Os Sete Seres. escrita por Lord JH


Capítulo 11
A montanha fria, parte 2


Notas iniciais do capítulo

Continuação da parte 1



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Clara ficou calada, imóvel no mesmo lugar, quando Veros suspirou e falou — Eu vou lhe contar uma aventura que eu vivi com o meu pai quando eu ainda tinha a sua idade.

Clara fitou os olhos em Veros, esperando que ele lhe contasse mais sobre o seu passado.

VEROS:— Quando eu era jovem, o meu pai reuniu os demônios mais fortes da ilha, ele queria mostrar ao mundo que os demônios ainda tinham muito poder, e que deveriam ser temidos.

Então ele me chamou e falou — Filho, eu quero que você venha conosco amanha!

Eu fiquei muito feliz e perguntei — Para onde vamos meu senhor?

Ele com um olhar frio e uma voz sem emoção respondeu — Para o norte! Até a cidade de gelo, tenho algo que quero testar.

Eu não entendi o que ele queria dizer com aquilo, mas eu estava feliz porque ele ia me levar junto. ^^

Ao amanhecer do novo dia meu pai, eu e os outros subimos nos poucos navios negros que nos restaram, fomos pelo mar em direção ao norte, o mesmo continente que estamos agora.

Depois de semanas de viagens, finalmente sentimos o ar gélido e o vento frio vindo desta terra, ao sairmos dos barcos andamos pela imensidão branca, rumo ao extremo norte, muito longe de onde nos encontramos agora, vários de nossos companheiros reclamavam do frio, muitos até pensavam em desistir da viagem, mas o meu pai ficou completamente calado durante toda a viagem, parecia que ele não sentia frio,fome ou cansaço; ele parecia está completamente concentrado, eu já não aguentava mais a fome, o frio era muito forte, gélido demais até para um demônio, eu apenas seguia em frente sem ver o que tinha pela frente, a nevasca era terrível e a cidade de gelo distante.

CLARA:— A cidade de gelo fica tão longe assim?

VEROS:— Sim! Ela fica sobre o mar congelado, é um lugar muito antigo e belo, foi a segunda grande cidade do norte.

Depois de dias de viagem, finalmente chegamos ao mar de gelo, muitos pediram ao meu pai por um pouco de descanso, mas o meu pai falou — Caminhamos a pé dia e noite até chegarmos aqui, eu só irei descansar quando voltarmos aos barcos, se vocês não aguentarem mais podem ficar aqui e voltar para casa.

Depois de falar isso ele simplesmente continuou a caminhar, todos estavam muito cansados, mas não pretendiam ficar para trás e continuaram apesar de estarem com os pés doloridos, eu estava tão fraco que não sentia mais o vento no meu corpo ou a neve no meu cabelo, depois de dois dias caminhando dia e noite sobre o gelo, encontramos uma rena filhote morta, provavelmente se perdeu e acabou morrendo de fome ou de frio, meu pai olhou para o corpo do animal e falou — O destino é muito generoso com vocês! Aqueles que tiverem fome, comam! Depois vocês podem descansar por algumas horas.

Eu cai de joelhos sobre o gelo, os outros caíram em cima da carcaça como se nunca tivessem comido algo por toda a vida, eu me arrastei pelo gelo usando as minhas ultimas forças para chegar a comida, depois de todos comerem eu me alimentei enquanto descansava os meus pés cansados, os outros caíram sobre o gelo em um sono profundo outros não conseguiam se mexer de tão cansados, mas o meu pai ficou em pé o tempo todo, também não se alimentou, e nem descansou, ele apenas olhava para a direção que deveríamos seguir, como se estivesse muito perto de seu objetivo.

Ao amanhecer meu pai ordenou que todos ficassem de pé e continuassem a jornada, recuperados do cansaço e da fome, todos eles seguiram meu pai, eu fui ao seu lado, ainda estava cansado, mas queria sair daquele lugar o mais rápido possível.

Depois de dois dias e noites andando sem parar, finalmente chegamos a cidade de gelo, foram quatro dias de viagem sobre o mar congelado até os muros da magnífica cidade, mas a visão magnífica dela valeu a pena! Os seus muros são altos totalmente construídos de gelo assim como todas as casas e ruas da cidade, o palácio real era enorme podia ser visto do lado de fora da cidade, a torre do castelo brilha sobre a luz do sol como um cristal, nunca em toda minha vida eu tinha visto uma cidade tão linda.

Eu fiquei de boca aberta enquanto admirava a cidade, o meu pai se aproximou de mim e perguntou — Você gostou da cidade?

Eu respondi — Sim! É muito linda, quem será que comanda todo este império?

O meu pai respondeu — Um rei covarde chamado Silver, ele se esconde na sala do trono dentro daquele palácio, onde ele pode comandar toda a cidade e os seus soldados.

Depois o meu pai falou para todos os outros — Esta é a cidade de gelo! O rei Silver disse no enterro de seu pai que esta é a cidade mais segura e protegida do mundo, ele falou que nada poderia atravessar o mar congelado, ele falou que nada conseguiria passar esses muros, ele falou que ninguém conseguiria derrotar os seus soldados! ... Ele também falou que ninguém conseguiria entra na sala do trono se não fosse convidado. Hoje vamos mostrar a ele que ele estava errado, hoje tomaremos a cidade de gelo!

Todos ficaram confiantes, apesar de sermos um grupo de 15 ao total.

Meu pai levantou o braço e falou — Todos vocês, avancem em direção ao castelo de gelo, matem apenas os soldados e aqueles que quiserem impedir, eu quero entrar na sala do trono... E por ultimo, ninguém toca no rei, apenas eu!

Escalamos os enormes muros de gelo da cidade usando nossas garras e laminas, alguns usavam as asas para chegar mais rápido.

Ao chegarmos ao topo do muro eu pude ver a beleza e o esplendor da cidade, um lugar lindo e brilhante com ruas cheias de gelo e neve, todas as casas esculpidas perfeitamente em gelo, um trabalho que só pode ser feito pelos melhores escultores do mundo.

Ao pular do topo do muro caímos perto de um comercio local próximo a muralha, o meu pai caiu em cima de uma cesta cheia de peixes, ele ficou com um cheiro horrível.

Depois de assegurarmos que todos estavam dentro da cidade avançamos em direção ao palácio, corríamos em uma velocidade superior do que á dos nossos inimigos, aqueles que tentaram nos impedir de avançar como guardas ou heróis, eram mortos por nossas garras afiadas e nossa força superior.

Depois de uma longa corrida pelas ruas de gelo chegamos ao centro da cidade onde se encontra o palácio do rei Silver, meu pai falou para todos se agruparem atrás dele que todos eles entrariam pela porta da frente como convidados.

Os soldados que tentavam nos impedir eram despedaçados, muitos outros já não tentavam impedir a nossa passagem talvez por medo, ao chegar na sala do trono o meu pai abriu a porta com um chute e caminhou lentamente na direção do rei que tremia de medo ao ver o meu pai se aproximando.

O meu pai foi caminhando lentamente enquanto os outros esperavam o que ele iria fazer, meu pai ficou frente a frente com o rei e colocou a sua mão sobre o trono ao lado esquerdo do rei, e moveu a sua boca em direção a orelha do soberano.

O rei tremia como um filhote, temendo pelo pior, quando o meu pai falou — Olá Silver! Eu e os meus amigos fizemos uma viagem cansativa até o norte, você bem que poderia ser mais receptivo não acha? Eu gostaria de lembrar á você algumas palavras que você falou no enterro do seu pai, o rei Winter, você falou que ninguém jamais conseguiria entrar na sua cidade, você falou que esse era o lugar mais seguro do mundo, e você falou que ninguém entraria na sala do trono sem ser convidado, mas aqui estou eu! E eu vim aqui apenas para isso. Provar que você estava errado!

As palavras sussurradas pelo meu pai no ouvido do rei, faziam o rei mover os olhos com um sentimento de desespero, ao tomar um pouco de coragem o rei perguntou — E o que você vai fazer agora? Já chegou até aqui, me assustou e matou vários de meus homens, você vai me matar e ficar com a cidade para você? Pois eu lhe digo que nenhuma pessoa dessa cidade aceitaria um demônio como rei! — Falou o rei com um tom de coragem.

O meu pai segurou o queixo do rei com a ponta de sua garra enquanto olhava dentro de seus olhos e respondeu — Isso seria uma boa ideia! Prender você aqui e assumir como rei no seu lugar em uma cidade tão linda não parece ser tão ruim assim; mas eu encontrei um pequeno problema com a sua magnífica cidade.

E qual é? — perguntou o rei.

O meu pai sorriu um pouco e falou — Ela é muito fria! E fede a peixe.

Depois que falou isso ele chutou o peito do rei contra o trono e deu as costas para o soberano que agora não parecia tão majestoso assim, e falou para todos — Vamos embora daqui! Eu me cansei desse lugar.... E quando eu chegar em casa, eu vou tomar um banho.

Então saímos da cidade, muitos inclusive eu estavam confusos, não entendíamos por que o meu pai tinha feito tudo aquilo, mas ninguém tinha coragem de perguntar.

Quando estávamos longe dos muros da cidade, eu tomei coragem e perguntei o que todos queriam saber — Pai por que o senhor foi até aquela cidade? Se o senhor não fez praticamente nada!

O que você queria que eu fizesse? — Perguntou ele, sempre de maneira fria e sem emoção.

O senhor poderia ter matado o rei e tomado a cidade, o reino ou talvez até o norte! — Eu respondi entusiasmado.

O meu pai mantendo a calma e a serenidade dele perguntou — E por que eu deveria ter interesse no norte? — Eu não sabia o que responder, quando ele falou para todos os outros — O norte é uma terra fria e difícil de viver, diferente de nosso lar que é quente e seco, aqui é frio e úmido. Me respondam, se eu tomasse a cidade de gelo qual de vocês gostariam de viver aqui?

Todos ficaram calados exceto eu, estava muito curioso sobre o motivo de toda aquela longa e cansativa viagem que tínhamos feito. Indignado eu perguntei — Então por que você nos trouxe até aqui se não queria a nossa ajuda?

Meu pai colocou a mão sobre o meu ombro e respondeu — Porque uma viagem longa como essa quando se está só, é quase insuportável.

Então eu entendi que ele simplesmente não queria fazer tudo aquilo sozinho e sim acompanhado de pessoas que ele considerava dignas de estarem ali com ele.

Apesar de tudo que ele falou eu ainda não conseguia entender o motivo de ir até a cidade de gelo só para provar que o rei estava errado, mas quando chegamos ao navio o meu pai me contou que apesar de nosso povo no passado ter saqueado inúmeras cidades e terras, os demônios nunca tomavam o lar de outras pessoas, pois não acham certo lutar por terras, como fazem os humanos e outros seres.

O meu povo não quer que ninguém mais sinta a dor de perder o seu lar, como perdemos o nosso. — Falou o meu pai enquanto olhava para o mar.

CLARA:— Então vocês não acham certo tomar a terra dos outros, mas saquear o que eles tem de valor tudo bem, né?

Veros começou a gargalhar e respondeu em tom de ironia — Digamos que o meu povo tem certo apego por coisas materiais, sabe como é, ninguém é perfeito.

CLARA:— Você é muito sínico, sabia? Parece ser muito diferente do seu pai, se bem que eu até acho vocês parecidos!

VEROS:— Eu não sou! Por que você diz isso?

Clara com um olhar sínico respondeu — Porque ambos não gostam de ficar só! Apesar de não admitir isso.

Veros:— E por que você tem tanta certeza?

CLARA:— Porque você está sempre acompanhado do seu chacal Naco, mas como ele não esta aqui você teve que encontrar outra pessoa, “Eu” Você não me matou,então eu deduzi que você gosta de companhia!

Veros suspirou e com um tom de voz irônico falou — Você está certa! Eu não gosto de ficar só, você deve ser a segunda mulher a descobrir isso.

CLARA:— A primeira foi a Lizzie?

Veros confirmou balançando a cabeça e falou — Sim! Aquela mulher irritante.

Você diz que ela é irritante, mas você ainda gosta dela! — Falou Clara.

VEROS:— Você é uma garota bem esperta sabia? Eu gostei de você! Talvez eu deixe você viver depois de matar os seus amigos!

Clara se levantou furiosa e falou — Você acha que eu me importo com a minha vida? Eu nunca deixaria ninguém fazer mal algum ao Nero! Você não sabe o que é solidão! A solidão que eu e Lizzie sentíamos. O Nero é na minha vida o que você foi na vida de Lizzie! Ele é a coisa mais importante para mim, se você tentar matar ele, terá que me matar também.

Veros ficou admirado pela coragem da garota e falou — Que pena! Eu até pensei em salvar a sua vida e deixar você me fazer companhia o resto de sua vida, mas vejo que o seu namorado é mais importante que a sua própria vida, então... Que morram juntos.

CLARA:— Se o que dizem sobre deus torturar as almas daqueles que não foram bons em vida for verdade, você será torturado pela eternidade!

Não existem deuses garota! Eu vivi por mais de cem anos e nunca vi deus algum. — Respondeu VEROS.

CLARA:— Como você pode ter tanta certeza? Se coisas como vocês existem, os deuses também podem ser reais.

VEROS:— Eles são apenas criações de uma determinada raça, os gnomos de Small Land falam de um deus vermelho chamado Macro dizem que ele mora nas profundezas da terra e que foi do sangue dele que o meu povo surgiu, já os elfos, gnomos e gigantes acreditam que um deus chamado Velbi foi o primeiro ser mágico dessa terra, e que dele sugiram três povos diferentes, os gigantes, elfos e gnomos, cada raça descendente de um dos três filhos de Velbi: Magnus o gigante, Velt o sábio, que deu origem aos elfos, e Olgi o pequenino, que deu origem aos gnomos, e todos os povos do planeta possuem um deus. Vocês possuem o seu deus da luz, as tribos da selva acreditam no deus e na deusa da terra, enquanto os magos e as tribos do norte acreditam nos cinco grandes espíritos.

Você esqueceu do deus dourado do sul oriental! Ele também é um deus. — Ressaltou Clara.

VEROS:— O que eu quero dizer é que nenhum deles é real! Todos são apenas histórias, com exceção dos cinco grandes espíritos, esses já mostraram ser bem reais, dizem que foram eles que criaram o nosso mundo.

Enquanto Veros e Clara conversavam dentro da caverna no topo da montanha, Snow escalava a montanha com muita velocidade, ele sentia o cheiro de Clara cada vez mais perto, quando por um descuido, acabou caindo dentro de uma fenda entre duas rochas, ele não se machucou muito porém a profundidade da fenda era um pouco maior do que a a altura que um cão normal pode pular, mas Snow não podia desistir.

Na floresta branca Eu e Batang corríamos o mais rápido que podiam em direção a montanha, quando Batang começou a se sentir tonto, a magia da floresta começava a afeta-lo! Eu fiquei desesperado e supliquei — Vamos Batang! Você consegue sair daqui! Você é um homem do norte! Não deve temer um feitiço.

Porém Batang estava ficando inconsciente, e eu escutei um voz falando atrás de mim — Ele não subir! Não poder passar floresta branca.

Ao me virar dei de cara com uma criatura que eu nunca tinha visto na vida! *-* Um gigante! *-*

O gigante tinha um tamanho de dois homens e meio de altura, tinha uma barba amarronzada e uma cauda de macaco enorme de cor marrom.

Eu estava com muito medo, e assustado perguntei — Quem é você? E o que é você?

Meu nome ser Cifro! Eu ser gigante, eu morar aqui muito tempo, eu saber falar palavras dos homens, palavras dos animais, palavras do norte e palavras dos gigantes. — Falou o gigante com felicidade.

NERO:— Você é muito inteligente, senhor Cifro! Você pode ajudar o meu amigo? Ele não se sente bem.

Cifro se aproximou de Batang, e falou — A floresta branca não deixar ele ficar! Levar ele outro lugar, ele acordar quando sair daqui.

Então você podia nos levar até a montanha fria? Nossa amiga está lá, ela precisa de nossa ajuda! — Supliquei ao gigante.

CIFRO:— Você ser tribo Ikki morar? Você ser Ninglacy?

Você conhece Ikki? Eu estou na tribo dele, esse homem é da tribo também.

CIFRO:— Ikki ser amigo de Cifro, muito tempo, ele vir até floresta para falar com eu, ele ensinar eu a falar palavras dos homens.

NERO:— Muito bom saber que você é amigo Cifro, mas podemos ir logo? Minha amiga pode morrer se nós demorarmos um pouco mais.

Eu levar amigo caído até montanha, mas eu não subir, aquele lugar ser enfeitiçado e ter perigo. — Falou o gigante enquanto colocava Batang em seus braços.

A cada passo do gigante um pequeno tremor no solo, mas eu já não tinha medo da criatura, de fato eu até gostava dele, mas eu estava muito preocupado com Clara.

Dentro da fenda, Snow tentava desesperadamente saltar e conseguir sair daquele buraco, a cada pulo ele se feria mais, devido as rochas afiadas, a cada tentativa uma nova queda no chão duro, porém ele não desistia, tinha que sair de qualquer maneira.

Na floresta Cifro, Batang e eu, finalmente chegamos na encosta da montanha, agora era só escalar.

Cifro colocou Batang no chão e falou — Ele acordar depois, agora eu ir, mas antes eu querer saber nome você! Qual nome você?

O meu nome é Nero, e o do meu amigo caído é Batang, eu agradeço muito pela sua ajuda Cifro! ^^ Foi um prazer lhe conhecer. ^_^ — falei com um sorriso no rosto.

CIFRO:— Nero e Batang, eu gostar de conhecer vocês, eu ter que ir agora, Ulyt!

Ulyt? Eu acredito que isso seja adeus em nórdico. — Eu falei comigo mesmo.

Após o gigante desaparecer dentro da floresta, Batang acordou, ele se levantou devagar e perguntou — Onde estamos?

Em frente a montanha fria, você foi enfeitiçado pela floresta branca, por isso não lembra de nada, mas depois eu conto o que aconteceu, agora temos que subir o mais rápido possível para salvar a Clara! — Respondi.

Então nós dois começamos a escalar a montanha.

Enquanto isso, Snow finalmente conseguiu sair da fenda! Apesar de está todo machucado e cansado ele foi até o topo em direção á caverna onde Clara e Veros estavam.

Ao chegar no topo, Snow entrou rapidamente na caverna, e ao avistar Clara ele se sentiu aliviado de saber que ela estava viva, mas ao ver Veros ele começou a rosnar expondo os seus dentes afiados e um olhar de fúria e raiva.

Você conseguiu chegar até aqui? Você é um cão de valor! É uma pena ter que matar você, você já está tão ferido e mal tratado, e eu não gosto de maltratar animais, então se você ficar quieto eu prometo que não faço nada com você, o que me diz? — Falou Veros com tom de ironia.

SNOW:— Eu prefiro morrer do que colocar a cauda entre as pernas para uma criatura que nem você!

Snow atacou Veros pulando em sua direção, mas antes que pudesse morder o pescoço de seu inimigo, Veros o agarrou pelo pescoço, usando apenas uma mão, e o jogou no chão.

Clara não aguentou ver o seu amigo lutar sozinho contra um demônio, e pulou nas costas de Veros, o agarrando pelo pescoço, o sufocando, Veros estava ficando sem ar, então Snow se levantou e mordeu o braço direito de Veros, que agora só podia usar a sua mão esquerda para tirar Clara de seu pescoço, Veros agarrou o curto cabelo de Clara e a jogou em direção a parede, Snow cortava a carne do braço direito de Veros causando uma verdadeira chuva de sangue no chão da caverna.

Nesse momento Eu e Batang entramos na caverna!

Veros! Liberte Clara agora! — Gritei furioso.

Veros para demonstrar sua força superior, levantou o braço direito que sangrava muito, e com Snow ainda pendurado em seu braço, ele apontou o dedo para mim e falou — Você subiu em um lugar alto demais garoto, é hora de descer!

Então em um movimento rápido ele atirou Snow, que mordia o seu braço, em mim, com uma força tão grande que fez com que nós dois fossemos atirados para fora da montanha.

Foi um movimento doloroso, ao balançar o braço para atirar Snow, Veros teve ferimentos gravíssimos no braço, ferimentos que fariam qualquer pessoa normal gritar de dor.

Ao ver Snow e Nero, serem atirados fora da montanha, Batang levantou a sua lança e correu na direção de Veros, que usando apenas a sua mão esquerda segurou a lança de Batang, a direcionando para o teto da caverna, Batang rapidamente soltou a lança e ao cair no chão tirou de uma de suas botas uma pequena adaga.

Ele se levantou e a cravou na barriga de Veros, o demônio jogou a lança no chão e com a mão agarrou Batang pela roupa e o atirou na parede, na mesma direção onde ele havia atirado Clara.

Ao receber o impacto Batang ficou inconsciente, ao lado, Clara estava desesperada, quando ela percebeu a lança no chão, ela percebeu que era a única chance de sair com vida dali.

Veros estava muito ferido e fraco, ele encostou-se na parede ao fim da caverna e foi escorregando até ficar sentado, o seu braço sangrava muito, e o ferimento em sua barriga parecia pequeno mais profundo.

Veros agarrou o seu braço direito com a mão esquerda, e sentado começou a falar algumas palavras — Vixy Etrus Rios! Vixy Etrus Rios! Vixy Etrus Rios!

Clara se levantou com o corpo muito dolorido, pegou a lança no chão e foi na direção de Veros, ao chegar na sua frente, ela apontou a lança em direção a sua cabeça, e com um olhar frio e assustador falou — Você não deveria subestimar os outros, eu falei para não tocar nos meus amigos! Não falei?

VEROS:— E o que você vai fazer? Me matar? Porque se for isso o que você quer, a chance perfeita é agora! Eu estou fraco e sangrando, não posso usar magia para me curar e lutar ao mesmo tempo. Vamos! Eu te ensino como você deve fazer, apenas enfie essa lança no meu coração ou então enfie a ponta na minha cabeça, como você quer! Você é uma garota forte! Vai conseguir.

Clara tremia de ódio e raiva, ela queria matar Veros por tudo que ele tinha feito contra ela e os seus amigos, mas ao mesmo tempo não tinha coragem de tirar uma vida, mesmo que fosse a do seu pior inimigo.

CLARA:— Você sabe que eu nunca seria capaz de matar uma pessoa que estava conversando comigo minutos antes de tudo isso acontecer!

VEROS:— Pelo contrario! Eu acredito que você é capaz! Você só não quer, porque você me considera uma pessoa diferente do que eu realmente sou. Mas a minha verdadeira personalidade é essa! Eu sou um monstro!

Não, você não é! Você apenas finge ser mal porque acha que isso o mantém seguro, eu também era igual a você Veros, eu também me fazia de durona para os outros, escondia a minha verdadeira personalidade, apenas para não me envolver com as pessoas, mas agora eu não preciso de uma mascara, agora eu posso ser eu mesma, então eu deixarei você viver, mas primeiro você vai curar o meu amigo! — falou Clara segurando a lança com uma só mão na direção de Veros.

VEROS:— O seu amigo e aquele estúpido cão estão mortos, não tem como eles sobreviverem a queda, eu não posso curar quem já morreu.

Eles não morreram! — Gritou Clara.

Veros começou a rir, quando Clara atravessou a lança em seu ombro, o fazendo gritar de dor.

CLARA:— Você vai curar eles! Ou farei você sofrer muito mais.

VEROS:— Eu falei que você era uma garota de coragem, eu vou fazer o que você pediu, mas você tem que trazer eles até aqui!

Eu não sou burra Veros! Eu não confio em você, eu não vou deixar você sozinho para que você possa fugir, você vai curar Batang primeiro, e depois me curar, então eu deixarei que você se cure. — Falou Clara com um olhar frio e assustador.

Tudo bem! Eu aceito! — Respondeu Veros.

Clara arrastou o corpo desmaiado de Batang até Veros que se contorcia de dor,mas teria que curar os outros antes de curar a si mesmo.

Enquanto isso na encosta da montanha, eu e Snow havíamos caído em um monte de neve fofa e macia, daquelas que você pode afundar facilmente, no momento que Veros atirou Snow e eu do topo da montanha, eu consegui agarrar Snow nos meus braços, fazendo com que ele caísse sobre o meu corpo, e reduzisse o impacto da queda para o pobre cão, porém foi uma queda forte, de uma altura que mataria qualquer humano ou animal, apesar da neve ter amortecido a queda, o meu corpo estava todo dolorido, e Snow desacordado.

Eu coloquei Snow sobre a neve, e falei com ele — Você fica aqui! Você está muito fraco para subir a montanha, mas eu prometo que eu voltarei para pega-lo, então espere aqui.

Depois comecei a escalar novamente a montanha, apesar de cada osso do meu corpo está dolorido, eu não deixaria Clara para trás.

Dentro da caverna Veros havia curado Batang, que agora dormia como se nada tivesse acontecido, o demônio parecia cansado, mas falou — É a sua vez garota!

Clara permitiu que Veros a tocasse, mas agora ela se sentia sonolenta e mais fraca do que antes, — O que você fez comigo? — Perguntou ela antes de cair no sono.

Ao fazer com que ela dormisse, Veros continuou a se curar, mas o uso de sua magia o estava deixando cada vez mais fraco.

Quando finalmente alcancei o topo da montanha, já não me aguentava em pé, cada passo era uma dor diferente, meu corpo estava a ponto de se quebrar.

Entrei na caverna e avistei Veros, ele estava se curando, ao seu lado Clara estava deitada no chão. O-o

Eu pensei que ela estava morta, nesse momento deixei o ódio tomar conta do meu corpo e comecei a tremer de raiva.

Veros ficou surpreso ao me ver, e falou — Você está vivo? Como!? Eu joguei você do topo de uma montanha! Seu mestiço imundo!

Eu perdi o controle e falei — Anaki Igli Laft Zu Vort Tell Notz! Yo Nut.

VEROS:— Vejo que aprendeu a falar nórdico. Então, eu tenho somente uma palavra para você! “Guelrt! “

Ele se levantou, parecia está recuperado, mas na verdade estava muito fraco, eu parti em sua direção gritando e correndo como louco, mas o meu corpo estava muito fraco e dolorido, Veros conseguiu me derrubar apenas com um golpe de seu punho.

Ao me ver caído ele colocou o seu pé sobre o meu peito, como havia feito outra vez, mas dessa vez ele não tinha tanta força, mal conseguia respirar direito, com a lança de Batang na mão ele falou — Você tem muita força, é uma pena que esteja do lado errado, Morra!

Quando ele tentou furar o meu coração com a lança, uma criatura branca pulou nele e o agarrou, fazendo com que ele usasse a lança para se defender e não para atacar.

O animal ficou na minha frente me protegendo, mas eu não podia ver claramente qual era o animal. Apenas sabia que ele estava salvando a minha vida.

Veros ao ver o animal sorriu ironicamente e falou — Eu achei que você não viria salvar os seus amigos, ou melhor, os seus convidados!

Foi quando finalmente eu percebi qual animal estava na minha frente, ele era branco com manchas cinza pelo corpo e uma cauda longa. Era um leopardo das neves! *-*

Tentei me levantar, mas quando consegui ficar em pé, o leopardo me falou — Não tente lutar Nero! Ele é muito forte.

Antes que eu pudesse perguntar quem era ele, uma voz vinha da entrada da caverna — Descanse agora Nero! Você já fez o que podia.

Era Lizzie! *-* Ela passou por mim e ficou ao lado do leopardo, apontou o seu cajado para Veros e falou — Você não parece nada bem, Veros! Teve uma luta difícil?

Eu estou tão forte como sempre fui! — Respondeu Veros.

LIZZIE:— Você acha que pode me enganar? Eu sei que você está fraco! Eu conheço você! Em seu estado atual eu poderia matar você com apenas um feitiço.

VEROS:— Então porque não mata?

Veros ameaçou atirar a lança, mas o leopardo atacou, porém Veros não jogou a lança em Lizzie, e sim no chão.

Ao atirar a lança no chão ele falou — Gorus! — E uma fumaça negra começou a sair pelo buraco furado pela lança no solo.

Quando o leopardo pulou com as suas garras na direção de Veros não conseguiu agarrar nada, ele simplesmente atravessou o corpo do demônio, como se o corpo fosse apenas uma imagem.

A caverna ficou escura devido a fumaça, então Veros aproveitou a chance para fugir, Lizzie fez um feitiço para anular a magia, fazendo com que a fumaça desaparecesse, mas quando a fumaça sumiu do ar Veros já estava na beirada da montanha.

Lizzie foi em sua direção, mas ao chegar perto ele falou — Infelizmente eu não tenho tempo para perder com vocês! O meu amigo Naco se perdeu na floresta e eu preciso encontrar ele. Você entende, não é Lizzie?

Depois que Veros falou, Lizzie fez uma expressão de raiva e conjurou um feitiço nele, o atirando do topo da montanha, porém Veros já esperava que ela fizesse isso, então ele simplesmente caiu como se estivesse dormindo, mas alguns metros antes de tocar no chão, ele abriu as suas asas negras e voou em direção á floresta.

Lizzie perecia ter vontade de chorar, e quando ela se virou, eu pude ver algumas lagrimas em seus olhos, porém eu estava fraco demais para falar alguma coisa, então ela correu na direção de Clara, mas logo percebeu que ela não estava ferida, e sim dormindo.

O leopardo foi na direção de Batang, e ao cheira-lo percebeu que este também estava dormindo, confuso perguntou — Por que ele não matou ninguém? Eles estão apenas dormindo.

Ele não é tão mal quanto aparenta, é apenas teimoso, mas você não devia ter atacado ele, apesar de fraco ele ainda tinha força suficiente para matar você, mas ele preferiu usar uma magia para escapar, ele sabia que não poderia lutar contra mim. — Falou Lizzie um pouco incomodada.

Então Lizzie veio na minha direção e me colocou em seus braços, bem perto de seus seios *-* porém eu estava muito fraco para falar alguma coisa, depois que ela me carregou eu só me lembro de dormir em seus braços.

No dia seguinte eu acordei dentro de uma tenda quentinha. Ao meu lado dormia Snow sobre a mesma cama de peles que eu estava.

Eu acariciei a sua cabeça, mas ele não acordou, ele estava muito cansado, mas estava bem.

Quando eu me levantei Clara entrou correndo na tenda, ela pulou e caímos juntos na cama, ela me abraçou muito forte e começou a falar — Você está bem? Eu achei que você estivesse morto! Nunca mais faça isso! — Falou Clara enquanto chorava.

Eu então a abracei e falei — Ok! Eu prometo que não vou mais ser atirado de um topo de uma montanha nunca mais! — Depois que eu falei isso ela olhou nos meus olhos e nós dois começamos a rir.

Pela porta da tenda entrava Lizzie que dizia — É bom você cumprir essa promessa Nero! Você não sabe voar. — Então todos nós começamos a rir. — Hahahaha....

Quando paramos de rir Clara perguntou — E o Snow, ele vai ficar bem?

Eu não sei! — Respondi a Clara.

Ele ainda não acordou? — Perguntou Lizzie.

Não! — Respondi preocupado.

LIZZIE:— Bem, cair do topo de uma montanha deve ter sido forte demais para ele, mas não se preocupe ele vai sobreviver.

Então quando eu o acariciei novamente ele abriu os seus olhos e com um gemido fraco perguntou — Clara está bem?

CLARA:— Sim! Eu estou bem Snow! Graças á você e o Nero. Muito obrigada.

Não se esqueça de Batang e de Lizzie! Eles também ajudaram! E o leopardo também, aliás quem era aquele leopardo? — Perguntou Nero.

LIZZIE:— Você não o reconheceu? Ele é um amigo nosso Nero!

NERO:— Amigo? Eu não me lembro de ter conhecido um leopardo das neves, você tem certeza que apresentou ele para mim?

Nesse momento, Clara começou a rir, como se soubesse de algo que eu não sabia.

Então entra na tenda Ikki falando — Então você não conseguiu me reconhecer na montanha fria? Não lhe culpo! Você estava fraco demais para reparar em detalhes.

Você era aquele leopardo?! O-o — Perguntei confuso.

IKKi:— Exatamente! Quando eu voltei da caçada, minha sobrinha Lyany me contou que a garotinha e o cão tinham entrado na floresta branca, e que seguiam em direção a montanha fria, o pior foi quando ela me contou que Batang e o garoto foram atrás dela! Eu ia partir imediatamente, quando Lizzie chegou de viagem.

LIZZIE:— Então ele me contou que vocês dois andaram aprontando umas confusões, e que poderiam estar em situações perigosas, então nós dois partimos para salvá-los.

Mas como você se transformou naquele leopardo? — Eu perguntei curioso.

LIZZIE:— Eu lhe contei sobre as lendas do norte, não foi? Você achou que eram somente lendas?

Todos começaram a rir novamente, depois Snow e eu descansamos mais um pouco, enquanto Lizzie contava como tinha sido a visita dela a cidade Cascata.

Segundo Lizzie, Cascata era uma cidade enorme construída dentro de uma enorme galeria de cavernas, o gelo forma janelas naturais entre as frestas do teto, o que mantém tudo iluminado e brilhante embaixo.

E por que você não levou a gente com você Lizzie? — Falou Clara com um pouco de irritação.

LIZZIE:— Porque eu queria fazer uma visita a minha velha amiga, a rainha da cidade, e eu não queria duas crianças travessas causando problemas por lá. U.ú

Todos riram novamente, e depois disso passamos o nosso ultimo dia no norte.

Clara se despediu de Batang, enquanto eu me despedia de Lyany “ com muita tristeza é claro” , depois Lizzie deu um abraço apertado em seu amigo Ikki e todos nós nos despedimos, mas antes de partimos pedi para Lizzie esperar um pouco, pois havia alguém com quem eu gostaria de falar.

Chamei Snow, para vir comigo e fomos em direção a floresta branca sem que ninguém soubesse.

Snow estava preocupado e queria saber o motivo de estarmos naquele lugar, eu apenas falei — Tem um amigo que eu queria que você encontrasse para mim, ele é bem grande e deixa pegadas enormes na neve, você pode fareja-lo?

Snow olhou um pouco desconfiado mais respondeu — Se o cheiro for forte, talvez.

Alguns minutos de procura e achei a marca das botas dele na neve, e pedi que Snow á farejasse.

Snow seguiu o cheiro na direção correta das pegadas, então ao chegar perto de uma clareira na beira de um lago congelado o cheiro acabou.

Snow não podia mais dizer qual era a direção certa porque o cheiro estava em todos os lugares, então eu comecei a gritar — Cifro! Cifro! Cifro!

Snow não conseguia entender o que eu estava fazendo, quando de repente atrás dele o gigante apareceu falando — Quem chamar Cifro? O que você querer? Oh! Ser NERO!

Ao se virar e ver o gigante, Snow ficou apavorado e correu para atrás de mim.

Nero:— Não precisa ter medo, ele é meu amigo. Eu vim aqui para me despedir, eu estou indo para o sul, adeus Cifro!

O gigante ficou um pouco chateado e falou — Amigo de Cifro não poder ficar? Faur Telos, eu gostar conhecer você Nero! Você ser amigo meu para Dorqs, eu não saber palavra....

NERO:— Sempre Cifro! Se diz sempre.

Depois da despedida Snow e eu voltamos, enquanto Cifro gritava ao longe — Ulyt! Ulyt!

Ao voltarmos para a tribo, Lizzie puxou a minha orelha e perguntou furiosamente — Onde vocês dois estavam?

Visitando um amigo! — Falei gritando de dor.

Depois de soltar a minha orelha, Lizzie foi na direção de Snow e falou para ele — Tem algo que eu queria perguntar a você Snow, eu sei que você está muito feliz aqui na tribo com todos esses Fritszaes perto de você, mas se você quiser.... Você não gostaria de vir com a gente? Mesmo que não queira morar, você poderia ficar pouco tempo com a nossa companhia, até conseguimos salvar o mundo. Então o que me diz?

Snow olhou para neve no chão, enquanto pensava se aceitava ou não, enquanto isso Clara e eu falávamos para ele vir, porque seria muito divertido se ele conhecesse o resto do mundo com todos nós.

Após pensar um pouco, Snow levantou a cabeça e respondeu — Eu vou com vocês! Eu tenho uma divida com o garoto! Ele salvou a minha vida, e eu vou segui-lo até a minha morte.

Todos ficaram felizes com a decisão de Snow, Clara o abraçou fortemente, enquanto eu acariciava a cabeça dele, depois que terminamos de comemorar, Lizzie foi até ele, se ajoelhou e o beijou na testa. *-* “Como eu queria ser ele nessa hora”

Depois que Lizzie beijou o cão na testa, eu fui até a direção de Lyany, segurei a mão dela e falei — Adeus, Yo linda Nutell, Anaki nunca vou esquecer o seu Nair! Ele é tão lindo quanto os seus olhos!

Lyany sorriu pelo fato de eu ter misturado as palavras do norte com as minhas, mas então com um sorriso extremamente lindo, ela falou — Vercy, Yo Garytz Nut.

Eu fiquei confuso enquanto Lyany ria com a mão na boca, então LIZZIE chegou por trás de mim e falou na minha orelha — Você é bem disputado hein?

Não entendi o que ela quis dizer, mas ela foi falar com Ikki, então não deu tempo para perguntar, mas com pouco tempo Lyany veio em minha direção e me perguntou — Você sabe o que eu falei para você?

NERO:— Não! Eu não tenho a menor ideia! Rsrsrsss...

Ela se aproximou de mim e falou no meu ouvido *-* — Adeus, meu lindo amigo! *_*

Meu coração faltou pular de alegria, e o meu sorriso foi automático, depois de falar isso, Lyany me deu um beijo na bochecha *-* Eu quase desmaiei de felicidade. *-*

Clara por outro lado apenas olhou com aquele seu olhar cheio de segundas intenções, e depois que Lyany se afastou, Clara falou para mim — Danadinho! Já conquistou outra?

Eu não sei do que você está falando! u.u — Respondi envergonhado.

Antes de subir no Loveship, eu acenei para Ikki e falei — Ulyt! Meu amigo, Ulyt Yo Nut. Ulyt!

Ikki sorriu e gritou — Mogro Ep Dorqs!

Apenas acenei como se estivesse entendido aquela frase, quando ele gritou — Vejo que conheceu o meu amigo! Eu vou visitá-lo sempre que puder, então não se preocupe ele não vai ficar só!

Fiquei feliz por ouvir aquilo, de fato Cifro parecia muito solitário naquela floresta.

Então Lizzie chegou ao me lado e perguntou — Aonde você aprendeu a falar nórdico e língua de gigante?

Sorri para ela e respondi — Eu tenho os meus segredos! Rsrsrsrsss....

Lizzie sorriu e segurou o meu nariz, balançou a minha cabeça e falou — Você é cheio de segredos, não é?

Depois perguntei a Lizzie o que significava “Mogro” Lizzie me respondeu que era "amigo", e que a frase que Ikki falou foi — “amigos para sempre”

Amigos! Sim eu fiz vários amigos por aqui, espero poder voltar uma dia para visitá-los.

O bom foi que voltamos com um amigo novo para o castelo, Snow o Fritszae mais corajoso do mundo.


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Notas finais do capítulo

Continua....



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