Pov. Catherine

Vincent ainda não entendia nada do que estava acontecendo, ele estava achando que eu sou louca por invadir o casamento dele e prender a sua ex-sogra.

Alex discutia com ele e me olhava mortalmente, Megan ficava rindo de toda a cena junto com o JT, eles estavam bem felizes, Vincent também olhava o amigo e a filha como se fossem loucos por comemorarem o que aconteceu e eu percebi que nem uma boa avó a Sra. Salter era para a Megan, mas vi quando ela abraçou o Sr. Salter com carinho, sabendo que ele gostava mesmo da menina.

— É triste saber que você é enganado por oito/nove anos, mas Megan é uma garota muito especial, sei que ela deve ser encaminhada para a mãe, mas gostaria de poder vê-lá, se possível.- o Sr. Salter me pediu e eu assenti.

— É claro, eu vi como Megan tem um carinho por você - falei e ele me olhou meio estranho. - É... ela é a minha filha.

— Isso é muita conhecidencia - ele falou e deu um sorriso - Eu vou ter que prestar depoimento ou algo assim?

— Sim, é só para colocar junto no caso, não será agora, acho que todos merecem um descanso - falei e ele assentiu e foi conversar com Joe, que ainda estava ali.

Megan agora estava com Santana, era estranho ela ter me chamado de mãe logo tão rápido, afinal, quando você vive uma mentira por nove anos, você demora para processar as coisas tão rápido, mas eu tinha me apegado tanto a ela e eu sei que ela se apegou bastante a mim, em apenas um mês.

— Agora, o que você fez com ela? - Vincent me perguntou. Ele parecia bravo comigo.

— A prendi por um crime que cometeu à 9 anos - falei de boa com ele, mas o cara estava bravo mesmo e pra completar Alex se juntou a ele.

— Mas tinha que ser a minha mãe? Porque você teve que se meter nas nossas vidas agora? Eu sei que vocês dois tiveram um caso no passado, mas isso não te dá o direito de se intrometer no nosso futuro - ela falou se controlando para não gritar.

— Sua mãe cometeu um crime, isso não tem nada a ver com passado ou futuro, isso tem a ver comigo fazendo o meu trabalho, assim como vocês fazem o trabalho de vocês - falei alterando o tom de voz e saindo de perto deles.

Eu precisava de ar, foi uma noite agitada, fui para trás da igreja e fique andando no bosque, estava escuro mais estava um pouco iluminado e estava com uma lua gigante no céu.

Respirei fundo e tentei relaxar, dei uma risada sozinha e pensei em tudo o que aconteceu minha vida inteira... Com 5 anos de idade conheci meu vizinho e meu melhor amigo, com 10 anos, conheci meu segundo melhor amigo, aos 15 anos, conheci as duas melhores amigas do mundo. Estava esquecendo, com 10 anos, minha irmã nasceu...

Na mesma época dos 15, tive o primeiro beijo perfeito com a pessoa que eu mais amava no mundo, quer dizer, que ainda amo, me inscrevi na faculdade, tive a primeira vez mais romântica da minha vida e fui aceita em Harvard.

Ai veio a parte triste de me separar do cara mais perfeito do mundo, ficar gravida, e perder meu bebê. Virar uma das melhores detetives de NY, ainda tenho as melhores amigas do mundo, escrevi livros de sucesso.

Reencontrei o meu amor de infância, meu outro melhor amigo e descobri que talvez eu tivesse encontrado meu bebê, depois as coisas se resumiram a hoje a noite.

Eu podia sentir a presença de mais alguém perto de mim, mas eu não me virei, eu não queria falar com ninguém.

— Catherine, me explica por favor essa historia direito - Vincent me perguntou.

— Bom, minha filha foi sequestrada quando ela nasceu e JT invadiu o sistema do hospital e descobriu que a mãe da Alex trabalha no hospital, na mesma época que Rachel nasceu. Sua filha tinha mesmo morrido e sua neta, também morreu. Não sei direito essa parte, mas deve ter sido o fato dela querer ser tanto avó que decidiu sequestrar uma menina e poder ter esse gostinho - falei e sorri. - mas agora minha filha voltou para mim.

— Sua filha, quer dizer, a nossa filha é a Megan? - ele me perguntou.

— Sim - falei e me virei para ele dando risada. - Ela é a nossa filha, você já está mais acostumado a chama-la de filha e eu vou poder ter esse prazer agora.

— Isso tudo é tão.. uou - ele falou e deu risada - Queria pedir desculpas pelo que aconteceu semana passada, por tudo que eu falei, não entendi seu lado e o que você passou.

— Acho que você fez está perdoado agora, nada vai estragar a minha vida agora, achei minha filha, você apareceu e JT também. Por um momento, eu achava que o mundo estava contra mim, mas tudo voltou nos eixos... apesar de você ainda estar com ela...

— E? - ele pediu para eu continuar

— E vocês também tiveram uma ligação e não sei se você vai continuar com ela e eu acredito que sim e isso vai ser estranho, porque tem agora a Megan e não sei se ela vai ficar confusa e...

— Pare de falar, só um pouco, eu quero ficar com você, no momento que eu te vi no hospital, apesar de não te reconhecer, eu deveria ter terminado tudo e voltado com você, minha ligação com ela não é igual a que eu tenho com você. Nós somos perfeitos juntos  - falou olhando dentro dos meus olhos.

— Eu diria mais que perfeito - falei e dei um sorriso.

Ele me beijou rapidamente, foi bem selvagem, acho que devia ser a saudade, sua lingua começou a batalhar com a minha, coloquei minhas mãos na sua nuca, arranhando de leve, ele apertou minha cintura e me puxou mais para ele.

O ar começou a faltar algum tempo depois, os labios dele desceram para meu pescoço, ele ainda lembra o meu ponto fraco, deu varias mordidas e algumas chupadinhas.

Eu gemi quando ele chupou meu pescoço com força, certeza que vai ficar marcado, subi a mão para o cabelo dele e comecei a bagunçar eles, e arranhava ainda mais a nuca.

— Acho melhor pararmos agora - falei respirando com dificuldade.

— Sim - ele concordou e se afastou - acho que o padre não iria ficar feliz com sexo explicito atras da igreja. As pessoas tem que se casar virgens.

— E você é muito inocente não é? - perguntei rindo.

— Sou mais inocente que você - ele me abraçou de lado e nós fomos andando ate a frente da igreja - agora, vamos para aqui, você vai até Tess, como se nada tivesse acontecido, escondendo esse chupão e eu vou ir la e terminar com a Alex. Tudo bem? - ele perguntou e eu assenti.

Os convidados estavam indo embora, Tess explicava para um grupo o que aconteceu e JT e Megan estavam falando com algumas pessoas, fiquei ao lado de Tess e explicava para as pessoas como seria tudo agora, isso incluía, apesar de não ser o meu casamento, dizer que os presentes seriam devolvidos porque é isso que acontece quando o casamento da errado.

Ao longe, vi Vincent falando com Alex e a mesma não parecia nada feliz, nada mesmo, e acho que poderia morrer só com o olhar que ela me deu.

— Catherine - a Sra. Keller me chamou e eu a abracei - quanto tempo garota.

— Muito tempo mesmo - falei e abracei o Sr.Keller.

— Você está tao linda, esses 10 anos fizeram muito bem a você. Bom, não gostava muito da Alex mesmo, você era a única pra mim - a Sra. Keller falou e o Sr. Keller assentiu, sempre adorei meus sogros. - Megan, querida, você estava linda, uma princesa.

— Obrigada vovó, sabia que a Tia Cat na verdade é minha mãe? - Megan falou e a Sra. Keller me olhou com um sorriso no rosto, espera... como ela sabe?

— JT me contou, não acredito que você passou por tudo isso, podia ter ligado para nós, nós iriamos te ajudar com tudo - ela falou e eu assenti.

— Eu não sabia como explicar, estava muito abalada, mas agora tudo está entrando nos eixos. - falei - agora minha filha está comigo.

— A nossa filha - Vincent corrigiu e sua mãe sorriu.

— Bom, queria dizer que preciso urgente da minha cama - falei - estou cansada, muitas coisas pra um dia só, e fora que deixei uma livraria inteira cheia de gente para encerrar essa historia.

— Então vamos, nós iremos conversar com todos os convidados junto com o Sr. Salter e pelo visto Alex não está gostando nada disso - Sra. Keller falou e sorriu. - E vocês dois, precisam conversar, Megan você fica aqui com a vovó, com o vovô e com o tio JT okay?

A pequena assentiu e me despedi de todos ali, Santana e Tess me olharam maliciosas e eu queria bater nas duas, mas estava cansada demais para isso.

Deixei Vincent dirigir ate meu apartamento, foi meia hora de ida, ele segurou minha mão no caminho inteiro e sempre que dava olhava para mim.

Chegamos no apartamento e fomo direto para o meu quarto. Assim que entramos, ele me beijou, com desejo, agora não tinha como controlar o desejo que existia entre nós.

— Espera, serio, acho que eu vou desmaiar, estou muito casada - falei e ele riu.

— Ta tirando uma com a minha cara né? - ele falou e eu dei um selinho nele, que entendeu o recado para continuar.

Ele passou a beijar meu pescoço e eu empurrei seu terno para o chão, comecei a desmanchar o nó da gravata e ele mesmo a tirou depois. Ele grunhiu no meu ouvido e mordeu minha orelha.

Abri os botões da blusa rapidamente e arranhei seu abdomem mesmo depois de 10 anos continuava bem definido, sua mão foi para o ziper do vestido que ficava do lado e abriu lentamente, ele me ajudou a tirar o vestido, me deixando so de calcinha.

Tirei seu cinto e abri o botão da calça e deslizei o ziper para baixo. Vincent me levou ate a cama e eu cai em cima dela, ele tirou os sapatos e a calça e se deitou em cima de mim, so de cueca.

— Acho que agora o padre não vai se importar não é? - eu perguntei.

— Acho que não - ele falou e voltou a me beijar quando meu celular toca. - Mas alguem se importa. - nem vi quem tinha me ligado, só atendi o telefone.

— Chandler - falei

— Cat, sou eu - Evan falou.

— Oi - falei muito brava com ele neste momento.

— É que eu estou aqui na porta do seu apartamento pra gente comemorar a volta da sua filha - Maldito Evan. Porque justo agora?

— Claro, eu ja vou indo - falei e desliguei. - Evan, o cara que trabalha comigo está la fora, ele sempre dá em cima de mim, acho que ele deve achar que como eu achei minha filha eu devo estar muito feliz e posso pensar em ficar com ele.

— Legal - Vincent disse.

— Vamos, eu vou por o mesmo vestido só para não dar suspeitas - falei e me vesti novamente, Vincent fez o mesmo.

— Vamos lá - ele falou e nós saimos do quarto e eu abri a porta.

— Cat, parabens por reencontra-la - Evan me falou e me abraçou, entrou no meu apartamento e encontrou Vincent.

— Eu sou o Vincent, o pai da filha dela - Vincent falou e estendeu a mão para Evan que devolveu o aperto.

Vincent era o Vincent, ele sempre daria uma de ciumento.

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