Oi! :) Eu resolvi continuar a história, foi muito importante para mim descobrir que vocês gostam mesmo dela e agora estou animada para escrever de novo. Apenas me digam se ficou bom ou não o capítulo, porque eu não sabia se iria fazê-lo desse jeito, vocês vão entender melhor depois... Obrigada pelas leitoras que comentaram o meu recado. Boa leitura.

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Depois do final de semana ter passado e transcorrido razoavelmente bem, eu estava mais focada em saber quem era o misterioso remetente daquele e-mail. Eu tinha um plano. Não era o melhor plano do mundo, mas era o único que eu tinha. Eu precisava entrar na secretária da escola e descobrir os e-mails de todo mundo da minha sala.

— Aonde você vai? – perguntou Justin quando eu sai da sala na hora do intervalo indo para o caminho oposto que costumávamos fazer.

— Vou ao banheiro. – respondi rápido enquanto me afastava.

Eu fiquei parada no corredor que ficava de frente a secretária, havia alguns professores lá dentro, fiquei andando de um lado para o outro. Eu faço ou não? E se eu for expulsa? E se eu for presa? Ficarei com a consciência pesada? Provavelmente. Juntei toda a coragem que eu encontrei dentro de mim e entrei. Ninguém me notou logo de início, estavam todos ocupados conversando, bebendo café. Mas uma garota de cabelos roxos como eu não passa despercebida, certo?

Vi o professor William conversando com uma professora que eu não conheço. Por sorte, havia um professor contando uma história e distraindo todo mundo o suficiente para eu pegar as fichas dos alunos da minha sala. Eu estava pronta para sair da secretária, meio chateada por não ter encontrado o e-mail que eu esperava, infelizmente não poderia fazer isso correndo para não chamar muita atenção. De repente o treinador apareceu na minha frente.

— Sra. Darren, o que a senhorita faz aqui? – perguntou o treinador com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Ora treinador, justamente procurando o senhor. – falei a primeira coisa que surgiu na minha cabeça e vocês sabem que eu não sou boa nisso, certo?

— E por que me procurava? – perguntou ele confuso.

— P-porque... – Pensa Lena, pensa. – Porque eu quero entrar para o time de futebol feminino da escola.

— Ah! Então é por isso! Bem, não sei se a senhorita sabe, mas tem uma vaga aberta no time então estávamos pensando em fazer um teste onde as garotas que quisessem participar pudessem competir e acharíamos a melhor. Mas – por que sempre tem um “mas”? – ninguém se inscreveu. Acho que as garotas de hoje dia querem ser líderes de torcida ou algo do gênero invés de participar do time. Muito triste. Continuando... Já que ninguém se inscreveu você poderá entrar para o time sem precisar fazer um teste.

— Poxa! – sorri de lado. – Que sorte a minha não? – ele deu tapinhas nas minhas costas.

— Espero vê-la no treino sexta-feira no ginásio logo depois das aulas terminarem. Sugiro que leve alguma coisa para comer antes do treino começar. Vejo você lá, Sra. Darren. – ele se distanciou e eu sai da secretária.

Encontrei o Justin em uma das escadas comendo um sanduíche de frango.

— Você demorou! O que vocês garotas tanto fazem no banheiro? – perguntou ele. – Não precisa me dizer, eu prefiro não saber. – riu. Sentei-me ao seu lado e ele dividiu o sanduíche comigo.

Não acredito que entrei para o time de futebol feminino da escola. Tudo bem, eu posso ficar alguns dias no time e depois sair. Ou eles vão me expulsar porque eu não me lembro de ter jogado futebol uma única vez na minha vida, devo ser péssima jogadora.

— Alô? Tem alguém em casa? – perguntou Justin.

— Hã?

— O sinal já tocou, você quer matar aula? – assenti e nós levantamos da escada.

Quando cheguei em casa, não almocei, fui direto para o meu quarto.

— Roxinha, eu preciso falar com você! – Nathan entrou no meu quarto sem nenhuma cerimônia me dando um susto.

— Não bate mais na porta, não? – perguntei irritada.

Nathan foi brincar com o Jeffrey e me ignorou.

— Diz logo o que você quer! – falei cruzando os braços.

— Eu só vim brincar com o Jeffrey ok?

— Até parece! Fala logo que eu sou uma pessoa muito ocupada.

— Ocupada com o que exatamente? – perguntou ele rindo. – Ok, eu estava pensando...

— Ai meu deus!

— O que foi? – perguntou ele confuso.

— Você pensa!

— Sim, eu penso, não sou igual a você! – falou ele irritado. – Escuta só! – Ele se deitou na cama. Muito atrevimento da parte dele. – Temos algo em comum.

— Não, não temos.

— Temos sim. Ambos queremos a mesma coisa: que você vá embora e volte para a sua antiga casa, além do fato que não queremos que esse casamento ocorra já que seria péssimo sermos “irmãos”.

— Hum... Estou ouvindo.

— Acho que devemos nós juntar e bolar um plano para separar os nossos pais e para você voltar para a sua cidade.

— E como vamos fazer isso, gênio? – perguntei não muito convencida.

— Simples. Lena, você aceita namorar comigo? – perguntou Nathan.

— O quê? – perguntei chocada.

— Nossos pais vão detestar se souberem que estamos namorando. Podem acabar desistindo do casamento pelo nosso bem. Vai ser fácil, a gente começa a namora, depois temos uma briga épica e concordamos que não queremos morar um com o outro por conta disso.

— Eu não sei... – disse na dúvida. Namorar com o Nathan de mentirinha? Só de imaginar ficava com borboletas no estômago. Jeffrey começou a latir para nós. – Ele está com fome. Já que você está aqui... – ele revirou os olhos e foi pegar a ração.

Fui dormir pensando na proposta do Nathan. Até que ponto nós teríamos que chegar para convencer os nossos pais que estávamos apaixonados um pelo o outro? Tudo o que eu sabia era que a cada dia mais que passava eu tinha ainda mais certeza que eu não queria ter o Nathan como meu irmão.

O dia seguinte na escola transcorreu normalmente, sem nenhum evento importante. Chegando à ponte de casa Nathan passou por mim perguntando:

— Você topa ou não o meu plano?

— Tá legal, Nathan. Eu topo. – respondi um pouco insegura. Entramos em casa e largamos as nossas mochilas no sofá. Aproveitamos que nossos pais estavam fora trabalhando e ficamos planejando o que devíamos fazer durante o jantar de hoje.

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