Pátara Banks nos Jogos Vorazes escrita por Jae Renald


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

adivinhem quem nara esse cap?



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Respirar dói. Até pensar dói.Matar a garota do D4 acabou por custar a mina vida.Eu devia ter apenas me camuflado e tê-la deixado passar.Mas não,eu a ataquei.

Agora minha família está sofrendo por causa da minha arrogância, e minha burrice. É claro que eu não ia vencer de uma garota que nasceu operando objetos afiados de pesca sem sofrer algum tipo de dano.

Minha vergonha me consome. E a dor também.E agora eu sou um fardo para Pátara.Mas apesar de todo seu esforço,eu sei que não existem chances de eu sobreviver.Eu não consigo nem falar.E apesar desse frio,os ferimentos vão infeccionar,como eu já vi acontecer varias e varias vezes em casa,toda vez que alguém se feria com as foices.O processo é lento,doloroso e poucas vezes tem cura.A menos que os jogos acabem agora e eu saia como vencedora,eu vou morrer em breve.

Tem muita coisa que eu queria dizer. Principalmente pra minha família.Se  pudesse, eu diria a eles que eu os amo.E que apesar de não parecer,valeu a pena eu ter pego todas aquelas tésseras em nome de meus irmãos.

Eu tenho que morrer. Eu não quero mais sofrer,nem quero que quem amo me veja sofrer.Por isso,depois que Pátara limpa meus ferimentos,apesar das minhas tentativas de falar e a impedir,eu reúno todas as minhas forças,que são poucas e peço o mais suplicante que consigo:

— Me mate!

Pátara dá um salto e se inclina na minha direção e me olha séria, antes de soltar uma gargalhada e dizer:

— Não seja boba Black, você vai ficar bem!Afinal de contas, teve uma excelente médica!

Ela não estava entendendo minha situação, ou se estava, fingia muito bem. Ela devia saber que eu estou com hemorragia interna.Eu posso sentir.

É uma droga eu não ter forças para falar, porque é claro que eu iria ganhar uma discussão com Pátara Banks. Eu suspiro com a tentativa frustrada de comunicação.Ela é muito otimista para  me atender de primeira.

Eu começo a chorar, tentando a sensibilizar, e parece funcionar, porque seu rosto parece aflito e ela também começa a derramar algumas lágrimas.

—Eu não posso—diz ela em meio a soluços — Eu te salvei, e agora você quer que eu te mate?!Não! Eu não vou fazer isso. Você chegou aos oito finais,sua família vai ser entrevistada,e eles vão estar muito orgulhosos da sua coragem,e patrocinadores...

“Ninguém vai patrocinar uma garota morta. Eles vão sentir vergonha da minha burrice, isso sim” — é o que eu penso.

Mais uma vez eu reúno minhas forças e digo:

—Você... Boa amiga...— digo sem conseguir respirar  bem. — Último favor... Me mate...Tudo dói... Demais...

—Então você toma mais analgésico! — diz ela limpando o rosto vermelho com a jaqueta — Por favor!Eu não consigo! — implora

—Você... é forte!—sinto minha voz mais baixa do que gostaria

Tento me movimentar e alcanço sua mão. Quando ela segura carinhosamente de volta,eu a coloco sobre meu peito, na direção do coração.

—Bem aqui — digo tentando sorrir.

Ela puxa sua mão parecendo horrorizada,e se levanta,começando a andar em círculos a minha volta. Eu a acompanho com o olhar,e tenho certeza que ela vai atender meu pedido,apenas está reunindo coragem.

Ela para de chorar, e pega uma faca. Se agacha novamente,e beija minhas mãos.

—Me perdoe — ela diz

—Minha família—eu digo — Eu os amo...

—Eles sabem. E te amam muito também—ela diz tão ternamente,que começo a pensar que vou sentir saudades dela,mas aí eu lembro,eu não vou sentir nada em questão de segundos.

—Me perdoe—eu digo—Faça! Agora...

Ela balança a cabeça em concordância e eu fecho os olhos...


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Notas finais do capítulo

Foi triste ou e podia ter feito melhor



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