Perhaps One Day escrita por mikaels0nfire


Capítulo 15
Você Gosta De Tacos?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Eu sei que eu demorei, mas é que eu meio que desanimei um pouco. Pouca gente comentou o capítulo e então eu fiquei um pouco desanimada de continuar. Mas eu continuei e aqui está mais um capítulo para vocês.



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   Klaus olhou o calendário perto da geladeira. Fazia dois que Caroline tinha ido embora e o máximo de contanto que ela fazia com ele eram as mensagens de voz. Klaus não gostava que fosse assim, queria falar com ela pelo telefone no instante, mas gostava de ouvir a voz dela em uma nova mensagem cada dia. Todo dia quando acordava pegar o celular e lá estava a mensagem para ser escutada. Caroline fazia de propósito isso. Sabia a hora que Klaus estava dormindo e mandava uma mensagem para ele justo essa hora. Klaus não conseguia para de ouvir a de hoje.

   – Oi amor. Espero que esteja tudo bem com você. Eu estou com saudades de vocês, mas não posso voltar agora. Tenho que cuidar da minha mãe e de Matt. Ele ainda não está muito bem. Mas enfim... Eu te amo e não gosto de ficar longe de você. Tive que descobrir isso de um jeito ruim. Quando você quiser a minha ajuda na questão “Silas” você me avisa que eu vou correndo para ai. Vou voltar correndo para os seus braços também. Tenho que ir agora. Eu te amo.

   Klaus ainda sorria feito um bobo quando ouvia Caroline dizer que o amava. Nessa mensagem ela havia dito duas vezes o que fez Klaus ficar sorrindo mais ainda. Logo, ele suspirou. Sua imagem de um cara maldoso e doentio tinha ido embora completamente com Caroline se aproximando dele. Klaus era um cachorro. Quando estava perto de sua dona, ele ficava manso e adorável. Longe dela, ele ficava perdido e triste. Mas ele tinha que se concentrar. Tinha dois caras querendo matar ele. Marcel não era um verdadeiro problema. Silas era maior ainda porque ele poderia ser qualquer pessoa. Isso deixava Klaus com uma tremenda dor de cabeça e quase não acreditando em ninguém. Até do irmão e da Petrova ele desconfiava. Mas Klaus sabia muito bem prestar atenção nos detalhes e nas falas deles. Qualquer coisa estranha, Klaus jurou a si mesmo que cortaria a garganta de alguém.

   – Klaus, você poderia, por favor, abrir a porcaria dessa porta. – Katherine disse do lado de fora.

   – O que você quer, Katerina? – Klaus perguntou se levantando e indo até a porta. – Pensei que o nosso encontro fosse apenas de noite.

   – E seria... Mas seu irmão achou Hayley. – Katherine revirou os olhos assim que Klaus a abriu.

   – E onde ela está? – Klaus levantou as sobrancelhas impaciente.

   – Novo México. Em Albuquerque.

   – Que diabos ela está fazendo lá?- Klaus disse puxando Katherine para dentro. – Cadê o meu irmão?

   – Foi comprar passagem para nós. Novo México, aqui vamos nós, chico. Tomara que você goste de tacos porque eu adoro.

   Caroline estava sentada na mesa da cozinha, brincando com o pouco de cereal que tinha em sua tigela enquanto encarava a mesa. Tinha uma marca de queimada nela de quando Caroline, Elena e Bonnie tinham 15 anos e decidiram queimar papéis com promessas. A ideia não deu muito certo porque o papel de Bonnie pareceu queimar mais que os outros dois e acabou queimando a mesa. Caroline sorriu com a lembrança e passou os dedos na marca. De imediato ela sentiu um frio percorrendo a espinha e levantou os olhos. Era quase impossível de ela estar vendo aquilo, mas parada na cadeira à sua frente estava Bonnie. Ela ainda usava o vestido de formatura e o cabelo dela estava do mesmo jeito. Bonnie não tinha mudado nada desde a última vez que Caroline a viu.

   – Oi Care. – Bonnie disse com um sorriso amigável.

   – Bonnie. Como você...? – Caroline perguntou confusa.

   – Eu não sei. Eu estava pensado em você e parece que você estava pensando em mim. Parece que isso nos conectou de alguma maneira. – Bonnie segurou na mão de Caroline. – Eu estava sentindo saudades de você.

   Caroline quis chorar. Não sentia o toque de sua amiga. Ela estava morta. Morreu para dar vida ao irmão de Elena. Bonnie sempre pensava primeiro nos outros do que nela mesma. Bonnie não fazia a mínima ideia do quanto fazia falta para Caroline.

   – Bonnie... Eu sinto mais falta ainda de você. – Caroline apertou os dedos na mão de Bonnie, mas não adiantou nada.

   – Fiquei sabendo que você está com Klaus. – Bonnie fez uma careta. – Eu não gosto disso, Care. Você sabe. Mas se você está feliz e confia nele, então eu estou feliz por você. E é sobre ele que eu quero falar com você.

   Caroline se sentiu confusa, mas pediu para Bonnie continuar a falar.

   – Rebekah escolheu uma nova vida quando morreu. Não sei como ela conseguiu isso já que nenhum sobrenatural seria capaz de encarnar, mas ela conseguiu. A filha de Hayley é a chave de tudo.

   – Filha de Hayley? Espera... Você está querendo dizer que Rebekah é a filha de Hayley? A filha de Klaus e Hayley será a Rebekah? – Caroline arregalou os olhos.

   – Não exatamente assim. A alma, se quiser chamar assim, é de Rebekah. Ela sempre quis ser humana, mas como é uma das vampiras Originais, a coisa de sobrenatural sempre vai estar com ela.

   – Meu Deus... – Caroline colocou as mãos na boca.

   Era difícil processar isso tudo. Caroline se sentia tão perdida nos pensamentos e nas explicações de Bonnie que não percebeu quando a amiga começou a desaparecer. Bonnie teve que chamar o nome da loira duas vezes.

   – Eu tenho que ir agora. Acho que descobriram que eu estou aqui agora e que quebrei algumas regras do Outro Lado.

   – E o que vai acontecer com você, Bonnie? – Caroline tentou segurar a amiga, mas agora ela era apenas uma imagem.

   – Não se preocupe, Care. Eles não podem fazer nada com uma bruxa tão poderosa igual a mim.  – ela piscou.

   Bruno ainda suspirou uma última vez antes de desaparecer por completo. Caroline estava sozinha de novo e com uma informação muito importante nas mãos. Tinha que avisa a Klaus o que estava preste a acontecer e já. Talvez ir até a Nova Orleans novamente para falar com ele. Sim, ela iria. Assim que ela pegou, ele imediatamente tocou. Ela esperava ver o nome de Klaus na tela para sincronizar com os pensamentos dela, mas era apenas o nome de Elena.

   – Gilbert. – Caroline atendeu.

   – Forbes. – Elena pareceu rir – Isso foi estranho.

   – Verdade. – Caroline sorriu e depois ficou séria novamente. – O que aconteceu?

   – Damon, eu e Jeremy achamos uma pista de Silas.

   – E onde ele está?

   – Novo México. Você gosta de tacos? – Elena riu.

   Caroline sabia onde Novo México ficava. Era um estado longe de Louisiana onde Klaus estava então quando tudo isso acabasse ela poderia ficar com o híbrido em paz e sem ninguém atrapalhar. Um digno “felizes para sempre” que ela sempre quis ter com quem amava. Há alguns meses atrás, antes que começar tudo isso de vampiro, ela imagina que seria com Matt. Depois com Tyler e agora imagina com Klaus. Caroline revirou os olhos para si mesma. Admitia que era uma verdadeira vadia e que tinha ficado com quase todos os homens de Mystic Falls. Até mesmo Damon Salvatore. Ela queria mudar. Queria ser de um homem só e Klaus seria esse homem.

   Procurou nos contatos pelo número de Klaus e discou para ele. Caiu na caixa postal imediatamente e então Caroline deixou uma mensagem rápida, explicando a ele toda a situação e que precisava de uma ligação urgente dele. A loira estava começando a enlouquecer devagar com toda aquela situação. Se ela achava que ser vampira seria legal um dia para ela, estava super enganada. Bom, a única coisa boa que tinha em ser vampira era que você nunca engordava e nem emagrecia. Caroline as vezes dava graças a Deus por estar no peso ideal quando fora transformada. Transformada por Katherine como um lembrete para os irmão Salvatore que Katherine estava de volta para aterrorizar Mystic Falls. E ela aterrorizou mesmo. Foi uma das culpadas pela transformação de Tyler Lockwood em um lobisomem. Mas ela foi embora quando soube da volta de Klaus. Porém voltou depois para estragar com a vida de todos. Talvez se ela não existisse, nada disso estaria como está agora. Mas colocar a culpa em Katherine era errado. Todos ali tinham culpa de algo.

    Caroline arrumou rápido uma pequena mala com tudo que ela precisava e foi para a casa dos Salvatore. De longe, o cheiro de bebida era forte e parecia estar em toda casa. Caroline sabia que a porta já estava aberta então entrou. A mansão inteira cheirava a uísque e outras bebidas alcoólicas. No meio o chão da sala estava Damon Salvatore deitado com os olhos fechados, uma garrafa de uísque na mão e um diário no peito. Caroline não sabia dizer se ele estava desmaiado, dormindo ou apenas com os olhos fechados. Mas ela sabia que não era fácil perder alguém na vida. Lembrava-se muito bem como reagiu ao perder o pai. Damon não poderia estar nada bem com a perda do irmão. Stefan era tudo para Damon mesmo que ele não admitisse isso. Se sentia culpada porque seu ex-namorado morto Tyler que tinha levado Stefan para Nova Orleans por causa de Caroline. Na verdade, Caroline era culpada de tudo o que estava acontecendo. Odiava a si mesma.

   – Care. – Elena disse baixo enquanto se aproximava dela. – Me ajude a colocar Damon no quarto.

   – O que aconteceu com ele? – Caroline perguntou enquanto se dirigia ao Salvatore no chão.

   – Damon bebeu quase tudo que encontrou na casa. Ele estava muito alterado e eu apliquei uma dose de verbena nele. Isso significa que só nós duas vamos para o Novo México. Jeremy está vindo cuidar dele.

   Caroline não disse nada. A culpa ia comendo cada parte dentro dela. Aquela sensação era horrível. Colocou Damon na cama e viu o olhar triste de Elena quando ela deu um beijo na testa dele. Era difícil para ela também deixar Damon, mas pelo menos ela voltaria para ele. Caroline tinha medo de Klaus ver o quanto ela era culpada por tudo aquilo e a abandonar. Se ele fizesse isso, já tinha um plano em sua cabeça. Não era um dos melhores, mas o único que ela pensava: pedira a Elijah para apagar toda a memória dela. Iria para a Europa começar uma nova vida e só se lembraria que Elena ainda era sua melhor amiga, sua mãe estava em Mystic Falls e que Bonnie estava morta. Toda a parte que envolvia Klaus e os Originais estaria apagada.

   – Bom, vamos logo então. Vamos acabar com isso. – Elena disse enquanto ia para a garagem.

   – Não vamos no meu carro? – Caroline perguntou seguindo ela.

   – Damon vai ficar bem nervoso comigo, mas eu irei pegar o carro dele. De novo. Care, já andou em um clássico? – Elena olhou sobre o ombro e sorriu para a amiga.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Por favor, comentem sempre. Não se esqueçam e se der, divulgue a minha fic para os amigos ou alguma coisa assim. Obrigada