Avengers Again escrita por Kae Barnes, Jade Kingsley


Capítulo 7
Cap 7


Notas iniciais do capítulo

Bem, não sei o que falar aqui. Desculpem pela demora, mas como tive um bloqueio de criatividade resolvi esperar mais um pouco para conseguir realmente escrever algo bom. E aqui está... Boa leitura :)



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POV Jane Foster

Abri meus olhos, estava amarrada em uma cadeira, em uma espécie de cativeiro. Estava só, em um tipo de galpão de tamanho médio e mal iluminado. Usava uma roupa diferente, parecia com uma armadura negra, incomodava um pouco, mas eu não conseguia me mover.

–A princesa acordou? – ouvi alguém falando – já não era sem tempo...

–O que você quer?

–Neste momento não é importante que você saiba, talvez depois que estiver morta irá saber o que aconteceu.

–Morta?

–Permanecerá aqui até segunda ordem.

–Quem comanda você?

–Você não precisa saber, agora cale-se!

–Cale-se você, me diga onde estou seu... – não terminei, ele estapeou meu rosto. Minha face ardia.

–Você só fala quando eu disser que pode.

POV Natasha Romanoff

Agora que já sabíamos mais ou menos onde Jane estava, tínhamos que ir procura-la. O clima estava tenso entre eu e Clint, isso todos notaram. Felizmente ninguém comentou nada a respeito... assim foi melhor.

–Ainda vai demorar muito para chegarmos? – Steve estava inquieto

–Calma aí vovô – Tony respondeu – se não quisermos chamar a atenção de algum ET que estiver lá, teremos que ir mais devagar.

–Tecnicamente irmos mais devagar não é para chamar menos atenção, e sim porque se formos rápido vai dar a entender que estamos desesperados. Isso sim nos traria problemas – falei

–Wow, baixou o gênio na ruivinha agora.

–Isso não é ser gênio, e sim usar a logica – o encarei com a cara mais sombria que pude, Steve riu

–Pelo visto ficou sem argumentos não é Stark? – falou

–Olha... é. Odeio admitir mas contra ela não tem muito o que se argumentar.

–Vocês parecem mais duas crianças – falou Banner

–Que? O que foi que você falou aí? – perguntei

–Você e o Tony. Brigam mais do que se ajudam.

–Discordo de você verdinho – Tony começou a andar pela nave – a gente discute, mas gostamos um do outro não é Nath? – colocou o braço em cima de meu ombro. Revirei os olhos.

–Se eu não soubesse que o Stark é casado, até diria que os dois formam um belo casal – Thor falou apontando em nossa direção.

–Só que nunca. – respondi

–O que você faria se eu disse que a Jane ficaria linda como esposa do Loki? – Tony perguntou

–Te mataria – Thor respondeu

–Acredita que isso é exatamente o que estou pensando em fazer com você agora? – ri um pouco com o pensamento de Tony

–Você não conseguiria... – Thor foi interrompido pela voz do piloto

–Vingadores, se preparem, estamos perto do local de pouso.

Levantei rapidamente e fui pegar o equipamento que iria precisar. Me armei e esperei Barton fazer o mesmo, afinal, mesmo que dessa vez eu não quisesse, ele era meu parceiro e teríamos que fazer aquilo juntos, segundo Fury.

Assim que o avião pousou(um pouco longe do nosso alvo) corremos para o lugar que cada um deveria ir. Assim que todos já estavam preparados, começamos a agir.

Tony começou atacando pelo ar. Assim que as primeiras bombas explodiram, tiros começaram a ser disparados de algum lugar perto do galpão. Aparentemente eles não eram muito inteligentes, afinal não se preocuparam em se esconder. Thor já tinha conseguido chegar perto do galpão, agora somente muito azar mesmo para impedi-lo de entrar. Mas para seu azar, havia muitos deles servindo de seguranças para o local.

Ele não podia ser visto, então corri para um local onde pudessem me ver. Alguns demoraram a perceber minha presença, já outros não perderam tempo e foram direto para o ataque.

–Natasha tome cuidado! – Clint gritou

–E o que importa? Esse é o meu trabalho.

Como todos haviam vindo, joguei 3 bombas em lugares estratégicos. Alguns deles haviam ficado em chamas. Corri em meio de outros e consegui chegar a um andaime que estava próximo e subi. Eles pareciam um bando de cachorros atrás de carne “nossa, olha que comparação...” pois estavam tentando me pegar a todo custo. Clint, que estava um pouco acima de mim, começou a atirar.

Enquanto isso, subi um pouco mais alto e fiquei no topo do andaime e preparei 3 mini-bombas sônicas. Assim que Thor entrou, joguei as bombas lá embaixo, nossa sorte era que somente eles poderiam ouvir o som emitido, então não tivemos mais problemas com os que estavam mais perto, já que morreram com os ouvidos estourados. De algum lugar brotaram mais alguns, dezenas deles. Respirei fundo. Minha perna ardia, pois um daqueles cachorros havia conseguido rasgar uma parte de minha calça e arranhado um pouco de minha perna. Mas não era nada que eu não pudesse aguentar.

–Quantos acha que ainda virão? – perguntei

–Não sei. Mais algumas dezenas talvez. Só sei que temos que acabar com o máximo possível que conseguirmos.

Se jogasse o resto das bombas agora, talvez ficaria sem munição para depois. Então por enquanto teria que me virar com as armas.

–Clint, lembra daqueles agentes novatos que ficavam no seu pé o dia inteiro te enchendo o saco?

–Como esquecer? – ele estava atirando sempre no olho dos “cachorros” – eram piores que pulgas. Mas por que tocou no assunto?

–Quero que imagine que ali embaixo são eles, será que consegue?

–Mas é claro! – ele sorriu de lado, gostava de vê-lo sorrindo – assim dá até ânimo para fazer isso.

Ri um pouco, mas tão baixo que ninguém além de mim perceberia que tinha feito aquilo. Em menos de 2 minutos conseguimos derrubar metade dos que tinham chegado a pouco tempo. Pelo visto não iria brotar mais nenhum de qualquer lugar que fosse. Segurei 3 bombas com uma das mãos, enquanto tentava contar quantos deles ainda restavam, eram pelos menos uns 60. As lancei junto com 2 granadas, o que fez eles caírem mortos no chão. Seus corpos queimados exalavam um odor terrível, tapei o nariz.

Nesse momento senti uma dor latejante em minha perna, no local onde haviam arranhado. Desci do andaime e fui para cima de alguns bankers de areia que estavam próximos. Antes que pudesse alcança-los, tombei e caí no chão, a dor em minha perna havia aumentado significativamente.

–Ah! – gritei de dor – parecia que havia algo me perfurando de dentro para fora. Não tinha como pensar em nada naquele momento. Clint correu ate onde eu estava.

–Natasha! – ele me ajudou a ficar de pé, mas eu não conseguia me sustentar. Quase caí novamente, mas por sorte ele me segurou – quer que eu te leve ate a nave?

–Não... – mal conseguia falar e estava suando frio – temos que... ajudar os outros... não podemos ir...

–Deixe de teimar, você não consegue nem ficar em pé direito, quem dirá lutar contra algum deles? – ele passou uma mão para minhas costas e com a mão livre levantou minhas pernas. Tentei protestar, mas me sentia fraca demais para isso. “o que está acontecendo comigo?”

Ele me levou para uma área mais afastada, onde achava que era seguro.

–Vá – falei fraca

–Onde quer que eu vá?

–Ajudar os outros, precisam de você.

–Não fiquei louco a ponto de te deixar aqui nesse estado. Claro que não irei.

–Você precisa ir! – fiquei tonta – eu não estou tão mal assim...

–Não, imagina. Só está péssima. Só irei quando souber que você ficará bem.

–Pensei que não se importasse comigo, já que também não confia.

–Olha... eu...

–Já falei para esquecer. Tente falar com banner e peça pra ele vir até aqui. Depois disso você volta para lá ok.

–Já disse que vou ficar aqui com você.

–Ligue para o Banner – pedi. Ele, mesmo contrariado, ligou. Agentes vieram me buscar e Clint ficou comigo até chegarem. Antes de ir, ele beijou minhas testa. Assim que cheguei à nave, me colocaram em um tipo de maca improvisada, a partir daí não lembro de mais nada.

POV Anne Jovovich

Estávamos esperando um sinal para podermos saber se já podíamos entrar. Assim que ouvimos as bombas, corremos para a porta mais próxima.

Nossa entrada estava sendo muito fácil, o que quer dizer que lá dentro algo nos esperava. E tinha certeza de que não era coisa boa. Corremos por um corredor e percebi que uma das salas havia uma pequena poça de sangue escorrendo pela porta. A abri e vi vários corpos de pessoas mortas, e pelo estado em que estavam, brutalmente. Pelas marcas que estavam no que restava da pele, notavelmente podia ver que foram mordidos varias vezes. “então eles se alimentam de carne humana...” não aguentava mais olhar para aquilo.

Mais na frente nos encontramos com um grupo deles. Rogers deu a ideia de recuarmos e espera-los sair. Mas eu sabia que seria fácil derrota-los, já que a inteligência passava é longe deles.

–Vai amarelar logo agora Rogers?

–Fazer isso não é do meu feitio – ele tacava o escudo em alguns deles – por que achou que eu faria isso?

–Pelo simples fato de estar com essa expressão de terror no rosto e por ter dado a ideia recuar.

Abri a porta que estava atrás deles. Nos deparamos com um salão enorme e... vazio. Havia somente alguns sacos de areia em alguns cantos, correntes presas ao teto e uma cadeira no centro, com alguém sentado nela.

Cheguei perto para ver quem era, mas alguma coisa me puxou para trás, me fazendo bater a cabeça na parede com força.

–Não achou que seria tão fácil não é? – uma voz grossa ecoou por todo lado. Estremeci.

Procurei por Steve, mas ele não estava em meu campo de visão. Fiquei meio tonta por causa da pancada, mas ainda conseguia ver algumas coisas. Vi Steve inconsciente do lado oposto onde eu estava. Corri o mais rápido que pude ate lá. Dei tapas em seu rosto tentando fazer com que acordasse.

–Steve! Steve! Acorda! – olhei para os lados e não vi ninguém além de nós dois e a pessoa que estava sentada na cadeira. Estávamos próximos de alguns sacos de areia então resolvi leva-lo para lá, pelo menos por enquanto.

Assim que já estávamos “seguros” atrás dos sacos de areia, continuei dando tapas nele, mas nada adiantava. Por onde tínhamos entrado, entrou um grupo deles, mas desta vez estavam armados e vinham em nossa direção. Abracei minhas pernas e fiquei em posição fetal. Encostei minha cabeça nos joelhos.

–Não encostem neles – a voz grossa ecoou de novo – apenas não os deixem fugir... coisa que acho que não resultará num futuro muito bom para nenhum dos dois.

Mesmo estando aliviada, sentia medo. Minha morte havia sido apenas adiada. Ouvi um estrondo. A parede explodiu, e encheu toda a sala de poeira. Quando a poeira baixou, consegui ver era Thor o causador daquilo.

Até que percebi que tinha deixado minha arma no local onde bati a cabeça “merda!” pensei.

POV Thor

Enquanto Romanoff e Barton desviavam a atenção das bestas, entrei naquele lugar que os Midgardianos chamavam de galpão. Tinham muitos corredores e portas.

Como estava ficando sem tempo, assim que passei pela segunda porta, usei Mjolnir e quebrei as paredes ao meu redor. Em uma delas dava para um salão imenso e muito mal iluminado. Entrei já me preparando para atacar qualquer pessoa que estivesse ali, mas não via ninguem. Apenas um grupo de chitauris num canto, mas eles não pareceram se importar com a minha presença.

No centro do salão havia uma cadeira com... Jane! Corri até ela, estava inconsciente.

–Jane! Sou eu, Thor!

–Sei quem você é – ela falou ainda de cabeça baixa, soltando um riso estranho e sua voz não estava a mesma – o cara que arruinou minha vida – ela levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelho sangue.

–Não... quem é você?

–Eu? Não está me reconhecendo? A humana que você está destruindo!

–Não... Jane você não é assim!

–Sim ela é... - alguém falou, não consegui ver ninguém além de nós ali, mas havia uma voz falando conosco – somente agora conseguiu colocar toda a raiva que sentia por você para fora. Agora sim está extravasando seus sentimentos!

Ela levantou da cadeira e veio em minha direção. Usava uma armadura negra e parecia mais forte. Seus olhar era de ódio e desprezo.

–Jane por favor...

–Cale-se! – ela esmurrou meu rosto, me fazendo cair no chão, sim ela estava totalmente diferente

–Jane... me desculpe pelo que aconteceu... eu não queria isso... – ela chutou meu rosto e começou a pisar em minha cabeça.

–Bom, aconteceu! E não tem como mudar isso agora!

–Tente voltar a si! Você tem que pensar!

–Pensar? Você pensou em mim quando estava em Asgard? Pensou quando estava com seu papai e quando estava com Lady Sif? Já chega disso! Eu te esperei e você não tinha vindo, então agora acabou! – ela fez ainda mais pressão em minha cabeça

–Não quero te machucar Jane...

–Mortos não machucam ninguém – ela sacou uma espada e colocou a ponta da lamina em meu pescoço. Engoli em seco.

Estendi a mão e Mjolnir veio em minha direção, mas em vez de vir para minha mão, fiz com que batesse diretamente na cabeça de Jane. Ela tombou de lado, tempo o bastante para que eu pudesse levantar. Tirei a espada de sua mão e vi que onde meu martelo havia batido, estava sangrando.

–Eu disse que não queria te machucar...

–Thor... – ela falou, e sua voz estava diferente dessa vez, tinha voltado a ser a voz da Jane que eu conhecia. Ela abriu os olhos por poucos segundos e desmaiou.

A segurei em meus braços e já ia sair daquele lugar quando vi dezenas de chitauris vindo em minha direção. Não havia como sair dali e mesmo que eu estivesse com Mjolnir, usá-lo machucaria Jane. Além disso, eles matariam Rogers e Jovovich se eu fizesse algo. Olhei para os lados e vi que eles somente iriam me privar de sair dali. Então sentei-me no chão, e comecei a arquitetar em minha mente um plano para sair daquele lugar.

POV Clint Barton

Natasha estava pior do que parecia, eu podia sentir isso. Deixa-la lá foi como ter uma flecha enfiada no meu coração. Mesmo que agora ela esteja com raiva de mim, eu ainda a amo e farei de tudo para protegê-la.

Como havia prometido, voltei para ajudar quem precisasse. Cheguei ao local onde tínhamos deixado uma pilha de bestas mortas e vi que tudo estava calmo, até demais pro meu gosto. Stark estava sobrevoando o local e veio ate onde eu estava.

–Como estão as coisas? – perguntei

–Como a ruiva está? Vi você saindo daqui com ela, e ela não parecia nada bem... – ele pousou a armadura e abriu o capacete – e todos entraram lá e não saíram ate agora. Já estou ficando preocupado.

–Ela tá mal... muito mal... – fiz uma pequena pausa – devemos entrar?

–Sim, seja o que for que esteja acontecendo lá dentro, não deve ser nada bom.

Preparei algumas flechas e me dirigi até lá, no meio do caminho falei com Dr. Banner pelo aparelho de escuta.

–Banner? Está ouvindo?

–Sim, algum problema?

–Não, é que... como ela está?

–Agora está inconsciente. Mas quando chegou estava gritando e a infecção na perna dela... bem, só piora a cada momento. Fiz uma bandagem mas isso só irá parar o sangramento.

–Ah sim... cuide dela por favor... se algo pior acontecer... por favor me avise.

–Claro, será o primeiro, quer dizer, o segundo a saber. Já que vou saber antes de você.

–Obrigado.

Desliguei o aparelho de escuta e entrei naquela construção miserável. Stark entrou quebrando a parede, mas resolvi ser mais civilizado e só quebrei algumas portas. Vi algumas paredes quebradas e deduzi que devia ser por ali que Thor tinha passado “que mal educado, não sabe entrar pela porta” . Cheguei ao um salão imenso e vi que em um canto estava Anne com Rogers inconsciente. Do outro lado estava Thor, só que... sentado? Sim ele estava sentado “é, milagres acontecem”, com Jane no colo. E ao redor dos 4, estavam mais chitauris, só que estes estavam armados, ao contrario dos que estavam lá fora.

Vi que vários pularam em cima de Tony e que acabaram quebrando um de seus propulsores. Tinha uma corrente presa ao teto, e sua ponta inferior estava do meu lado. Subi por essa corrente e fui para o “andar de cima” do galpão. De lá podia ver tudo o que estava acontecendo. Mas alguma coisa me atingiu por trás e acabei caindo. Por sorte não bati minha cabeça no chão.

Olhei para cima e vi um vulto passando por todos nós.

–Se acham tão espertos, mas na verdade não passam de insetos indesejáveis no universo. – o vulto falou.

–Admiro que pra uma sombra você tem a voz bem grossa – falou Stark

–Cala a boca Stark! – falei – não é ele que está aqui, é só uma projeção. A sombra negra chegou bem perto de onde eu estava.

–Como pode ter tanta certeza disso humano desprezível?

–Simples, por autopreservação, você nunca viria pessoalmente a um lugar desses. Você está aqui, mas em outro lugar que não seja bem aqui na minha frente – respondi.

–Muito observador você... mas pelo que vejo não quer estar aqui. Há um outro lugar onde quer ir.

–Quem de nós quer estar aqui? Ninguém, suponho. – os outros permaneciam calados

–Mas falo de um lugar especifico... com uma pessoa especifica... estou errado?

–Não devo satisfações da minha vida a você – falei ríspido.

POV Bruce Banner

Fazia um tempo que ninguém respondia. Já havia dado um pouco de morfina a Natasha para a dor passar e ela já havia acordado, apenas não conseguia manter-se de pé.

–Stark? Barton? Jovovich? Alguém está me ouvindo? – falava em meu aparelho de escuta, mas ninguém respondia.

–Deve estar havendo interferência... – Natasha falou fraca – talvez deva ir lá. Já que tenho certeza que não posso.

–Se eu for não vou poder fazer nada. A não ser que o Hulk... – olhei para ela, que levantou uma sobrancelha.

–Talvez não seja você que tenha que fazer algo.

–Mas vai acabar trazendo problemas depois...

–Bruce – ela me interrompeu – sei que o estrago vai ser grande, mas vai ser necessário. Além do mais em vez de tirar vidas, você vai salva-las. Não acredito que vou dizer isso, mas agora eu preciso que o Hulk apareça... talvez ele salve a única coisa importante para mim... – ela olhou para baixo.

–Tudo bem... vou ver o que posso fazer... se cuida. Qualquer coisa, tem agentes aqui e pode pedir qualquer coisa a eles. Do jeito que sua perna está, acho que dá para eles fazerem alguma coisa enquanto eu não estiver aqui e...

–Bruce? – ela me interrompeu outra vez – vá logo. Não enrola.

Fiz que sim com a cabeça. Saí da nave e fui andando até lá.

Quando cheguei mais perto “invoquei” o Hulk. Senti meus músculos retesarem um pouco mas depois relaxaram e os senti esticando-se. Era como se alguma coisa tentasse me abrir, sentia como se estivesse inchando. Minha cabeça pesava e meus olhos notoriamente aumentavam de tamanho. Quando menos percebi já estava totalmente verde e agora Hulk estava me dominando.

Nesta forma as únicas coisas que eu tinha consciência era que eu ainda estava vivo. Podia ver tudo que ele via, mas não controlava minhas ações, somente uma parte de minha mente ainda pertencia a mim.

Corri o resto do caminho e entrei naquele deposito imundo. O Hulk rugia alto, anunciando minha chegada(sim é estranho me narrar em 1° e 3° pessoa). Podia ver que perto de Barton havia uma pequena sombra, que aparentemente falava com ele. Tony estava com uma parte de sua armadura quebrada, o que o impossibilitava de voar, já que era um dos propulsores. Thor estava com Jane, e os dois estavam rodeados por chitauris. Jovovich estava escondida atrás de alguns sacos de areia.

Comecei a bater em todos os chitauris que pude. O grupo que estava mais perto eram os que rodeavam Thor e Jane. Lancei-os longe, e a maioria acabou morrendo por causa da pancada. A sombra que estava perto de Barton veio até perto de mim mas a ignorei.

Continuei batendo em todos os chitauris até que Thor finalmente pegou seu martelo, deixou Jane deitada em sacos de areia, e veio me ajudar. Enquanto ele cuidava dos que estavam segurando Tony, eu fui atrás da maldita sombra. Ela se movimentava rápido, o que fazia dos instintos no Hulk querer pegá-la mais ainda.

Mas eu, Bruce, sabia que aquilo não faria mal algum. Era somente uma espécie de portal sonoro que reproduzia a voz de quem estava do outro lado. Mas a questão era, onde é este outro lado? Até que lembrei que uma vez, estudando esses tipos de portais, descobri que as duas pontas do portal não poderiam ficar muito distantes, ou o portal não funcionaria.

E a sombra negra soltava ruídos além da voz, ao que estava parecendo, de Arken. Com muito esforço, fiz com que Hulk pulasse para cima e quebrasse o teto do galpão. Thor já havia libertado Tony e agora se concentrava em salvar Anne, e também Rogers, pessoa que eu ainda não tinha visto, mas consegui ver agora. Hulk pegou um pedaço de concreto e jogou para cima. Com a força que ele jogou, o concreto deveria ir pelo menos uns 4 quilômetros ou mais. Mas ele parou na metade do caminha e voltou. Como se alguma coisa o impedisse de ir mais alto. “te peguei” pensei.

Hulk soltou um sorriso, que pra mim parecia mais uma careta, mas não podia culpa-lo por essa cara. Ele pulou e agarrou alguma coisa no ar. Por sorte, uma asa de nave. Sim, era a nave onde Arken deveria estar. Ele socava com toda força que podia a asa da nave até que ela apareceu. Eles usavam um tipo de tecnologia parecida com a que a SHIELD usava em suas naves. Conseguiam ficar invisíveis. Mas parecia que era mais avançada do que a que tínhamos.

Quando ela ficou totalmente a vista, percebi que era maior do que eu imaginava. Deveria ser uns 500 metros ou mais de nave, no mínimo. Precisaria muito mais que o Hulk para acabar com ela. Algo atravessou o centro da nave. Por sorte foi somente o martelo de Thor. Hulk começou a bater forte no metal, que acabou ficando marcado com seus punhos. Até que uma parte rachou. Enquanto Thor acabava com uma parte da nave, Hulk cuidava da outra parte.

Consegui entrar na nave. Havia mais chitauris lá do que em qualquer lugar que já havia ido. Mas aqueles deviam servir apenas para ter números. Pois eram muito fáceis de se aniquilar. Ele saiu quebrando tudo e todos naquela nave até que chegou a uma sala que parecia ser a parte principal da nave. No centro havia uma cadeira que mais parecia um trono. Deve ser onde Arken fica. Mas ele não estava lá.

Houve uma explosão na parte inferior da nave. Isso fez com que ela perdesse o senso de direção e ficasse desgovernada. Na parte traseira um pequeno objeto voador se desprendia. Pelo visto Arken estava fugindo.

–Covarde – Hulk falou.

Pulei da nave, eram uns 2 km de queda livre. Chegando lá embaixo caí em cima de alguns carros, que mesmo amassados, começaram a apitar. Andei em direção dos outros, tentando me acalmar e voltar a ser “gente”. Quando finalmente voltei a ser Bruce Banner, cheguei a uma distancia segura para eles.

–Dr, você está bem? – Anne perguntou

–Agora sim... já consegui manda-lo para o fundo da mente.

–Então já podemos ir né verdinho? – Tony com seu senso de humor era implacável

–A Srta. Foster, onde está? – perguntei

–Está aqui – Thor vinha com elas nos braços – parece que ele controlava a mente dela de alguma forma.

–Não duvido disso. Bem agora vamos. Tenho ainda que cuidar da perna da Natasha.

–E cadê o Rogers? – Barton perguntou

–Iiiiiiih! – Anne fez uma cara de espanto – deixei ele atrás dos sacos de areia, desmaiado. Ai que cabeça a minha, vou lá busca-lo. Vão na frente que alcanço vocês em alguns minutos.

–Não quer ajuda para carrega-lo?

–Não precisa, ele é com um balão. Pode ter inchado com o soro, mas continua leve como uma pena. – ela correu de volta e foi busca-lo.

Então começamos nossa caminhada de volta à nave. Chegando lá, Barton correu para perto de Natasha. Ela não estava acordada, mas ele ficou perto dela da mesma forma. Como não tinha mais espaço, Jane teve que ficar no colo de Thor.

–Pelo visto o picolé vai viajar no chão – falou Tony, rindo.

–E qual a graça disso? – Thor perguntou

–Bem, você não gostaria de dormir no chão... ou gostaria? Ah mas deixa, ele já ficou 70 anos dormindo no gelo, acho que o chão ficaria até confortável para ele.

Ninguém falou nada. Esperamos por 10 minutos e nada dela aparecer.

–Vou lá. Ela tá demorando demais.

–Calma Stark, ela deve tá chegando. – falou Barton

–E você não pode sair assim, lembre que seus propulsores estão quebrados. – falei, colocando mais bandagens na perna de Natasha

–É mesmo... então ok, fico aqui. Mas ainda acho que aconteceu alguma coisa lá.

De repente, algo explodiu muito perto da nave onde estávamos. E não parecia ser uma simples bomba qualquer.

–O que foi isso? – Thor perguntou

–Uma bomba no mínimo – Tony falou revirando os olhos

–Merda! – resmungou Barton – esqueci de avisar que a SHIELD é proibida de entrar nessa área do país. Deve ser o governo russo querendo satisfações.

–Então se eles quiserem somente satisfações, vamos falar com eles... – Tony ia saindo da nave outra vez

–Não – Barton ficou no meio e não o deixou passar – só que as satisfações deles é nos matar, ou nos matar. Qual você prefere? Temos que sair daqui agora. Sei que não podemos deixar Anne e nem o Rogers aqui, mas é o mais inteligente a fazer.

–E o que você sabe sobre esses caras que te faz pensar assim? – ele o confrontava

–Sei que são os mesmos que eram empregadores dela – apontou para Natasha – que querem todos da SHIELD, e os que se aliam a ela mortos. Sei que com eles não tem tratado de paz ou conversas, e também sei que se não sairmos agora, vamos terminar todos mortos!

Stark ficou um pouco pensativo, mas acabou aceitando o que Barton havia falado.

–Então vamos... mas Fury não vai gostar da ideia de termos deixado os dois aqui... – comentei

–Ela sabe se virar muito bem, já a vi em campo. E se ele não for tão tapado quanto aparenta ser, também conseguirá sobreviver. – Barton falou, voltando a se sentar perto de onde Natasha estava

–Podemos ir, e rápido. – falei para o piloto que botou a nave em voo em menos de alguns segundos.

Chegando à SHIELD, Jane e Natasha foram levadas à enfermaria, Thor e Barton foram junto com as duas por motivos de preocupação. Stark foi direto ver Pepper para comunica-la que estava bem, e eu fui primeiro comunicar a Fury tudo o que havia ocorrido. Ainda bem que tinha levado uma muda de roupa para a nave, assim não chegaria à SHIELD com roupas de mendigo.

–Então quer dizer que minha melhor agente está no pior estado possível, que os dois super soldados que tinha foram deixados para trás e que Arken conseguiu fugir? É isso mesmo?

–Sim diretor Fury. Acho que o propósito dele ter feito isso, não era nos matar ou causar algum dano, e sim ver até onde podemos chegar. Como se fosse medir nossos limites e depois usar o que temos contra nós mesmos.

–Entendo... maneira fácil de se conhecer o inimigo. E como está o estado da Srt. Foster?

–Bem, ela só teve a mente invadida outra vez. Irá ficar bem. Só precisa acordar e fazer mais alguns exames.

–E Romanoff?

–Ela eu sinceramente não sei. Nunca havia visto algo do tipo. Barton informou que a causa daquilo foi apenas um arranhão de um dos chitauris. Mas não eram os que estavam armados, e sim aqueles que realmente pareciam bestas. Então deduzo que seja algum tipo de vírus que eles transmitam. Está matando ela. Acho que se não descobrirmos o que é com urgência, ela não durará nem 3 semanas.

Ele pensou um pouco.

–Acha que consegue descobrir o que é e alguma cura para isso? Não posso deixar que minha melhor agente morra.

–Bom, vou precisar pesquisar mais um pouco e também preciso da ajuda de algum asgardiano para saber mais sobre eles.

–Acho que Thor ajudará. Vamos até lá.

Assim que chegamos à enfermaria, fui ver como Natasha estava. Sua perna estava piorando e ela estava muito mais pálida que o normal. Estava acordada.

–Como está se sentindo? – perguntei

–Bem... quer dizer, bem ruim.

–A perna ainda dói? – perguntei, tirando uma parte das bandagens que tinha feito.

–Sim, menos do que estava antes, por causa da morfina, mas ainda dói. Lateja na verdade – seus olhos estavam fundos.

Quando terminei de tirar as bandagens, percebi que a situação estava bem pior do que imaginava. Aquilo além de estar matando-a, estava fazendo a pele se auto dilacerar.

–Bem – engoli em seco – pra começar vou precisar de um pouco da camada epitelial de sua perna, se importa se eu tirar algumas amostras?

–Nem um pouco, vá em frente.


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Notas finais do capítulo

Qualquer reclamação, erro, elogio, crítica, duvida ou sugestão são aceitas, então falem conosco que assim conseguiremos melhorar a história.



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