Capítulo 3- Annabeth

Quando ela abriu seus olhos tudo o que podia ver era uma escuridão imensa que nem dava para Annabeth ver suas próprias mãos. Sua respiração estava acelerada como se tivesse corrido uma maratona, e ela fazia de tudo para se acalmar.

Quando seus olhos se ajustaram a escuridão, ela viu um feixe de luz, mas não uma luz natural, uma luz vinda de algo de bronze celestial. Nesta hora, ela se lembrou que seu estúpido e doce namorado havia caído com ela e provavelmente estava morto. Annabeth imaginou que aquela luz poderia ser da espada de Percy e que ele estaria vivo. Esta ideia a animou tanto que nem pensou duas vezes e começou a correr atrás da fonte do brilho. Bem, correção, tentou correr. Ela havia se esquecido de seu tornozelo quebrado e acabou caindo de cara no chão:

- Ai!- ela encarou o tornozelo- Por que você foi quebrar?!

Ela achou um pequeno pedaço de ambrosia no seu casaco e o devorou. Seu tornozelo ficou um pouco melhor de modo que ela poderia andar.

A luz acabou estando um pouco mais longe do que ela imaginava, talvez um quilômetro. Quando Annabeth chegou lá, não encontrou seu namorado, mas sim, sua mochila com o computador de Dédalo (sem nenhum arranhão, por mais incrível que pareça), uma garrafa de água, ambrosia, néctar e é claro, a fonte da luz: sua adaga de bronze celestial.

Ela pegou suas coisas e continou a procurar por Percy. Depois de algumas horas ou segundos de caminhada (o tempo não era muito preciso lá), ela tropeçou em alguma coisa e caiu. Ela se levantou e começou a xingar em grego com raiva dos deuses fazerem a vida dela tão complicada. A garota poderia ter ficado lá o dia inteiro, mas percebeu que havia tropeçado no seu namorado que estava inconsciente (ela se recusava a pensar que ele estava morto).

Annabeth se sentou ao lado de Percy chorando de alegria e mediu a pulsação dele. Estava batendo, fraco, mas estava batendo. Ela pegou o néctar e despejou um pouco na boca dele. Seus cabelos estavam embaraçados (como sempre) e ele estava pálido, coberto de machucados e arranhões. A cor dele começou a voltar, suas pálpebras tremularam, e finalmente ele abriu os olhos.