NEW YORK CITY COPS;;

Here in the streets so mechanized,
rise to the bottom of the meaning of life.
Studied all the rules and I want no part.
But, I let you in just to break this heart,
even though it was only one night.
It was fuckin' strange ;;

(the strokes)

Era um dia como todos os outros. Eu havia acabado de acordar, tinha dormido nas ruas aquela noite. Lembro do mau gosto na minha boca e de como me senti enojado com isso, com aquele cheiro, com aquele sabor. Eu nem tinha 15 anos, acho. Lembro que no começo tudo era bem diferente do que é hoje.

Eu acordei e procurei algo envolta, sem saber ao certo o que eu procurava. Eu apenas olhava em volta, como se algo saltasse aos meus olhos por um caso e me encantasse. Nada havia conseguido. Lembro que me virei para o lado e vomitei, por que eu estava enjoado. Não que eu houvesse bebido na noite anterior, eu simplesmente vomitei de nojo.

Depois de ter vomitado, lembro-me de que decidi ir para o meu prédio, mesmo estando longe. O dia mal começara a nascer. Era por volta de 4 horas da manhã. Lembro-me do frio, da umidade, das cores azuis e roxas no céu. Eu finalmente havia achado algo que me encantasse os olhos. Lembro-me de ter sido uma das mais bonitas caminhadas na minha vida. As cores me enchiam, me completavam. Durante muitos dias seguidos, lembro de que antes de dormir eu fazia essa pequena aurora diante de meus olhos. Essa havia sido minha segunda paixão: a alvorada.

Aquela pequena ilusão, também havia sido uma das primeiras que eu havia conseguido fazer. Diferente da que fiz com Emily, ela era mais simples, mais pequena. E era apenas para mim. Não era um universo e sim, um pequeno pedaço do céu. Do céu onde eu queria estar. Era o céu que eu queria compartilhar...