O homem mesmo solto ficou apavorado quando viu aquele individuo mascarado se perdendo na escuridão da sala de uma casa que ele jamais vira na vida, que ele não tinha a menor ideia de onde poderia ficar localizada em meio a grande Vegas.

Mas seu terror acabou antes mesmo de começar quando o mascarado agarrou-lhe por trás tapando sua boca e lhe cortando o pescoço de forma prazerosa...

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Cath estava lendo uma revista na sala de convivência, estava relaxando um pouco antes de voltar à correria do trabalho.

Uma semana e meio depois do oitavo assassinato que ocorreu e esse agora foi despejado em um lugar movimentado, perto de uma praça. Aquela situação era bizarra e a deixava com medo, mesmo as vitimas sendo apenas homens. O suspeito poderia estar vigiando-os sem ao menos eles perceberem.

Cath fechou a revista lembrando-se do dia que conversou com Grissom

- O que foi aquilo? – ela se jogou no sofá olhando para o teto, enquanto Grissom se sentou aos seus pés, cansado demais para qualquer conversar cansativa.

- O que? – ele perguntou sem vontade.

- O que você me falou, me deixou assustada. – ele a olhou por um instante.

- O que? – mais uma vez ele perguntou, mas agora ele pegou seu pé, apertando-o levemente, fazendo Cath soltar um gemido de prazer, mas sem tira-la do verdadeiro assunto.

- Você falando sobre o assassinato, como pode ter tanta certeza que não é um homem? – ela perguntou quase num sussurro, mas forte.

- Não sei! – ele deu de ombros – Só sei que devemos fechar logo esse caso, antes que mais pessoas possam morrer.

- Mas pode ser um homem também, não acha? – ela persistia no assunto.

- Sim, sim. – ele cedeu aos pensamentos dela – Mas creio que não.

- Isso às vezes me faz achar que o assassino é você. – ela suspirou, querendo fechar os olhos e dormir. Grissom parou de apertar seu pé...

- Cath? – Sara a chamou tirando-a de seus devaneios.

- Oi querida. – ela piscou algumas vezes antes de olhar para a morena que entra na sala com o rosto vincado.

- Eu queria ter uma conversa com você. – Sara parecia decidida e nem um pouco com senso de humor. Cath rapidamente se ajeitou franzindo a testa e dando espaço pra que Sara continuasse – Quero que pare com essa relação.

- Que relação? – Cath ficou surpresa, não estava entendendo nada, realmente.

- Essa relação que você e Grissom estão tendo! – a morena cruzou os braços com ódio a mostra nos olhos amendoados.

Cath se abalou por um momento. Como ela poderia saber?

- Eu sei e não diga que não! – Sara a encara deixando Cath menos a vontade – Vi vocês dois juntos e não quero mais isso. Se não Ecklie ficará sabendo.

- Sara, por favor, nos conhecemos há tanto tempo, somos praticamente amigas. – a loura ficou de pé, dando uma olhadela para o corredor pra ter certeza que não havia ninguém – Você que não o queria se lembra? Ele só quer te esquecer...

- Se você continuar com ele você vai ver!

- Como assim? – ela franziu a testa querendo de alguma maneira entender tal ameaça de Sara.

- Eu e ele já estamos juntos, então não atrapalhe.

- O que? – ela ficou surpresa pelas palavras de Sara, Grissom estava mentindo pra Cath.

- Se Grissom souber da conversa que tivemos... – as palavras de Sara se perderam quando Greg entrou na sala coçando a cabeça e falando alto.

- Nenhuma pista. Não aguento mais. – ele parou vendo um clima de tensão – Atrapalhei algo? – ele perguntou sem graça.

- Não! Já estava de saída. – a morena sorriu deixando Cath vermelha e assustada, mas ainda com dúvidas. Sem encontrar um sentido pra conversa que acabará de ter.

- Sara parece estar... – Greg fica olhando a morena até que saiu de seu campo de visão, então lentamente ele encarou Cath que estava olhando pra sua perna, com pensamentos longes – Está acontecendo algo Cath?

A loura o olha de maneira desconcertada e balança a cabeça em sinal de negação.

- Preciso ir. – ela fica de pé passando por Greg que da de ombros.

- Mulheres. – ele revira os olhos e vai se sentar, cansado pelo trabalho pesado que andou fazendo toda a noite.

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- Você está tão tenso. – Sara avalia Grissom que esta olhando a blusa da vítima.

- Estamos andando em círculos. – ele sussurrou.

- Pelo menos o senhor Garganta deixou esse ai com suas vestes. – Sara olhou pra blusa e depois pra Grissom.

- Mesmo assim. – ele suspira.

- São engraçados esses assassinatos. – Sara para ao lado dele, avaliando agora a blusa de manga comprida.

- O que é engraçado? – ele abaixa seus óculos a fim de olhar bem a expressão da morena – Eu não vejo nada de engraçado nesses crimes.

- É claro que não são engraçados esses crimes. Eles são na verdade bem comuns e bizarros. Talvez o assassino não tenha nada o que fazer ou talvez seja um doente maníaco. – Sara o olhou franzindo a testa. Grissom se ajeitou, agora tendo uma visão melhor de Sara.

- Mas o que é engraçado? – ele pergunta com uma pontada de sorriso.

- Por que ele não mata mulheres? Mulheres são mais fracas! – com o dedo magricela ela aponta pra si mesma, mostrando sua fragilidade.

- Sara! Você tem o corpo esbelto, mas não é fraca. – ele fez um bico – Talvez ele goste de medir força. Homens lutam bastante.

Grissom voltou a olhar a blusa e para o bolso dela, franziu a testa, estava pensativo. Sara acompanhou seu olhar e suspirou baixo entendendo.

- Ele também tem família. – a voz dela saiu como um sino batendo ao longe.

- Sim, e é isso que as vitimas tem em comum. – ele a olhou sorrindo.

- Mas isso não resolve muita coisa. – Sara pigarreou.

- Mas sabemos agora que o “Garganta” gosta de homens casados. – Grissom fala radiante, feliz por ter uma pequenina pista.

- O que é bem estranho. – Sara franze a testa – Grissom eu queria te falar uma coisa...

- Tenho que falar com a equipe, depois conversamos.

- Mas Grissom... – ele passa por ela as pressas, deixando-a só na sala.