Nany Bella escrita por ayutakeda


Capítulo 6
Capítulo 6- decisoes




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Por varias horas não soube para onde ir, minha cabeça doía só em pensar no que fazer, na verdade, tudo o que eu queria era apenas voltar para casa me trancar no quarto e nunca sair de lá novamente, mas não poderia agir por impulso feito uma verdadeira incompetente, não novamente.

 Parei o carro um uma praia de ar gélido, o céu acinzentado se fundia com o mar turvo a cada onda formada, dentre as inúmeras rochas escolhi uma e sentei, respirei fundo, tarefa que se mostrou ser difícil em meio às lágrimas teimosas, suspirei outra vez, e por etapas tentava resolver minha vida. Meu celular tocou, era Rose.

-alô- eu disse chorosa.

-Bella, está tudo bem? Achei que você viria ao aeroporto se despedir de mim – droga eu tinha tanta coisa na mente, e acabei esquecendo que hoje Rose iria partir, mais um motivo para chorar... a vida estava sendo tão cruel.

-ok, acalme-se, já estou a caminho-

-tudo bem, mas em 15 minutos eu embarco. – arregalei os olhos, corri.

-tá bom. – passei 2 minutos tentando raciocinar o lugar em que estava, e em qual direção seguir, e felizmente uma alma viva me indicou o aeroporto, exatos 8 minutos já estava chegando no pequeno aeroporto de Forks, Rose andava de um lado para o outro mostrando estar impaciente, e ao que me parece Emmet também estava.

- oi oi oi – falei entre arfadas, cansada da corridinha.

- finalmente. – Rose rosnou.

-ah qual é? , deu tempo. – Jake meu deu um leve tapinha na nuca, que droga, ele sempre fazia isso, mas dei de ombros.

-vamos entrar! – disse Emmet ao ouvir a voz da aeromoça chamando os passageiros para o embarque, Rose me lançou um olhar furioso.

Corremos ate o local, todos a abraçaram, disseram palavras bonitas, sermões do Jake, então foi a vez do Emmet, os dois se beijavam loucamente como se ninguém estivesse presente.

-cof cof – fingi tossir- alguém aqui ainda espera por sua vez queridinhos! – disse em um tom esnobe.  Os dois se afastaram e começaram a rir, e todos acompanharam. Rose, que devia estar tonta a essa altura, sussurrou “que estraga prazeres”, escancarei a boca fingindo indignação, ela gargalhou.

-venha cá Bellchata- eu corri abraçando-a, uma lágrima escorria pelo meu rosto.

-obrigada novamente! – ela chorava também, não consegui dizer nada, ela se afastou, tirou de sua bolsa o álbum de capa preta- fique com isso, quero que sempre se lembre de mim! – eu sorri.

-obrigada, mas não preciso disso para lembrar-me de você! – Rose devolveu o sorriso caloroso. Eu não tinha absolutamente nada para dar a ela, lembrei do chiclete que tinha no meu bolso, tirei e dei para Rose, da qual olhou-me rindo. Corei.

- obrigada ... Ã.. pela lembrança...- rimos todos. A aeromoça dos infernos chamava outra vez, ela se virou e foi andando a porta em direção ao avião, e por ultimo se virou e disse:

-Ate logo – e nós acenamos dando tchau. Abracei Jake, que estava chorando também. 

Sai do aeroporto novamente sem rumo, definitivamente não poderia voltar para casa, então fui para um hotel, e por sorte o cartão do papai estava na minha carteira, que por acaso esqueci dentro do carro, mas não tinha roupas, nem nada, apenas meu celular e um carro.

Acordei sem saber ao certo que horas eram, com dor de cabeça terrível, mas já havia decidido, eu iria cursar direito em Dartmouth, e mostraria que eu na era uma inútil, e começaria arrumando um trabalho próximo de lá. Fiz uma lista provisória que se organizava assim:

1. Trabalho

2. Moradia

3. Dartmouth

Simples, mas não tão simples assim, ainda precisava arrumar um jeito de me livrar do meu pai, que me ligara umas 70 vezes na noite anterior, sem nem um sequer exagero, atendi apenas para dizer-lhe que eu estava perfeitamente bem, porem ele não me deu ouvidos e começou a gritar no telefone do qual desliguei de imediato.

Tomei um banho frio, para melhorar a maldita dor de cabeça, obtive resultados já que ao desligar o chuveiro já me sentia bem mais disposta. Dirigi ate Hanover, New Hampshire. Bati na porta de inúmeros estabelecimentos onde achei poder ter alguma chance, como o salão de beleza local, tentaram me colocar como ajudante do cabelereiro que se chamava Moa, por fim não consegui, pois quebrei quase todos os vidrinhos de esmalte depositados em um carrinho apropriado derrubando-o, depois de limpar tudo, fui proibida de entrar novamente. Teve também o motel, eu iria trabalhar como faxineira, na verdade era só para tirar as toalhas e roupas de cama sujas dos quartos usados, sim era nojento, porem no segundo quarto que entrei, sem querer havia gente lá, gente que eu digo mais de 3 pessoas, era horrendo não tive reação, minhas pernas não me obedeciam diante daquela cena horrivelmente pornográfica, prefiro não comentar as posições que eles faziam, das quais nem sabia da existência, eles saíram me xingando de todos os palavrões possíveis, transtornados, envergonhados (não mais do que eu), não preciso dizer que me mandaram embora aos chutes do lugar né?

Já não tinham mais locais disponíveis, apenas uma empresa, e soube no momento em que cheguei na frente que não teria nem uma chance sequer naquele lugar, a construtora Volturi, de grande porte com certeza não haveria lugar para mim, mas não custava tentar.

-boa tarde querida, gostaria de saber se há vaga para trabalho, qualquer trabalho. – disse sorridente à recepcionista, Judith, consegui ler em seu crachá.

-trouxe seu currículo? – putz, eu não tinha pensado nisso, sou muito despreparada.

-não..- ia terminar mas fui impedida, pela Judith.

-então traga-o e veremos. – disse ela ríspida.

-poxa, mas não estou pedindo muita coisa, posso ser faxineira, servir café, ou algo do tipo, não tem como você arranjar? – antes ela nem sequer me olhava, agora levantava a sobrancelha cinicamente- Judith, vamos, me ajude, eu preciso muito, acabei de sair do ginásio, preciso ir para a faculdade.

-você já olhou ao seu redor? Acha que tem chance por aqui? Eu respondo, NÃO, você não tem! – Judith, demônio, vadia, eu a odiava, mas ela tinha razão, baixei a cabeça, e uma criança estava sentada perto do balcão onde eu estava encostada, observei-a, era uma menina linda, parecia ter seus 6 anos por ai, seus cabelos longos acobreados contrastavam com sua pele branquíssima, olhos cor de caramelo e algumas sardas em suas bochechas, o jeito com que ela sorria traziam paz a qualquer ser que a olhasse, de repente levantou-se correndo derrubando um vaso de flores, bateu em uma moça que trazia agua e café em uma bandeja, que derrubou tudo em cima de sua roupa branca, e Judith começou a gritar.

-Alguém pode acalmar a garota? Pelo amor de Deus! – olhei furiosa para aquela vadia. Algumas pessoas se ajoelhavam ao lado da criança tentando acalma-la, ela tinha começado a chorar por nenhuma razão, meu coração se apertou e meu corpo se dirigiu até a pequena, abracei-a, ela suspirou aliviada.

-oi princesa- ela me olhou ainda lagrimando.

-oi – disse me abraçando novamente.

-qual seu nome querida? –eu perguntei calmamente.

-Resneesme – disse ela juntamente com uma voz masculina sedutora, olhei para cima e aquele homem lindo me encarava boquiaberto, estava sem palavras, ele era perfeito, tinha cabelos acobreados perfeitamente bagunçados, olhos verdes musgo, e um corpo escultural na medida certa, parado com o terno em uma das mãos sorriu torto, o sorriso torto mais lindo que já tinha visto. 


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