Ao Despertar escrita por httpsdiamandis


Capítulo 12
Capítulo 12 - Bruxas


Notas iniciais do capítulo

gente, me perdoem a demora, a essa altura provavelmente todos ja abandonaram a fic, mais nao custa postar, ne?:



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Acordei completamente confusa. Que diabo de sonho era aquele?Agora minha vida tinha virado um clichê de vampiros? Respirei fundo, me concentrando “nas tarefas do dia”:

Eu precisava fazer o possível para evitar encontrar com Liam.

Eu precisava ver tia Juliet no hospital, ver se ela estava bem. Mas eu também precisava que tia Juliet fosse franca comigo. Será que ela sabia sobre toda aquela doideira de bruxas, lobisomens, vampiros, etc...?Bom, só havia um jeito de saber.

***********

Depois de deixar Tessa e sua casa, eu fui até a minha, tomei banho, e tentei não ficar nervosa ao ver que eu não tinha mais sangue, e que muito em breve, eu precisaria de humanos, e não de bolsas de hospitais.

Enquanto eu dirigia até o hospital, observei com mais atenção o estrago causado na festa(já que quando eu havia ido ao hospital antes, Liam dirigia feito um louco, e eu só pude prestar atenção nas ruínas dos brinquedos, e nos respóteres, policiais, médicos e bombeiros cercando o local.

Dessa vez, não tinham repórteres, e sim policiais, investigando o lugar. Frequentemente duas pessoas saiam dos escombros carregando uma maca com um pano preto cobrindo o cadáver. Desviei o olhar, agoniada. Pelo visto, haviam morrido mais pessoas do que eu imaginava.O hospital ficava bem perto do cemitério, de modo que, quando passei em frente ao cemitério, pude ver dois caixões, com várias pessoas ao redor, chorando e se lamentando. Senti náuseas e culpa, e parei o carro, esperando o cortejo faltar. Provavelmente eu havia matado aquelas duas pessoas. Eu precisava morrer. Eu queria morrer. Minha existência só trazia estrago e perda para todos na cidade.

Chorei como uma covarde após o cortejo passar. Naquele momento eu estava decidida em colocar um fim na minha vida. Aquela seria a última vez que eu veria tia Juliet, eu nem sabia mais se ia ou não perguntar tudo o que eu queria, mas ainda sim...

Levantei a cabeça e limpei as minhas lágrimas. E bem quando eu ia dar a partida no carro...Vi Stacy saindo correndo do cemitério, chorando. Meu carro bateu de leve nela. Suspirei e abri a porta, indo até onde ela estava caída no chão. Ajudei-a a se levantar(ficando totalmente surpresa quando Stacy não negou minha ajuda, e nem me xingou ou fez nada...Ela só enxugou as próprias lágrimas, e olhou para mim, séria e fria, quase nem parecia a mesma garota).

– Como você aguentou? – ela me perguntou, entre soluços.

–Aguentei o que? – perguntei, em choque por estar falando normalmente com Stacy pela 1ª vez em anos, sem que aquilo acabasse em uma troca de insultos.

–Perder os seus pais- ela sussurrou, olhando para o chão.

Fui pega de surpresa. Olhei nos olhos dela e vi minha própria dor refletida. A dor de perder as pessoas que você mais ama no mundo.

–Er...No começo é difícil.Dói muito. As pessoas vivem dizendo que tudo vai ficar bem, que eles estão em um lugar melhor, mas as palavras não adiantam, porque a dor da perda continua lá. Eu não vou mentir para você, mas até hoje ainda dói, mas dói menos, porque eu já me acostumei. Essa perda...Te faz valorizar as pessoas que você ama, te faz amadurecer, e ficar ciente de que os que você ama não são eternos – eu respondi. É claro que a última parte era meio-verdade, já que vampiros e outros “monstros”, eram sim eternos. Mas Stacy não precisava saber disso.

–Sarah...Obrigada por isso, você é a primeira que não ficou me dizendo que tudo ia ficar bem..Você me disse a verdade, e eu agradeço por isso. –Stacy sorriu para mim, quase nem parecendo a mesma garota –Me desculpe por tudo o que eu fiz para você e Tessa, me desculpa mesmo, eu sinto muito...

–Hm...Está tudo bem – eu disse, ainda sentindo que aquilo era surreal, e que assim que segunda feira chegasse, na escola, ela ia mandar Christopher cuspir em mim, o que já era rotina(antes que eu virasse vampira).

De repente apareceu uma mulher, parecida com a mãe de Stacy, só que mais nova, chamando por Stacy, que acenou timidamente para mim e entrou no cemitério. A mulher ficou parada, me encarando, com uma mão na boca, surpresa com alguma coisa. Foi ai que eu prestei atenção na mão dela.

Escapando pela manga da blusa, pude ver a tatuagem no seu pulso, era de uma lua crescente, com algo que pareciam chamas negras em volta.

Senti que minha cabeça ia explodir, e quase corri para o carro em velocidade vampiresca. Dei a partida do carro e sai. Mas, ao olhar pelo retrovisor, percebi que a mulher continuava olhando, imóvel.

Ai.Meu.Deus.

Haviam mais bruxas na cidade? E será que tia Juliet era uma delas?

Se o meu sonho fosse real e não só um truque de Aislin, sim, ela era.

Estacionei em frente ao hospital. Tive que assinar um negócio que não li e fui em direção ao mesmo quarto do dia anterior. Agora que eu não estava mais na companhia dos Underworld, pude perceber a “aura” que era quase visível no hospital. Algumas portas estavam abertas, e vi, de relance, que estavam cheias de pessoas com ferimentos graves, sofrendo, á beira da morte.

Mantive a cabeça baixa até chegar no quarto de tia Juliet. Eu não tinha ideia de como ela podia ter um quarto privado, talvez Liam estivesse por trás disso, já que eu e minha tia não tínhamos dinheiro pra um quarto daqueles.

Quando entrei, uma enfermeira estava dando uns remédios para tia Juliet(que estava acordada, e parecia um pouco melhor). A enfermeira deu um olhar torto para mim, e saiu do quarto.

–É tão bom ver você Sarah... – tia Juliet sorriu, enquanto eu me aproximava e me sentava na beirada da cama.

–A senhora parece melhor – eu sorri, tocando sua mão. Era verdade, embora quase imperceptível aos olhos humanos. Os hematomas estavam mais claros, e seus olhos estavam mais “brilhantes”.

Analisei tia Juliet, procurando pela maldita tatuagem. Nada. Será que aquilo não seria tudo coisa da minha cabeça?

Não custa nada perguntar. Se ela rir de mim, apago isso da mente dela.

Respirei fundo.

–Tia...? – tomei coragem, levantando a cabeça.

–Sim? – ela me encorajou. Pude sentir que ela desviava os olhos, como se escondesse algo.

–Últimamente...Aconteceram...Coisas estranhas comigo. – eu forcei as palavras á sairem.

–Ah Deus, eu sabia que esse dia chegaria... – ela sussurrou tão baixo que se eu fosse humana não teria percebido. – Que tipo de coisa, querida? – ela perguntou, dessa vez em tom normal.

–Não pense que eu fiquei louca, mas...Quando me acharam, após o acidente, e eu me olhei no espelho..Eu estava...Coberta por tatuagens, que ninguém parece notar, só eu. Como se elas fossem visíveis só para mim... – eu disse, ocultando metade da história. Algo dentro de mim dizia para que eu não contasse nada sobre vampiros á ela.

–Sarah...Não pense que eu enlouqueci, okay? Hm...Lembra das histórias que eu te contava quando você tinha 9 anos? – ela me analisou, nervosa.

É claro que eu me lembrava. Ela me contava sempre na hora de dormir, quando minha mãe precisava sair(sempre ás sextas e sábados). As histórias eram sobre tempos antigos, sobre...AH, MEU DEUS. Eram sobre Aislin.

–Lembro.

–Se eu te contasse que...Que elas são reais...Você acreditaria em mim? – ela se inclinou. Seus olhos verdes eram tão profundos que desviei o olhar, nervosa.

–Eu acredito tia. Me conte mais, por favor. Minha vida está um caos, me ajude – eu olhei para ela outra vez, suplicando.

–Você realmente acredita? Não vai me chamar de louca nem nada? – ela parecia surpresa.

–Não, nada mais me surpreende, você nem faz ideia... – eu disse, me lembrando de acordar sem saber onde estava, de me olhar no espelho e ver as tatuagens, das aparições de Aislin, e, por último, me lembrei do enorme lobo na estrada, e do meu sonho.

–Okay, bom...Vou te contar a verdade, acredite okay? Algumas coisas vão parecer loucura mas...Hm...Por onde eu começo? Bem, nossa família, nós, bem, nós descendemos de bruxos e bruxas, os primeiros a existirem, diretamente de Aislin,a primeira bruxa, dela vieram todas as legiões. Existem dois tipos de buxas: as que descendem diretamente dela, e as que descendem das duas bruxas que ela transformou: Gwendal e Eileen. Aislin as escolheu acho que para imitar a Triplice Mãe, três deusas celtas.

–Por que “imitar”? – perguntei.

–É que a tríplice mãe é composta pela virgem, pela mãe e pela anciã. Gwendal era virgem, se eu não me engano tem 14 anos. Eileen era a mulher mais velha do vilarejo de Aislin, tem 95 anos.

–Desculpa interromper mas...Como assim “tem”? Elas ainda vivem?

–Sim

–Onde elas estão?

–Eu não sei, provavelmente na Europa ou na Oceania. Elas vieram para a América apenas na época em que o novo mundo era novidade. Mas depois da perseguição das bruxas de Salém, nunca mais soube noticias delas, se bem que eu desisti da bruxaria, após Emily morrer, eu desisti por completo... – tia juliet parou, se emocionando ao lembrar da filha*.

(N/a: Emily é mencionada no capitulo 08, ela morreu porque estava em no carro da mãe, que explodiu, isso foi durante uma visita á casa da Sarah).

–Hm...A senhora pode me contar tudo depois, sabe, eu sei que falar de Emily ainda trás más memórias – eu disse, afagando a mão de tia Juliet.

–Não...Está tudo bem...Você precisa saber a verdade...Bom, das três bruxas da primeira legião descendem todas nós. Elas são imortais, mas Aislin está exilada, tudo culpa de...Ah, deixa pra lá, isso não é importante agora... – ela deu de ombros, eu sabia que ela quase havia tocado no nome de Nikolaos, e isso fez os pelos do meu braço de arrepiarem. – Os descendetes de Aislin são os mais poderosos, e somos nós. Algumas pessoas da família simplesmente nascem assim.

–Er..Tia?Como essa tal de Gwenseilaoque pode ter filhos se ela supostamente era virgem? – eu disse, corando.

Tia juliet riu.

–Hm, bom, acho que as coisas devem ter mudado após ela virar uma bruxa. Eileen, bem, ela ter filhos com aquela idade foi meio que um milagre, mas os descendentes de filhos dela são os mais comuns ao redor do mundo. E nós, bem, nós somos as mais raras e poderosas. Pode-se distinguir as três linhagens através das tatuagens, que só seres sobrenaturais veem: Descendentes de Gwendal tem uma lua crescente, que simbolisa a juventude, com linhas que parecem fogo consumindo a tatuagem, que é sempre negra, não importa o símbolo. Os da linhagem de Eileen é uma lua minguante, simbolisando a velhice e sabedoria, com filigranas em volta. Já nós, bem, veja – tia Juliet subiu a camisola do hospital(tampando a parte de baixo com o lençol, claro), mostrando um símbolo que estava abaixo do seio esquerdo. Eram duas luas: uma crescente e outra minguante, cruzadas, com tentáculos negros em volta, e uma inscrição em uma língua que eu não sabia o que era, mas consegui ler, parecia ser algo como “sereis como os deuses”. Foi ai que uma lembrança de dias atrás me veio em mente: Eu tinha aquilo escrito em mim também. Me lembrei de Liam falando, enquanto tocava a escrita na minha clavícula:

–Essa aqui: eritis sicut dii, significa:sereis como os deuses. É a frase que a serpente fala para a Eva, na biblía...

–Tia, eu tenho isso escrito em mim. – Eu disse, virando a cabeça e tirando o cabelo da frente, para que ela pudesse ler.

–Isso significa que você com certeza é uma de nós, eu me lembro que você tem mais coisas escritas no corpo...

–Como assim, “se lembra”?

–É que as tatuagens sempre estiveram ai Sarah, desde que você tinha 3 anos de idade. Era para você ter começado á notá-las aos 14 anos, eu fiquei até preocupada, mas antes tarde do que nunca – ela sorriu, dando de ombros.

–E o que significam?

eritis sicut dii pelo que eu sei é só o que Aislin ouvia em seus sonhos, antes de transformar-se. As outras inscrições no seu corpo significam que você...É a escolhida dela, só você pode libertá-la.

Eu me levantei, assustada com as palavras repentinas.

–Por que eu? Não podiam ser essas duas bruxas que você disse?

–Acontece que seu pai...Bem, Daniel também era um bruxo. Existem poucos homens que são bruxos, porque Wiccas são matriarcais...Mas, voltando ao assunto, seu pai descende não só de uma de Eileen, mas também de Gwendal, o que é raro. Isso faz de você descendente das três, o que explica o porque das tatuagens, significa que você é única.

–Posso te perguntar uma coisa? – eu disse, tentando desviar dessa historia de salvar Aislin.

–Claro querida.

–Eu consigo tipo, fazer mágica?

–Eu acho que você consegue, mas treinar ajuda. Use o poder da mente.

Então o médico entrou no quarto, dizendo que era hora do almoço de tia Juliet e que depois ela iria tomar medicamentos. Eu me despedi dela e fui embora, tentando absorver tudo.

Minha casa parecia incrivelmente mais silenciosa do que já era. Subi para o meu quarto, aturdida. As palavras de Liam e de tia Juliet ecoavam em minha cabeça. Suspirei e fui tomar banho, não querendo nem me olhar no espelho, para não ver as malditas tatuagens.

Eu estava na banheira, submersa, quando resolvi tentar uma coisa. Submergi, e encarei a água, que saia pelas bordas da banheira. Tentei me concentrar, com as duas mãos indicando a água. Fechei os olhos e imaginei a água flutuando em pequenas gotas ao meu redor, e formando uma espécie de espelho na minha frente. Quando abri, vi, chocada, meus pensamentos virarem realidade. Gotas de água estavam flutuando por todo o banheiro, paradas, como cristais refletidos pelo Sol. Na minha frente estava um espelho de água, no qual eu podia ver meu olhar assustado.Deixei meus pensamentos “voarem” por alguns segundos, e então todas as gotas caíram no chão, encharcando tudo. Me concentrei outra vez e fiz tudo ficar seco.

Então eu realmente podia fazer isso. Eu me sentia estranha...Como se não fosse eu mesma, e estivesse assistindo a cena de longe. Suspirei e afundei na banheira outra vez.

**************

Era segunda-feira e eu estava em meu carro, com meus amigos(menos David e Connor), estacionando na escola. Riley comentou sobre o acidente durante todo o caminho, me contando o que eu havia “perdido”. Muitos dos alunos estavam hospitalizados ou estavam mortos, e a última aula seria um memorial aos alunos e cidadões mortos. Ao sairmos do carro, eu estranhei que não havia muita gente no estacionamento, e os poucos estavam reunidos em rodas, alguns até choravam.

David veio caminhando até onde nós estávamos, ladeado por Connor. Quando Dave me deu um beijo(tipo, na boca), as pessoas em volta pararam as lamentações para olhar. Se tinha uma coisa que os bons cidadões de Richlands gostavam, era uma fofoca.

–E esse é oficialmente o fim do relacionamento lésbico – Tom disse, como um jornalista(com direito á microfone falso e tudo).

Ele começou a rir, mas se rendeu depois que eu e Tessa ameaçamos bater nele.

Dentro da escola, o clima era ainda pior, haviam pessoas sentadas no chão, chorando e contando sobre as pessoas mortas. A culpa tomou conta de mim outra vez. Eu abaixei a cabeça, controlando-me para não voltar correndo para casa.

Foi ai que eu vi Stacy e Jessica. Talvez fosse meu sonho,ou então o possível tratado de paz, que me fez encarar as duas chocadas. Elas estavam sentadas no chão, sussurrando com as cabeças próximas. Sem contar nas roupas. Normalmente quase mostravam a bunda, mas hoje, Stacy e Jessica estavam quase normais, despercebidas, oque era estranho quando se tratava da sta. Rainha do Baile.

–Onde está o resto? – eu sussurrei, perguntando á Dave(que andava pelo corredor de mãos dadas comigo).

–Joey e Elizabeth estão no hospital.Mitchell está louco, reclamando de tudo e batendo em quem, olhe para ele.

–Por quê?

–Mitchell viu Joey e Elizabeth ficando atrás de uma das barracas na festa, um pouco antes no incêndio. Ele não está com remorso, e sim com raiva: A namorada o traindo com o melhor amigo...Já Christopher está de luto pelo o que eu soube. Os pais morreram no incêndio também. É uma surpresa ver Stacy aqui. – David esclaresceu.

Os outros foram por caminhos diferentes até seus armários, e só Dave e Tessa me seguiram até o meu.No armário ao lado, tinha um cara enorme, remexendo em busca de algo. Fiquei surpresa ao ver que era Mitchell. Ele estava ums 15 centimetros maior, no mínimo.

Com a maior sutileza possível abri o meu armário em busca do meu livro de história. Mitchell fechou o dele com tanta força que havia amassado um parte. Ai ele me encarou, assustado.

–Sarah, desde quando você tem essas tatuagens? – ele perguntou, confuso.

Eu olhei para cima. Mitchell estava assustador, alto e tão musculoso que o casaco do time estava realmente muito apertado.

–D-de que diabos você está falando? – eu tentei controlar a minha voz. Mitchell era um ser sobrenatural? Por que ele estava vendo minhas tatuagens.

Sem dizer nada, ele tocou minha bochecha, desenhando uma onda. Foi ai que eu senti um cheiro estranho. Com certeza não era humano nem vampiro. Tinha cheiro de...Cachorro.

–Ei, o que você pensa que está fazendo? – David murmurou, encarando Mitchell perplexo(que continuava com a mão no meu rosto).

–E o que você tem á ver com isso, gaguinho? – Mitchell disse, rindo com sarcasmo.

–Cale a boca, corno. – David balançou a cabeça.

O olhar de Mitchell era mortal. Em menos de um segundo, ele jogou David na parede dos armários, segurando-o pelo pescoço. Pude ver que ele o estava sufocando.

–OQUE.VOCE.DISSE?- Mitchell grunhiu, e, por um instante, seus olhos ficaram dourados. Como...os do lobo.

Ele iria matar David, eu podia sentir. Decidi interferir. Fiz as luzes do corredor se apagarem, e então, com um único movimento, joguei Mitchell do outro lado do corredor, tendo certeza que havia afundado meia dúzia de armários. Mitchell se levantou e sussurrou em meu ouvido: - Eu sei o que você é.

Eu o encarei no escuro, fazendo meus olhos ficarem vermelhos. E ele fez os seus ficarem dourados. Eu virei de costas, em meio ao escuro.

Então, avistei David e Tessa no escuro. Peguei a mão dos dois e os puxei para longe do tumulto, fazendo as luzes se acendessem assim que nós saímos.

Um tremor me sacudiu, de volta á realidade.

Mitchell era um lobisomem.


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