A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore escrita por Vinícius


Capítulo 1
Infância Sombria




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Meu nome é Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore. Sei que há muito já estarei morto quando você estiver lendo isto, mas através dessas palavras, irei lhe contar a minha vida. Sou mestiço, filho de Percival e Kendra Dumbledore. Mas sou um mestiço diferente. Isto porque eu era um bruxo. Sim, isso mesmo, bruxo. Eu tinha dois irmãos, Aberforth e Ariana. Como irmão mais velho, sempre tive responsabilidade de cuidar e de me preocupar com eles.

Sempre me orgulhei de dizer que minha família era normal. Por volta dos 11 anos, quando meus poderes começaram a aparecer realmente, eu me sentia ainda mais feliz. Sentia-me confiante. Mas por incrível que pareça, isso não durou para sempre. Eu nasci na aldeia Mould-on-the-Wold no ano de 1881. E foi nessa mesma aldeia que uma tragédia aconteceu. Minha irmã Ariana, até mesmo pela idade, não conseguia controlar muito bem seus poderes. Ao usar magia por acidente, na frente de três trouxas, (é assim que chamamos quem não é bruxo), que acabaram de assustando, ela ficou em certo ponto traumatizada. Sua magia interior sumiu. Só aparecia em raras ocasiões de alegria ou de raiva. Com isso, estes rapazes passavam o dia maltratando Ariana, através de preconceitos.

Meu pai estava completamente arrasado com a situação e até por isso ele foi longe demais. Ele queria fazer justiça com as próprias mãos. Foi atrás dos trouxas e ao localizá-los, os matou, achando que assim defenderia minha irmã. Mas isto só trouxe tristeza a minha família. Pouco depois meu pai foi condenado à prisão perpétua em Azkaban, onde acabou falecendo.

Após isto, mais do que nunca tive que assumir o papel de homem da família, mas eu era muito jovem e não conseguia entender as conseqüências que aquilo iria causar à todos nós.

Minha mãe queria fugir do mundo mágico, mas a esta altura, todos já sabiam do crime. Foi então que nos mudamos para Godric's Hollow. Uma pequena aldeia, totalmente trouxa. Minha mãe nunca conversou com algum vizinho. Ficávamos escondidos. Talvez para preservar nossa verdadeira identidade, era o que eu pensava na época. Mas havia uma menina que nos compreendia e assim virou amiga de nossa família. Ela era Bathilda Bagshot. Uma moça de cabelos negros e um sorriso motivador. Seu olhar era sempre profundo e bonito. E o melhor, ela também era bruxa. Esta acabou se tornando uma das mais importantes historiadores do mundo mágico, escrevendo um dos maiores livros de todos os tempos “História da Magia”.

Mesmo tendo ela para poder conversar, minha família estava triste. Comecei a preferir a solidão e desde cedo aprendi a não mencionar o nome da minha irmã ou do meu pai em publico. Até mesmo os nomes da minha mãe e de meu irmão eu não falava. Tinha medo de ser criticado ou até mesmo atormentado. Mesmo ao lado deles, sempre me senti sozinho. Mais do que nunca queria mudar. Queria sair e fazer algo para mudar a situação da minha família. Queria honrar o nome do meu pai.

Foi então, no mês de Julho de 1892, que tudo começou a mudar. Estava na minha cozinha. Não era grande coisa. Era pequena, cheia de bugigangas. Tinha uma pequena janela com visão para a rua. Ao longe eu avistei uma coruja. Ela era branca e pequena. Tinha pequenas manchas em marrom. Em seu bico havia uma carta.

MÃE!!! – Gritei sem pensar – Chegou! Realmente ela veio.

Do que você está falando Alvo? – Disse minha mãe entrando na cozinha.

Minha carta de Hogwarts. Achávamos que ela não viria por causa de tudo que aconteceu com papai, mas não. Eu realmente vou para Hogwarts.

Minha mãe me olhou friamente e pegou a carta. Ao ler atentamente suspirou e me entregou. Era claro, dizia que eu tinha uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Também continha uma lista de materiais. Precisava ir urgente comprar, mas não sabia onde.

Onde iremos comprar mãe? – perguntei.

Não será nós Alvo, mas sim, só você. Você irá ao Beco Diagonal amanhã.

Mas não posso aparatar, como irei?

Vou criar uma chave de portal para você – disse minha mãe desanimada – Sei que é proibido, mas com as atuais condições de sua irmã, não posso te levar até lá querido.

Foi então que percebi que minha mãe chorava. Queria muito que ela fosse comigo, mas estava muito preocupado sobre o que poderiam fazer quando descobrissem que ela havia feito uma chave de portal. Estava ainda mais preocupado em saber como iria pagar os meus materiais. Já éramos pobres, mas depois que meu pai faleceu, a situação piorou bastante.

Na manhã seguinte, havia um pequeno espelho em cima da mesa da cozinha. Já estava pronto para ir, quando minha mãe me chamou.

Alvo! – fui correndo até ela. Havia um pequeno pacote em sua mão – Pegue. É tudo o que temos. Tente economizar o máximo possível.

Peguei e olhei para minha mãe. Havia uma expressão diferente nela, no qual eu jamais havia visto antes. A abracei e logo me aproximei da mesa.

Este espelho esta enfeitiçado. O levará direto ao Beco. Por favor tenha cuidado. Se alguém perguntar diga que você chegou através de Pó de Flu. Você terá duas horas até que a chave fique ativa novamente e você possa voltar.

Peguei o espelho e em menos de dez segundos já não estava mais em casa. Estava em uma rua escura. Ao andar um pouco em vi. Um local incrível. Cheio de lojas de todos os tipos. Pessoas passavam e conversavam. Todos estavam felizes. O Beco de Diagonal era diferente.

Fui primeiro comprar minhas vestes. Após isso, comprei minha varinha no Olivaras. Queria muito comprar uma vassoura, mas não tinha condições. Na Floreios e Borrões, comprei todos meus livros, usados, claros. Após comprar tudo resolvi voltar parar casa. Mas ainda faltavam cerca de 20 minutos. Ao olhar o pacote que minha mãe me entregará, vi que só tinham três galeões de ouro.

Resolvi passear um pouco e vi que algo estava errado. Todos me olhavam estranhamente. Por algum motivo parecia-me que eles sabiam o que havia acontecido com meu pai. Parecia que tinham medo de mim. Para minha sorte, não demorou muito para que a chave de portal ativasse e eu pudesse voltar para casa.

Sempre quis sair de casa para honrar meu pai, mas após aquele dia, compreendi que não estava pronto.


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