampiros, Alan e Max levaram Sarah para casa e lhe ajudaram a cuidar de seus ferimentos.

                            Max

- Que vampiros eram aqueles?

                         Sarah

- Eu não sei. Eu estava fazendo minha patrulha diária ai me deparei com aqueles dois. Eles me pegaram de surpresa. 

                           Alan

- Aquilo era um vampiro?

                          Sarah

- Sim.

                           Max 

- Sabe o que eles queriam?

                       Sarah

- Não faço ideia. Deve ter sido só o acaso mesmo. 

                      Alan

- Que foda, eu arranquei  o coração de um vampiro! Mas Sarah, você não deveria matar coisas como aquela?

                     Sarah

- Sim mas ultimamente não tenho matado né...

                   Alan

- Vou considerar isso como um ''obrigado''. 

                      Max

- Pronto, acabei o curativo. 

                     Sarah

- Obrigada. Bom, agora temos que ficar de olho pra ver se esse vampiro dá as caras por aqui.

                    Max

- Concordo. Vamos fazer uma patrulha com você hoje. 

                     Alan

- Ai. Meu. Deus!!

Sarah e Max viram rapidamente e assustados para Alan. 

– O que foi?

- Eu beijei a Elizabeth!

                Max

- Eu falei que estava com um bom pressentimento sobre essa festa. 

                 Sarah

- Podem continuar a estranha conversa adolescente de vocês em outro lugar.

                   Alan

- Não, sério, muita gente só fala ''obrigado''.

Os dois se levantam e vão andando até a porta da frente.

                   Sarah

- Ei, pela varanda!

Eles encaram Sarah e andam até a varanda, saltando de lá logo em seguida.

* 08:25 da manhã: Escola Store

Alan estava em seu armário pegando seus livros quando chegou Liz alegre e sorridente. 

                     Liz

- Oi, Alan!

                     Alan

- Oi. Olha, eu queria falar que... sobre ontem... Sabe, meu pai está viajando e ele ia me ligar naquela hora então tive que ir rápido pra casa...

Liz o interrompeu com um beijo. 

                     Liz

- Você fala demais. Eu entendo que você teve seus motivos e você vai me recompensar no encontro amanhã.

                  Alan

- Isso quer dizer que estamos tipo, juntos?

                    Liz

- Sim. Bem, se é o que você quer...

                    Alan

- Pode apostar, é o que eu mais quero.

                     Liz

- Ótimo. Então encontro você amanhã, eu te ligo. Tenho que ir para aula agora.

Liz sai andando, deixando Alan pasmo. Sem que ele percebesse, a cor de seus olhos tinham mudado.

                   Max

- Alan, seus olhos. Eles mudaram. 

                   Alan

- O que? Mas como?

                    Max

Max jogou a cabeça para trás rindo.

- Isso é distúrbio emocional. 

                  Alan

- O que é isso?

                Max

- Você não sabe de nada mesmo hein? Quando perdemos os sentidos de alguma emoção ou simplesmente ficamos excitados, perdemos o controle da transformação.

                   Alan

- Aaaaaah que ódio! Você não pode estar falando sério! 

O sinal de início da aula toca e todos vão para suas salas. Algumas horas depois, eles vão para o intervalo.

               Max

- Cara, é só ter controle. 

                 Alan

- Esse é o problema.

                 Liz

- Oi meninos. Sobre o que estão falando?

               Alan

- De como eu vou me controlar perto de você.

                Liz

-Talvez não precise. 

Os dois começaram a se beijar, ignorando o fato de Max ainda estar ali. 

                  Max

- Ok, antes que vocês decidam fazer uma cena de vídeo pornô aqui no refeitório, a professora Sarah quer nos ver, Alan.

                Alan

- Não liga para ele, acho que ele tem alguns probleminhas.

                 Liz

- Hahaha. Ok até mais tarde. Ah, Alan, eu já tenho os planos do nosso encontro.

Alan acena para ela e se dirige com Max para a sala de Sarah.

             Max

- No que nós podemos ajudar, vossa caçadora?

               Sarah

- Achei que o Alan era o sarcástico. 

                 Alan

- Eu também. 

                   Max

- Ele está meio ocupado com o distúrbio emocional.

                 Sarah

- Ótimo, um vampiro andando por aí e agora um demônio com distúrbio emocional. 

                 Max

- Pode deixar que eu cuido dele. Mas o que você quer?

                 Sarah

- Patrulha. Hoje à noite.

                  Max

- Está bem.

                     Sarah

- Alan, você não vai reclamar de nada?

                      Alan

- Não, eu estou feliz demais para reclamar. 

                      Max

- Ele tem um encontro amanhã.

                     Sarah

- A vida pessoal de vocês não é do meu interesse.

                    Alan

- Sua velha sexy mau comida... 

                  Sarah

- Me chamou de velha e mau comida?!

                  Alan

- Achou mesmo que eu viria aqui e não faria uma piadinha com você?

Os garotos foram embora da sala deixando Sarah sozinha com seus pensamentos.

                     Sarah

( Desde quando eles me salvaram, não paro de pensar se devo ou não confiar neles. Mas eu só confiava em uma pessoa e eu nem sei onde eles está. Sem ele, a cada dia que passa me pergunto "o que é confiança?" ).

* 21:00 da noite: Floresta de Store City 

                           Sarah

- Nossa, vocês demoraram.

                          Alan

- Fique contente por termos vindo.

                          Max

- Tá, antes que vocês comecem a se matar, lembrem que tem uma sangue-suga de mais de um metro andando por aí.

                             Sarah

- Ok. Vocês vão por ali e eu por aqui. 

                             Alan

- Sarah, cuidado. Podemos não chegar a tempo dessa vez. 

                            Max

- Já disse que esse amor passivo e agressivo de vocês é meio chato. 

Eles se separaram e foram andando floresta adentro à caça do vampiro. 

- E ai? Você e  Liz vão sair amanhã mesmo?

                             Alan

- Sim, ela tem umas coisas pra resolver ai vamos ficar de bobeira pela cidade.

                              Max

-Legal. Como vocês se conheceram?

                               Alan

- Bom, já  faz um tempo. Éramos pequenos, acho que estavam...

De repente alguma coisa pulou de cima de uma árvore atrás de Alan, quebrando seu pescoço. Max virou rapidamente e viu que era o mesmo vampiro da outra noite. Ele e Max começaram a rolar no chão de terra tentando quebrar o pescoço um do outro. As mãos de Max mostraram garras afiadas e ele fez um corte próximo ao olho do vampiro. No meio da luta, uma flecha passou zunindo e acertou a perna do vampiro. Era uma flecha de Sarah que vinha correndo na direção deles. O vampiro se levantou arrancando a flecha de sua perna e num movimento rápido agarrou Max pela blusa e o jogou contra Sarah, fazendo os dois caírem. Quando se levantaram, o vampiro já não estava mais lá. 

*23:00 da noite: Casa da Sarah.

Alan acordou assustado e viu que estava na casa de Sarah. Tentou se levantar do sofá mas sentiu que tudo estava girando.

                     Max

- Opa, calma ai.

                       Alan

- O que aconteceu?

                   Max

- É difícil explicar.

                   Sarah

- O vampiro quebrou o seu pescoço.

                    Max

- Acho que não era tão difícil. 

                   Alan

- Legal. Mas como eu ainda estou vivo?

                   Sarah

- Aparentemente é porque só há três modos de matar um demônio: a rara planta hidra, um ser divino ou decapitado. Mas como você é meio humano, não sei se tem limites. 

                 Alan

- Isso é bizarramente irado mas e quanto ao vampiro? Vocês o mataram?

                Max

- Não, ele fugiu de novo. 

                Alan

- E qual o plano?

              Sarah

- Não podemos fazer nada, não sabemos onde ele está. Vamos esperar ele dar um sinal e a gente pega.

Após eles ficarem um minuto em silêncio Sarah começou a rir descontroladamente.

                Alan

- O que foi?

                Sarah

- É que é muito irônico. Você mandou eu ter cuidado e quem acabou com o pescoço quebrado foi você!

Max e Alan olharam um para outro tentando entender a graça da piada de Sarah e acabaram sendo contagiados pela sua risada, se juntando a ela.