Acordo e nem percebo que acordei, ainda estou acorrentada nas paredes da sala dos 12 tronos. Meu rosto está marcado com lágrimas secas e vejo que Ares, está olhando para mim, pela primeira vez não vejo ódio em seus olhos. Hefesto também esta em seu trono observa-me com piedade a mesma que tivera há muito tempo atrás.

Outros como Athena e Hermes chegam e sentam em seus tronos também, fico parada estou sem nenhuma reação. A deusa que eu não quero ver chega, ela sorri cinicamente para mim como se nada estivesse acontecendo. Quase todos estão aqui, menos um, Zeus.

Continuo de joelhos observando os risos cínicos de Afrodite e os olhares do resto dos deuses, novamente eu sou o centro das atenções e sinceramente não quero para mim neste momento. Respiro fundo para não começar a chorar novamente.

– Todos estão dispensados. – Zeus ordena quando chega na sala.

Ele está com o sorriso no rosto, cada centímetro que se alarga é como uma facada no meu coração, pois sei que eu chorava enquanto ele estava com outra. Meu coração se aperta e olho para Ares, o olhar de ódio está em seus olhos e ele vai embora, mesmo tendo raiva, Ares não pode fazer nada contra o pai ele sabe se vingar de outro jeito. E o pior é que tenho medo.

Eu observo ainda de joelhos ele chegar perto ainda com o maldito sorriso no rosto. Lagrimas rolam a cada passo que ele dá mais perto a cada passo mais uma facada no meu peito.

– Sabe por que está aqui? – eu não o respondo – Eu estou perguntando.

Não falo absolutamente nada apenas as lagrimas, minha respiração pesada e as batidas do meu coração fazem som em mim.

– Eu estou perguntando... – ele grita – Por que está aqui?

– Eu não sei. – respondo.

– Há não sabe? – ele fala sarcástico – Seu ciúme maldito sempre trás você aqui. Acha que é meu desejo estar te acorrentando aqui? Apenas quero que este ciúme de deixe em paz.

– Pararei de ter tanto ciúme se parar de me trair. – ele fica mais irado.

– Seu ciúme sempre acaba com tudo, Hera. Pare com isto! – não respondo nada – Então ficará ai.

– Por favor! – ele sorri – Me tira daqui eu odeio estar presa. Por favor.

Ele sorri e vai embora, me ponho a chorar novamente. As correntes estão pesadas e não consigo me levantar a cada lagrima a corrente fica pior até que não consigo erguer os braços. Desabo no chão e olho o dia passar e a noite chegar, prendo minhas lagrimas.

Estou ali presa e sem poder fazer absolutamente nada, e o pior é que estou certa, mas eu vou mudar eu sei disso. Apenas tenho que sair daqui.