Céu De Inverno escrita por Hey Evy


Capítulo 43
Contra o tempo.


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!!!
E aí? Todos recuperados depois daquele massacre no campo de futebol causada por aqueles alemães gostos... Alemães desumanos, Pffff ninguém ia falar gostosos aqui não, hein...
Enfim, esse é provavelmente o penúltimo cap (TÔ CHORANDO AQUI).
Espero que gostem e...
BOA LEITURA!!!



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–Você está muito ousada, não é? Vamos ver por quanto tempo isso irá durar – Ele provocou-me, com seu sorriso se alargando á cada palavra. O sorriso nos lábios de Raito simplesmente me apavorava, eu comecei á tremer de puro medo, eu não conseguia mais manter minha fachada confiante, o olhar em seus olhos castanhos era completamente insano, esse não era mais o bom garoto Raito Yagami, esse era um homem que não iria medir esforços para conseguir o que quer, não se importando em eliminar qualquer um que estivesse lhe impedindo, ele estava doente, doente de tanto desejar poder e justiça. Minha situação apenas piorou quando minhas costas sentiram a dura parede, eu estava encurralada, claro, Raito estava praticamente um metro afastado de mim, mas para onde mais eu poderia correr? Minhas chances simplesmente acabaram, eu não posso fazer mais nada. Eu orava por alguma ajuda, até que me lembrei da pistola que L me deu, pode não ser a opção mais inteligente, mas é minha única saída.

Muito lentamente eu peguei a arma que estava em minha cintura, fazendo Raito engasgar de surpresa, mas logo voltar com seu sorriso sarcástico.

–Vamos lá, você sabe muito bem que não vai me matar com isso – Ele riu, cruzando os braços, parecia que a arma não o ameaçava nem um pouco, ele ria de mim como se eu não pudesse feri-lo com aquilo.

Um pequeno riso escapou de meus lábios, fazendo o sorriso de Raito diminuir-se.

–Quem disse que é para mata-lo? – Eu sorri, levando a arma até minha própria cabeça, pronta para atirar em mim mesma. Eu não tenho escolha, essa é a única saída para tudo isso.

Raito olhava para mim como se eu fosse louca, acho que ele não esperava que eu sequer pensasse fazer isso comigo mesma.

–O que você pensa que está fazendo? – Ele murmurou, tentando manter a calma, ele não poderia mostrar um pingo de hesitação em sua voz para mim, mesmo que por dentro ele estivesse uma pilha de nervos, ele tinha que parecer forte e confiante, assim como eu.

–O que foi? Está com medo? Eu me pergunto o que você faria se eu me suicidasse – Eu mantive meu sorriso sarcástico nos lábios, fazendo-o ainda mais irritado.

–Eu não tenho nada a perder com sua morte, se você se matar tudo o que eu vou fazer é fingir estar sentindo algo sobre sua morte, nada mais, pense um pouco, minhas digitais não estariam na pistola – O Yagami abriu um pequeno sorriso malicioso.

–Claro que não, L não iria levar em conta que eu estive sozinha em um quarto de hotel com um dos suspeitos de ser Kira, você diz ser ele, não é mesmo? Então você sabe muito bem que Kira pode matar alguém ser sequer encostar nela, ele pode fazer alguém se matar só com o nome e rosto da pessoa, não estou certa? – Eu disse confiantemente, com meu sorriso se alargando, porém por dentro eu estava um conflito comigo mesma, eu não posso me matar, tudo que eu tenho que fazer é intimida-lo, ele tem que perceber que não pode me matar, não tão cedo...

O moreno rosnou de minhas palavras, ele não tinha mais nada á dizer, era pura logica, seu eu morresse agora as suspeitas de L só iriam se confirmar, ele iria ser preso e executado, e o mais importante para ele, todo seu plano iria por agua á baixo, toda sua buscar por um mundo perfeito e por poder iriam acabar. Eu tremia, segurando a pistola contra minha própria cabeça, eu tentava me calmar tomando respirações profundas, enquanto Raito me olhava com todo o cuidado possível, ele vigiava todos meus movimentos atentamente, quando ele ia abrindo a boca para dizer algo, o som do telefone á cima da mesa de centro o fez calar a boca instantaneamente, antes de olhar o aparelho, parecia que ele estava se perguntando se deveria ou não atente-lo, ele me deu uma última olhada, antes de se aproximar do telefone e atende-lo, eu aproveitei essa oportunidade para abaixar a pistola de minha cabeça. Eu olhei para Raito ao telefone, tentando descobrir com quem o moreno fala, apesar de saber que provavelmente só era alguém do serviço de quarto, foi isso que eu achava, até que eu notei o nervosismo de Raito, suas mãos começaram á tremer e seus olhos estavam arregalados.

–D-do qu-que está falando? – Ele gaguejou, nervosamente, fazendo-me arquear uma sobrancelha. Com que diabos ele estava falando?

Raito tentou gaguejar mais algumas palavras, mas sempre que tentava calava a boca, ouvindo atentamente o que a outra pessoa dizia ao telefone. De repente o Yagami apertou os punhos com força e jogou o aparelho no chão, com toda sua força, ele segurou sua cabeça com ambas as mãos, como se estivesse tentando desesperadamente encontrar solução para algo, depois de longos segundos ele voltou sua atenção á mim, a forma cheia de raiva como ele me olhava, me fez engolir o seco em minha garganta e me tornou ainda mais nervosa. Ele se aproximou de mim e segurou meu braço fortemente, arrancando a pistola de minhas mãos rapidamente.

–Eu não tenho tempo para suas idiotices agora – Ele rosnou ao guardar a arma em sua cintura, tendo o cuidado de escondê-la bem em seu paletó. Raito pegou seu celular no bolso de sua calça, e rapidamente discou um número, ele parecia um tanto ansioso pela forma como ele espera a pessoa atende-lo.

–Eu preciso de um carro, agora – Raito disse impacientemente, depois de algum tempo – Eu não posso discutir isso agora, eu já disse, eu preciso de um carro agora no hotel.

Com você está falando, Raito? Misa?... Ou Kiyomi?

Logo após Raito desligou o telefone, com um grunhido, ele se sentou no sofá, com um rosto pensativo e calculista. Eu me perguntava o que poderia ter acontecido com Raito, com certeza essas duas ligações estavam envolvidas no repentino desespero do Yagami.

–Vamos logo, não fique parada aí – De repente a fria voz de Raito me chamou a atenção, ele estava com a porta do quarto aberta, impacientemente, esperando para que eu saísse. Com um suspiro, eu fiz meu caminho para fora do quarto, com Raito me seguindo até o elevador. Ele havia pedido um carro, para onde ele pretende ir? E o mais importante, para onde ele pretende me levar?

Chagando á recepção, o moreno apenas deu a chave do quarto á recepcionista, ignorando-a completamente, e me arrastando pelo braço para a rua, ele olhava para todos os lados da rua movimentada em busca de alguém, até que um carro preto parou em frente á nós, de lá saiu um homem muito bem vestido com um terno, ele parecia até mesmo um segurança.

–Oh, olá, Yagami-san, Tanaka-san me pediu para trazer este carro para o senhor – Ele sorriu gentilmente para Raito, entregando-lhe as chaves do carro. O moreno apenas tirou as chaves, sem nem mesmo se importar em olhar no rosto do homem.

–Entre – Raito praticamente me ordenou, ao destrancar a porta do carro. Hesitantemente, eu abri a porta do automóvel e me sentei no banco do passageiro, ao lado do Yagami. Raito olhou para a rua por algum tempo, como se estivesse decidindo para onde ir, finalmente ele deu partida no carro e começou á dirigir, em uma velocidade um pouco alta da indicada para este tipo de rua. Ele estava claramente desesperado, e com esse caminho que está fazendo, não vai voltar para a força-tarefa, pelo contrario, ele está se afastando do centro da cidade, e ele repetidamente olhava o retrovisor, provavelmente tentando ver se alguém nos seguia. Agora eu tinha certeza, ele estava fugindo, a primeira ligação foi feita por L, só pelo jeito como ele reagiu, ele parecia tão surpreso e assustado, mas como L descobriu que Raito estava naquele hotel? Se eu fosse L aquele seria o último lugar no mundo onde eu procuraria um cara como Raito, á não ser que ele tenha grampeado... Grampeado um de nós... Não, não mesmo, eu já iria ter notado se eu estivesse com escutas ou rastreadores.

–Hu-hum, Rait...

Raito interrompeu minha tentativa de iniciar uma pergunta, com seu olhar frio e amedrontador, talvez ele também pense da mesma forma que eu, sim, é isso, ele não disse muita coisa desde primeiro telefonema, mas ele revelou que precisava de um carro, então L já sabe que não teve perder seu tempo nos procurando naquela área... Claro! Então é por isso que ele está vindo para esta parte mais afastada da cidade, não tem quase nada aqui, sem casas, sem pessoas, sem torres de energia, se realmente tiverem escutas e rastreadores eles não iriam pegar aqui, e se pegarem, o sinal iria estar muito fraco.

Depois de longos trinta minutos, Raito finalmente parou o carro em frente á um galpão, ele me fazia lembrar um pouco da “casa” de Beyond, porém esse não parecia tão sujo e abandonado. O Yagami saiu do carro, fazendo com que eu fizesse a mesma coisa, o moreno levantou a porta de metal com facilidade, eu me perguntava se ele já tinha vindo aqui antes, esse não me parece o lugar que Raito iria frequentar. O moreno agarrou meu braço, me puxando para dentro do local, sem se preocupar em fechar a porta, já que não havia ninguém na rua deserta. O galpão era tão grande quanto o de Beyond, havia uns bons quinze metros repletos com lixo e bugigangas velhas e esquecidas. De repente eu fui empurrada para a dura parede de tijolos, por um raivoso Raito, ele me olhava como se pudesse me matar á qualquer segundo.

–Onde está? – Ele rosnou, mantendo seu aperto em meus braços.

–O-qu-que? D-do que vo-você está falando? – Eu gaguejei, tentando sair de seu aperto. Minha resposta só o fez ainda mais irritado, ele apertou ainda mais meus braços, enquanto o desespero tomava conta de mim.

–Sua vadia, você acha que pode bancar a esperta comigo? Desde quando você está com escutas? – Raito aumentou seu tom, com mais raiva e desespero em sua voz. Eu não posso simplesmente falar que eu não estou com escutas, ele não acreditaria, além do mais eu preciso ganhar tempo para L, eu só espero que ele chegue logo...

–Sabe, isso não é jeito de se falar com uma mulher, não para um cavalheiro tão educado como você – Uma voz cheia de sarcasmo disse atrás de Raito, imediatamente eu reconheci o dono daquela voz, mas eu nunca imaginava que ele estivesse aqui, porém eu devo admitir que me senti muito mais aliviada com a presença daquele assassino. Ao contrario de mim, Raito congelou com a voz sarcástica, tremendo ele se virou para encarar Beyond, que mantinha um sorriso presunçoso nos lábios pálidos, o Yagami ainda mantinha seu aperto em mim, muito mais forte, como uma garantia de que eu não iria tentar escapar.

–Então, você é mesmo Kira... Você mente bem, garoto, claro, está em nosso sangue, nós assassinos sabemos mentir como ninguém, precisamos manter as aparências, certo? – Beyond riu inocentemente, provocando o Yagami.

–Calado, não me compare com um ser tão repugnante como você! – Raito gritou, apertando meu braço com força o suficiente para me fazer choramingar de dor. Em fração de segundos Raito me puxou contra seu próprio corpo, com um braço em minha cintura, me prendendo fortemente, enquanto o outro segurava em minha cabeça a pistola que outrora estava em sua cintura. Eu comecei á me apavorar tentando desesperadamente escapar dos braços de Raito, enquanto Beyond observava tudo com um rosto pacifico, era como se ele não se importasse se eu morresse ali.

Logo eu que quase me matei mais cedo, agora estava orando por minha vida.

Fim do capitulo 43!!!


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Comentem, seus lindos!!!
Até á próxima!!!



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