Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 14
Inevitável


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos!
Peço-lhes desculpa por ter demorado tanto para postar; mas eu tenho um motivo. Consegui ser aceita numa universidade - o que é muito bom - entretanto tenho que me mudar; estas coisas estão consumindo muito meu tempo.
Por está razão venho aqui e peço-lhes caridosamente que tenham paciência.
Vou deixar aqui o meu e-mail pessoal para que vocês possam manter contato comigo : silvinha.marie@gmail.com
Quando precisarei de alguma coisa é só me avisar e postarei até quarta o próximo capitulo.
Beijos!



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Os meus lábios arrastados buscavam articular uma palavra simples para apaziguar aquela situação tosca e machista; enquanto Viktor já tinha nos envolvido no seu emaranhado de retardamento do tempo. Cristal aproveitou a “deixa” retirou Jeremy de cima de Alex e o levou para saída do recinto.

Definitivamente, eu estava exausta destas demonstrações dos “truques” de Viktor em relação ao tempo, principalmente nestas ocasiões. Contudo, tinha que admitir que todas elas foram úteis.

 – O que vocês estavam pensando no momento que resolveram se estapear aqui? – prosseguiu Viktor com o sarcasmo dissolvido em sua voz – Por favor, param de brigar por está magricela – pediu educado.

Revirei os olhos com o seu insulto fora de contexto.

– Você está bem? – indaguei para o Alex, que já estava se pondo de pé, os seus olhos me fitavam repletos de ressentimento e pigmentos de decepção.

Ele ficou quieto, prisioneiro do seu silêncio ríspido e gélido; eu não compreendi a principio as suas intenções descontroladas, porém sabia que ele só desejava o meu bem; mesmo que neste momento uma ponta de dúvida se enraizava no meu lóbulo frontal.

– Alex... – comecei minha voz soou fina e contida. – Eu sei que você não entende os “porquês” que me trouxeram até aqui. Mas eu só precisava fugir de tudo que está acontecendo comigo nestes últimos dias – confessei, encarei os meus pés temendo os seus olhos incisivos.

– Viktor, você pode nos deixar a sós?

Falou Alex sua expressão impaciente em seu semblante; Viktor meneou a cabeça projetando um movimento hesitante e então saiu da sala reservada.

– Por que você não me avisou que veria para cá? – perguntou, enquanto limpava o sangue que escorria do pequeno corte acima do supercílio; dei um passo em sua direção, entretanto ele ergueu a mão impedindo-me de continuar.

– Eu não sabia que viria para este lugar – proferi, reprimindo a voz branda coberta de frangalhos de tudo que sucedera. – Eu fui para escola e vi coisas que não deveria ter visto então...

As palavras sem perderam no meio do percurso das minhas cordas vocais, os flashes da lembrança fresca desta manhã chicoteavam em minha mente formando cenários improváveis dos acontecimentos funestos.

Quando dei por mim, os braços cálidos e insondáveis de Alex estavam envolta do meu corpo num abraço acolhedor. Não entendia a sua força descomunal eletrizante que transpassava o meu intimo gerado apenas pelo seu corpo forjado no meu; não tardou e as lagrimas rebeldes transbordaram dos meus olhos.

– Sua mãe está preocupada com você – assinalou – eu disse que você queria ficar sozinha. Sugiro que ligue ao menos para dizer que você está bem – falou, então afagou os meus cabelos de forma carinhosa.

– Você conversou com a minha mãe? – ergui a cabeça para vislumbrar o seu rosto. – Ela te fez um monte de perguntas,não é mesmo? – acrescentei curiosa.

– Não muito, eu fiquei preocupado com você então fui até a sua casa quando entrei pela janela sua mãe estava no seu quarto – revelou Alex, sua voz era segura e confiante. Não consegui segurar a careta de desgosto quando ouvi tudo aquilo; se eu não tinha morrido na explosão morreria quando chegasse em casa.

– E o que ela disse quando te viu? – perguntei já desacreditada que tudo tinha acabado bem.

– Contei-lhe que você não estava morta que tinha se atrasado para a aula.

Ele disse.

 – E...

Falei já temendo a toda está situação inusitada, meus neurônios buscavam em seu banco de dados uma desculpa plausível para explicar a minha mãe o porquê de ter um rapaz pulando pela minha janela.

– O que você quer que eu diga mais? – perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

– Ela não perguntou nada sobre você ter entrado pela janela? – questionei,num tom apreensivo. Se ela tivesse dito algo para ele poderia prever como ela estava no momento lidando com tudo isso; agora se ela tivesse agido de forma dissimulada... As coisas iriam terminar nada bem. – Como você se apresentou para ela? – acresci.

– Como o seu namorado.

Não consegui refrear as piscadelas rápidas de surpresa.

– Mais alguma coisa que eu tenha que saber antes do meu funeral? – perguntei irônica.

–Sua mãe gostou muito de mim – articulou, com uma expressão vangloriosa na face. – Principalmente depois que lhe disse que fui o responsável pelo seu atraso.

Franzi as sobrancelhas.

Não foi o Alex que havia me feito perder o horário; quem na verdade havia me salvado inconscientemente foi o Jeremy.

– Como você fez isso? – interroguei-o, uma expressão de hesitação serpenteou em meu rosto.

– Pedi para alguém ir te vigiar naquele dia – revelou num tom de voz sereno e descontraído. – Cristal havia me ligado no meio da madrugada pedindo para encontra-la num lugar...  Contudo não quis te deixar sozinha então pedi para Rebecca cuidar de você.

– E o que você foi fazer com tamanha importância com a Cristal no meio da madrugada? – perguntei, com os olhos estreitos raivosos.

– Ciúmes?!

Ele disse, com um sorriso brincalhão petrificada em sua boca.

– Nem um pouco.

...

Encarei a porta de entrada da minha casa por um longo minuto, Alex já tinha me deixado em casa há cinco minutos e ainda não tinha tido coragem de passar pela porta. O que era uma verdadeira tolice ficar com medo de entrar na própria casa. Girei a maçaneta, não compreendi o que veio a seguir. Abraços, beijos e outras formas de demonstração de afeito.

– Mãe... Eu estou bem – acalmei-a evitando mais uma sequencia de beijos e abraços. – Estou viva – completei, então pela minha visão periférica vi uma mala  pronta no pé da escada.Isto não significa o que estou pensando?

– A sua avó Rose já está quase chegando para te buscar – revelou, assim que me flagrou olhando a mala. – É por alguns dias ...

– Como assim?

– Para o bem estar é melhor você se afastar um pouco de tudo isso – defendeu-se. Seus olhos aguçados inspecionavam o meu corpo em busca de ferimentos.

– Isto tem é por causa do Alex? Porque não fizemos nada de errado – falei, entre os dentes. – Apenas as entradas sorrateiras pela janela – completei.

– Também, mas a minha principal razão é a sua segurança.

Ela disse.

– Eu não vou.

– Claro que vai.

 – Você não pode me obrigar – desafiei-a.

– Você não tem escolha.

Definitivamente deveria ter continuado na boate e dançado como se fosse o meu ultimo dia de vida. Já que agora estava sendo exilada da minha liberdade. Uma buzina sonora toou do lado de fora, lancei um olhar ressentido para minha mãe e, então peguei a mala e sai porta afora em silencio absoluto.


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Notas finais do capítulo

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