Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 9
Novatos


Notas iniciais do capítulo

Este é um capitulo curto só para uma apresentação dos novos personagens.Eu estou com saudades de todos vocês.
Bjs!
P.S:Prometo postar o próximo no ddomingo.



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Aonde você está?

A aula já começou! :(

A mensagem  era de cinco minutos atrás e piscava no visor do meu celular,calcei o sapato e sai correndo para o térreo,Jeremy ainda continuava andando atrás de mim como um cão de guarda.

– Você não vai embora,não? – perguntei,parando em frente a porta;pondo os livros na mochila antes de ir para escola.

– Já estou indo.

– Amém,porque eu não agüento mais você como uma sombra atrás de mim – repliquei,então sai de casa e fui em direção ao meu carro estacionado dentro da garagem.

Uma musica estridente soou atrás de mim,Jeremy atendeu o celular no primeiro toque virei o rosto e ele tinha uma expressão dura na face;porém não tinha tempo para descobrir o porquê.Não agora.

– Ela está comigo,já estamos indo pra ir – ele falou,me alcançou com dois passos e segurou o braço me arrastando pela trilha sinuosa  da floresta.

– Eu tenho que ir para a escola,esqueceu? – indaguei,puxando o braço tentando desvencilhar da sua mão imune da minha força frágil.

– Alex quer falar com você – ele avisou,tropecei numa pedra e Jeremy me agarrou antes de cair no chão. – Por que você não consegui ficar um minuto sem que eu tenha que por as minhas mãos em você – ironizou,um sorriso torto raiava nos seus lábios.

Revirei os olhos e me desprender do seu contato;comecei a seguir pelo caminho espreito encarei o chão coberto por galhos quebrados e torcidos com um emaranhado de  folhas secas;o outono já deixava os seus rastros na cidade pequena.

– Olá,Luisse!

Exclamou Rebecca assim que pôs meus pés  na clareira; percebe  que tinha um grupo de adolescentes parados próximo do Alex, que tinha uma expressão aliviada no seu semblante.

– Quem são? – perguntei a Rebecca,enquanto ela me dava um abraço de serpente pude ouvir o som abafado dos estalos no meu corpo.

– Novatos, eu sinto muito por tudo que está acontecendo...

Seus olhos eram compreensivos pousados em mim.

– O que está acontecendo? – especulei incrédula; olhei o Jeremy que parecia um boneco de cena imóvel ao meu lado. Algo ruim estava acontecendo, um arrepio congelante cruzou a minha pele pálida,os olhos frios e silenciosos do Jeremy provocava náuseas no meu estomago.

– A nossa turma sofreu um ataque está manhã;uma bomba explodiu e todos estão mortos – informou Alex,vindo ao meu encontro;meus joelhos enfraquecidos quase gerou a minha queda novamente entretanto Alex me aparou com a sua mão cálida e gentil ,o oxigênio esvaia rapidamente dos meus pulmões tudo parecia girar velozmente como um caleidoscópio de sensações que pressionavam o meu peito.

– Está tudo bem aqui? – perguntou uma garota,seus olhos eram negros como das noites frias banidas de estrelas;os cabelos brancos com cachos largos e volumosos tinham uma luminosidade própria,a boca do tom de uma rosa vermelha dos jardins do paraíso;parecia uma fada da noite com o corpo miúdo e uma estatura baixa. – As crianças estão preocupadas – assinalou,apontando para o grupo aos murmúrios borbulhantes entretidos em uma conversa e com os olhares atentos e apreensivos sobre nós.

Engoli em seco o nó que impedia a minha respiração.

– Está tudo bem – rebati,segurando uma mão que alojada na minha cintura.Então percebi que Alex me encaravam com uma expressão de ira e vislumbrei o meu erro e libertei-me da energia paralisante que provinha do toque  da mão do Jeremy.Puxei o rosto do Alex para mais perto e lhe dei um beijo culpado.

Alex piscou os olhos desconfiados e em seguida a sua raiva se decepou com a ceifada dos meus lábios convidativos.

– Você não vai me apresentar a eles? – perguntei,afastando da sua boca,uma expressão mimosa serpenteava em minha face tentando amenizar o meu trágico erro.

Ele assentiu.

 – Primeiramente está é a Anabela – apresentou-me,ela cordialmente estendeu a mão e eu fiz o mesmo gesto acanhado, porém ela parecia ter mais desenvoltura e obstinada.

– É um prazer conhecê-la – falou,com um sorriso mais branco do que as nuvens que pairavam sob nossas cabeças.

– Estava com saudade de mim,anjo? – perguntou Jeremy,passando por mim,não consegui refrear a corrente fugaz que apoderou da minha sanidade quando os seus olhos  escuros como da negritude da noite passaram pelo os meus.

– Nem um pouco – desprezou ela,dando-lhe as costas.

– Espero que não esteja brava comigo,porque a deixei naquele quarto de hotel sozinha – revelou,os olhos pasmos da Rebecca sob ele já valiam pelos meus olhos surpresos.

– Eu não vivo de passado igual a você – retrucou ela,a sua expressão pacifica havia se deteriorado com as palavras acidas do Jeremy – E nem foi tão bom assim ficar com você – completou.

– Então porque você gritou o meu nome nas três...

Alex ergueu uma das mãos fazendo-os parar com a discussão tola.

– Vocês podem brigar mais tarde,então por favor se contenham na frente dos novatos – apaziguou Alex,me levando pela cintura até o grupo de jovens deixando-os para trás.

– Eles já namoraram? – perguntei a Rebecca assim que nos alcançou caminhando lentamente ao meu lado.

– Não,apenas ficaram uma vez – esclareceu ela.Então paramos em frente a Katlin que estava pendurada no pescoço de um rapaz que tinha um tom de pele branco,cabelos ruivos arrepiados porém mais escuros do que os da Katlin,tinham os olhos azuis escuros pareciam quase negros.Alto e tinha uma musculatura definida;vestia uma calça jeans, uma camisa cinza com uma jaqueta jeans escura e tênis.

– Este é o Nicholas,irmão da Katlin que você conheceu hoje mais cedo – ele disse,o rapaz apenas meneou a cabeça.

– Que bom que veio! – exclamou Katlin retirando os braços entorno do seu irmão e me deu um leve abraço. – Ele vai te ajudar com os seus poderes,ele é o meu assistente/irmão já que ele pode controlar a eletricidade – brincou ela.

Forcei um sorriso animador.

– Se continuar abraçando a Luisse assim ela irá morrer sufocada – reclamou Rebecca,retirando a Katlin de perto de mim.

Alex exalou uma risada divertida com toda a situação.

– Então você é a bela Luisse?- questionou um garoto alto deveria ter uns 1,75 de altura,os seus músculos eram visíveis pela camisa branca,seus olhos esverdeados eram zombeteiros sobre mim,o cabelo castanho claro permitiam pender algumas mechas finas nas laterais da sua testa.

– Sim,sou eu mesma – informei,então ele posicionou sobre a minha,e deu a origem a uma rosa feita de gelo,os raios do sol preguiçoso produzia reflexos multicoloridos em contato com a jóia de gelo.

– Uma flor para uma flor – mencionou galante,devolvi o seu gesto com um sorriso tímido. – Eu sou o Austin,o seu mais novo vassalo – satirizou,sorridente.

– Ele diz que é lacaio de todas as garotas bonitas – interviu Alex lançando-lhe um olhar com uma pontada repreensivo,me conduzindo para um homem  alto e robusto;olhei descaradamente para os seus olhos que era um vermelho e o outro castanho,o que fez algo assustador e perigoso se ascender na minha corrente sanguínea,o seu peitoral vasto de músculos definidos provavelmente por horas de academia.

– Este é o Neon,tem está cara de playboy mais não morde – brincou Alex,eu estendi a mão para ele,porém lançou um olhar de desdém e me ignorou.

– Não se preocupe com ele – precaveu Alex. – Então agora que todos estamos aqui é melhor começarmos o jogo.Quem ficar vivo ganhar um carro novo – informou Alex avisando a todos.

– Como assim? – perguntei,com as sobrancelhas franzidas.

– Um treinamento coletivo para todos eles,para se conhecerem melhor – continuou – É melhor você se proteger destes loucos,porque eles tem habilidades incríveis – falou ele;então me puxou para mais perto me enroscando em seus braços fortes e quentes  dando-me  um beijo suave em meus cabelos;as lagrimas que haviam contido desde que soubera do trágico acidente agora deslizavam pela camisa do Alex – Eu sinto muito por tudo,eu fiquei apavorado com  a possibilidade de ter perdido você hoje – sussurrou ao pé da minha orelha.

Eu me sentia sozinha no mundo, todos meus amigos estavam mortos,por uma bomba que haviam plantado na nossa sala;o responsável por este crime iria sofrer as conseqüências.Um vendaval impiedoso começou a balançar as  arvores curvando-as a ponto de algumas se partirem,galhos mediados flutuavam alguns centímetros de distancia do chão as folhas faziam redemoinhos a nossa volta e os gravetos cortavam as rajadas de vento.

– É melhor você se acalmar – sugeriu,segurando o meu rosto entre as suas mãos.

Eu não queria tranqüilidade.

Eu desejava o doce sabor da vingança.


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Notas finais do capítulo

Todos os comentários são bem-vindos!
Bjs!