Avengers Again escrita por Kae Barnes, Jade Kingsley


Capítulo 14
Cap 14


Notas iniciais do capítulo

desculpem-me a pequena demora, mas eu estava em semana de provas :c só então consegui tempo para escrever e postar. Sim, o cap está menor, mas se colocasse mais alguma coisa, acabaria falando sobre coisas que só planejei para capitulos futuros.Agradeço quem ainda continua acompanhando, espero que gostem :3 / VampBlood



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POV Natasha Romanoff

Uma cratera havia se aberto no chão. Eu quase caia dentro dela, mas por sorte Clint me segurou. Depois percebemos que não era uma cratera qualquer, e sim uma escada em espiral que possivelmente nos levaria a algum lugar.

–Acho que não exageram quando falam que os antigos eram bem mais complicados e perfeccionistas do que as pessoas de hoje em dia... – Bruce falou, pasmo.

–Acho que mais inteligentes também. – Loki completou

–Vamos descer para ver o que tem lá embaixo – Clint, que estava ao meu lado, falou.

–E correr o risco de alguma coisa lá embaixo matar a gente? Melhor não. Eu nem trouxe minha armadura! – Tony rebateu

–Stark, deixa de drama e vai logo – o empurrei, fazendo-o ser o primeiro a começar a descer.

Ele bufava de raiva, mas isso não importava.

–Se eu morrer hoje, a culpa vai ser inteiramente sua.

Descemos alguns metros e só o que conseguíamos ver era um buraco sem fundo. Paramos algumas vezes para descansar e a sede e a fome já estavam incomodando a todos. Meia hora depois, ainda estávamos descendo escadas, a luz ficando cada vez mais escassa.

–Daqui a pouco chegaremos ao centro da terra – Tony reclamava

–Gente... acho que essa escada não é totalmente na vertical... – Banner olhava desconfiado para todos os lados.

–Por que diz isso?

–Observem. Antes tínhamos luz solar incidindo bem acima de nós. Agora a luz está vindo da nossa diagonal, o que quer dizer que nos movemos para algum lado.

–Faz sentido.

–É, faz sentido. Mas também não ajudou em nada – falei – continuamos sem saber onde estamos. E o movimento da luz deve ser por causa do sol.

–Olhem, tem um porta aqui – Clint já estava abrindo a “porta” quando uma grande massa de ar passou de onde estávamos para o local atrás da rocha.

–Pelo visto isso está isolado há muito tempo – Banner concluiu

–20000 anos – Loki falou – essas runas aqui datam bem antes disso, mas foram postas neste recinto a 20000 anos. – ele observava alguns desenhos que havia em uma das paredes.

–E você consegue lê-las? – Clint perguntou agora já havia conseguido abrir a porta por completo.

–Preciso de tempo... Tony então pegou seu celular e tirou foto de todas as marcas. Todos olharam para ele sem entender.

–Pronto agora você tem o tempo que precisa. – ele entregou o celular a Loki – enquanto andamos você vai vendo se consegue traduzir.

Entramos pela porta e nos deparamos com um salão perceptivelmente abandonado. Enquanto procurávamos por alguma coisa, Loki sentou em uma pequena escadaria de pedra que havia e começou a tentar ler as runas. Depois de 15 minutos, todos estavam exaustos. Depois de descer mais de 10 metros de escada, merecíamos um descanso.

Não poderíamos voltar para o topo da escada, pois a mesma não estava mais no local onde a deixamos. Nossa fonte de luz eram somente algumas tochas que havíamos achado no local e que acendemos com um isqueiro que eu tinha trago. Estávamos literalmente presos, a não ser que achássemos uma saída, e rápido. Não tínhamos agua e nem comida, então vivos por muito tempo não ficaríamos.

Loki afastou-se do grupo pois precisava se concentrar, Tony continuava com a ideia de que havia uma outra saída dali, então procurava algo que estivesse escondido nas estátuas, nas colunas ou até mesmo num pequeno baú que achamos num canto do salão. Bruce tentava manter a calma e procurava junto com Tony.

Enquanto isso, Clint e eu procurávamos em meio aquela bagunça, algo que poderia servir para formar um “pequeno acampamento”, mesmo que temporário.

–Olhem isso gente – Banner falou, abrindo com dificuldade, uma caixa de pedra – registros.

–Como é que é? – perguntei, confusa

–É tipo anotações do que foi posto aqui. – peguei o papel de sua mão

–Deixe-me ver. – analisei o texto e percebi que estava escrito em latim. Instantaneamente comecei a ler, mas não em voz alta.

–Talvez isso nos de alguma pista. – Bruce falou

–Na verdade isso aqui é um relato. – eles olharam para mim sem entender – como se fosse uma carta ou um diário. Diz que aqui havia algo parecido com um tesouro imenso mas foi roubado. Como se alguém já estivesse vindo aqui antes de nós, o que com certeza é verdade, mas essa pessoa não foi o proprietário deste lugar.

–Como um explorador? – Clint perguntou

–Possivelmente. Mas não fala muita coisa... – entreguei o papel de volta para Banner.

–Mas o ouro ainda está aqui, então o não acharam o que vieram procurar.

–Já tentaram falar com o tapa-olho? – Tony se juntou a nós

–Aqui em baixo não pega o sinal do satélite – falei.

–Mas tem locais que o sinal é fraco, então faz o ponto eletrônico chiar. Acho que teria sinal se focássemos num ponto só – Clint falou

–Testaremos isso mais tarde – Tony concluiu – por enquanto temos que nos concentrar em sair daqui, ou pelo menos viver até alguém nos achar.

–Eu achei trigo – todos voltaram a atenção para Banner, eu estava mexendo em outra caixa de pedra – mas infelizmente não podemos comer. Estão em estado de deterioração.

–Espera... acho que já devia estar deteriorado há muito tempo – Clint foi ate ele olhar a descoberta – agora tenho certeza de que alguém estava aqui.

–Ou usaram nesse trigo a mesma substancia que usavam nos faraós – conclui

–Isso tá ficando cada vez mais estranho.

POV Anne Jovovich

Havíamos entrado pela porta que tinha acabado de surgir. Quando o ultimo de nós passou, a pedra fechou-se numa velocidade que ninguém imaginava que poderia ser possível naquele local. Involuntariamente peguei uma lanterna que estava em meu cinto.

–Estão todos bem? – Fury perguntava

–Sim – todos responderam. Fury também estava com uma lanterna então teríamos um pouco mais de luz, só mais um pouco. Apontei a lanterna para os lados e vi que a pata da Esfinge era realmente um corredor, escuro e mofado.

–Devemos seguir por ali senhor? – Steve perguntou

–Suponho que sim. Sempre há uma saída alternativa, era essa a ideia dos antigos. – Diretor Fury respondeu.

Caminhamos por alguns minutos e nos deparamos com uma bifurcação.

–Acho que temos que ir pela direita – Thor adiantou-se

–Não – Jane interferiu em seu ato – e por aí for uma armadilha?

–Vamos pela esquerda – falei

–Como tem tanta certeza disso? – Fury me perguntou

–Estou apenas supondo, em alguns filmes o lado “direito” ou “correto” é sempre o que acaba ferrando os protagonistas. – respondi

–Vai mesmo confiar em filmes? – Jane estava pra entrar em pânico

–Tem sugestão melhor? – ninguém respondeu – então ok, vamos por aqui.

Eles estavam apreensivos quanto minha escolha. Não posso mentir e dizer que não estava também, afinal aquilo tudo era estranho. A medida que caminhávamos, as paredes ficavam cada vez mais úmidas e mais pútridas. O cheiro era nauseante. Jane estava passando mal.

–Acho que acabou escolhendo o caminho errado – Steve falou, se dirigindo a mim.

–Fiquem aqui – falei – vou ver o que tem mais a frente.

–Vou com você... – Fury falou, mas o interrompi

–Você fica. É melhor que fique, já volto.

Por mais 5 minutos andei. Até que me deparei com uma parede que fechava o caminho. Cheguei a pensar eu realmente havia escolhido o caminho errado, mas quando me apoiei na parede para descansar, percebi que era oca. Havia algo atrás da mesma. Voltei correndo e os avisei.

Thor pegou Jane no colo e a levou ate lá. Fury deu alguns tiros na parede, o que confirmou minha hipótese. Posteriormente, Thor usou seu martelo para quebrar o que restava. Atrás da parede de pedra, havia outro corredor. Dessa vez iluminado. Nas paredes que o cercavam haviam desenhos representativos sobre alguma coisa. Variavam entre pessoas cultuando deuses a simplórias situações do dia a dia. No canto direito da passarela, havia um filete de agua. Minha primeira vontade era de bebe-la, mas não sabia no que isso resultaria.

–Estou morta de sede – Jane falava

–Deixe-me primeiro ver se é possível beber isso – Fury foi até lá, colocou as mãos em forma de concha e bebeu um pouco – é maravilhosa!

Olhei para o relógio e em vez de ter passado alguns minutos como eu pensava, haviam se passado 4 horas. O tempo estava passando rápido demais. Resolvemos ficar por ali pelo menos por aquela “noite”. Pois todos estavam cansados e agora ao menos tínhamos a luz emanada das tochas que ali estavam e a agua que corria pelo filete. Só não entendia por que havia tochas acesas, se não havia ninguém lá. Ou se havia, não tínhamos tido a oportunidade de conhecer.

Não tínhamos comida, então teríamos que aturar um pouco a fome. Adormeci nos braços de Steve. Foi um sono conturbado, pois o ambiente não era nada próspero. Por volta de 4 da manha, todos já estávamos acordados outra vez. Então decidimos prosseguir a caminhada por aquele recinto.

POV Tony Stark

Depois que termos passado praticamente uma noite morrendo de fome, todos dormiram. Fui o primeiro a acordar e minha cabeça latejava. Cocei os olhos e em alguns segundos minha visão estava de volta a como ela sempre foi.

Olhei ao meu redor e vi Banner deitado sob a pequena escada que tinha, Loki no mesmo canto da noite anterior e o casal assassino estavam abraçados. Para ser mais detalhista, Barton estava em cima de uma parte do trigo envelhecido e Natasha estava por cima dele.

Não sei se mencionei antes, mas estávamos numa sala onde havia muito ouro. Mas de que adiantava aquilo se estávamos a beira da morte? Então peguei uma peça dourada que parecia um escudo, só que de pequeno porte, e um pequeno bastão que estava no chão e comecei a fazer barulho.

–Acorda cambada! – fui até onde todos estavam fazendo barulho e todos ali levaram um susto com o barulho. Natasha começou a praguejar em russo, devia estar me xingando com todos os palavrões possíveis.

–Que foi? Esqueceu os remédios controlados de hoje? – Barton não estava com um pingo de felicidade no rosto.

–São 5 da manha, caso vocês não saibam. Ou a gente da um jeito de sair daqui ou morreremos nesse inferno e ninguém jamais nos encontrará. – falei – e ao contrario de vocês aqui, eu tenho um esposa e ela está gravida ok. Queria muito estar com ela agora, mas estou aqui com 4 lindos que só me dão trabalho – sim, eu estava exaltado.

–Tony, calma. Vamos sim sair daqui – a ruiva falava, levantando.

–Você está calma assim porque passou a noite toda aí agarrada com o passarinho. E eu? Fiquei me agarrando aqui com o vento, não recomendo. – fechei a cara para ela.

–O que?! – ela estava espantada.

–Não vou repetir. O homem rena aí já conseguiu saber o que era aquilo lá na outra sala? – a ultima frase falei num tom mais alto para que Loki pudesse ouvir.

–Não precisa gritar – ele estava vindo até nós – não compreendi tudo, mas há um ponto chave aqui que consegui traduzir. Diz que “um ponto mostrará a saída para a entrada”.

–Então a saída daqui, é a entrada para o principal que aqui está escondido. – Banner concluiu.

–Ai ai, essa vida de herói cansa – me apoiei numa estátua, mais especificamente no braço dela, que se moveu. Eu achava que tinha quebrado o braço daquela maldita, mas depois vi que era uma alavanca. Do lado oposto do salão que onde estávamos, a parede se moveu, abrindo uma passagem.

–Devemos ir por ali? – Banner direcionou a pergunta a todos

–Suponho que sim – Loki e Natasha falaram juntos, e notavelmente os dois ficaram envergonhados com aquilo, pois OS DOIS ficaram corados. Contando tudo que aconteceu desde o hotel... Barton 2, Loki 2. Estavam empatados. E sim, ainda estou contando essa coisa idiota.

–Vamos então, espero que haja ao menos agua por ali.

–E se não tiver agua, você vai fazer o que passarinho? – provoquei

–Quebro seu pescoço e bebo seu sangue, feliz? – ele respondeu seco. Os outros riram disso. Preferi ficar calado.

Adentramos a passagem. Essa por sua vez não fechou, e ficou ali aberta, exposta. Nas novas paredes que eu poderia ver, haviam cristais dos mais variados tipos. De pérolas a diamantes.

–O que será que diriam se vissem tudo isso..? – Banner estava maravilhado.

–Ladrões viriam furtar – Natasha respondeu.

–Mas o que é isso...? – Barton já estava a nossa frente, e havia parado para olhar algo. Quando chegamos até ele, ficamos encarando aquela visão por no mínimo 5 minutos. Haviam termas ali.

–Como isso veio parar aqui? Quero dizer, termas eram famosas lá em Roma, não no Egito – falei

–A pergunta certa seria como ainda estão aqui – Natasha me corrigiu.

–Como assim?

–A agua – ela explicou – já devia ter se infiltrado nas rochas a décadas, senão séculos.

–Não sei se estou tendo miragem ou não, mas ainda está morna – Banner tinha ido até lá para ver a temperatura da agua, sério isso produção?

–Então senhores, se me dão licença, tomarei um banho. – Natasha falou, já se afastando de todos ali.

–E vai se enxugar com o que? Posso saber? – perguntei

–Esse lugar é quente, até demais para o meu gosto. Não duvido que eu seque naturalmente mais rápido do que pensam ser possível.

–Sua sorte é de que há uma terma atrás daquelas colunas, poderá ir para lá – Loki falou.

–Obrigada. SE eu souber que algum de vocês estavam me espiando em algum momento, considere-se um homem morto. Tony, caso isso aconteça, me notifique.

–Por que ele? – Barton perguntou

–Porque ele é um homem casado e duvido que trairia a confiança da Pepper dessa forma – ela deu um sorriso cínico e saiu de onde estávamos.

–Nisso ela tem razão – falei – então moços, comportem-se.

TCHBUMM

Ouvimos um barulho de algo caindo na agua da terma que estava mais próxima. Quando olhei, Barton estava lá dentro, como se fosse a coisa mais normal do mundo. E ele havia entrado com roupa e tudo.

–Depois pega um resfriado e não sabe o por que... – Loki falou, com indiferença.

–Cara, agora que me toquei, e se aí tiver peixes carnívoros? – perguntei

–Não acho que tenha – Banner estava acendendo todas as tochas do local, assim, podíamos ter uma excelente visão de todo o local.

–Quer saber – Loki havia tirado os sapatos e a blusa – depois de dormir apoiado numa pedra dura e num local cheio de poeira, nada melhor do que agua para se refrescar.

–Banner, não vai me dizer que você também pensa isso? – falei incrédulo.

–Bem, não vou ser tão radical a ponto de entrar na agua, irei somente lavar meu rosto – ele estava sentado em uma das bordas, realmente lavando seu rosto.

–Está boa mesmo a agua? – perguntei.

–Sim – responderam os três em uníssono.

Acabei indo tomar banho junto. Mas claro, todos entraram na agua de roupa, já que se fosse sem elas ficaria um clima muito estranho. E não acho que algum ali seja gay ou algo do tipo.

Depois de todos prontos, de banho tomado e agora cheirando bem, resolvemos continuar. Alguns metros depois da sala das termas, o GPS que Natasha havia levado começou a apitar.

–Temos sinal! – falei, alegre.

–Não me diga – falou ela, com sarcasmo.

–Onde exatamente estamos? – Barton perguntou

–Exatamente no meio da pirâmide – ela falou, receosa.

–Como assim?! – todos estavam de olhos arregalados

–Ouviram o que eu disse... mas estamos a 3 metros abaixo do nível do mar. O que quer dizer, que o que procuramos está bem acima de nós.

–Então teremos que cavar para cima?

–Claro que não – Barton respondeu – deve ter alguma passagem, túnel, escada, sei lá, alguma coisa que nos leve até o que queremos.

–Uma escada... é possível – Banner confirmava – afinal, aqui é o fim da linha. Mais a frente há apenas uma parede encerrando o trajeto.

–Maravilha, mais um caça ao tesouro. Primeiro o tesouro era a porcaria da alavanca, e agora é uma escada. Que belos piratas nós somos – falei, irônico.

Ficamos ali procurando sem encontrar nada além de pedra e poeira. Espanei alguns cantos com a mão e tossi com a poeira. Como havia poeira em meus olhos também, não consegui enxergar nada. Cambaleei e acabei esbarrando em alguém.

Esse alguém se desequilibrou e caiu no chão, logo antes de algo metálico cair também. Limpei meus olhos e vi que era Loki. E o objeto metálico era seu cetro que estava dentro de sua pequena bolsa(ainda quero saber como ele enfiou aquilo na minúscula bolsa). Ele pegou o cetro pela parte metálica e já ia guardar outra vez quando possivelmente o cetro se descontrolou e soltou um raio de energia. Acertou nada mais e nada menos que em Banner. O impacto foi grande o bastante que o fez “voar” e se chocar contra a parede. Levantou “quilos” de areia.

Quando a poeira baixou, podemos perceber que na verdade a parede tinha quebrado.

–Bruce! Você está bem? – fui até ele, ajuda-lo a levantar

–Sim, sim. Pelo menos o outro cara não apareceu... – ele falava calmo, como se nada tivesse acontecido.

–Certeza de que está bem Dr. Banner? – Natasha veio até nós.

Ele respondeu que sim. Olhei para o que tinha além da parede e percebi que uma luz emanava de lá. Quando cheguei mais perto, vi algo absurdamente incrível, e ao mesmo tempo, inacreditável.

–Puta...que...pariu... – falei pausadamente, por conta do espanto.

–Mas que diabos é isso?


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