O Sabor Do Pecado escrita por Little Fish


Capítulo 13
Achado.




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Sara desligou o celular e começou a se preparar.

- Não me decepcione! Quero que achem que ela é a verdadeira culpada. – Sara olhou o homem a sua frente. Ele assentiu e ela deu uma ultima olhada na sua vitima morta.

Ela sorriu, mas era diferente. O prazer que antes sentia, não sentia mais. Seu sorriso sumiu e ela deixou seu celular em cima da grande mesa velha, suspirou e sentiu que realmente era o fim de tudo.

Ela tirou as luvas de couro preto e saiu deixando o homem arrumando a sua cena do crime. Seu plano estava em ordem.

**~~

O celular de Grissom tocou àquela hora da manhã, acordando ele e Cath.

- Temos um novo caso. Preciso de você agora. – Brass murmurou impaciente.

- Garganta? – ele pulou da cama assustando Cath e o cachorro que dormia no pé da cama.

- Vou lhe mandar o endereço por mensagem. Não posso ficar falando com você. O FBI esta na cola. – Brass desligou e Grissom franziu a testa.

- O que foi? – A loura perguntou ainda sonolenta.

- Brass esta me chamando. – ele ficou de pé.

- Caso Garganta? – quis saber ela.

- Sim! O FBI esta lá. – ele suspirou, estava ansioso e apreensivo.

- Ok. Quando eu for embora levarei Hank.

- Ele vai adorar. – Grissom olhou para o cachorro que abanava o rabo.

**~~

Cath chegou em casa bem cedo, sua mãe estava na cozinha bebericando seu chá quando levou um susto com o cachorro que seguia Cath.

- O que é isso? – a mais velha se levantou.

- O cachorro de Grissom, ele passa tanto tempo só... – a loura sorriu olhando para o cachorro enorme que se deitava perto de seus pés – Ele é bom e não perturba. Obediente demais, do jeito que a senhora gosta. – Catherine piscou.

- Ele é bonito. Sinto que você esta feliz. – sua mãe fez biquinho – Só não sabia que ele tinha cachorro!

- Porque Grissom quase sempre o deixa na casa de algum vizinho quando sabe que não voltara pra casa por conta do trabalho. – a palavra trabalho fez com que ela se lembrasse de algo – Mãe, preciso fazer algo. – ela saiu às pressas pegando sua bolsa na sala e indo para a sua “sala de trabalho”. Abriu rapidamente a bolsa tirando dali à pasta que pegou na casa de Sara.

Abriu então.

Muitos papéis. Jogou tudo em cima da mesa. No final tinha um envelope onde havia escrito “abra o seu futuro”, Cath franziu a testa e ficou surpresa com o que viu ao abrir o envelope.

Jogou todas as fotos em sua mesa, seu coração indo a mil, ela estava certa, as palavras de Sara ecoaram em sua mente “Espero que isso ajude a achar o que procura.”. Todas as vítimas, todos com seus nomes, todos com os olhos abertos e amedrontados, todos nus e presos em uma cadeira... Os ouvidos de Cath zuniam e seu desespero era grande. Largou as fotos e pegou uma folha dentro do envelope, uma folha amarela que tinha escrito “Tudo pode ser seu se quiser. Não. Nem tudo! Lindas fotos, não?” não havia nome, mas aquilo era de Sara e Cath sabia. Sara sabia.

Todo esse tempo a morena brincou com ela. Mentindo. Sabendo que com uma única foto ela iria até sua casa e acharia aquela pasta. Sara sabia de tudo, o tempo todo.

Suas mãos tremiam ao pegar seu celular. Seus dedos tremiam ao discar o número de Grissom. Cath largou tudo e correu pra pegar a chave do carro quando Grissom não atendeu a sua chamada.

**~~

Grissom estava nervoso ao descer do carro e ver a grande casa velha quase escondida em meio a árvores mortas do grande deserto. Havia muitos policiais. Brass conversava com dois policiais do FBI num canto.

Grissom sabia que o assassino ainda estava à solta, pois havia muitos policiais ali fora, com seus cachorros farejadores e recebendo ordens. Ele se aproximou de Warrick que esperava no hall de entrada da casa. A testa de Grissom soava.

- Como?... – o mais velho começou a perguntar, mas se engasgou.

- A delegacia recebeu um telefonema anonimato, ninguém ainda sabe o porquê, a pessoa nos deu esse endereço e nos disse que aqui era o local dos crimes do Serial Killer. – Rick pigarreou.

- Cadê o pessoal?

- Estão vindo.

- Por que não entrou? – Grissom franziu a testa.

- Brass disse que só poderia entrar quando você chegasse.

- Então vamos! – Grissom olhou pra Brass que parecia nervoso e ansioso e então entrou na casa.

A casa só tinha um andar, todas as janelas tinham persianas e parecia não ter mais de dois cômodos. A enorme sala estava escura, então eles andavam devagar, tomando cuidado com as mesas sujas e velhas que havia objetos de tortura jogados por cima, panos e alguns remédios e desinfetantes.  A sala era podre e velha, coberta por teias de aranhas e com uma grossa camada de poeira, algumas correntes enferrujadas pendiam do teto dando ao lugar um ar macabro.

- A casa esta abandonada há anos, mas Brass disse que pertence a um idoso chamado Bruce McMillian, ele mora a 24km daqui. Uma patrulha foi até lá. – Warrick quase sussurrou.

Grissom parou ao ver o corpo em uma cadeira velha, ele estava nu e com sangue seco por todo o corpo, sua cabeça pendia pra frente, ele usava uma masca e uma placa chamou sua atenção.

- Ele esta morto! David não mandou tira-lo porque estava esperando por você. – o moreno suspirou – O assassino sabia que viríamos.

- Por que a mascara? – Grissom se aproximou, deu espaço para um policial passar e então observou a placa que tinha escrito “Você me vê?”. O assassino estava brincando com ele.

- Vou pegar a minha maleta. – o moreno pigarreou e logo saiu apressado.

Grissom ficou mais nervoso e perturbado, queria perguntar a Rick antes de sair, mas sua voz não saiu, tinha medo da resposta, tinha medo por estar tão longe de casa.

Pegou seu celular com tanta pressa que ele quase caiu de suas mãos. Ele começou a tremer quando viu uma mensagem de Cath na tela.


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Notas finais do capítulo

Bem, então vocês já sabem o que continha no envelope HIHI nada demais né?!
opa opa opa, a coisa começou a esquentar então õ/
Até o próximo capitulo pessoal, beijos sz