Sasusaku - Amor E Amizade escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 33
Capítulo 34: Finalmente The End


Notas iniciais do capítulo

O último capítulo!!!
E espero que não me matem, mas tinha a ideia do final desde o início da fic... >D
Obrigada por acompanharem até agora. Boa leitura!



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Konoha

70 anos depois

*Sakura*

Algumas vezes você imagina sua vida passando pela sua frente. Cada flash, cada sensação, cada memória. Era como se motivos nunca faltassem para reviver o passado. É sempre algo monótono e sem sentido? Deveria mesmo imaginar que tudo estava um mar de rosas? Não. Eu sabia que o passado era importante. Que tudo o que eu vivi antes iria modificar minhas crenças e fazer com que eu questionasse minha existência.

E eu sabia que o passado era um mar de rosas, principalmente quando eu me lembrava de Sasuke. Os momentos bons, alegres, regrados de beijos e carícias. Mas também os momentos ruins, os momentos regrados em acidentes, dores, perdas, brigas, ciúmes tolos. Isso era meu passado. Isso era minha vida.

Olhar minha história depois de tanto não é algo fácil a ser feito. Cinquenta anos não são quinze anos, nem mesmo cinquenta dias. Aquela alegria de juventude é passado. Só faz parte de minhas lembranças. Lembranças essas onde está Sasuke.

Deveria ser primavera. Cerca de vinte anos atrás. Estávamos comemorando o nosso aniversário de casamento. Nossos dois filhos, Daisuke e Higashi tinham vindo com suas esposas e minha neta, Sanai, filha de Higashi. E além de ser nosso aniversário de casamento, era aniversário de Sasuke. Ainda me lembro do dia, como se tivesse sido esta manhã.

[...]

– Okaa-san! – exclamou Daisuke enquanto se aproximava de mim. Saya, sua esposa vinha mais atrás com sua grandiosa barriga de grávida. Higashi e sua esposa, Kin, já haviam chegado e estavam ajudando Sasuke no quintal de casa. – Espero que não haja problemas, mas nós teremos que sair um pouco mais cedo da festa.

– O que houve Daisuke? – perguntei estranhando. Sempre que fazíamos nossa festa de aniversário, nossos dois filhos ficavam para passar a noite inteira. O rapaz moreno de olhos verdes suspirou um pouco antes de falar.

– Depois que eu recebi a promoção na empresa, eu sempre tenho que ir em viagens chatas. – balbuciou meu filho mais novo. – Eu não levaria Saya. Eu a deixaria aqui sob seus cuidados, mas ela teima em me acompanhar nas viagens. Eu disse para ela que poderia ser perigoso, ainda mais com a chegada do bebê, mas ela simplesmente não entende.

– Eu quero ir, Dai. – falou Saya. Ela era uma mulher com longos cabelos castanhos e olhos azuis. – Mas não era isso que você iria falar com sua mãe, não é?

– O que é? – perguntei rapidamente. Se meus filhos ainda se lembrassem, o que eu mais odiava era deixar de saber as coisas. Daisuke suspirou brevemente antes de seguir com seu discurso.

– Não vai ser uma simples viagem dessa vez. – murmurou – Com meu novo cargo, eu terei que me mudar para Kyoto.

– Kyoto?

– Sim. Trezentos e vinte e cinco quilômetros de distância. – falou – E nem sempre poderemos vir aqui.

– Está tudo bem... Só não conte isso para seu pai hoje, está bem? Ele está tão contente de vocês terem conseguido vir... Eu não quero que a alegria dele acabe tão fácil.

Daisuke acenou positivamente e caminhamos para os fundos da casa. Sasuke estava assando o churrasco com Higashi enquanto Kin observava Sanai brincando em um velho balanço de corda. A única tristeza foi que minha irmã caçula não pode comparecer. Ela tinha uma apresentação do doutorado dela em Microbiologia esta tarde e infelizmente essa apresentação seria na Universidade Parisiense.

[...]

– Você está bem? – perguntei para o moreno quando estávamos em nossa cama. Higashi e Kin dormiam no quarto ao lado. Sanai estava adormecida junto a eles e Daisuke e Saya já haviam partido. – Depois de saber sobre o Daisuke?

– É o emprego dele. – balbuciou Sasuke. – Mas eu fiquei feliz que ele pode aparecer aqui hoje. Por eu poder tê-lo visto.

– Eu também. – falei dando-lhe um breve selinho. – Boa noite Sasuke.

– Boa noite.

Adormeci instantaneamente.

Quando acordei no dia seguinte com os raios batendo contra meu rosto, Sasuke ainda estava deitado. Franzi o cenho confusa. Ele sempre acordava antes de mim. Dei de ombros. Ele deveria estar cansado. Levantei da cama e desci as escadas em direção a cozinha para preparar o café da manhã.

– Ohayo. – murmurou uma voz masculina adentrando a cozinha. Higashi entrou já vestido para ir embora pela manhã. Caminhou até mim e deu-me um beijo na bochecha. – Onde está o ottou-san?

– Dormindo. – resmunguei vendo o moreno de olhos negros franzi o cenho como eu havia feito mais cedo. – Eu sei... Também estranhei, mas deixei. Ele deve estar cansado.

– Hm... – sussurrou enquanto bebia uma xícara de café. Logo Kin e Sanai entraram no cômodo e depois de darem bom dia, sentaram-se a mesa. – Ottou-san... O café está pronto! – gritou Higashi para que Sasuke ouvisse.

Nenhuma resposta. Nenhum pio. Um mal pressentimento instaurou-se em meu peito e comecei a subir as escadas. Higashi, Sanai e Kin vieram correndo atrás de mim.

– Sasuke! – exclamei adentrando o quarto. Ele continuava do mesmo jeito que eu havia deixado mais cedo. – Sasuke. – aproximei-me do moreno. Nenhuma resposta. – Sasuke! Higashi!

– O que houve? – perguntou Sanai para Kin que deixou o rosto empalidecer quando eu e Higashi tentávamos inutilmente acordar Sasuke. Ele não respirava. – Okaa-san... O que aconteceu com o ji-san?

– Kin, leve a Sanai para baixo e liga para uma ambulância.

[...]

No dia seguinte estávamos usando vestes negras. Um grandioso caixão de calvário branco estava no centro da sala. Eu estava atônita ao lado do caixão onde estava meu marido. Inerte. Morto. Daisuke estava em choque. Saya estava com Kin na cozinha por não poder se abalar devido ao bebê. Higashi estava com uma Sanai chorosa no colo que perguntava inutilmente o porquê de seu avô estar deitado numa caixa grande ao invés de estar em sua cama macia.

[...]

Eu podia ser uma tola por relembrar momentos assim. E não é útil explicar meu estado ao narrar esse acontecimento. Mas eu sabia que eu deveria falar, escrever sobre isso. Escrever sobre a minha história, sobre a nossa história. Por mais tola que eu seja, eu sei que não foi idiotice apaixonar-me por Sasuke. Não fui uma idiota por ter me permitido amar e ser amada. Por ter compartilhado momentos bons e ruins ao lado dele.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???

Pois é gente... A nossa estadia aqui foi finalizada. Foi mais de um ano ao lado de vocês. Nem sei como me despedir direito. :'(
Obrigada por me aturarem, por não brigarem comigo quando eu atrasava os capítulos, por sempre elogiarem, darem ideias, participarem das enquetes. Enfim, obrigada por tudo! Saibam que cada pedacinho da fic foi feito por e para vocês. Beijos! Sentirei saudades! :D



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