"A maioria das pessoas perdeu a habilidade de ver o lado bom das coisas, embora a luz por trás das nuvens seja uma prova de que ele existe.". (O Lado Bom da Vida)

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Minha Querida Irmã

Tudo começou alguns meses depois que Lucy nascera. Jude e Layla Heartphilia tiveram uma briga feia, a pior de todas. Tanto que Layla fugiu do reino enquanto seu pai ficava para manter tudo sob controle. Layla não podia ficar, enquanto Jude não podia sair. Ambos estavam se repelindo, e se insistissem em tentar ficar juntos, um estrago gigantesco seria feito. Era preciso tempo para reparar as feridas da discussão. O pai fora consolado pela sedutora sra. Strauss, e acabou por trair a mãe de Lucy gerando Lisanna, 1 ano mais nova que Lucy, que foi assumida como 3ª filha do casamento do Sr. e da Sra. Strauss, irmã de Mirajane e Elfman. Enquanto a mãe fugiu pro reino Dragneel, conheceu um camponês de bom coração e se apaixonou. Traiu o pai gerando um belo menino chamado Sting Eucliffe, também 1 ano mais novo que Lucy. Para não gerar suspeitas de sua traição, a jovem rainha Layla Heartphilia ficou instalada no castelo dos Dragneel, fazendo rápidas visitas ao seu amante. Durante sua estadia com os reis Dragneel, ficou muito amiga de Igneel e Sakura Dragneel, os reis. E viu o pequeno Natsu Dragneel crescer, o jovem príncipe poucos meses mais velho que sua querida filha Lucy.

Depois que o conflito se resolveu, Layla foi convocada de volta pra casa. Quando contou ao amante que partiria, este tentou convencê-la a ficar e cuidar de seu jovem filho. Mas ela não podia, mesmo que quisesse, e não queria, não poderia ficar, pois Jude a caçaria por todo mundo até ter sua amada Layla de volta. E ela não poderia viver sem ele. E então, aos prantos, partiu, deixando para trás juras de eterno amor do pai de Sting, a promessa de voltar e visitar os Dragneel, trazendo sua filha Lucy da próxima vez, e seu próprio filho, Sting Eucliffe, o mais novo meio irmão de Lucy.

Os anos se passaram. Sting cresceu em meio a esperança de conhecer Layla, sua mãe e Lucy, sua meio-irmã. Mas tudo ruiu tão rápido...! Layla morreu, deixando muitas pessoas tristes, entre elas os Eucliffe, Lucy acabou por ser declarada morta, entre outras coisas que impediram a família de se reencontrar.

Mas tudo iria mudar. Sting estava numa viagem a negócios com seu pai no mais novo reino Strauss. Estava andando pelos corredores do castelo entediado e irritado por ter sido arrastado pelo pai até o reino que ele não queria visitar. Aquele castelo... Pensar que sua mãe andara por aqueles corredores e morrera em algum daqueles quartos... Fazia o jovem ter vontade de chorar. Mesmo tendo só 12 anos, Sting Eucliffe já era um homem. Depois da morte precoce de sua mãe, ele aprendeu que devia ser forte, um homem de verdade.

Enquanto isso, Lucy Heartphilia corria pelos corredores do castelo Strauss. Com riquezas do cofre secreto nas mãos, ela fugia dos guardas que a perseguiam desesperados e desnorteados. Ao passar por algumas passagens secretas, a menina logo se livrou daqueles guardas incompetentes, então pôde relaxar por alguns minutos numa sacada que encontrara em seu caminho.

Sting encontrou uma sacada, e sentada no chão estava uma linda garota, de 13 anos, aparentemente cansada. Seus cabelos loiros estavam presos numa trança que ía até acima da cintura. Usava roupas de marinheiro e um chapéu estiloso que ficava um pouco largo na sua cabeça ainda pequena. Ao observá-la mais de perto, Sting percebeu a semelhança. Aquela garota a sua frente era Lucy Heartphilia, viva e aparentemente exausta.

–Lucy... Heartphilia? - disse Sting, se aproximando mais, ficando em pé ao lado dela.

–Eh? - sussurrou ela, como se acordando de um sonho. Ela olhou para ele e se afastou, perguntando: - Quem é você? O que faz aqui? O que quer comigo? Como sabe quem eu sou?

–Hã... Eu sou Sting Eucliffe. Estou aqui com meu pai, só a encontrei por acaso. E você pode não acreditar, mas... Eu sou seu meio-irmão, filho de Layla Heartphilia, como você.

–Não pode ser... Sting? É seu nome, não é? - disse Lucy, surpresa. - Eu... Sei quem você é. Mamãe me contou sobre você... Indiretamente, mas contou. Olhe. - ela tirou uma carta do bolso. Parecia que fora escrita ás pressas pela caligrafia feia e falhada. A folha estava velha e amassada, suja de coisas que Sting não conseguia definir. Ele a abriu e leu:

Querida Lucy,

Sei que isso vai soar estranho para você. Soa para mim também quando eu penso no que escrevi. Mas é verdade e espero que um dia você possa comprovar isso. Bom, eu devo começar dizendo que amo seu pai. Sempre amei. Mas o que eu tive com Weisslogia foi tão intenso... Foi amor. Também.
Não me entenda mal. A traição, nosso filho... Foi tudo tão de repente. Bom, eu vou resumir: Lucy, eu tenho outro filho, com outro homem. O nome do homem é Weisslogia Eucliffe e o nome de nosso filho é Sting. O que eu quero? Que você o encontre. Quero que vocês dois sejam uma família. Como deveria ser. Por favor, não me julgue pelo que fiz. Só quero que você ame Sting como um irmão que sempre esteve lá. Os tempos que vem são difíceis, e a união de vocês é de suma importância.

Fiquem bem.

Com amor, Layla.

–Mamãe... - sussurraram eles juntos. Eles olharam um pro outro e sorriram. Sting por finalmente encontrar sua irmã e Lucy por finalmente completar a missão dada a ela por sua mãe de encontrar o irmão que ela tanto queria conhecer. Eles foram para mais perto um do outro e se abraçaram, hesitantes. Logo o abraço ficou mais carinhoso, algo realmente entre irmão e irmã. Até que os passos dos guardas de fez presente e Lucy se afastou.

–Sting, eu tenho que ir. Sou uma pirata agora, um dia você vai entender. Fique com seu pai. - disse Lucy, passando uma perna por cima do muro da sacada.

–Mas eu quero ir com você, Lucy! - disse Sting, agarrrando o braço da irmã. Lucy sorriu afetuosa e disse:

–Vamos nos ver outra vez um dia, Sting. Não se preocupe. Adeus! - e Lucy pulou, sumindo em meio aos arbustos e árvores do jardim. Sting olhou para toda a cena abismado e ao mesmo tempo feliz por finalmente vê-la. Lucy estava viva... Seu pai precisava saber disso! Ao sair da sacada, uns guardas o questionaram:

–Ei, garoto, você viu uma menina loira correndo por aí? - ele se segurou para não dar um sorriso maldoso e disse, com uma voz e uma expressão inocente:

–Não, não vi. - e os guardas se foram. Sting deu risadinhas e correu de volta pro seu pai. Ele até conseguia imaginar a cara de seu velho quando soubesse que sua querida irmãzinha estava viva...

Flashback OFF

–Então... Vocês são irmãos? - disse Natsu, surpreso.

–Sim. - disseram eles.

–E esconderam isso?

–O tempo todo.

–Só o Rogue sabia. Pelo menos por mim. - disse Sting.

–É, eu também contei só pra Levy. Mas Levy é Levy, né, ela sabe de tudo da minha vida. - disse Lucy, dando de ombros. Ao ver a expressão de vergonha e as bochechas rubras de Natsu, ela disse: - Não se preocupe, não me chateei com seu ciúme exagerado. - Natsu ficou mais vermelho que um pimentão.

–E-Eu acho que... Vou tirar uma soneca... Eu estou confuso... - e ele saiu. Depois que a tripulação se afastou para fazer perguntas a Sting sobre sua vida, Lucy seguiu Natsu até o quarto que dividiam. Ao ver o garoto deitado virado pra parede encolhido de vergonha, ela se segurou para não rir daquele jeito fofo de seu velho amigo. Ela se aproximou e disse, sentando-se ao lado dele:

–Não precisa ter vergonha. Você não é o único que sente ciúme. - ela sorriu quando ele se virou para ela, ainda vermelho. Ele a abraçou, derrubando-a ao seu lado na cama.

–Vamos tirar um cochilo. Você e eu. Precisamos de um pouco de descanso. - disse Natsu, abraçando-a forte.

–Ha, ha. Eu? Descansando? Tá bom. Vamos tentar. - disse Lucy, se acomodando na cama junto com ele. Ela estava finalmente feliz por ter tudo que ela precisava bem ali. Seu irmão, seus amigos e Natsu. Tudo que ela poderia precisar.