Don't cry, I'm here.

- Primeira aula com Hiluluk-sensei... – Vivi declarou – Segunda e terceira com Croco-sensei, quarta com Alvida-sensei e... Última com Smoker-sensei.

- Traduzindo: Química com o louco, dobradinha (Sabe aquelas aulas que são da mesma matéria e vêm seguidas? É isso.) de geografia com o Croco-boy, história com o ex-hipopótamo, e corridas sem sentido com o fumante. – Bonney resmungou.

- Ah, nem é tão ruim assim, vai. – Nami disse dando uma breve risada dos resmungos da amiga – Só precisa sentar longe do Hiluluk, tentar não dormir na aula do Crô, falar para Alvida que ela tá "conservada" e obedecer ao Smo-chan.

- Pra você é fácil falar! O sensei nunca explodiu iodo na sua cara! – Bonney exclamou.

- Bonney-san, iodo não explode. – Kaya informou.

- Ah, explode! Nas mãos daquele louco, até papel sulfite explode! – Jewelry continuou dizendo mais algumas coisas sobre o sensei, até o sinal finalmente bater.

- Deixando isso de lado, vamos para a sala. – Conis pediu e todas concordaram.

O0o0o0o Alguns minutos depois, na sala, aula de Química o0o0o0O

- Então você deu para trás? – Bonney questionou surpresa para a amiga sentada na cadeira logo atrás da sua – Está com medo?

- Não é bem medo... É só que... Você sabe. – Nami murmurou.

- Sei, você é virgem.

- Fale mais alto, ainda não te ouviram em Júpiter.

- Desculpa, desculpa. Mas, ei, o Law concordou com isso?

- Ele disse que não iria me forçar a nada.

- Uau, o amor muda mesmo as pessoas. – A ruiva corou.

- Você acha que ele me ama?

- Você o ama, isso está bem óbvio. E se ele está disposto a esperar até você ficar confortável, só pode ser porque se importa, e para o Law se importar... Só estando apaixonado.

- Você e Law namoraram por um tempo, ele nunca foi... Sei lá, atencioso com você ou coisa do tipo?

- Law? Atencioso? É mais fácil o Sanji declarar para toda a escola que é gay do que o Law ser atencioso com alguém. – Deu uma pausa, como se pensasse, e falou novamente – Com alguém além de você. – Sorriu de forma divertida.

- Bonney! – Ela exclamou e segurou uma risada.

- Vocês duas aí no fundo, prestem atenção! – O professor chamou a atenção das duas – Agora irei mostrar como fazer um papel sulfite ficar rosa!

- Professor? – Bonney ergueu a mão.

- Sim, Bonney-chan?

- Pra que diabos nós precisaríamos de um papel rosa?

- Para nosso próximo experimento. – Respondeu – Agora deixem seus cadernos de lado e observem enquanto uso alguns ingredientes que trouxe do laboratório para tingir a folha. – Mostrou os frascos de todos os tamanhos e formas cheios de líquidos de todas as cores.

- Sensei? – Nami chamou.

- Sim, Nami-chan?

- Não seria mais fácil pintar o papel com tinta?

- Tinta sairia assim que entrasse em contato com a água. Ou seja, borraria tudo.

- Sensei, de que água está falando? – A rosada questionou.

- A que usaremos no próximo experimento. Vamos começar a trabalhar!

- Mas, sensei! Existem tintas que não borram ou saem com a água! – A ruiva comentou.

- Elas são caras e não muito fáceis de achar...

- Sensei, eu ouvi dizer que você pode achar essas tintas em lojas de materiais para decoração. – Jewelry comentou – Eu mesma já comprei uma vez.

- Mas aí está! De que adianta ir pelo caminho mais fácil, se é pelo difícil que aprendemos mais? Bem, vamos começar...

- Sensei! – Vivi chamou.

- Sim, Vivi-chan?

- Não vai dar tempo. – Como se fosse magia, o sinal tocou bem na hora em que Vivi terminou de falar.

- Muito bem, até amanhã. – Hiluluk pegou suas coisas e saiu da sala.

- Missão: Acabar com o tédio das aulas. – Bonney disse virando-se para a amiga.

- Parte um: Enrolando o cientista louco. Complete! – Nami fez sinal de "joinha" e sorriu com a língua de fora.

- Belo plano, Nami-ya. – Law comentou se aproximando das meninas – Mas não acha que é um pouco infantil fazer isso só porque vai mal nessa matéria?

- Seu... – Uma veia saltou na testa dela – Apenas não gosto de Química, não quer dizer que eu vá mal!

- Então porque me obrigou a fazer seus trabalhos de Química?

- Você aceitou a aposta.

- Que você fez.

- Que você começou.

- Eu apenas sugeri.

- A ideia continua sendo sua.

-... Bom ponto.

- Ei, ei, casal de pombinhos, se querem discutir a relação, vão para casa e se entendam lá. – Bonney comentou com malícia.

- Cale a boca, Bonney/Jewelry-ya. – O casal disse em uníssono.

- Kawaaii! – Vivi exclamou – Os dois até falam juntos e em perfeita sincronia!

- Vivi, vai procurar o Ace e me deixa em paz. – A ruiva disse.

- Calma, calma, estressadinha. É brincadeira. – Jewelry levantou as mãos, como se se rendesse – E nem pense em me mandar procurar o Eustass.

- Não precisa, você já conseguiu conquista-lo com seu charme feminino.

- Quer morrer, ruivinha?

- Pode ser amanhã? – A conversa foi interrompida pela entrada do professor. Law voltou para seu lugar, não sem antes piscar para a sua ruiva.

- Espero que estejam preparados. – Crocodile sorriu de forma perversa – Guardem seus cadernos e deixem apenas lápis, caneta e borracha na mesa. O motivo? Prova surpresa.

- Prova surpresa? – Muitos questionaram sem ânimo.

- Isso, prova surpresa. Vocês sabem o que significa ou preferem que eu chame Tashigi-sensei para traduzir? – Um dos professores mais populares entre os alunos era a ironia em pessoa. Mas, mesmo dando um pouco de medo, era um bom professor e os alunos conseguiam aprender a matéria, exceto...

- Nami, você precisa me passar cola. – Bonney sussurrou.

- Nem ferrando, se o Crô me pega, nós vamos estar fritas, cozidas e assadas, com direito a batatinha palha de acompanhamento.

- Façam silêncio, peguem sua folha, passem o resto para trás. – Feito isso, ele olhou o relógio e declarou – Vocês têm exatamente quarenta minutos, nenhum a mais. Começando... Agora! – Os estudantes pegaram suas canetas e começaram a prova.

O0o0o0o Pulando as dobradinhas e indo direto para a aula da Alvida o0o0o0O

- Ei, Nami, algum dia você vai ter que deixar o receio para lá. – Bonney comentou – Não se preocupe, Law é bom de cama.

- Se você mede seus namorados por desempenho na cama, então não sei o porquê do namoro de vocês ter durado três meses. – Nami brincou.

- E... Eu gosto do Kid. – A outra murmurou e corou.

- Você corou. Então a coisa é séria. – A ruiva comentou – E aí, já descobriu se ele é bom de cama? – Perguntou divertida.

- Nem começa.

- Bonney-san, como você acha que foi na prova? – Vivi, sentada ao lado da ruiva, questionou.

- A do Croco-boy? Simplesmente um lixo. Eu realmente não entendo pra que tudo isso, sabendo ler um mapa está bom, né? Mas não, tem complicar.

- Geografia é legal. – Nami disse firmemente.

- Pra você, afinal, você já nasceu com o dom de ser boa nesse tipo de coisa.

- Não tenho como discordar.

- Boa-san, pode parar de stalkear Trafalgar-kun e prestar atenção na aula? – Alvida interrompeu a explicação. Ela já não possuía muita paciência, e o fato de Hancock ficar lançando olhares muito sugestivos para o moreno em plena explicação de matéria nova não estava ajudando.

- Eu não sou stalker. – Boa retrucou.

- Imagina. – Nami bufou.

- Disse alguma coisa? – Hancock mirou-a como se dissesse "Cale a boca ou eu te mato".

- Nada. – A ruiva mirou-a de volta, só que dessa vez seu olhar dizia "Obrigue-me, se for capaz".

- Vamos deixar essa novela das sete de lado e nos focar na aula! – A professora exclamou e voltou a explicar a matéria.

O0o0o0o Pulando o resto das aulas e indo direto para a saída o0o0o0O

Nami saiu do prédio da escola acompanhada de Law e ouviu alguém chama-la. Procurou o dono da voz e se surpreendeu ao ver uma menina de cabelo azul escuro lhe acenando e segurando umas sacolas.

- Nami-ya, você a conhece? – Law questionou.

- É Nojiko, minha irmã. Eu já volto. – Disse, deu um selinho no moreno e correu até Nojiko.

- NAMI! – A azulada exclamou.

- NOJIKO! – A ruiva se jogou nos braços da irmã e a abraçou forte. Não se viam há muito, muito tempo.

- É bom te ver de novo, minha irmãzinha! E então, como vai a vida?

- Vai indo, um dia chega. Cadê a Robin?

- Eu estou sozinha, apenas passei para dar um alô. – Elas se separaram e Trafalgar chegou mais perto, enlaçando a moça de cabelo laranja pela cintura – E eu posso saber quem é esse?

- Esse é Trafalgar Law, meu namorado. – Apresentou, se aproximando mais do homem.

- Você não namorava o tal do Luffy? Monkey D. Luffy?

- Longa história. – Deu de ombros, preferia não tocar naquele assunto por um tempo – Law, essa é Nojiko, minha irmã.

- É um prazer conhece-la, Nojiko-ya. – Traffy cumprimentou.

- Igualmente. Bem, melhor eu voltar ou as meninas vão ficar preocupadas.

- Meninas?

- Eu trouxe uma menina que conheci quando você estava ausente. Até, Nami, Trafalgar. – Foi embora, não sem antes mandar um olhar para Nami dizendo "Bom trabalho, ele é um gato".

- Vamos, Nami-ya. – Law chamou – Temos que ir embora.

- Tem razão. Vamos, Law. – Os dois começaram o caminho para a casa dela.

O0o0o0o Quebra de tempo – Sábado, 9 da manhã o0o0o0O

- Nami-ya, logo suas amigas estarão aqui para o tão esperado dia das garotas. – Law murmurou no ouvido da ruiva, fazendo-a estremecer.

- Eu sei... Ah, elas podem esperar mais um pouquinho. – Nami murmurou de volta e se aconchegou nos braços do homem deitado ao seu lado. Os dois haviam passado a sexta feira na casa dela e adormeceram, e apenas adormeceram, na mesma cama. Isso já havia se tornado natural – Law, eu tenho quase certeza de que Vivi está com problemas, apenas não sei quais são. Ela nunca me contaria, pois acha que não deve preocupar os outros com seus problemas, mas quanto menos ela fala, mais preocupada eu fico.

- Agora sabe como eu me sentia antes de você me contar tudo. – Nami havia aproveitado o tempo para contar ao homem seu passado e tudo aquilo que nunca havia contado.

- É horrível, desculpa.

- Não se preocupe, fico feliz em saber seu passado. – Apertou-a mais contra si – O então, o que aflige Nefertari-ya?

- Tenho um palpite. – Ela comentou e seu celular tocou – Ah, pega pra mim. – Pediu, pois Law estava mais perto da mesinha onde o aparelho se encontrava.

- E o que eu ganho com isso?

- Malandro. – Sorriu de forma travessa e o beijou de forma apaixonada por alguns segundos – Prometo te dar mais, mas só se pegar o celular para mim.

- Promessa é dívida. – Traffy disse, tirou um dos braços da coberta e pegou aquele aparelhinho barulhento.

- Obrigada. – Atendeu – Hai, mushi mushi? – Alguns segundos de silêncio – Claro que eu não esqueci! Hoje é o dia das garotas. – Mais alguns segundos – Dez horas? Perfeito. Até então. – Desligou.

- Quem era?

- Vivi. Ela marcou para a gente se encontrar no Sabaody Shopping lá pelas dez.

- Ainda falta uns quarenta minutos. – Constatou.

- Sim... Law?

- Sim?

- Promessa é dívida, certo? – Segurou o rosto dele com as mãos e o beijou.

Não importava quantas vezes fizessem isso, sempre sentiam como se fosse a primeira vez. Law simplesmente viciara no sabor de laranja da ruiva e no modo como ela suspirava, completamente rendida, enquanto Nami adorava sentir os lábios dele acariciando os seus e a língua macia massageando a sua, isso sem falar nos arrepios que ele tinha quando mexia em seus cabelos morenos.

- Nami-ya...

- Hum?

- Boa sorte com as meninas.

- Besta. – Nami sorriu e voltou a se aconchegar no peito dele, adoramecendo logo em seguida.

- Olha quem fala. – Law disse baixinho e sorriu de lado, antes de beijar-lhe a testa e velar pelo sono de sua ruiva.