–Eu só estou querendo dizer que como policial, você está sempre nós se colocando em perigo, aquele cara o Albert já está morto, mas ele tinha todos aqueles homens, eu tenho medo que algo aconteça com você, ou com o pai e a mãe, e também quando você conseguir pegar aquele serial killer do Japão, quem em garante que não ser como foi com o Albert? Yukki, por favor, pense, não coloque em risco a nossa e a sua vida - Nick disse olhando em meus olhos.

Talvez... Talvez ele esteja certo, eu estou colocando a vida deles em risco, e eu não vou estar sempre aqui para eles... Talvez o melhor... Talvez o melhor seja eu não ser mais policial.

Mas enquanto tudo que eu fiz para chegar até aqui? Quer dizer, olha só pra mim, eu nunca pensei que iria conseguir trabalhar com L.

Eu não evitar que meus olhos encharcassem de lágrimas com as palavras de Nick.

–Nicollas... E-eu sei que é um pouco perigoso... Ma-mas... Mas eu lutei muito para chegar até aqui, eu já passei por muita coisa pra desistir, Nicollas... Esse é meu sonho, e eu não vou desistir dele só por que... Só porque você é o único que tem medo, você está certo, eu não vou estar aqui pra proteger vocês o tempo todo, mas enquanto eu não estiver cresça e vire um homem – Eu disse enquanto as lágrimas escorriam pelas minhas bochechas.

Nick olhou surpreso para mim, mas logo apertou os punhos e saiu da cozinha com um olhar furioso e sem dizer mais nenhuma palavra.

Eu soltei um longo suspiro e me apoiei na pia enquanto minhas lágrimas não paravam de cair.

O barulho do micro-ondas me chamou a atenção, eu soltei um suspiro e o desliguei, depois dessa discussão eu perdi o apetite.

Eu subi até o banheiro e tomei um banho rápido. Logo depois fui para meu quarto e depois de meia hora consegui dormir.

Eu acordei com o a voz de meu pai gritando com alguém.

Eu resmunguei um pouco e saí do meu quarto, olhando para o relógio da parede do corredor eu vi que eram apenas seis horas da manhã.

Com quem diabos meu pai está gritando ás seis da manhã?

Eu me inclinei na escada para tentar ouvir o que estava acontecendo no andar debaixo.

–O que você está pensando, garoto? Nós estamos passando por tantos problemas e você some assim do nada, você sabe o que eu e sua mãe estávamos passando? Nós pensamos que você tinha sido sequestrado de novo e agora você vem dizer com a maior cara de pau que estava em uma balada, você tem sorte de não ter nascido no Japão na mesma época que eu – Eu ouvi meu pai dizer severamente.

–É, eu já sei disso, você nem ao menos sabe por que eu não passei a noite em casa – Eu ouvi a voz de Nick dizer com irritação.

–E nem quero saber, Nicollas você é mais velho que sua irmã e um homem, por que você não consegue ser mais responsável? – Meu pai perguntou com um suspiro.

–Yukki, Yukki, Yukki, vocês só sabem falar nela? Coloca uma coisa na cabeça, pai, eu nunca vou ser como a Yukki – Nick retrocou com raiva.

–Nicollas, por favor, ninguém está falando que você deve agir como sua irmã- Eu ouvi minha mãe dizer suavemente.

–Tanto faz, olha... Eu estou morrendo de dor de cabeça, então por favor, me deixem em paz – Nick disse irritado.

Depois disso eu ouvi os passos de alguém subindo as escadas, e rapidamente fui para meu quarto.

–Ótimo, essa discussão não fazer o Nick me amar mais... – Eu murmurei me encostando na porta do meu quarto.

Eu soltei um suspiro e troquei de roupa.

Desci as escadas e fui em direção á sala de jantar, meu pai estava sentando ao lado da minha mãe com um olhar irritado, já minha mãe estava com a testa franzida com preocupação.

–Bom dia – Eu murmurei me sentando á mesa.

–Oh, bom dia, querida – Minha mãe respondeu saindo dos seus pensamentos, com um sorriso gentil.

Meu pai apenas continuou a olhar para sua xícara com um olhar irritado.

Eu dei os ombros e comi uma torrada com geleia.

–Eu ouvi umas coisas de manhã... Aconteceu alguma coisa? – Eu perguntei entre mordidas.

–Não, aconteceu nada, não se preocupe, seu irmão apenas ficou tempo demais naquelas festas dele e nós nos preocupamos nada demais – Minha mãe respondeu com um sorriso triste.

Eu abri minha boca para perguntar mais uma coisa, mas a porta sendo aberta me interrompeu.

Nick entrou na sala com uma cara em branco, caminhou até a mesa, pegou uma maçã e depois simplesmente saiu da sala sem dizer uma palavra ou olhar no rosto de alguém.

–Fracamente... Será que esse garoto vai ter uma segunda puberdade? – Meu pai perguntou esfregando as pálpebras.

Minha mãe soltou um curto suspiro e colocou uma mão suavemente no ombro de meu pai.

O resto do café foi silencioso e com um ar totalmente pesado.

Depois do café eu resolvi passar na delegacia para me despedir da Vick, do delegado e de quem mais eu achasse.

Com alguns minutos andando de ônibus, eu finalmente cheguei á delegacia.

–Oi, Vick, como você está? – Eu perguntei com um pequeno sorriso para a loira que estava olhando atentamente para alguns papeis.

–Só um minuto – Ela murmurou sem olhar para cima.

Depois de conferir os papeis, ela finalmente olhou para cima, e quando se deu conta que eu estava em frente á ela, abriu um sorriso enorme.

–Yukki, garota! Como você está? Eu estava super preocupada com você, você já se sente melhor? – Ela perguntou em um tom extremamente animado, fazendo as poucas pessoas na delegacia olharem para nós.

–E-eu estou bem melhor, bem pelo menos agora eu estou acordada – Eu disse rindo nervosamente.

–Tem certeza? Quer dizer, você ficou duas semanas desacordada, a Diana, o Arthur, o Matheus e eu fomos te visitar no hospital, mas você não podia receber visitar, você ainda estava desacordada – Vick disse hesitantemente.

–Não se preocupe, eu estou legal – Eu disse com um pequeno sorriso.

–Tudo bem, então, você só veio pra dar um oi, ou tem algum motivo em especial? – Vick perguntou com um sorriso de divertimento.

–Bem... Eu vim para me despedir, eu volto pro Japão hoje á noite – Eu disse hesitantemente.

–Sério? Mas você acabou de chegar, eu queria que você saísse comido e com os rapazes hoje á noite – Ela disse com um olhar desapontado.

–Foi mal, mas eu não quero deixar o L irritado comigo – Eu disse com um suspiro.

–Oh, o tal do L, né? E aí me fala, como ele é, ele é tipo o delegado todo engavetado ou até que tá pra pegar? – Vick perguntou com um sorriso.

–O-o quê? E-eu não sei... Ele é normal, eu acho – Eu gaguejei corando.

A loira riu com diversão da minha reação.

–Você é tão sortuda, Yukki, quando nós fomos te visitar no hospital, eu vi uns caras super lindos, seu pai disse que eles eram seus colegas de trabalho, aqueles gêmeos são tão fofos, o dos os olhos vermelhos é o mais lindo, são naturais mesmo? – Ela perguntou com um brilho nos olhos.

Sério? O Beyond...?

–É, acho que sim... Nunca perguntei... – Eu disse calmamente.

–Ah, você deveria, ele é tão lindo, com aquela pele pálida e aqueles olhos vermelhos... Parece até um vampiro, qual é o nome dele? – Vick perguntou com um ar sonhador.

–Bey... Benjamin, o nome dele é Benjamin – Eu disse nervosamente.

–Ah, Benjamin – Ela suspirou com um sorriso bobo.

Será que falo pra ela que ele é um assassino psicopata?... Não...

–Certo... O delegado está ocupado? – Eu perguntei calmamente.

–Humm, oh, não que eu sabia, pode ir lá – Vick respondeu saindo de seu transe.

Eu apenas concordei com a cabeça e comecei á ir em caminho á sala do delegado.

–Ah, Yukki – Vick me chamou fazendo com que eu olhasse para trás.

–Fala bem de mim para o Benjamin – Ela gritou com um sorriso.

... Coitada...

Eu deixei escapar uma curta risada e continuei á ir para a sala do delegado.

Chegando lá, eu bati na porta, pouco tempo depois ela foi aberta por Matheus.

–Yukki, Yukki, Yukki, como você está? Já está melhor? – Matheus gritou me abraçando fortemente.

–Matheus? O que diabos você está fazendo aí? – Eu ouvi Arthur perguntar irritado.

Matheus me soltou com um sorriso caloroso.

–Desculpa, mas olha só quem está aqui, é a Yukki, nós estávamos tão preocupados – Matheus disse bagunçando meu cabelo levemente.

Eu ri um pouco e arrumei meu cabelo.

–Yukki, como você está? – Arthur perguntou com um tom preocupado.

–Eu estou bem – Eu disse comum pequeno sorriso.

–Tem certeza? Você bateu forte com a cabeça naquela escada – Arthur disse levando uma sobrancelha.

–Você viu quando eu caí? – Eu perguntei curiosamente.

–Sim, eu estava entrando na mansão quando você caiu, e parecia ter doído muito – Ele respondeu calmamente.

–Mas o importante é que você está bem agora - Matheus disse com um sorriso.

–Bem, eu aposto que você não veio aqui pra ver o Matheus e eu, o delegado está lá dentro, entre - Arthur disse se afastando da porta para que eu pudesse entrar.

Eu entrei na sala e vi o delegado sentado em sua mesa como de costume.

–Oh, como vai, Yukki? Sente-se – O delegado disse quando percebeu minha percebeu minha presença na sala.

–Muito bem, o brigado – Eu disse me sentando em frente ao delegado.

–Rapazes, eu já terminei com vocês, já podem ir embora – O delegado disse aos dois homens que ainda estava perto da porta.

–Claro, até mais, senhor, cuide-se, Yukki – Arthur disse calmamente.

–Tchau, senhor, tchau Yukki – Matheus disse alegremente saindo da sala e fechando a sala.

Eu dei um pequeno sorriso, antes de voltar minha atenção ao delegado.

–Deixe-me adivinhar, você veio para saber se encontramos alguma pista do assassino do Albert, certo? – Ele perguntou com um pequeno sorriso.

Não... Foi o Beyond, mas é segredo...

–Na... Na verdade não, eu vim me despedir, essa noite eu volto pro Japão – Eu disse hesitantemente.

–Bem, isso é bom, pelo jeito L gostou de você, você tem sorte – O delegado disse sorrindo.

–É verdade, ele tem sido muito paciente comigo... Mas, já que você tocou no assunto... Vocês já acharam alguma pista de quem matou o Albert? – Eu perguntei curiosamente.

–Não, esse infeliz não deixou uma pista sequer... – O delegado suspirou franzindo a testa.

É o Beyond é bom nisso...

–Parabéns, Yukki, você ganhou um admirador secreto – O delegado disse com um sorriso divertido.

Eu apenas soltei um riso nervoso.

Nem brinque com isso...

–Eu acho melhor eu ir indo, eu tenho que tentar resolver algumas coisas com meu irmão antes de ir... Até mais, senhor, deseje-me boa sorte no caso Kira – Eu disse com um sorriso.

–Trabalhe suado e nos dê orgulho, vamos torcer por você, Boa viagem – O delegado disse sorrindo.

Eu sorri para ele e sai da sala.

Quando eu já estava saindo da delegacia alguém de repente segurou meu braço. Eu me virei para ver Bruno com um olhar constrangido.

–Me desculpe, eu não quis te assustar – Ele disse soltando meu braço rapidamente.

Eu ri levemente com a expressão preocupada dele.

–Ah, vamos lá, eu não sou tão medrosa assim – Eu disse rindo.

–Claro que não, você já está melhor? – Ele perguntou com um pequeno sorriso.

Será que todo mundo vai me perguntar isso hoje?

–Sim, eu estou bem melhor – Eu disse calmamente.

–Isso é bom... Mas então, o que você veio fazer aqui? Já veio procurar outro caso pra trabalhar ou sentiu minha falta? – Bruno perguntou com um sorriso divertido.

Eu não pude de deixar de rir com as palavras de Bruno.

–Na verdade eu vim me despedir, eu volto pro Japão hoje á noite – Eu respondi ainda rindo um pouco.

–O quê? Por quê? Eu ainda nem consegui te levar para um encontro – Bruno murmurou com um tom dramático.

–Vo-você está de bom humor hoje, não é? – Eu perguntei rindo embaraçadamente.

–Claro, não sei se você sabe, mas o Albert... Como posso dizer? Foi dessa pra melhor, ou pra pior, duvido que ele tenha ido para o céu – Bruno cantarolou com um sorriso inocente.

–É, eu fiquei sabendo... Mas não pensei que você ficaria tão feliz com a morte de uma pessoa – Eu disse levantando uma sobrancelha.

–Nã-não, espera, não é que eu esteja feliz pela morte dele... E só que isso me alivia muito – Bruno gaguejou coçando o pescoço.

–Calma, eu só estava brincando, eu também estou bem aliviada com isso – Eu disse rindo levemente.

Nós ficamos uns três segundos com um silêncio constrangedor.

–Ei, eu estava indo pra casa, sabe o delegado me deu uns dias de folga depois disso tudo, e eu estava pensando se você quer ir tomar alguma coisa comigo – Bruno quebrou o silêncio com um sorriso encantador.

Eu olhei para recepção nervosamente, até que vi uma certa loira com os polegares para cima com um sorriso estranho.

Eu revirei os olhos com um pequeno sorriso.

–Foi mal, mas eu tenho que arrumar minha mala – Eu disse a Bruno com um sorriso triste.

–Que pena... Uma carona pra casa talvez? – Ele perguntou sem abandonar o sorriso.

–Claro – Eu afirmei com um sorriso.

Logo em seguida Bruno e eu fomos para seu carro, e depois de alguns minutos nós paramos em frente á minha casa.

–Obrigado pela carona, Bruno – Eu agradeci com um pequeno sorriso.

–Tudo bem, eu vou senti sua falta, boa sorte com o caso – Bruno disse com um sorriso doce.

Nós demos um abraço, antes de eu sair do carro e entrar em casa.

–Cheguei – Eu disse fechando a porta.

Há essa hora minha mãe deveria estar na cozinha preparando o almoço, meu pai trabalhando e Nick deveria estar na faculdade... Eu disse deveria, porque depois dessa ressaca acho que ele deve estar dormindo.

Eu subi para meu quarto e comecei a fazer minha mala, depois de uma hora eu finalmente consegui faze-la.

Desci as escadas com meu estomago roncando e fui até a cozinha.

–O almoço já está pronto? – Eu perguntei á minha mãe.

–Hum? Oh, sim, chame seu irmão – Ela respondeu.

Eu fiz uma careta.

–O que? – Ela perguntou com um pouco de preocupação.

–Eu... Eu não quero muito ver o Nick agora – Eu disse hesitantemente.

–Não me diga que vocês brigaram – Minha mãe disse irritada.

Eu engoli o seco em minha garganta.

–Ele começou – Eu disse nervosamente.

–Eu não quero nem saber quem começou, vá falar com ele agora, eu não quero que você desça sem ter resolvido as coisas com ele – Minha mãe disse severamente.

Eu soltei um suspiro e fui para o quarto de Nick.

–Ei, Nick, você está acordado? – Eu disse batendo na porta.

Depois de alguns segundos eu simplesmente abri a porta já sem paciência.

Para minha surpresa Nick não estava no quarto, eu entrei no quarto e comecei a olhar ao redor, o guarda-roupa dele estava aberto e os livros da faculdade dele não estavam lá.

Caramba... Ele foi pra faculdade...

Depois disso eu desci para almoçar e passei o resto da tarde conversando com minha mãe.

Minha mãe e eu estávamos assistindo TV, quando a porta se abriu e a voz de Nick gritou:

–Cheguei, mãe.

–Nick, querido, venha aqui, por favor – Minha mãe gritou de volta.

–Sim? – Nick disse entrando na sala.

Eu olhei para Nick, e quando nossos olhares se encontraram ele rapidamente desviou o olhar.

–A senhora, precisa de alguma coisa? – Nick perguntou impaciente.

–Sim, eu preciso que meus filhos parem de agir como crianças e se entendam, vão resolver essa briguinha idiota de vocês agora – Minha mãe disse seriamente.

Eu e Nick ficamos olhando para minha mãe, esperando ela sair da sala.

–O quê? Eu não vou sair daqui, não, está passando a minha novela, vão conversar no quarto – Ela disse erguendo uma sobrancelha.

Nick soltou um suspiro e saiu da sala, assim como eu.

Nós entramos no quarto de Nick, e ficamos em silêncio olhando para nossos pés ou para os móveis do quarto.

–Me desculpe – Nick e eu dissemos simultaneamente.

Nós nos olhamos um pouco surpresos, até rimos um pouco.

–Isso é tão idiota, estamos agindo como crianças de seis anos – Nick murmurou rindo.

Eu ri juntamente com ele.

–Mas brincadeiras há parte, me desculpe pelo o que eu disse, eu estava meio chateado porque você ia embora, e sabe é aquela época do mês... TPM masculina – Nick começou sério, mas terminou com uma piada como de costume.

Eu pude deixar de rir com a frase de Nick.

–Me desculpe, também... Eu fiquei um pouco chateada com aquilo e acabei falando umas merdas... – Eu disse com um suspiro.

Nick abriu um sorriso brincalhão.

–Ah, tudo bem, eu nem me lembro muito disso, eu bebi pra caramba ontem – Nick disse com um sorriso orgulhoso.

–Você e suas bebidas, eu deveria trancar você no quarto toda noite – Eu disse esfregando as pálpebras.

–Para de ficar no meu pé, eu já sou adulto o suficiente para lidar com álcool – Nick resmungou franzindo a testa.

–Ah é? Agora você sabe como eu me sinto, mocinho – Eu disse com um sorriso astuto.

Nick ia abrindo a boca para dizer mais alguma coisa, mas o toque no meu celular o interrompeu.

–Alô? – Eu disse atendendo.

–Boa noite, Yukki-chan, você já está pronta? Nós vamos passar aí para te dar uma carona para o aeroporto – A voz de Ryuuzaki disse monotonamente.

–Eu estou pronta, obrigado, Ryuuzaki – Eu disse calmamente.

–Não tem problema, nós chegamos aí daqui a pouco, até mais – Ryuuzaki disse antes de desligar o telefone.

Eu coloquei o telefone o bolso da calça e olhei para Nick, ele estava com um triste.

–Você... Já vai, né? – Ele perguntou olhando para o chão.

–Sim, mas eu volto rápido, você nem vai perceber que eu fui – Eu disse com um sorriso suave.

–Promete? – Nick perguntou com um pequeno sorriso.

–Prometo – Eu respondi rindo.

–De dedinho mindinho? – Nick perguntou erguendo o dedo mindinho.

–Claro – Eu disse apertando o dedo mindinho com o dele.

Nick de repente me puxou para um abraço apertado.

–Eu vou ficar com saudades, mas eu sei que você por algum motivo supernatural fica feliz arriscando sua vida nesses casos, e enquanto você tiver uma arma e souber atirar eu vou ficar um pouquinho tranquilo, eu te amo demais, então cuide-se, eu vou ficar torcendo por você daqui – Ele sussurrou com um tom carinhoso.

–Droga, homem você quer me fazer chorar? – Eu disse com um sorriso.

–Não, mas eu estava esperando que agora você disse ou do tipo “Não se preocupe, Nick, eu vou voltar logo, eu também te amo, meu herói” – Nick disse rindo.

–Ok,ok... Não se preocupe, Nick, eu vou voltar logo, eu também te amo, meu herói – Eu disse sarcasticamente.

–Bem melhor – Nick disse me soltando.

–Ei, me ajuda a levar minha mala para baixo? – Eu perguntei casualmente.

–Claro, pra isso que existem os heróis – Nick disse com um tom orgulhoso.

Eu ri e desci as escadas até a sala.

–Ei, mãe, eu e o Nick já nós entendemos, o Ryuuzaki vai passar daqui a pouco aqui, então até mais – Eu disse com um pequeno sorriso.

Minha mãe se levantou do sofá e me abraço fortemente.

–Tome cuidado, querida, volte logo, ok? – Minha mãe sussurrou com os olhos cheios de lágrimas

Eu apenas concordei com a cabeça.

Minha mãe me soltou quando ouviu uma buzina de carro em frente de casa.

–Acho ,melhor eu ir indo -Eu disse saindo da sala.

–Vamos sentir saudades – Eu ouvi minha mãe dizer.

–Caramba, Yukki, o que você colocou nessa mala? – Nick perguntou descendo as escadas segurando a mala.

–Nada de mais, a culpa não é minha se você é um molenga – Eu disse provocativamente.

–Hahahaha, muito engraçadinha você, hein – Nick disse sarcasticamente.

Nick e eu saímos d e casa e vimos um carro preto, Watari saiu dele.

–Boa noite, deixe – me colocar sua mala no carro – Ele disse educadamente.

Nick apenas entregou a mala para Watari que foi coloca-la no porta-malas do carro.

–Até que para um tiozinho ele é bem forte – Nick disse com um riso.

–É porque ao contrário de você ele não é mole – Eu disse com um sorriso.

Nick me deu um soco de leve no ombro.

Eu ri, antes de trocar um último abraço com ele.

Nick beijou minha testa e me soltou com um sorriso triste.

Eu lentamente fui para o carro olhando já com saudades para aquele meu irmão idiota.

“Eu não vou estar o tempo todo com você, eu não vou poder te proteger todos os dias, mas isso não te torna carente, muito menos fraco, isso se torna mais forte, madureça para me ajudar quando eu precisar de você, viva sua vida para me contar suas histórias e cuide-se para que assim você possa cuidar de mim”.

Fim do capitulo 30!!!