Ele É Apenas O Meu... (MODIFICADO 2020) escrita por lubizinha


Capítulo 8
Capítulo 8 - Too Close (JP Cooper)




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Oi gente! Eu ia postar no final de semana passado, mas a internet não ajudou, depois fiquei sem inspiração e aí começou as aulas. Por isso, as coisas vão ficar mais complicadas agora, pretendo postar uma vez por semana invés de duas. Mas ainda assim vai depender dos comentários, quanto mais comentários maior será o capítulo e mais rápido eu tento postar ok? Obrigada pelos comentários no capítulo passado, estou muito feliz! Boa leitura.

Tentei gritar. Era um sequestrador? Um assaltante? Achei que Lake Ville era uma cidade segura. Como um ato de desespero mordi a mão da pessoa e ela soltou gritando um “Ai” e a voz percebi ser masculina.

— Calma Lena, sou eu. – me virei e empurrei a criatura que quase caiu no chão.

— Você quer me assustar? Você não pode aparecer desse jeito por trás de mim! Eu achei que fosse um sequestrador ou algo parecido! – gritei com Justin.

— Em Lake Ville? – perguntou Justin rindo. – Acho difícil isso acontecer.

— O que você está fazendo aqui? – perguntei com as mãos na cintura.

— Vim fazer uma surpresinha para os populares. – respondeu. – Trouxe uns papéis higiênicos, que estão lá no meu barco e pretendo jogar em volta da casa.

— Nossa, como você é maduro! – disse revirando os olhos.

— Então você não vai me ajudar?

— Não. – respondi me virando para ir embora e ainda irritada por ele ter me assustado.

— Ei espera, por que você está aqui? – perguntou Justin. – Eu achei que você não pudesse sair de casa esse final de semana.

— E-eu – pensa Lena, pensa. – Eu me perdi. – Justin me olhou incrédulo.

— Você se perdeu? – assenti. – E como você chegou aqui?

— Barco-táxi. – respondi rapidamente. – Acho que eu dei o endereço errado.

— E veio parar aqui, logo aqui? – perguntou Justin sem acreditar em mim. – Na festa dos populares?

— Ok, ok. Não foi isso.

— Deixa eu adivinhar, você veio de penetra? – perguntou Justin.

— Sim, sim foi isso. – respondi.

— Poderia pelo menos ter me convidado, não acha? – perguntou ele.

— Achei que não fosse querer vir. – falei dando de ombros.

— Vou pegar o papel higiênico no barco para jogar na casa. – disse Justin se virando.

— O quê? Não! – corri e puxei o seu braço para que se virasse. – Não faça isso, é imaturo e sem criatividade. – Eu não ia deixá-lo sujar a casa do Sr. Mcdeall, ainda mais eu morando nela, até porque sabia que sobraria para mim.

— Então o que eu faço para incomodar eles? – perguntou Justin parecendo curioso para saber o que eu diria.

— Que tal você me mostrar o seu barco?

— E isso os incomoda como? – perguntou irônico.

— Poxa, Justin, é sábado à noite e você quer desperdiçar o seu tempo com os populares? – perguntei o fazendo pensar, o que era um bom sinal.

— Ok, vamos. - ele se virou e eu o tentei acompanhar.

Passamos por umas árvores até chegar ao local na margem do rio que tinha um barco verde claro com branco e o sobrenome do Justin pintado na frente e atrás, era bonitinho apesar de pequeno, bem menor do que o barco do Sr. Mcdeall. Dentro do barco só cabia umas duas ou três pessoas apertadas.

— É do meu pai. – comentou Justin enquanto eu via uns armários com cerveja, garrafas d’água, frutas. – Meu pai que me ensinou a navegar.

— Imagino que seja divertido. – disse.

— Vem cá. – chamou Justin me pegando pelo braço para que fosse até o timão. Ele pediu que eu botasse as mãos no timão e foi o que eu fiz. – Feche os olhos.

— Por quê?

— Feche. – mandou Justin e eu obedeci. – Imagine agora você navegando pelas águas do lago, o vento no seu cabelo, as suas mãos forçando a segurar com mais força o timão e o som da água enquanto o barco navega por elas. – Imaginei tudo aquilo e a sensação foi muito boa. Então abri os meus olhos e Justin estava muito perto de mim, perto demais...

— A sensação é ótima. – disse olhando em seus olhos.

— Eu poderia te ensinar a pilotar. – falou Justin aproximando cada vez mais o seu rosto do meu. Antes que os centímetros entre nós se acabassem, bati o meu pé em alguma coisa e senti uma dor. Olhei para baixo e vi uma garrafa de vidro de cerveja vazia que estava quebrada, que cortou meu pé. Não era um ferimento grande, mas o suficiente para sangrar.

— Aí caramba! Desculpa, Lena. Eu não sabia dessa garrafa aí. Seu pé tá sangrando! – disse Justin com uma das mãos na cabeça.

— Essa garrafa é sua ou do seu pai? – perguntei e ele ficou nervoso com a minha súbita pergunta.

— Do meu pai. – respondeu Justin.

— Não precisa se preocupar, eu vou me limpar na festa e depois vou para casa.

— É, eu vou fazer o mesmo. – falou Justin. – Mas eu posso te esperar e te dar uma carona, se você quiser.

— Não é preciso, mas obrigada. – disse saindo do barco. – Não se preocupa, eu vou ficar bem. A gente se vê na escola, Justin!

— Ok, tchau, Lena.

Fiz o caminho de volta e entrei em casa pela porta dos fundos. Fui direto para a área da lavanderia da casa e encontrei uma caixinha de primeiros-socorros, lavei o meu pé, depois coloquei um algodão para estancar o ferimento. Quando eu estava de cabeça baixa, apareceu os pés de alguém na lavanderia.

— Caramba, Lena! Você está bem? – perguntou a voz de Nathan. Olhei para o seu rosto que parecia genuinamente preocupado.

— Estou, eu só cortei um pouco. - respondi.

— Um pouco? - disse com ironia Nathan. Ele foi até a caixinha de primeiros-socorros e pegou um band-aid que tinha um desenho infantil. - Você já limpou? - assenti. Ele colocou o band-aid no meu pé de forma delicada. - Depois se levantou e ficamos olhando um para o outro por alguns instantes. - Como foi que se machucou?

— Foi uma garrafa de vidro quebrada. - respondi sem entrar em detalhes.

— Caramba, quem foi que deixou uma garrafa de vidro quebrada assim pela casa? Se eu descobrir quem foi... – falou Nathan irritado.

— Deixa isso para lá, eu estou bem. – disse engolindo em seco. Se ele soubesse que foi o Justin e que não foi aqui em casa. – Vou dormir.

— Ah, ok. – concordou Nathan. Fui para o meu quarto, sem me importar com as pessoas que estavam ali e seus rostos de surpresa ao me verem numa festa de populares. Ninguém entrou no meu quarto porque eu sempre o tranco quando saio. E lá estava o pequeno Jeffrey pulando nas minhas pernas de alegria a me ver. Peguei-o e comecei a alisá-lo.

— Que noite, Jeffrey. – disse logo depois o colocando no chão.

Fui tomar um banho, botei os meus pijamas, mas não consegui cair no sono por causa da festa, o que era de se esperar, apesar de eu estar bem cansada. Quando a música finalmente parou de tocar, decidi sair do quarto para checar se todo mundo havia ido embora e acabei encontrando o Nathan no corredor, sentado no chão.

— O que você tá fazendo aí? - perguntei achando engraçado o jeito que ele estava sentado. E quando ele me respondeu, logo percebi do que se tratava:

— Ah oi, roxinha. Como você está linda nesse pijama.

— Nathan, você está bêbado? – ele começou a rir e respondeu:

— Eu nunca tinha ficado antes, acho que tem uma primeira vez pra tudo não é?

— Na verdade, não. Eu nunca fiquei e nem pretendo. – disse o achando muito irresponsável. Mas tentei não julgar e ajudar ele a se levantar. – Vamos eu vou te ajudar a ir para o seu quarto. – ele colocou o braço em cima do meu ombro e fomos andando até o último quarto do corredor. Assim que já estávamos dentro do quarto, ele se jogou na cama me levando junto, o braço dele ficou em cima de mim. Tentei me soltar, mas Nathan é mais forte. – Nathan? – ele parecia ter pego no sono. Eu não podia ficar ali assim então o chacoalhei até que ele acordasse.

— O quê? – perguntou ele sem paciência.

— Me solta. – mandei e ele me soltou.

— Desculpa, eu não percebi. – disse Nathan. Me levantei e ia saindo quando ele me chamou: - Roxinha. – revirei os olhos com o apelido. – Eu gosto muito de você. – se fez um silêncio.

— Nathan, o que você quer dizer? – perguntei. Mas não obtive resposta, ele caiu no sono de novo.

Quando acordei eram doze e meia. Vesti um short preto e uma camiseta listrada rosa. Entrei de fininho no quarto de Nathan, onde ele estava dormindo esparramado na cama. Olhei para ele dormindo tão tranquilamente e me lembrei do que ele tinha dito de madrugada. Abri o seu armário de roupas e peguei um saco de ração no fundo dele. "Ah! Sabia que você escondia aqui". Pensei quando achei a ração. Voltei para o meu quarto e botei a ração no pote do Jeffrey, depois voltei para o quarto de Nathan e guardei o saco com segurança.

Desci as escadas para ir em direção a cozinha e comer alguma coisa. Mas a situação estava de enlouquecer: parecia que havia passado um furacão na sala e a cozinha parece que um bando de crianças havia entrado ali a procura de doces, ou seja, estava arruinada. Preferi nem ver o estrago lá fora.

Lavei minhas mãos e fui me sentar no sofá para comer uns salgadinhos. Eu não estava sozinha... Havia um garoto dormindo no chão da sala, eu quase gritei de susto, mas tentei ignorar a situação enquanto comia.

— Bom dia. – disse uma voz cansada. Nathan se sentou ao meu lado no sofá e pegou o controle remoto da TV. – O que tem pra comer? – ele estava agindo extremamente normal mesmo tendo um garoto ali no chão dormindo e a sala estando uma bagunça.

— Não tem nada pra comer, mas é só esperar dar quatro horas e o seu pai chegar que a sua batata vai assar! – falei sarcasticamente.

— Você quer dizer a “nossa” batata vai assar. – corrigiu Nathan se levantando rapidamente. – Temos que arrumar a casa antes que eles cheguem.

— A essa altura a Beth já contou tudo para eles. – disse e Nathan me olhou como se escondesse alguma coisa. – O que você fez?

— A Beth deve estar dormindo até agora desde que eu dei de presente para ela uma garrafa de vinho cara.

— Eu não acredito que você fez isso! - falei chocada. Mas tentei focar na situação. - Acorda o Eddie e vamos arrumar essa casa! – falei me levantando determinada.

Eu fiquei com a cozinha enquanto o Nathan ficou com a sala junto do Eddie, já que a sala é maior.

— Cara, acorda e vai embora porque essa não é a sua casa! Aqui não é hotel cinco estrelas. – ouvi o Nathan falando com o garoto dormindo no chão antes de ir em direção à cozinha. Consegui limpar a cozinha toda e estava praticamente morrendo de cansaço além de estar muito suada, mesmo com o cabelo amarrado em um coque.

Olhei para o relógio: três horas. Tínhamos apenas uma hora até que minha mãe e o Sr. Mcdeall chegassem! Eu espero que os garotos tenham conseguido terminar a sala. Fui até lá para conferir. Havia alguns refrigerantes no chão, mas tirando isso a sala já estava boa. Nathan havia até passado o aspirador e deixado à sala bem limpinha.

— Terminamos? – perguntei.

— Não, tem lá fora ainda. – respondeu Eddie abrindo a porta dos fundos. Fui até lá com Nathan e a área da piscina estava uma bagunça, tinha até sujeira dentro da piscina.

— Eu cuido da piscina, Eddie e Lena peguem os sacos de lixo e recolham essas coisas no chão. – mandou Nathan, indo pegar o limpador de piscina.

Peguei o saco de lixo, o abrindo o suficiente para Eddie poder jogar as coisas dentro como latinhas, comida pela metade, cigarros, embalagens de salgadinhos e por aí vai. Olhei para o relógio e eram quatro horas quando fui jogar o saco de lixo no lixo. Nossa, isso soa tão estranho... Enfim, eu fui até a piscina e fiquei feliz ao perceber que ela estava limpa e o Nathan tinha feito um bom trabalho.

— Acho que acabou. – disse Nathan e pelo o seu rosto ele estava bem cansado, mas ainda sim não tanto quanto eu.

— Ah não! – virei para Eddie e ele apontou para uma latinha que estava no telhado da casa.

— Mas que idiota jogou a latinha no telhado? – gritou Nathan irritado. – Vou pegar a escada. – ele se virou e foi em direção à porta dos fundos.

Então ouvimos a campainha e nós nos entreolhamos assustados.

— A Beth ainda não acordou. – disse preocupada.

— Ainda falta aquela latinha. – falou Eddie igualmente preocupado.

— Querem parar com isso?! Lena vá enrolar eles enquanto eu e o Eddie tiramos a latinha.

— Ok. – entrei em casa e fui até o hall. A campainha tocou de novo. Respirei fundo e abri.

— Filha! – gritou minha mãe me dando um abraço apertado.

— Oi Lena. – disse o Sr. Mcdeall sorrindo. Ele não sabia se me dava um abraço ou não, então facilitei para ele e comecei a falar:

— Como foi à viagem?

— Muito boa, mas não tem nada tão bom como estar em casa. – respondeu mamãe. "Só lembrando, mãe, aqui não é a nossa casa!". – Onde estão os meninos?

— Não sei, provavelmente no quarto deles. – respondi. Mamãe começou a andar para sair do hall e entrar na sala quando eu me posicionei na sua frente. Sempre que ela ia para um lado eu ia também até que isso a irritou.

— Lena, eu preciso passar.

— Eu sei mãe, é só que preciso falar uma coisa muito importante pra vocês. – disse tentando inventar alguma coisa, mas não sou a melhor pessoa do mundo para fazer isso.

— O que é? – perguntou ela.

— Hã, é que, sabe como é que é...

— Pai! – gritou Nathan surgindo de trás de mim e abraçando o Sr. Mcdeall.

Respirei aliviada enquanto Nathan os cumprimentava.

— O que ia dizer querida? – perguntou minha mãe se virando para mim.

— Nada não, só que senti a sua falta. – falei e ela sorriu.

Fomos todos para a sala onde Eddie estava sentado no sofá assistindo TV com expressão de anjo como se nada tivesse acontecido. E tudo parecia perfeito até que o Sr. Mcdeall abriu a boca:

— Onde está a Beth?

Eu e Nathan olhamos um para o outro.

— Acho que está na cozinha. – respondeu Nathan.

Minha mãe foi para a cozinha e eu a segui, pronta para inventar alguma coisa se eu precisasse. Mas Beth estava ali na cozinha, mexendo em alguma coisa no fogão quando eu entrei.

— Acho que dormi demais, não conte para a sua mãe. – murmurou Beth para mim logo depois que minha mãe havia saído da cozinha.

— Pode deixar.

No final, tudo ocorreu bem. Minha mãe e o Sr. Mcdeall não desconfiam que o Nathan deu uma festa, o mesmo me deve um favor e agora posso voltar para o meu quarto e cair na minha cama de tão cansada que estou. Pior que no final de tudo eu acabei que ficando mais tempo com o Nathan do que eu queria. Ugh! Pior, nós trabalhamos como uma equipe! Pois é, não era o final de semana que eu esperava ter.

 

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Notas finais do capítulo

Comentem, é muito importante! Nem que seja um: Gostei, continua? E eu sei que há leitores fantasmas, estou de olho em você! Beijos :*
P.S: Me digam o que acharam do quase beijo da Lena com o Justin.



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