Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 44
Estágio de Auror


Notas iniciais do capítulo

OE. Tudo bem com vocês? Demorei? heueh
Eu sempre volto



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/365820/chapter/44

Sirius se encarou no espelho do banheiro, sério. Levou a mão ao cabelo e o ajeitou mais uma vez. Depois arrumou a gola da camisa social que havia encontrado no fundo do guarda-roupa, estava ali para ocasiões especiais. Por fim, finalmente abriu seu sorriso maroto ao aprovar o reflexo. Então se virou e saiu do banheiro. Desceu, com as mãos nos bolsos da calça, as escadas da casa dos Potter, indo em direção à sala, onde se encontrava James, estirado no sofá.

–Finalmente! –exclamou James, se levantando. –Sabe que se não chegarmos em dez minutos no Ministério perderemos o teste? Então teremos que esperar a próxima chamada para nós e não teremos como ganhar o pão de cada dia se nosso emprego não sair hoje.

–Relaxa, amigo. –disse Sirius, rindo. –E ai? Você prefere ir à pó-de-flu ou pela descarga do banheiro do metrô?

Os dois fizeram uma careta ao mesmo tempo e disseram em uníssono:

–Pó-de-flu.

Portanto se dirigiram em direção à lareira dos Potter. A casa estava anormalmente silenciosa. Da última vez que estiveram ali, antes das férias de Natal de Hogwarts, a casa estava com mais “vida”. Porém, agora não havia mais viagens a Hogwarts – ou melhor, não muito cedo – e não havia Dorea Potter por ali. James mordeu o lábio inferior ao pensar nesse assunto. Sirius o despertou de seus devaneios ao perguntar, intrigado:

–Ei, cadê o pote de pó-de-flu?

De repente, James arregalou os olhos, indo até a parede oposta da lareira, à procura do pote com o pó. Bem, o pote estava ali, mas se encontrava vazio no momento. O moreno soltou um palavrão e correu até a cozinha, no armário de reserva. Revirou o armário e não encontrou nada. Contudo, ao se virar para o último armário, encontrou um bilhete do pai:

“James, usei o último punhado de pó-de-flu para ir ao Ministério. Compre mais no Beco Diagonal. Boa viagem pela privada do metrô”.

–Argh! Mas que droga! –gritou, chutando um balde no chão, que saiu flutuando para pousar ao lado da mesa. Sirius apareceu correndo, franzindo o cenho.

–O que foi? –indagou, derrapando na porta.

James olhou em seu relógio de pulso e suspirou antes de responder.

–Temos menos de oito minutos para chegar ao banheiro do metrô de Londres. –informou com uma expressão mal-humorada. Sirius fez menção de reclamar, mas James acrescentou: -Acabou o pó-de-flu.

–Não! –gemeu Sirius, jogando a cabeça para trás.

–Vamos logo. Temos sete minutos. –porém, neste momento, ouviram um ruído vindo da sala. Entreolharam-se, nervosos, e caminharam até a origem do barulho. Ao se aproximarem, perceberam se tratar de um som de um apito fino e entenderam que era o celular de James tocando. James comprara aquele objeto trouxa para poder se comunicar melhor com Lily. E quando o garoto olhou no identificador do telefone, percebeu se tratar da namorada. –A-alô? –atendeu meio nervoso.

James?” disse a voz de Lily do outro lado da linha. “James, você, por algum acaso, ainda está em casa?

James engoliu em seco e respondeu.

–Aconteceu um pequeno incidente.

Mas a sua entrevista para o estágio de auror não era às 11:00? Você está ciente que agora faltam seis minutos para às onze?

–Lily, te pego no St. Mungus na hora do almoço. Beijos. Te amo. Tenho seis minutos para chegar a Londres.

Cinco minutos para chegar a Lon...?

E então ele desligou. Sabia que se arrependeria depois, mas logo já estava sentindo algo o puxando pelo umbigo quando desaparatou.

As ruas de Londres tomaram seu campo de visão meio tempo depois. James colocou a mão na barriga, quase vomitando. Então, Sirius apareceu ao seu lado e ele vomitou nos sapatos do amigo.

–James! –gritou Sirius, puxando o garoto pelo cabelo. –Ah, James, qual é? –resmungou olhando para o estrago feito em sua calça.

–Ai, desculpa, Almofadinhas. –pediu James, abrindo um sorriso amarelo depois de jogar um Aguamenti em sua boca. Fez um aceno com a varinha e limpou a calça de Sirius. –Vamos. Cinco minutos.

Sirius sentiu vontade de rir, mas seguiu James pela multidão de pessoas que se direcionavam para o metrô. Sobre as cabeças dos homens que entravam ali havia uma plaquinha indicando o banheiro masculino.

–Isso é estranho. –sussurrou Sirius enquanto esperava para entrar. Ao seu lado, James concordou, ainda enjoado, então ouviu o barulho da descarga e deu um passo a frente para entrar no quadriculo. –Boa sorte. A gente se vê daqui a pouco, companheiro.

James assentiu com um aceno e abriu a porta do banheiro. Subiu na privada e pulou, sentiu os pés se chocarem com a água, mas não se molharem, antes de dar a descarga e ser engolido por um redemoinho. Apareceu em uma das lareiras do Ministério. Endireitou-se e seguiu para fora da lareira. Olhou para trás a tempo de ver Sirius emergir também.

–Ridículo! –exclamou Sirius, fazendo careta, se juntando a James. –Eles realmente esperam que Você-Sabe-Quem apareça aqui com toda essa frescura que estão tomando?

–Desde quando você chama Você-Sabe-Quem de Você-Sabe-Quem, Sirius? –indagou uma voz atrás deles. Os dois se viraram e se depararam com Remus.

–Olá! –disse James, dando um abraço camarada no amigo. –Há quanto tempo! Não nos vemos há... o quê? Dois dias?

–Sim, mas aquele dia não conta, pois não estava em completa consciência. - O trio riu e começaram a andar. -Teste para auror?

–É. –respondeu Sirius. –Mas estamos atrasados.

–Como sempre.

–E você? Veio se candidatar para Ministro? Por favor, diga que vai tomar medidas menos drásticas do que a privada do banheiro trouxa. –disse James, fazendo Sirius rir.

–Vocês não mudam, não é? –falou Remus, revirando os olhos. –Mas, não. Na verdade, estou aqui para tentar entrar no Departamento de Cooperação Internacional em Magia. Mas têm sido difícil arrumar um emprego. Tentei uma coluna do Profeta Diário, mas não aceitam pessoas, bem, vocês sabem, pessoas como eu.

–Ainda bem que você não vai trabalhar no meio de hipócritas do Profeta. Pelas barbas de Merlin, aqueles caras realmente não sabem o que fazem. –reclamou Sirius ao apertar o botão do elevador, que apareceu meio segundo depois.

–Por falar nisso, Sirius, encontrei Lene lá. Ela estava tentando entrar como repórter. Acho que conseguiu. –disse Remus, entrando no elevador logo atrás dos outros dois.

–Estou falando! Pessoas que realmente não sabem o que fazem. A Lene se encaixa bem nesse padrão.

James revirou os olhos para Sirius e Remus apenas balançou a cabeça em reprovação. O elevador deu um baque para frente e eles se seguraram no apoio.

–Isso é amor reprimido, Sirius. –falou James. –Espero que Lene consiga salvar aquele jornal.

Sirius se virou para retrucar, mas então um sininho tocou sobre suas cabeças e uma voz feminina anunciou:

Segundo nível. Departamento de Execução das Leis da Magia, incluindo a Seção de Controle do Uso Indevido de Magia, o Quartel General dos Aurores e os Serviços Administrativos da Suprema Corte dos Bruxos.”

–Bem, acho que vocês descem aqui. –Remus sorriu. –Boa sorte para vocês.

–Até mais, Aluado. –falaram James e Sirius juntos enquanto desciam.

–Ah, encontrei Vance também. Ela está entrando para a... –mas o elevador se fechou e rapidamente levou Remus para cima, junto com a sua frase inacabada.

Sirius e James se encontravam em um corredor movimentado e cheio de portas, vários bruxos entravam e saiam por elas. Um relógio acima de um balcão no final do corredor marcava exatamente onze horas. Os dois garotos andaram apressados até o balcão. Por trás dele, havia uma senhora de meia idade, mexendo em papeladas.

–Atrasados novamente, Sr. Potter e Sr. Black. –disse a senhora, levantando um olhar de censura.

–Bom dia, senhora Savage. –cumprimentou James, formalmente. Sirius apenas rolou os olhos para cima. –Tivemos de vir pela privada. Não foi uma viagem interessante.

Sra. Savage levantou uma sobrancelha e retirou as fichas de James e Sirius de uma das gavetas.

–Vocês já sabem onde entrar. –falou, entregando as fichas.

Os dois seguiram para o Quartel General. A entrada estava vazia, a não ser pelas pessoas que seguiam de modo monótono para pegar pastas ou material “anti trevas”. Entraram na porta que indicava “Estágio”. O auror que se encontrava na frente da sala, dando palestra, era Alastor Moody. Seu olho mágico esquadrinhava toda a sala enquanto falava. Havia sofrido aquele acidente em pouco mais de meio ano. James e Sirius tentaram passar despercebidos, mas Alastor os viu.

–Se estivéssemos sendo atacados por Comensais e tudo dependessem de vocês dois chegarem no horário, estaríamos todos mortos a essa altura. –disse o auror. As cabeças da sala se voltaram para os recém-chegados, que sorriram amarelo e se sentaram.

Moody voltou a falar. Aquela era a primeira “aula” para os aurores. Ele comentou sobre os testes de aptidão e de caráter feitos há duas semanas. Disse que todos ali tinham potencial para conseguir um cargo, mas que outros poderiam desistir ao passarem pelos testes a seguir. Relembrou que havia três anos de estágio, ou seja, terminariam mais ou menos no final de 1981 ou início de 1982 naquele estágio e todos poderiam se formar e se tornar aurores profissionais. Finalizou a aula dizendo que o primeiro teste de Esconderijo e Disfarces seria realizado em dentro de um mês. Dispensou a classe, que foram se dirigindo aos murmúrios para a saída.

–Frank! –exclamou Sirius ao ver o garoto recolhendo o seu material. Frank se virou e sorriu, trocaram um aperto de mão. James acenou com a cabeça, sorrindo, esperando na porta os dois amigos para saíram. Porém, quando os três se juntaram na porta e só restavam eles, a voz de Alastor os chamou:

–Srs. Black, Longbottom e Potter, gostaria de conversar com vocês. –os três arregalaram os olhos, mas seguiram hesitantes.

***

Lily recolheu os medicamentos que estavam em cima da bancada e os colocou no armário. Suspirou e tirou o uniforme do hospital, recolocou sua aliança e seguiu para fora da enfermaria. Ela se encontrava no quarto andar do Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, acabara de auxiliar um homem que recebera uma azaração problemática e ainda estava pensativa com o estado do paciente. Seguiu para o elevador e, enquanto esperava, outra enfermeira se juntou a ela.

–Olá, Lily. –disse Dorcas, arrumando o cabelo. –Já vai embora, é?

–Oi, Dorcas. –sorriu a ruiva, entrando no elevador. –Sim. Hoje eu vou embora mais cedo, pois fiquei de plantão ontem. Muitos acidentes acontecendo, sabe?

–Ah, sim. Hoje é o meu plantão. –a loira encostou-se à parede. –Ainda não acredito que em menos de cinco meses longe de Hogwarts, já conseguimos um emprego bom.

–Nem me fale, Dorcas. –suspirou Lily. –Soube que Lene conseguiu um emprego como repórter no Profeta. Não sei o motivo pelo qual ela tentou, ela odeia aquele jornal.

–Acho que Lene quer tentar coisas novas. Ela não conseguiu um emprego no tribunal do Ministério, ficou meio irritada com isso. Mas, vamos admitir, entrar no tribunal, além de díficil, é arranjar dor de cabeça.

–Concordo. Espero que ela consiga se sentir bem no emprego.

O elevador parou no térreo e as duas saíram.

–Até amanhã, ruiva.

–Até, loira.

Lily sorriu e seguiu para o portal que a levaria para o mundo trouxa. Ao atravessá-lo se viu na vitrine da loja abandonada Purga e Sonda Ltda. Discretamente, ela se misturou no tumulto de trouxa. Logo estava na frente da cafeteria onde sempre se encontrava com James depois do expediente. Comprou um café e se sentou nas mesas que ficavam do lado de fora. Pouco mais de dez minutos depois, James ocupou a cadeira em sua frente.

–Oi, amor. –falou James, beijando a mão de Lily.

–James! Por que é que você teve de ir a Londres? –perguntou, desconfiada, tombando a cabeça para o lado. E, depois de ouvir a história do pó-de-flu, assentiu. –Okay. Como foi sua primeira aula no estágio? –questionou com mais doçura na voz.

James contou como foi seu dia, que se encontrou com Remus e soube do novo emprego de Lene. Mas, ao chegar ao ponto da conversa com Moody, hesitou.

–É.. que, bem... ele me fez uma proposta. –disse, encabulado. Lily arqueou as sobrancelhas, pedindo para que ele continuasse. –Ele me deixou levá-la comigo. Acho que minha ficha lhe deu bastante confiança.

–Diga logo, James!

–Dumbledore deu permissão para que Moody nos convidasse para a Ordem da Fênix.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

MEREÇO REVIEWS? É sério, o que vocês acharam?
Well, beijos açucarados para vocês
ESTREOU A CULPA É DAS ESTRELAS UHUU só vou dia 14, mas vale a pena esperar. E você? Já assistiram?