– Eu? Digamos que sou uma conhecida da sua mãe e de “pessoas” muito importante para você e que só querem o seu bem- falou sorridente dando confiança a loira- Vou te treinar!  - Como assim conhecida da minha mãe? Que pessoas que querem meu bem? Como você vai me treinar?- a loira começou a encher a garota com perguntas, não a deixando tempo para responde-las. A Luz começou a se irritar, fechou os olhos e a mão fazendo uma “bola” brilhante, jogou no chão e a mesma fez um barulho muito alto assustando a Lucy - O..O que foi isso?   - Isso? – ela mostrou outra “bola” brilhante na mão- e só uma bomba de poeira, mas esta e de poeira estelar, ou cósmica, como preferir chamar- explicou aparentando ter dito a coisa mais comum do mundo.     - Só! Como se isso fosse pouco...- disse baixo – vai me responder, ou não, as minhas perguntas?    - Hai! Hai!- ela se sentou em uma pedra pensativa, por onde que ela iria começar a responder? – Bom, conheço sua mãe desde que ela era pequena. As pessoas que se importam com você que eu conheço são seus espíritos. Vou te treinar deixando você mais resistente, mostrar seu verdadeiro poder, e caso se saia bem eu posso ate te dar algumas chaves - Ela abriu um “leque” com 6 chaves desconhecidas pela Lucy, nenhuma delas era de prata muito menos de ouro. Para ser mais exata 4 eram de um azul claro, 1 era vermelha com algumas “manchas”, lembrava algo pegando fogo, em laranja e a ultima era preta- Tenho mais algumas comigo alem destas.     - Você vai me dar elas –disse com os olhos brilhantes- assim sem mais nem menos???? 

     - Mas e claro.... QUE NÃO- disse irritada- você ira conquista-las. 

     - Ok –suspirou deprimida - O que mais você vai me pedir? 

     - Como você sabe que eu iria lhe pedir mais alguma coisa? 

     - Ninguém oferece as coisas de graça. Então o que você vai me pedir?

        A menina de olhos azuis suspirou- Então ta! Iku zo!* (*vamos!) – Ela puxou a loira pelo pulso e começou a guia-la pela floresta. 

     - Aonde vamos? 

     - Você já vai ver! 

         Lucy deixou a menina puxá-la. Como ela não se perdia? Estava escuro e as arvores eram todas parecidas, ela nem parava para pensar para onde ir. Ela também conhece minha mãe e o mais estranho ainda ela conhece meus espíritos. Quem e essa menina? Seus pensamentos foram interrompidos pela desaceleração de “sua guia”. 

     - É aqui 

         Elas tinham parado em uma grande clareira enfeitada por varias flores, arbustos e arvores frutíferas, também uma caixa de areia solitária. No meio havia uma casa feita de madeira, que já tinha visto melhores dias, ela tinha 3 andares e uma placa escrita: Orfanato. Só em um cômodo da casa parecia ter alguém, pois só aquela janela estava iluminada por uma clareira, na frente dela havia um tapete, por estranho mais estranho que seja, havia um tigre branco em cima dele. Já no sofá , havia uma mulher que aparentava ter mais ou menos a idade de Poluscka, seu cabelo estava preso num coque mal feito, ela ninava uma criança, não dava para dizer quantos anos a criança tinha e ao seu lado um leão balançava o rabo de acordo com a música de ninar. 

     - Quem... 

     - Aquela mulher- disse interrompendo a pergunta da Lucy -É dona desse orfanato, e aquela criança e a ultima que falta para ser adotada. Já era para ela ter morrido, ela esta muito doente (A: a mulher para quem não entendeu), de acordo com os médicos. Eles acham um milagre ela ainda estar viva, mas eles não entendem, ela prometeu para as estrelas. “Ela só iria "embora" depois da sua ultima criança ir feliz com outra família que cuide muito bem dela” - uma lagrima rolou no rosto da garota de olhos azuis. 

     - Entendi... Você que eu cuide da criança, né?- disse a loira olhando-a.   

   – Eu sei, e pedir demais de você, mas eu não posso adota-lo- diz tristonha - se eu fosse humana - falou sussurrando para que a Lucy não a escutasse.  

     - Ahn?- perguntou a mesma meio distraída   

   – Nada,não disse nada- disse disfarçando- Então vai aceitar? 

     - Hum.....