May - Parte VI escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 12
A Ilha


Notas iniciais do capítulo

Pyro os leva para uma praia e diz que Magneto se encontra numa ilha ao norte, tudo o que May vê é uma sombra bem longe. Será que Pyro decidiu brincar com seu destino?



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Pyro foi nos mostrando o caminho. Ele mostrou direitinho, como o franguinho covarde que é. Chegamos então à margem de um mar, não sei exatamente onde. Aquilo estava suspeito. Parei na praia.

- E então? - perguntei meio sem paciência.

- Aquela ilha! - ele dizia.

Havia uma ilha bem ao longe dali, era apenas uma sombra na verdade. Desci da moto e apertei meus olhos tentando, inutilmente, calcular a distância. 

- Como chegamos lá? - perguntei.

- Eu não sei.

- Como assim você não sabe? - me aproximei nervosa dele. - Quer dizer que nunca foi pra lá? Acha que eu sou trouxa Pyro? - agarrei a bochecha dele muito nervosa.

- Não, não, não - ele disse desesperado. - Eu já entrei, mas sempre foi com Magneto, então eu não...

- Quer dizer que você é um idiota que não presta atenção em como entra? Me explica direito Pyro, para seu próprio bem - minha paciência estava acabando.

- Tinha um barco mas eu não sei como...

Perdi a paciência de vez, abri a boca de Pyro, peguei sua língua com minhas unhas e a rasguei ao meio. Ele gritou de dor.

- Cansei de ouvir você falar, você não sabe nada. Não sei como Magneto aguenta você. Você sempre foi um inútil e caçador de problemas.

Pyro segurou a boca com as mãos, saía muito sangue e eu não me importaria se ele morresse ali agora, acho que ninguém se importaria na verdade. Olhei ao redor e encontrei a alguns bons metros dali, uma dupla de pescadores e eu iria usar o barco deles para chegar a ilha de Magneto.

Me aproximei da forma mais sensual e delicada que pude, meus instintos repreendidos. Me aproximei e comecei a dizer suavemente:

- Olá rapazes - eu sorria.

- Olá - o maior deles respondeu me dando uma olhadela de cima a baixo e com uma cara de pervertido. Ele era grande e musculoso, quase do tamanho de Logan.

- Barco bonito, é seu? 

- É sim, meu e do meu amigo ali - ele não me deu espaço para ver o amigo, apenas apontou para além de seu ombro.

- Pode me dar ele?

Ele deu uma risada irônica.

- Não é bem assim princesa. Há um preço...

- Ok, pensei que iriam dizer isso - dei um sorrisinho. - Posso pagar de duas maneiras, em dinheiro ou algo que você gosta muito e prioriza mais que tudo.

Ele olhou para o amigo e depois me olhou meio desconfiado.

- Mil dólares - ele respondeu.

- O quê? - dei uma risada sexy e irônica. Andei em direção ao barco, parei no meio do caminho e me virei pra ele, ficando de costas pro amigo. - Dou cinco dólares.

- Cinco dólares? Acho que não estamos falando a mesma língua querida. 

Me aproximei ainda mais dele.

- Então você prefere... - me aproximei dele e comecei a passar a mão em seu peito e ir subindo para o pescoço - a segunda opção?

O olhei nos olhos, ele com certeza achava que eu iria me deitar com ele pelo barquinho mixuruca. Então senti um vento rápido passar ao meu lado. Olhei para trás sem largar o pescador e vi Pietro que acabara de socar o amigo do pescador. Olhei novamente para o pescador.

- Seu amigo ia me bater? Que feio...

Ele começou a ficar tenso e tentou fugir de mim. Eu o segurei.

- Não, não, não, não, não. Você vai ficar aqui comigo, ainda não negociamos - deixei minha unha do dedo indicador crescer e ele ver. - Viram como essas belezinhas crescem? E são super afiadas - fiz elas diminuirem. - Agora, imagina se eu as faço crescer bem aqui - apontei para o coração dele. Ele começou a suar frio. Olhei para ele com um sorriso sapeca. - Então, essa é a minha oferta, você me dá seu barco e eu lhe dou a vida. Que tal? 

- Fe... feito.

- Ótimo! 

Sorri e bati duas vezes de leve em seu peito. Então ouvi um barulho de tiro e uma dor em meu ombro esquerdo. Olhei para trás e vi o amigo dele com a arma na mão. Pietro ia bater nele mas eu o impedi.

- Você ia me matar? - perguntei indignada.

Ele ficou calado.

- Você atirou em mim. Você ia me matar?

- Não ia deixar você matar meu amigo!

- Uau! Quanta lealdade - olhei para o pescador e fiz uma cara de que ele estava podendo com o amiguinho que tinha, olhei novamente para o amigo. - Bom, infelizmente eu tenho uma má notícia pra você: eu não morro - sorri. - Sendo assim, como você atirou em um lugar que eu praticamente não morreria inicialmente, ficaremos quites, ok?

Joguei a arma do amigo para longe, o empurrei para que ficasse de costas e depois o puxei para perto de mim, encolhi minha mão para que minhas unhas parecessem um buraco e enfiei aquelas cinco garras nele, no mesmo lugar onde me dera um tiro. O grito dele foi alto e assim que o larguei, ele caiu no chão ajoelhado. Fui em direção ao barco e comecei a puxá-lo facilmente pela areia. Pietro segurava o pescador enorme.

- Seu amigo ainda tem chances de viver, leve ele ao médico.

Dei um sinal para Pietro soltá-lo e ele foi correndo ajudar o amigo. Pietro e eu voltamos até onde Logan e Pyro estavam. Coloquei o barco perto da água.

- Agora temos um barco, Pyro! E se você estiver nos levando para o nada, eu mato você. Não, mentira, eu faço você ficar sem a perna esquerda, que tal?

Os olhos dele arregalaram-se.

- São, são! O capfinho essá cerso! Eu jurro! - sua fala fora afetada graças ao corte que fiz em sua língua e isso me divertiu.

- Então vamos.

Peguei ele pelo braço e o joguei dentro do barco, ele capotou e estava custando a ficar de pé. Entrei no barco e entreguei a corda a Pietro, ele sabia exatamente o que fazer. Logan entrou em seguida. Vi a cara dos dois e fiquei feliz em notar que nenhum deles me olhava de maneira estranha, eles conheciam essa May, essa May violenta, a May nervosa e eles gostam dela tanto quanto da May romântica e sexy e eu os amo por isso.

- Se segurem! - disse Pietro animado.

Ele começou a correr em direção à sombra de ilha. Eu estava séria com o vento forte batendo no rosto. Pyro ainda estava deitado, a velocidade piorou sua situação de tentar se levantar e Logan estava segurando firme na beirada do barco, era uma cena engraçada, mas eu estava com tanta raiva que não consegui sorrir, só de pensar que finalmente encontraria Magneto e acertaria as contas. Se ele tiver matado Max as coisas iam piorar muito, tentei não pensar nessa possibilidade.

Chegando à ilha, Pietro freou o barco e todos nós descemos. Peguei Pyro pelo braço e ele foi nos mostrando o caminho. O local em que chegamos era como uma fortaleza, haviam mutantes que eu nunca vira em minha vida, que vigiavam a porta. Eles nos pararam.

- Somos amigos do Pyro - eu disse com um sorriso.

- São são, são! - ele disse desesperado.

- Viu? - sorri ainda mais.

- E sou eu, Pietro, filho do Magneto - Pietro apareceu.

- E aquele ali - o mutante apontou para Logan.

- Nosso amigo também - respondi.

- São! - gritou Pyro.

Sorri pra eles confirmando a resposta modificada de Pyro. Pyro ficou nervoso. Eles nos deixaram passar e enquanto andávamos, comecei a irritar Pyro.

- Está com medinho do Magneto matar você? Quer que eu te mate agora? Se quiser, terá que implorar de joelhos e falar que você está morrendo de me...

- May - ouvi a voz de Magneto, aquela voz cordial que pronunciava meu nome sempre da mesma forma.

- Magneto - olhei séria pra ele.

- Como é bom ver você por aqui - ele sorria, aquele sorriso irônico de sempre. - Você demorou a chegar.

- O quê? - respondi. Como assim demorei a chegar? DO que ele estava falando?

- Isso mesmo minha querida May, eu estava esperando sua visita. 

- Você sabia disso o tempo todo seu cretino? - apontei o punho para Pyro.

- Claro que não May, acha mesmo que Pyro apanharia de graça? Acha que ele deixaria você detoná-lo para te trazer aqui? Pyro pode ser inútil, claro, mas não burro.

Pyro não pareceu gostar das palavras de Magneto.

- A missão dele era vigiar o comportamento de Pietro, como ele está reagindo à sua volta à vida. Uma missão inútil, óbvio. Na verdade, queria que você o visse e o obrigasse a te trazer aqui. Ele foi uma isca - Magneto sorria sempre e mantinha sua posição superior.

Olhei para Pyro com nojo e o joguei para perto de Magneto. Magneto desviou com poucos passos de Pyro, que caía no chão fedendo sangue.

- Levem-no daqui - disse Magneto a alguns outros mutantes, ou humanos, vai saber...

- Onde está meu filho? - perguntei.

- Ah sim... seu filho - ele sorriu. - Sabia que você perguntaria logo por ele.

- O que você fez com ele? - gritei e o ataquei. Obviamente ele me parou por completo numa posição de ataque, onde meus caninos estavam expostos e meus olhos com certeza estavam amarelos e em formato felino. Minhas garras também estavam de fora.

- Acalme-se minha querida May. Já vou lhe contar o que aconteceu com seu precioso Max.


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