Fogo da paixão escrita por Brieel


Capítulo 5
Capítulo 5 - Revelações


Notas iniciais do capítulo

Agora Alice vai saber quem é o Souma de verdade. Não vou enrolar, fiquem com mais um capítulo :)



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Já era de manha e o sol já estava nascendo. Acordei do jeitinho que dormi deitada em seu peito. Nesse momento pude escutar sua respiração e seu coração batendo. Logo em seguida ele despertou. Nós no olhamos de um jeito engraçado.

-Bom dia – Disse com uma voz ainda de sono.

- Bom dia – Ele me respondeu também com voz de sono e esfregando o olho.

-Nossa dormi igual uma pedra. – Disse e ele riu.

-Eu também, e viu eu fiquei aqui essa noite. – Ele disse e eu dei um breve sorriso.

Eu fiquei paralisada por um tempo sem saber o que fazer, até que tive a noção que tinha que ver as horas. Já eram 9h da manhã. Nós descemos e fomos tomar café da manhã. Ficamos conversando esperando o médico chegar para dar a alta para o Souma. Nesse pouco tempo que nós conversamos percebi que tínhamos algumas coisas em comum que nos fez falar sem parar.

- Você então gosta de esportes radicais.

- Nem tanto. Mas gosto de passear de bicicleta, sair... – Ele deu um sorriso carismático. – Você pra tica algum esporte?

- Eu pratico luta.

- Nossa não pensei que eu estava lidando com um lutador.

- Nem tanto também, eu luto, pois eu queria ser igual ao meu pai. – Ele ficou pensativo por um momento.

-Então seu pai era um lutador? – Eu não sabia se ele iria me responder, mas tentei.

- Sim, ele era.

-Seu pai parecia ser um homem incrível. – Falei um pouco sem pensar.

-Ele era a pessoa mais incrível que eu já conheci. – Ele falou de um modo que me emocionou e acabei deixando uma lagrima cair. –Você ta chorando.

-Ah, não só foi um cisco que caiu no meu olho.

Nesse momento ele levou a mão e passou o dedo em meu rosto e nos entreolhamos.  Isso me fez sentir uma sensação diferente do que já senti uma vez, mas tentei esquecer. Logo o médico chegou e meio que nos atrapalhou.

-Aham! Eu vim dar a alta para o Sr. Souma. A Srta. Alice poderia me acompanhar também.

- Sim – Dissemos juntos e fomos atrás do médico.

Assinamos os papeis e fomos para o meu carro. Durante o caminho resolvi ligar o rádio e nos divertimos muito cantando as músicas que tocavam. Ele é super animado e começou a querer imitar algumas coisas que não sei ao certo o que é, mas me fez rir muito. Finalmente tínhamos chegado ao meu prédio.  Ele ficou sem saber o que fazer, pois acho que ele não estava se sentindo muito à vontade com aquela situação. Então tentei tranquiliza-lo.

-Ei, vai empacar aqui na frente? Vai! Você chegou até aqui, eu acho que valeria apena você tentar. – Disse no intuito dele aceitar morar comigo por um tempo.  

- Eu não sei. Perdi muito tempo ficando aqui. – Fez uma cara de preocupado.

- Você está falando isso dês de ontem, eu ainda não entendi.

-Você realmente não compreenderia.

-Mas se você me explicar direitinho eu posso entender – Me dirigi a ele me aproximando tocando seu baço engessado, fazendo cara compreensiva.

-Isso não vai dar certo – Disse coçando a cabeça.

-Fala! – Ordenei.

Ele pensou por um instante e logo me fez uma pergunta que me surpreendeu.

- Você falou que me achou numa estrada, né? Você por um acaso não achou uma caixa de prata perto de mim? – Ele falou preocupado.

-Você está falando disso? – Abri o porta-malas e mostrei a caixa que ele se referia.

-Isso mesmo. – Ele disse se aproximando e pegando a caixa.

-Ei, você não pode pegar isso. – Falei preocupada.

- Por que não? Que eu saiba isso é meu. - Ele franziu o cenho.

-Eu não falei isso. Eu disse, pois isso é muito pesado e você não está podendo pegar peso. – Cheguei perto dele tentando tirar a caixa dele. - Deixe-me levar isso para o meu apartamento. – Ele me olhou desconfiado, mas não largou a caixa e fez questão de leva-la para dentro.

Nós entramos e subimos pelo elevador e quando chagamos quis abrir a porta o mais rápido possível, pois sabia que a caixa estava super pesada.

- Ei, pode deixar ela no canto da sala, mas depois a levarei para um lugar mais seguro. Mas acho que a deixarei ai por enquanto. Ninguém entra aqui mesmo, então você pode ficar despreocupado.

Então ele colocou a caixa no canto bem escondido da sala e enquanto isso eu ia pegar um copo de água na cozinha.

-Aceita água? – Disse apontando para o copo em minha mão.

-Não, obrigado.

Então fui para traz do balcão da cozinha lavar o meu copo quando ele se aproximou e disse.

-Por que você falou para eu esconder a caixa? – Ele me olhou sério, e fez  perguntar-me se eu deveria falar o que eu sabia.

- Eu não sei se devo. – Tentei sair indo em direção a sala me sentando no sofá.

- Acho melhor você falar. Você viu algo? – Ele falou me seguindo e logo se sentou ao meu lado e se aproximou de mim. – Por favor me fala.- Falou em tom de súplica e segurando minha mão.

Eu fiquei um tempo pensando e resolvi contar. Eu não sabia o que me esperava, então respirei fundo e falei o que sabia.

- Eu quando te encontrei, eu estava dirigindo numa estrada que dava há uma cidade próxima. Ai, eu vi uma explosão com um enorme clarão que me fez parar o carro. Depois eu fui ver o que tinha acontecido e quando cheguei lá, você estava desacordado e vestido uma  armadura. Mas quando me aproximei para toca-lo a armadura saiu do seu corpo e foi para essa caixa. Eu achei melhor não falar nada porque eu não sabia como as pessoas reagiriam e eu não o conhecia direito. Não tinha ideia de quem você era, então resolvi ficar quieta.

Durante o tempo em que eu falava ele ficou me olhando e me deixou um pouco envergonhada. Depois que terminei de falar ele ficou pensativo. Eu nesse momento quis sair, mas logo senti algo me puxando pela mão e quando vi era ele me segurando e acabei sentando de novo no sofá.

Nós nos olhamos e eu comecei a falar.

- Eu não sei o que você está pensando de mim, mais provavelmente que eu sou louca... - Ele me interrompeu botando seu dedo em minha boca.

- Mas porque eu te chamaria de louca se o que você disse é verdade? – Eu fiquei em choque.

- Como assim? Você deve estar de brincadeira comigo. Então você acredita em mim? – Falei, mas achei que logo ele iria rir da minha cara, mas não ele não riu e ficou ainda mais sério.

- Eu acredito em você, pois nenhum ser humano, exceto os cavaleiros, ex-cavaleiros e algumas pocas pessoas no mundo sabem disso. Tudo o que você me disse, se você falou a verdade, é verdade.

- Mas eu só sei isso. Eu não sei mais nada. Então quem é você? O que você é? -  Definitivamente eu queria saber quem ele era.

- Eu sou um Cavaleiro, um Cavaleiro de Athena. Souma de Leão Menor.

Fiquei sem ação. Completamente chocada. Eu demorei um pouco para digeri tudo, todas essas informações, e por um momento senti a mão de Souma tocar a minha e me fazer ficar mais perto dele. Nós nos olhamos e ele falou.

-Ei, fique calma, não há nada demais nisso. Claro que se você contar para alguém ninguém vai acreditar, mas está tudo bem - Nisso eu dei um breve sorriso que o fez parecer ter gostado. – Viu não há nada demais.

- Eu sei. Bom, agora eu sei, sei de tudo.

-Nem tudo.

- Então você ta me escondendo mais coisas?

-Err, sim, mas com o tempo você vai descobrindo aos poucos. – Ele deu um jeito de fugir da minha pergunta, mas eu não deixei.  

-Não, você agora vai ter que me contar tudo. – Falei de um modo que ele se rendesse e me contasse tudo o que ele sabia.

- Ah, não vou contar. Como eu falei com o tempo você vai entender o que eu estou falando.

Confesso que eu fiquei curiosa a respeito sobre os Cavaleiros de Athena, mas como ele não queria me contar nada, teria que esperar a boa vontade dele de me contar tudo.


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Notas finais do capítulo

Bom, agora a Alice sabe que o Souma é um Cavaleiro, e sobre a existência dos Cavaleiros de Athena. Eu posso revelar que muita coisa ainda vai acontecer para esses dois. Gente não deixem de comentar. Bjussss