Little By Little escrita por Stardust


Capítulo 18
I'll always love you


Notas iniciais do capítulo

Mais um, desculpem a demora!



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Naquela noite, dormi nos braços de Jeremy sem ter a necessidade de tomar um banho quente ou até mesmo me secar. Com ele, o chão que me sujava de terra era mais confortável do que uma cama quente e seca.

– Bom dia. - disse abrindo os olhos com dificuldade. O sol das seis horas me aquecia timidamente.

Observei Jer abrir os olhos devagar. Estava em uma posição desconfortável e notei que ao se mexer, suas costas doíam. Não disse "bom dia" e nem mesmo me beijou, apenas ficou me olhando como se eu fosse uma obra de arte.

Abriu a boca para dizer algo.

– Donna... - sua voz era doce e calma. - seu cabelo está parecendo um ninho de pássaros.

Começou a rir ao mesmo tempo que eu tacava uma galho em sua cabeça.

– Cale a boca, imbecil.

– Imbecil? - disse se levantando e saindo correndo para perto de um lugar onde havia inúmeras árvores.

Segui atrás dele, mas o perdi no meio de tantas árvores. De repente avistei um coelho e logo me lembrei de Alice no País das Maravilhas. "Não, eu não posso cair em um buraco e voltar para o meu século.", pensei ao mesmo tempo que ria da loucura que passou pela minha cabeça. Bem, não era loucura. Talvez essa história toda de País das Maravilhas, Nárnia e Hogwarts fosse realmente verdade. Se era possível passar para um século do passado... não duvidava de mais nada.

– Donna? - ouvir Jeremy gritar. - Já desistiu de me procurar?

– Não. Só estou te dando um tempo de vantagem.

Continuava andando por entre as árvores. Como na cidade, o chão estava coberto por flores coloridas. Além do vento, comecei a ouvir o barulho de água. Parecia ter um cachoeira por perto. Desviei de uma árvore e cheguei perto de onde a cachoeira caía. Jeremy estava sentado em uma pedra olhando para a água completamente limpa.

– Até que enfim! - gritou ao me ver.

– Nunca mais te chamo de imbecil. - eu ri.

– Mas vai dizer que não gostou do lugar?

Olhei em volta. Alguns pássaros voavam por perto acompanhando borboletas azuis.

– Meu Deus! - disse quando uma borboleta azul apousou no meu dedo. - Ela é linda.

Jeremy riu do meu encantamento pela borboleta. Mal sabia que nas cidades do meu século já não se achava mais daquelas.

– Quer voltar no castelo hoje?

Olhei para ele.

– Quero. - disse lembrando da vez que havia estado naquele lugar.

Jeremy confirmou com um sorriso e senti um tom de mistério.

*

Jeremy dirigia o carro para o castelo. Quando toquei sua mão, notei que estava gelada e ele mal conversava.

– Você está bem?

Apenas assentiu com a cabeça, enquanto parava o carro na estrada.

*

– Espere um pouco aqui na porta. - me pediu.

– Por quê?

– Não posso te contar.

– Jeremy... o que está aconte...

– A propósito, você está linda. - me cortou, entrando no castelo.

Olhei para meu vestido. Havia escolhido um bege de renda que me deixava confortável e dessa vez havia prendido minha franja fazendo com que meus cabelos não ficassem tão bagunçados.

Fiquei imaginando o que Jeremy estava aprontando.

– Posso entrar agora? - gritei.

– Sim! - ouvir a voz rouca de Jeremy.

Abri a porta e percebi quanto o lugar estava iluminado por velas. Não encontrei Jeremy na sala, então continuei andando em direção das velas.

– Parece um caminho. - sussurrei sozinha.

Segui pelo caminho que as velas faziam. Subi as escadas e mais escadas e mais escadas. Já estava ofegante quando cheguei na mais altas das torres e me surpreendi com o que vi. O lugar cheirava a canela e havia obras por todos os lados, como de costume naquele lugar, mas o que me surpreendeu foi ver Kath, Dave, Jeremy e um homem com uma roupa comprida branca que logo julguei ser um padre.

A torre estava pouco iluminada o suficiente a ponto de permitir que a gente visse morcegos passando pela janela. O céu estava estrelado e a lua parecia mais perto do que de costume.

Quase corri para perto de Jeremy, que vestia um terno preto que o deixava mais atraente, mas Kath me impediu.

– Calma Donna, tem o véu ainda. - colocou uma tiara brilhante no meu cabelo que tinha um véu enorme e me entregou um buquê de flores azuis do campo.

– Vocês planejaram um casamento? - ri.

– Sim. E você está incrível! Agora ande, Jeremy está te esperando. - correu novamente para perto de Dave que segurava um violino e tocava a clássica marcha nupcial.

"Foi o melhor que consegui.", consegui fazer leitura labial em Jer. Ele ria como uma criança.

– Está perfeito. - disse ao me aproximar.

Entreguei o buquê para Kath e peguei na mão de Jeremy.

– Você é louco. - sussurrei.

– Por você. - completou me beijando.

Olhamos para o padre que sorria. Parecia ser tão jovem quanto a gente.

– Estamos aqui nessa noite... - começou.

– Está bom Carl. - Jeremy disse rindo. - Pode pular essa parte.

– Ok. - virou a página da bíblia. - Jeremy, quer se casar com Donna?

– Sim.

– Donna, quer se casar com Jeremy?

– Sim. - tive vontade de chorar, mas apesar da emoção, aquela situação estava engraçada. Era óbvio que o padre era uma fraude.

– Então eu os declaro...

Não precisou terminar a frase. Já estávamos nos beijando.

– As alianças! - Dave gritou.

– É mesmo. - Jeremy tirou uma caixinha vermelha de dentro do terno, abriu-a e colocou uma aliança de ouro grossa no meu dedo e me entregou a outra para colocar em seu dedo.

– Eu te amo, Jeremy. Mesmo sendo desastrado e esquecendo as alianças. - ri.


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Notas finais do capítulo

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