Ao Despertar escrita por httpsdiamandis


Capítulo 16
Capitulo 16 - Contra o Tempo


Notas iniciais do capítulo

Hey, me desculpem a demora, sério, tentei fazer desse capitulo o melhor possivel e dar uma previa do que vem por ai hehe.
Enfim...A 1ª parte da fic ta quase no fim, ela vai provavelmente até o capitulo 19 ou 20, e a 2ª (e ultima) parte promete, serio, só posso dizer que vai rolar uns paranaue MUITO louco hauahua.
Aproveitem e desculpem se eu escrevi pouco..Acho que é isso, e aguardem pq "ao despertar:dias sombrios"(ainda to resolvendo o titulo, que pode ou não ser esse) vai ser mil vezes melhor do que essa primeira parte.
Boa leitura, e desculpem pela falta de David(outra vez).



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Liam POV

–Eu já disse, Jonathan, vocês não vão saber de nada, pelo menos não através de mim! – gritei, trincando os dentes pela dor que as balas de madeira me causavam.

–Vai ser mais divertido assim...Ah, tive uma ideia! Por que não trazer sua namoradinha aqui, para participar da festa? Nós podemos perguntar diretamente á ela! – Jonathan riu sem humor algum.

–Quer que eu vá buscá-la? – Alex perguntou.

–Sim Alex, vá com Jared, por ‘segurança’ – ele olhou pelo canto do olho enquanto Alex saia do galpão.

–Não! Não toquem nela! Me matem! Mas ela não...Por favor –implorei.

–Matar você? É claro que não! Não será assim tão fácil...Agora me diga...Por que aquelas tatuagens, heim? – Jonathan perguntou, mantendo a arma apontada em minha garganta.

–Ela...Foi amaldiçoada por uma bruxa há alguns anos, por isso aquelas tatuagens... você sabe como bruxas são temperamentais e gostam de marcar vampiros como se fossem animais– menti, dando a explicação mais lógica que pude encontrar.

Jonathan balançou a cabeça, em reprovação. Então ele atirou em minha garganta.

–Acha que eu sou idiota?!Eu sei diferenciar quando o vampiro foi amaldiçoado ou não. O que a garota é? Fale logo! – ele gritou, cuspindo em minha cara.

A dor das balas atravessou pelo meu corpo. Minha visão ficou turva. Eu estava tão vulnerável que até um humano poderia me matar, á aquela altura.

–Não me obrigue a usar isso, querido – Jonathan tirou alguma coisa de sua jaqueta. Uma estaca de madeira com aquele maldito simbolo de algo parecido com fogo, oque significava 'estaca amaldiçoada' mais letal do que qualquer arma. Ah, que ótimo. Lobisomens 1. Liam 0.

–Ande logo, então - sussurrei, mal conseguindo falar .

Jonathan suspirou.

–Brooke. Lexi . Venham aqui.

As duas garotas apareceram sabe-se Deus de onde até onde estávamos.

–Soltem-no -Jonathan murmurou, olhando para as duas, que começaram a protestar, mas ele as impediu, levantando a mão. – Só não quero que a garota chegue e veja-o dependurado feito um animal. Ah, e não tirem as correntes.Não sou assim tão estúpido.

As duas reviraram os olhos, mas ainda sim me soltaram (com a ajuda de uma escada, já que eu estava suspenso á quase dois metros de altura), e me jogaram (não muito gentilmente) no chão, com as correntes velhas ainda em meus pulsos e pernas. Jonathan apareceu novamente com uma cadeira de madeira velha. Eles fizeram com que eu sentasse nela(na verdade me arrastaram), e prenderam as correntes em volta.

–Você não costumava ser tão teatral em em 1967 – murmurei, sorrindo sarcasticamente(soando feito um porco e coberto de sangue, mas isso não vem ao caso).

–Nós não estávamos mais em 1967 – Jonathan respondeu, me dando mais um tiro, que me desacordou.

Sarah POV

A primeira que eu soube quando acordei foi que ele não estava ali. Era melhor assim, provavelmente as coisas estariam estranhas demais agora, se Liam não tivesse ido embora.

Abri os olhos, incomodada demais com o maldito sol. Franzindo o cenho, olhei para a janela, que estava aberta. O que? Liam havia saído por ali? Teatral mais do que o suficiente, não é?

Balancei a cabeça e fui até lá para fecha-la. O Sol parecia queimar meus olhos. Quer dizer, era novembro, e sol em Richlands era uma anormalidade naquela época do ano.

Eu estava quase na porta quando vi um bilhete. Liam. Li, corando e sorrindo feito uma idiota:

Bom dia, se você está lendo isso é porque nenhum lobisomem comeu você(não leve na malícia,e pare de rir) durante a noite. A propósito, de uma olhada na sua geladeira. De nada.

–Liam.

Franzi o cenho e desci(tropeçando) as escadas, rumo á cozinha. Que diabos tinha na minha geladeira...?

Eu seria capaz de me casar com Liam(brincadeira)! Ele havia enchido minha geladeira de bolsas de sangue!Acho que era a primeira vez em semanas que eu me sentia feliz de manhã.

Sem perder tempo, acabei com quase todo meu novo estoque de sangue em menos de quinze minutos. O pensamento de que, quando aquele novo “suprimento “terminasse e eu provavelmente terminaria fazendo chacinas pela cidade(outra vez) me fez parar, levar o sangue restante para o freezer do porão e prometer a mim mesma que só beberia quando estivesse mesmo precisando.

Eu estava tomando café tranquilamente(engolindo tudo como um animal, para falar a verdade) quando vi as horas no relógio da cozinha. Droga. Eu estava atrasada para a escola.Muito atrasada.

Subi as escadas com a boca cheia de pão em direção ao meu quarto. Eu estava ocupada demais pulando como uma demente para tentar fazer a calça jeans entrar em mim que nem percebi o cheiro que estava em todo o meu quarto. O mesmo cheiro de Mitchell e do grupo estranho que estava na lanchonete. Cheiro de lobisomem.

Fiquei paralisada(sem blusa) no meio do quarto, procurando por qualquer sinal de lobisomens. Eu devo ter ficado parada esperando algum lobisomem sair, sei lá, do meu armário ou de debaixo da minha cama por quase cinco minutos(o que me atrasaria mais ainda para ir á escola), até que finalmente coloquei minha blusa vermelha(devagar, como se ela fosse uma bomba).

Revirei os olhos e voltei á me trocar com a maior rapidez possível. Só poderia ser coisa da minha cabeça, que ótimo, além de ver lobisomens no meu quintal, agora eu também sentia o cheiro deles.

Desci as escadas aos tropeços outra vez, tentando colocar o que faltava na mochila ao mesmo tempo que andava e terminava meu café da manhã. Eu estava com a mão na maçaneta da porta da frente, quando parei. Eu sentia alguém atrás de mim, e dessa vez, juro, não era coisa da minha cabeça, porque eu sentia sua respiração em meu pescoço.

Aislin, onde quer que você esteja, me dê a droga de poder o bastante para chutar a bunda desse maldito lobisomem, rezei(um reza estranha, eu sei), antes de virar para trás.

Eu estava certa. Dois caras(enormes) estavam me encarando com um sorriso perverso. Eram os mesmos da lanchonete. Um loiro com cara de idiota e outro de olhos escuros e brilhantes, que me lembraram de Liam.

Foi ai que eu comecei á raciocinar. Porque eles estavam aqui? Fiquei paralisada, com medo de que qualquer movimento os fizesse atacar. Foi ai que senti como se minha mão estivesse carregada de energia, tipo no dragonball(sim eu assisto, e daí?).

Reuni toda a coragem de minha vida para falar.

–Quem são vocês? – ah, que ótimo Sarah, você poderia ter dito ‘saiam daqui ou chuto o traseiro de vocês’, agora eles pensam que você é retardada, pensei, resistindo ao impulso de balançar a cabeça em desaprovação á mim mesma.

–Porque não nos pergunta depois, querida? Não podemos de contar nada, não antes de te levar pro Jonathan – Sr. ‘olhos de Liam’ falou.

Ergui uma sobrancelha.

–Olha, porque vocês não encontram outra garota para levar sabe-se Deus lá aonde? Agora por favor sintam-se gratos por eu não chamar a policia. Com licença mas eu preciso ir – respondi, fingindo ser o mais humana possível, e imitando o jeito que Tessa falava. Mas é claro que eu nunca conseguiria enganá-los.

–Porque não para de fingir? Sabemos o que você é, ago-... – ‘olhos escuros’ respondeu, quase perdendo a calma.

–Na verdade Jared, nós não sabemos não... – o loiro sussurrou interrompendo-o, mas eu ouvira do mesmo jeito. Revirei os olhos.

–Alex, porque você não para de bancar o idiota? Deixa isso comigo – Jared respondeu, ameaçando bate-lo.

Os dois pararam e olharam para mim.

–É pra hoje? – perguntei, bufando e me concentrando no poder que sentia em todo meu corpo, quase como uma corrente elétrica, que me fazia sentir indestrutivel.

A dupla de babacas se aproximou, acho que eles estavam indecisos se me pegavam pelo cabelo e me arrastavam por ai como na idade da pedra ou não. Jared pegou meu pulo e foi como se eu tivesse dado uma carga elétrica nele.Elecaiu aos meus pés(literalmente, hehe), como se tivesse tendo uma convulsão. O loiro, Alex, me olhou de olhos arregalados,e antes que eu levantasse a mão para acabar com ele também, o covarde fugiu pela porta dos fundos.

Jared permaneceu paralisado. Eu o ergui pelo pescoço(feliz por ter uma força extra de vampiro graças ao sangue) até que ele ficasse suspenso no ar(balançando as pernas como um idiota).

–Agora será que eu posso ir á escola? – perguntei,sorrindo inocentemente.

Jared esganiçou um ‘sim’ e então eu o larguei no chão, ordenando que ele fosse embora. Foi ai que eu cometi o maior erro de toda briga.Dar as costas ao inimigo. Antes que eu me virasse Jared me prensou na parede, ao lado da porta. Ele era mesmo forte, o modo como segurava meus pulsos contra minhas costas me fazia parecer estúpida.

–Isso foi fácil, fácil até demais, eu diria. Uma bruxa, então é isso – ele sussurrou em meu ouvido, ignorando quando os palavrões começaram á sair sem parar pela minha boca.

Jared puxou meus cabelos com tanta força que uma boa parte saiu. Gritei de dor. Maldito. Aislin,se você realmente precisa de mim, me ajude. Agora.

Um impulso incontrolável me mandava ir até a cozinha. Nossa, ótima ajuda, gênia,xinguei Aislin mentalmente. Com o maior esforço que pude, consegui dar um chute nas partes baixas de Jared, que caiu de joelhos outra vez. Aproveitando a oportunidade, corri para a cozinha. Olhei em volta. Uma força quase magnética me guiou até uma dar gavetas da pia. No fundo tinha uma caixa pequena de madeira.

As facas de tia Juliet. Mas não se mata um lobisomem SÓ com prata?E aquilo era só aço, aço imprestável, uma coleção de facas que estava na familia á gerações. Confie em mim,alguma coisa em minha mente sussurrou. Agarrei a faca brilhante, ouvindo passos em direção á cozinha. Escondi a faca(escondendo mais duas nos lados da minha calça jeans, por via das duvidas) e assim que Jared passou pela porta ergui as mãos em sinal de redenção.

–Me leve, te conto tudo o que precisar – suspirei, fingindo derrota.

Jared semicerrou os olhos, balançando a cabeça e veio lentamente em minha direção.

–Como não vou saber que você está mentindo? – ele perguntou, hesitante.

–Que tal um acordo, eu não te machuco se você não me machucar... – propus.

Jared ficou parado, mas, por fim, sorriu.

–É assim que eu gosto, agora vem – ele me puxou pelo pulso até a porta da frente.

Andamos um pouco até acharmos um carro velho na esquina, perto da linha do trem. Jared abriu a porta, contendo o riso. Droga, eu não conseguiria matá-lo ali, no meio da rua.

–Primeiro as damas- ele abriu a porta do carona. Entrei. É...aquela era a situação mais estranha de toda minha vida.

Jared entrou no carro e deu partida. Ele ficou murmurando ‘não sabia que seria assim tão facil’ durante todo o caminho. As facas estavam espetando meus quadris. Eu olhava pela janela tentando fazer a maior cara de paisagem possível. Esperei até sairmos da cidade, então finalmente reagi. É agora.

Olhei pelo canto do olho esperando Jared ficar o mais distraído possível para que eu conseguisse pegar a faca escondida sem chamar a atenção. Tentando ser o mais rápida possível, pulei em Jared, desviando o carro da estrada e fazendo com que caíssemos precipício abaixo. Ele gritava, incrédulo durante as vezes que o carro girava, o vidro quebrava, e os cacos se espalhavam. Aquele momento me fez ter um flashback do acidente que matara meus pais, oque quase desviou a atenção de meu verdadeiro objetivo.

Quando o carro parou, destruído e ameaçando explodir, conseguiu ficar em cima de Jared, com a faca em punho. Ele tentava me tirar de cima, mas eu estava temporariamente mais forte graças ao sangue que havia bebido recentemente.

–Últimas palavras? – perguntei, sorrindo como uma psicopata, feliz pela primeira vez em matar alguém.

–Seu namorado tá com a gente. Se me matar não vai saber onde ele está. – Jared grunhiu.

–OQUÊ?- gritei, apertando ainda mais seu pescoço e a ponta da faca em seu peito.

–O vampiro. Liam Underworld- ele pareceu cuspir as palavras.

Fiquei paralisada, escutando o idiota debochar de mim. Reuni todas as minhas forças outra vez, planejando eletrocutá-lo como havia feito com o loiro. Jared gritou, enquanto eu apertava sua garganta e mandava a carga elétrica pelo corpo.

–ONDE ELE ESTÁ? – gritei, quase sentindo a eletricidade em mim mesma.

Jared continuava em baixo de mim, com um ataque nervoso graças aos choques. Ele conseguiu murmurar algo que me pareceu ser um ‘nunca’, e então seus olhos começaram a revirar.

–Nós podemos ficar nisso o dia todo querido – sorri, com a vida daquele idiota na palma de minha mão(literalmente).

Seu olhar me dizia que ele não desistiria assim tão facilmente. E eu ouvia o pingar da gasolina, indicando que o carro explodiria a qualquer momento. Mas eu devia essa á Liam. Ele salvara a minha vida, e estava mais do que na hora de retribuir.

*****************

Acho que talvez horas haviam se passado até que eu pude sentir que estava colocando Jared quase em coma. Os choques não tinham mais a mesma intensidade e eu estava enfraquecendo.

–Sério?Você não vai contar? – murmurei, parando de eletrocuta-lo e suspirando.

Ele gritou aliviado.

–Olha, me diga onde ele está, por favor – implorei, tão fraca quanto ele. Uma luta não era mais possível entre nós, nos estados em que estávamos naquele momento.

–Eu digo onde ele está, se você me deixar viver. Se me matar, eles irão atrás de sua família.

Hesitei.

–Tudo bem – sai de cima de Jared.

–Na estrada 505 tem uma curva á esquerda, vá em frente até ver um galpão abandonado, cinza – Jared sussurrou, olhando pra mim, que estava tão acabada quanto ele.

Comecei a sentir o remorso se formando. Eu precisava matá-lo naquele momento.

–Desculpe, Jared – falei, realmente sentindo muito, e então cravei a faca em seu coração.

Aquela faca com certeza era de prata(não me pergunte o porque minha tia guardava facas de prata em casa), pois quando ela atingiu o coração de Jared, ele mal teve tempo de abrir a boca. Seus olhos brilharam dourados por um instante, e então matei meu primeiro lobisomem.

Não consegui ficar ali por mais tempo. Só me arrastei com a força que restava por entre os restos do carro e andei aos tropeços de volta á estrada.

Me escondi por entre as árvores mas ainda conseguia ver a estrada. A única coisa que eu sabia era que não poderia chegar fraca daquele jeito num lugar cheio de lobisomens que estavam prendendo Liam. Eu precisava de um humano. Droga.

Fiquei parada na estrada ao ouvir um carro vindo. É claro que ele parou ao me ver. Era um homem de cerca de quarenta anos, acompanhado de um cara de vinte e poucos. O homem de meia idade veio até mim, perguntando de eu estava bem, e olhando para minhas roupas(destruídas e manchadas de sangue) confuso. Mal esperei que ele terminasse de falar, só o mordi, aproveitando o gosto que me deixava com energia outra vez. Tentei me controlar e não matá-lo. Antes que ele desmaiasse, o hipnotizei para que esquecesse aquilo e fosse embora. Corri á procura do outro cara, que não teve tanta sorte e acabou morto.

Recuei alguns passos.

Suspirei, decidindo pensar sobre mais assassinatos depois, já que eu precisava mesmo sair dali. Coloquei o cara morto dentro do carro e o empurrei desfiladeiro abaixo, até onde o carro com um Jared morto estava. Os dois explodiram ao mesmo tempo. Assisti ao acidente com lágrimas nos olhos. Eu odiava aquela nova versão de mim mesma.

Voltei aos tropeços pela estrada, procurando pela casa dos Underworld, e por ajuda.

POV Liam

Horas e horas se passaram até que comecei a esperar pela morte. Brooke e Lexi continuavam me torturando toda vez que eu acordava. Jonathan sumiu, junto com os outros dois. Eu só conseguia pensar onde Jared e Alex poderiam estar, eles estavam com Sarah, óbvio, mas...Onde? Pensar nela morta ou torturada me fazia querer arrancar os olhos daqueles desgraçados...

Em um timing perfeito, Alex entrou pela porta do galpão, parecendo á ponto de estrangular quem se pusesse no caminho.

–Alex? O que aconteceu? Onde está Jared? – Brooke perguntou, largando no chão uma estaca que usava para furar minha barriga e correndo até Alex.

Ele empurrou a garota para o lado e veio até onde eu estava.

–POR QUE NÃO AVISOU QUE A VADIA É UMA BRUXA? – ele gritou, apertando meu pescoço.

Mas de que diabos ele estava falando? Sarah, uma bruxa? Impossivel...

Lexi fez algo que não consegui ver, mas que fez com que Alex caísse de joelhos e parasse de tentar me matar.

–Seu idiota! Jonathan quer ele vivo, esqueceu? – ela revirou os olhos.

–Na verdade, Jonathan que matá-lo pessoalmente...Isso vai ser uma pena... – Brooke debochou, passando a mão pelos meus cabelos.

Alex bufou e se levantou do chão.

–Quantas bruxas estão na cidade? – ele perguntou, respirando fundo e provavelmente tendando se acalmar.

–Olhe, essa história de que ela é uma bruxa também é novidade para mim – ri sem humor algum. Mas na verdade eu só me perguntava o por que ele chegara á essa conclusão.

–Chega, Underworld. Pode até tentar enganar Jonathan, mas não me engana – ele também riu, e atirou em mim. Uau, que ótimo, mais balas de madeira em meu corpo.

–C-como você pode ter tanta certeza do que ela é? Quer dizer, só pelas tatuagens voc-..

–Não foram as tatuagens. Ela me eletrocutou. Eletrocutou á Jared também, que ainda está lá. E tem mais, parece que a vagabunda é da legião de Aislin. – Alex interrompeu, impaciente.

Parecia que o mundo inteiro pareceu não fazer sentido. Se Nikolaos suspeitasse que Sarah supostamente é uma bruxa, vai querer usá-la, como faz sempre que encontra uma que tem o sangue de Aislin nas veias.

Mas eu não iria deixar.

Mesmo indo contra tudo, contra minha família.

Mesmo estando furioso por estar apaixonado por uma bruxa, uma bruxa da ‘pior’ linhagem possível.

–Pela cara parece estar tão surpreso quanto nós – Lexi falou após um silêncio constrangedor.

Não respondi. Os três estavam discutindo sobre alguma coisa que não entendi quando foram interrompidos. A porta se abriu a Jonathan entrou. Ouvi o barulho de mais passos atrás dele, mas a pessoa parou fora do galpão. Seria Jared?

–Alex? Onde está o Jared? O que você descobriu sobre a garota? – Jonathan perguntou, parecendo mais confuso do que eu. Reparei que ele olhava para a porta á cara cinco segundos.

–Consegui escapar, mas Jared não, ele ainda está com a garota, á essa altura um dos dois deve estar morto – Alex respondeu, frustado.

O tapa que Jonathan deu em Alex foi tão rápido e provavelmente doloroso que desviei o olhar.

–Idiota. – ele sussurrou, vindo em minha direção e então olhando para Alex novamente. – E oque descobriu sobre ela?

–Bruxa. E tem mais, parece que é uma das de Aislin – Alex respondeu, dando alguns passos para trás provavelmente com medo de levar outro tapa.

–Aislin? – Jonathan ergueu a voz três oitavas, e então deu um sorriso como se aquela fosse a melhor noticia de sua vida. –Ouviu essa, mãe?

A pessoa finalmente entrou no galpão. Eu me senti vendo um fantasma. Reconheci aqueles cabelos negros e olhos cinzentos imediatamente. Já vira ele em milhares de desenhos feitos por Nikolaos.

Morrighan. Amante antiga de Nikolaos, origem da raça dos lobisomens, o motivo de Nikolaos se tornar um vampiro.

–Não me chame de mãe, me faz parecer velha – ela respondeu, revirando os olhos. Com aquela luz eles pareciam prateados. É... Nikolaos realmente sabia escolher uma mulher.

Ela olhou para mim e cruzou os braços, parecendo se divertir com a situação.

–Você se parece com ele...Tem certeza que não é realmente filho de Nikolaos? – ela perguntou, caminhando devagar até onde eu estava.

Fiquei sem fala e totalmente surpreso.

Nikolaos e Morrighan na mesma cidade significava guerra. Guerra e mortes. E também havia o detalhe de Sarah ser parente de Aislin e por consequência do próprio Nikolaos.

Ir para uma cidade pequena com certeza não trazia sossego como os humanos costumavam dizer.


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Notas finais do capítulo

Antes que eu me esqueça, o primeiro capitulo foi revisado e metade do segundo tambem, entao se vcs tiverem tempo, leiam.
E comentem a fic por favor, mesmo pra dizer que odiou, pq é ruim ter leitores fantasmas.
Prometo tentar escrever o mais rapido possivel, mas minha escola nova da MUITO dever e eu to com lição ate o pescoço agora, desculpem e acompanhem porque Ao despertar: Dias sombrios vai sambar nas inimigas! haha



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