Fogo da paixão escrita por Brieel


Capítulo 4
Capítulo 4 - A quase fulga


Notas iniciais do capítulo


Não vou enrolar, está ai mais uma capítulo :)



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O dia passou devagar e foi bom, mas o melhor foi quando a Jú me interrogou, me fazendo todo tipo de pergunta sobre o Souma.

- Ei, como é ele? Fala!

- Ele é super simpático, alegre, e galanteador....e é...muito bonito.

-Uau! Eu sabia que você tinha um grande motivo pra ir todo dia aquele hospital.

- Não inventa tá! Eu mal conheço ele, e também eu não quero ficar com ninguém, tá.    

- Epa! Eu não falei isso, você mesma que ta se entregando.

- Eu!?

- Sim, você. E não tente se enganar. Se você estiver apaixonada vá em frente.  

-Mas eu não estou.

- Tá tudo bem. Não está aqui quem falou.

Depois disso fui para o hospital e chegando lá o médico me chamou para conversar na hora.

- A pessoa que você trouxe quer sair de qualquer jeito do hospital, eu não posso deixar que ele faça isso. Se ele sair pode ter problemas graves. Ele ainda está muito machucado e tem uma fratura no braço que pode complicar. Por favor tente impedi-lo.

Concordei e fui atrás dele até o quarto que o Souma estava. O médico abriu a porta e eu entrei. Quando entrei dei de cara com ele, e ele estava sem camisa exibindo o corpo definido. O Souma me pegou antes que eu caísse no chão no momento que nós batemos de frente.

-Opa, você está bem? – Disse me segurando um pouco e olhando em meus olhos.

- Sim – Falei meio tonta.

– Acho que já posso te soltar. – Eu o ainda observava.

-Ah! Sim. – Falei gaguejando um pouco.

Ele me soltou e olhando ainda em meus olhos. Eu fiquei sem o que falar, mas tive que agir.

- O médico me falou que você quer ir embora do hospital sem autorização médica. Você não pode fazer isso. Vai ter problemas se ir embora. Você pode piorar sua situação.

-Não, eu preciso ir agora. Já perdi muito tempo aqui. Tenho que ir.

-Por favor, não faça isso. Pelo menos tente ligar para alguém. Para o seu pai, ou sua mãe...algum parente...talvez alguém possa ajudar.

Ele me lançou um olhar que me fez parar de falar no mesmo instante.

- Eu não tenho pai, e nem ninguém. Eu vou sair por conta própria.

- Então fique na minha casa. Você não pode sair assim.

-Você está convidando um estranho que você encontrou numa estrada para ficar na sua casa?

- Sim estou. Pode parecer loucura, mas você não pode sair assim. Foi eu quem te salvou e eu ficaria muito mal se algo acontecesse com você. Principalmente se eu podia ter evitado.

 Ele ficou meio pensativo por um instante e depois me disse algo que me aliviou.

- Eu aceito sua proposta, mas você tem absoluta certeza disso?

- Sim, eu tenho. –Disse confiante.

O médico pediu que ele passasse a noite no hospital e prometeu que daria alta para ele no dia seguinte.

Eu passei a noite com o Souma no hospital. Ele de início não queria, mas como eu sou muito desconfiada, fiquei lá para garantir que ele não escaparia.

- Você tem certeza que quer passar a noite aqui no hospital comigo? Principalmente dormindo nessa cadeira ai do quarto?

-Sim, tenho. – Disse firme.

Parecia que ele me queria longe, mas logo a história mudou.

- Então pelo menos durma na minha cama....

-Você está falando pra eu dormir com você na cama? – Eu o cortei e fiz uma cara que acho que foi engraçada porque ele começou a rir logo que terminei de falar.

-Qual foi a graça? Eu acho que foi o safado foi você aqui.

- Pera ai, você ta me chamando de safado pela segunda vez. Eu só quero o seu bem estar.

- Dormindo com você na cama?

-Não necessariamente até porque essa não foi a minha intenção de início, mas como você falou o que deu a intender é que você que quer dormir comigo na cama. E eu sinceramente acho que não me importaria. – Ele deu um sorriso malicioso me fazendo corar, e me deixando sem graça.

- Acho que eu vou dormir na cadeira mesmo – disse por fim.

-Tem certeza tem bastante espaço para nós dois. – Disse ele apontando para a cama que na verdade só cabe ele, pois ele é bem alto e grande.

- Não, aqui eu vou ficar melhor.

Logo ele se deitou e insistiu mais uma vez, só que eu sou dura na queda e não aceitei. Percebi que depois de algum tempo ele pagou no sono e por curiosidade fui olha-lo de parto. Andei de vagar até ele, mas logo voltei para a cadeira e acho que adormeci um pouco. Mas por um instante eu despertei e o vi querendo sair pela janela fui esperta o suficiente para sair correndo e impedi-lo disso.

- Ei, o que você está pensando em fazer?  - Falei pegando em seu braço fazendo-o olhar para mim.

- Você me pagou no flagra. – Disse num tom meio cínico. 

- Sim. E você ta louco de sair pela janela. Você tem noção de qual andar nós estamos? Estamos no 5° andar! – Falei de um modo que o fez rir, mas eu não sabia o motivo.

- Não tem problema eu sobrevivo. – Ele se expressou de um modo como se não tivesse problema nenhum pular do 5°andar.

-Não. Você vai deitar naquela cama agora se não eu vou chamar os enfermeiros – Falei apontando para a cama depois para o telefone.

- Você tem certeza que você quer fazer isso?

-Sim, absoluta.

- Ta bom. Você venceu. Eu fico aqui essa noite. – Disse fazendo sinal de rendição.

- Ótimo. – Naquela hora eu senti um alivio que eu não sei como explicar.

Ele foi se dirigindo para a cama e eu o empurrando por traz.

- Ei , pera. Não precisa me empurrar. Eu não já falei que eu vou ficar. – Ele falou de um jeito engraçado que me fez rir. – Você é uma garota insistente.

- Eu sabia que eu não podia dormir nenhum segundo que você aprontaria.

-Agora você falou de um jeito como se eu fosse uma criança.

- Ah, mas tem hora que realmente você age como uma. E agora você vai ficar deitadinho ai. – Disse o pondo na cama e o cobrindo com o lençol. Eu já estava sentada na cadeira quando logo ele me chamou.

- Ei, já que você é tão desconfiada assim, porque não deita do meu lado só pra se certificar que eu vou dormir aqui hoje? – Fez sinal para deitar do lado dele, e eu entrei na brincadeira. Eu realmente queria que ele ficasse então tive que me render, e ele conseguiu o que ele queria. Me levantei e fui até ele e deitei do lado dele de vagar. Eu me aconcheguei perto dele. Foi meio estranho pelo fato de ficarmos muito grudados pela cama se pequena para nós dois. Fiquei constrangida por um momento até que ele me acalmou e me deixou mais tranquila.

- Ei, não tenha medo eu não vou fazer nada a você – Disse passando os baços dele sobe minha cintura para não me deixar cair e me fazendo encostar meu rosto em seu peito quente.

- Ai de você se fizer algo – Soou como um sussurro, mas ele deu um breve sorriso que me deixou encantada.

- Então você é o tipo de garota que não deixa qualquer homem fazer o que quer com você?

-Claro. Sou a do tipo que me dou o valor. Mas...confesso que é estranho. A gente mal se conheceu e já estamos dormindo juntos. – Aquele sorriso meia boca me fez sentir algo.

- É, é estranho mesmo.

 Ficamos em silencio um tempo e por algum motivo ele começou a passar a mão em meus cabelos. Isso é tão bom.

- Por que você está fazendo isso? – Falei calma quase dormindo.

-Você não gosta? Porque se não gosta eu....- Eu o interrompi

- Não eu gosto. É bom. Me deixa calma. – Falei do modo mais carinhoso que podia.

- Isso é bom.

- Alguém fazia isso com você?

Perguntei na maior das inocências, mas ele ficou pensativo até que me respondeu.

- Err, meu pai. Ele era super carinhoso comigo e eu cresci admirando ele. – Ele realmente faz uma cara de admiração.

- Então me conte mais sobre ele. – Eu não sabia se ele responderia, mas eu tive que tentar. Ele não me respondeu de imediato e pensei que ele não me responderia, mas errei. Ele me respondeu depois de um tempo.

- Não tenho muito que fala, mas o tempo que estive com ele, eu aprendi muito e posso dizer que tenho muito orgulho disso e dele.

- Isso é maravilhoso. – Agora foi eu quem fez cara de admiranda

Eu precisava fazer uma pergunta. Eu fiquei com medo de fazê-la, mas a fiz.

- Eu não sei se devo, mas como ele morreu?

Ele ficou pensativo e acabou não me respondendo e deixei por isso mesmo. Penso que foi difícil para ele perder o pai que ele tanto admirava, então deixei isso quieto. Depois disso eu e ele ficamos em silencio. Ele continuou a mexer nos meus cabelos e me fez dormir em seu peito e acordar nele também. 


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Notas finais do capítulo

Sei o que vcs vão falar:"Nossa, vc finalmente fez um capítulo com mais de 1000 palavras!". Sim eu fiz, mas posso dizer que tentei encurtar mas não deu, pois se não ia fazer sentido o capítulo. Espero que tenham gostado. Bjusss