Primeiro ponto. Toda a galera gritando pelo meu nome enquanto a torcida organizada levantava as bandeirinhas vermelha e branca. A arquibancada parecia que ia quebrar, de tanta gente pulando, festejando. Era muita loucura e hoje a gente ia fazer acontecer ali, pra mostrar quem era que mandava.

     Bella... Lembrei dela. Percorri meus olhos de cima a baixo, procurando em todas as fileiras por ela. Não estava na vigésima, nem na décima nona, nem na décima oitava, nem na décima sétima, nem na décima sexta, nem na décima quinta, nem na décima quarta, nem na décima terceira, nem na décima segunda, nem na décima primeira, nem na décima, nem na nona, nem na oitava, nem na sétima, nem na sexta, nem na quinta, nem na quarta, nem na terceira... E na segunda... Não, eu devia estar vendo errado. Bella e Jasper se beijando? Olhei pro chão instintivamente, enquanto o fogo quente da raiva me consumia. Respirei fundo.

- Vadia! - falei asperamente.

     Mas Bella ia ver só... Ia sim! Balancei a cabeça rápido de um lado pro outro, tentando esquecer aquela imagem e me concentrar novamente no jogo.

- Ei, cara. Tudo bem? - Jake perguntou, percebendo minha mudança repentina de humor.

- Melhor impossível. - olhei novamente na direção de Bella e Jasper, que já haviam parado de se beijar. - E vai melhorar ainda mais. - dei um sorriso malicioso e voltei a olhar na direção de Jake.

     Ele deu de ombros. “Concentre-se, Edward”, pensei.

- Continuação, continuação. - o juiz do jogo falou.

     Todos nós assumimos nossas posições e olhamos atentamente para a rede, fixando nossos olhos nos jogadores do time rival. Emmett correu na direção da linha de saque e num movimento rápido, sacou a bola na direção da linha da outra equipe. O que ficava na posição do meio, jogou-se no chão antes que a bola caísse e nós marcássemos pontos. Com uma manchete, ele suspendeu a bola e logo outro, num passe ágil, direcionou a bola na minha direção. Num ato de extrema raiva, ergui meus braços enquanto Jake que estava na posição 3, juntou-se a mim erguendo seus braços também e então demos um pulo, pressionando a bola pra baixo, de volta pro outro time, antes que ela passasse da fronteira entre meu lado e o lado do time rival. Mais um ponto! A outra equipe não foi rápida o suficiente pra bloquear o passe.

     Mais uma vez a torcida vibrou com aquilo e começaram a chamar pelo meu nome e o de Jake.

- Ráááá, muleque. - Jake deu dois murros na minha costa, festejando nossa parceria no passe.

     Assumi novamente minha posição, enquanto Jake foi sacar dessa vez. Encarei os jogadores do outro time, enquanto eles se mantinham firmes, acompanhando com os olhos o movimento que a bola seguia no alto, com o saque de Jake.

- Passe de novo, cara, de novo. - Jake me avisou, quando chegou ao meu lado.

     A bola voltou, se direcionando especificadamente o primeiro defensor da bola, o levantador. Ele levantou a bola, direcionando dessa vez pra que Paul a salvasse. Ele, por sua vez, mandou a bola baixa e veloz na direção de Jake, que passou rapidamente a bola pro outro lado. O pessoal do outro lado fez quase a mesma coisa que nós, exceto o atacante que pegou por ultimo a bola, que focou o fim da linha numa tentativa absurda de marcar pontos ali. Por sorte, Jared assumiu a liderança e devolveu a bola num saque só, direcionando novamente para o que tinha mandado a bola pra ele. O saque repentino assustou um pouco o cara e ele tentando novamente se livrar da bola, a empurrou, mas não foi alta o suficiente pra que ultrapassasse a rede. Pontos pra nossa equipe! Continuamos nesse mesmo esquema na maioria das defensivas quando a bola chegava em nossa direção. Percebi várias vezes a insistência dos jogadores do time oposto em focar só o espaço de dentro no final da linha. Iniciantes, claro. Sempre focam aquele espaço! Mas quebravam a cara quando achavam que Jared não teria rapidez o suficiente pra defender. Jared era estupidamente rápido e pouco se importava caso a bola atingisse forte em alguma parte do corpo de alguém. Um ótimo jogador, as vezes até mais do que eu. Só que ao contrário de Jared, eu precisava de um motivo pra agir daquela forma que ele agia. E hoje, vendo Bella e Jasper aos beijos, mais uma vez eu achara um motivo. E ia acabar com todos os componentes do outro time pra ter alguém em que eu pudesse jogar toda a minha raiva.

     15 x 9 pro Crush! O juiz apitou, pedindo pausa no jogo. Cedemos pra ele. Toda nossa equipe se uniu com Carlisle, meu pai e treinador do nosso time.

- Nós estamos excelentes. Mais 15 pontos e a gente vence! - ele disse, orgulhoso de nós.

     Vibramos mais alto que a música que começava a tocar, animando o pessoal na arquibancada que gritava loucamente: “ÔOO, ÔOOOO, ÔOO, CRUSH É CERTO, BABY!” [link_seguro: http://tiny.cc/JAVZw /música].

-... ouviram? Cinco minutos pro descanso. - a única coisa que prestei atenção. Menos da metade do que provavelmente Carlisle havia falado.

     Sentei-me num dos bancos onde costumavam ficar os “reservas” do nosso time. Peguei uma garrafa de água e bebi o suficiente pra que minha sede acabasse. Focalizei o chão e fiquei pensando por um tempo. Pensando que Bella foi tão dificil pra mim e tão fácil pra Jasper. Ele tão esperto, tão calculista. E eu tão idiota. Olhei na direção deles mais uma vez e ele parecia estar falando alguma coisa no ouvido dela. É... A guerra agora tava declarada. Jasper quis assim, Bella quis assim. E agora eu ia lutar. Sem me arrepender de nada e com ninguém. No amor e na guerra, vale tudo.

     O juiz apitou novamente, me fazendo pular no banco sobressaltado. Voltei pra minha posição na area e voltamos a jogar. Não demorou muito e o placar já estava: 31 x 29. Fizemos um “rally” que seria decisivo no placar. Sorte que foi favorável pra minha equipe e finalmente vencemos o jogo! CRUSH!

     A torcida amigável começava a gritar enquanto a outra equipe saía da quadra: “EU SOOOU LOOO ÔÔÔ LOUCOOOOO, PELO CRUUUSH, EU SOU LOOUCO ÔÔÔÔ, O OUTRO TIME VAZOOOU. NÃO AGUENTOUUU... CRUUUSH, CRUUUSH, RÁÁÁ". Tomando carona na animação dos torcedores, nosso time se uniu no meio da quadra. Unimos nossas mãos uma por cima da outra e levantamos as mesmas no exato momento em que gritávamos: ‘CRUUUUUSH! CRUSH! RÁÁÁÁ!“. Olhei de relance Bella e ela já estava se despedindo de Jasper, levantando do banco e saindo. Mas não... Ela não podia fazer aquilo...

     Mordi meus lábios. “Hora da vingança, Bella, amor.”, pensei. Corri pra dentro da terceira sala. Eu precisava achar meu celular. Tirei a mochila dos caras que estavam por cima da minha e joguei pro outro canto. Ajoelhei-me no chão e comecei a procurar, abrindo em todos os zíperes, procurando desesperadamente meu celular. Bingo! Achei. Mexi o mais rápido que pude no menu e apertei no registrador de chamadas, procurando o número do celular de Bella, que ficou registrado no meu celular na madrugada que ela ligou pra mim. Apertei em “opções” e depois “discar”. Esperei um tempo enquanto o celular dela chamava.

- Alô. - ela disse enquanto eu percebia que o barulho da torcida se distanciava, simbolizando que Bella estava andando na direção dos portões da escola, se afastando o máximo possivel daquela barulheira.

- Heey, Bella. - eu disse calmamente, não demonstrando em minha voz toda a raiva que eu estava dela. - Aqui é Edward Cullen.

- Ah... Oi Edward Cullen. - ela falou rindo.

- Você não vai ficar pra festa? - perguntei me referindo as festas que sempre tinham depois dos jogos que tinham rally e que nós, naturalmente, costumavamos vencer.

- Ahn... Edward, não acho uma boa idéia. - ela disse com a voz preocupada.

- Discordo! Acho uma ótima idéia. Preciso ver você, Bella. Não vai me decepcionar, não é? - questionei-a enquanto Jake se ajoelhava ao meu lado, curioso em saber quem era no telefone.

- Ok, ok. - ela cedeu com a voz um pouco cansada.

- Na primeira sala aqui dentro da quadra. - respondi, estalando os dedos pra Jake.

- Chego aí em alguns minutos. Beijos. - disse isso e desligou o telefone.

- Tchau, amor. - enfatizei o “amor”, mesmo sabendo que ela não estava mais na ligação.

- Cara, o que tu vai aprontar? - Jake perguntou, arregalando os olhos na minha direção.

- Vou beijar todas na frente dela, mané. - mordi meus lábios, não vendo a hora da minha vingança entrar em ação. - Ela beijou Jasper, meu irmão, na hora do meu jogo, perto da minha torcida. Não vou perdoar fácil assim.

- Cara, tô contigo. - Jake bateu na minha mão. - Vingança na certa, chapa.

     Ouvi o barulho de música na primeira porta. [link_seguro: http://tiny.cc/RExIc /música]. A festa já tinha começado. Com certeza já tinha dado tempo de Bella chegar lá. Apressei-me enquanto Jake abria minha mochila e eu guardava meu celular ali. Nos levantamos do chão e andamos até a outra porta. Lá dentro estava bombando. Mais lotado do que as festas antes começavam a ser. Ótimo! Mais meninas pra eu pegar na frente de Bella... Isso era bom.

     Passei minha vista por todos os cantos daquela sala e não vi Bella. Comecei a dançar no ritmo da música enquanto me aproximava da primeira menina que iria agarrar hoje. Pus um braço em sua cintura e a puxei delicadamente - acredite se quiser - pra perto de mim. Ela subiu as mãos até meu pescoço e puxou meu rosto até o dela. Então, com toda aquela facilidade, eu a beijei. Estranho seria se eu não a tivesse beijado. Praticamente se jogou pra cima de mim. Eu ia perder uma dessas? Claro que não, papai. Caiu na rede, é peixe. Um beijo rápido, totalmente diferente do meu com Bella hoje cedo. Nossos lábios se moviam apressados e nossas mãos curiosas procurando... apertando... Meus lábios desceram de sua boca até seu pescoço, deixando vários chupões ali enquanto ela arranhava meu ombro. Subi meus olhos que antes estavam concentrados em seu pescoço e olhei na direção dos sofás onde alguns casais estavam se agarrando e vi Bella. Sentada de pernas cruzadas no sofá, olhando fixamente em minha direção.

- Já volto. - eu disse para a menina que eu havia beijado.

- Vou esperar, hein? - ela brincou e logo deixou cair seus braços, me soltando.

     Parei no balcão de bebidas e peguei sem cerimônia uma garrafa de Campari, que já estava aberta, pronta pra ser despejada em taças. Despejei a bebida em uma taça só e a levei comigo, junto com a garrafa. Andei até Bella, olhando descaradamente em seus olhos. Enquanto andava em sua direção, algumas meninas me puxavam pela mão, mas não... Hoje a noite era extremamente pra Bella. Pra provocá-la, fazê-la sentir raiva de mim de tanto ciúme... Pra dar o troco nela. Tomei meu primeiro gole de bebida e logo senti a quentura da bebida descendo por minha garganta. Continuei bebendo, até estar com meu corpo a poucos centimetros do de Bella.

     Ela descruzou as pernas, ainda fingindo não perceber minha presença. Mordi meus lábios, satisfeito com aquilo. Bella tinha olhado e estava com raiva. “1 x 0 pra você, Edward Cullen. Rááá! “, pensei ao mesmo tempo em que ela inclinou um pouco seu rosto pra trás e seus olhos encontraram os meus. Ela deu um leve sorriso, em resposta ao sorriso que eu havia dado pra ela. Apoiei minhas mãos - uma em cada lado - nos braços do sofá em que ela estava e inclinei meu corpo sobre o dela, fazendo com que ela encostasse sua costa no sofá.

     Deixei meu rosto a poucos centimetros do dela. Ela desviou seus olhos dos meus e fixou-os na garrafa que eu segurava.

- Campari. - ela falou, referindo-se à bebida em minhas mãos.

     Seus dedos foram em direção a mão que eu segurava o copo e  pegou-o, encostando segundos depois em sua boca e ingerindo maior parte do líquido ali contido. Fiquei surpreso em ver sua agilidade.

- Se divertindo muito na festa, Edward? - ela perguntou, cruzando as pernas novamente.

     Ela me fuzilou com os olhos. Ciúmes ou raiva, tanto faz, o que importava era que ela estava sentindo algum dos dois por mim. Isso estava mais do que óbvio. Mordi meus lábios, reprimindo o riso. Ver Bella naquele estado realmente animava meu ego. O que é? Só ela pode sair beijando as pessoas agora? Só ela tinha o direito de me deixar alguém com raiva?

- Demais. - respondi, formando um sorriso extremamente malicioso em meus lábios.

     Encarei-a por longo tempo, enquanto ela semicerrava os olhos, me encarando de volta enquanto respirava fundo diversas vezes. Alguém aqui estava segurando a raiva ou é impressão minha? Rááá! Sua cara séria foi se transformando numa expressão indecifrável. Aproximei a garrafa de Campari em minha boca e antes mesmo que eu pudesse tomar um gole, ela segurou firme em meu pulso e me fez mudar completamente a direção em que eu estava levando a garrafa e trouxe para perto de si. Sua cabeça foi novamente inclinada para trás, levando junto a garrafa e tomando outro gole, bem mais longo do que o anterior que ela havia tomado.

     Seu rosto voltou à posição normal e ela me olhou, mais ousada do que antes.

- Que bom que a festa está boa pra você. - ela ironizou e olhou na direção que a menina que eu tinha ficado estava.

     Hmm. Excelente, Bella!, pensei.

- É... - limitei-me a responder.

     Inclinei mais um pouco meu corpo sobre o dela, deixando meu rosto a poucos centimetros do seu.

- O bom e velho Edward Cullen voltando em ação. - ela comentou, deixando clara sua insatisfação.

- Não, Bella. Ele não “voltou”. Não voltou porque NUNCA foi. - arqueei as sobrancelhas quando pronunciei a palavra “nunca”.

     Ela apenas balançou a cabeça, concordando e em seguida, tomou mais um gole da bebida.

- Bom pra você. - ela balançou as pernas.

     Que cena linda! Bella morrendo de raiva de mim.

- Não só pra mim, mas pra todas as garotas que eu beneficio com esse meu jeito. - fiz questão de lembrar-lhe disso.

     Respirei fundo quando, um pouco impaciente, quando percebi que ela fingiu não ouvir o que eu tinha dito. Seus lábios foram se aproximando de meu ouvido até encostarem-se nele. Senti a quentura do hálito dela quando ela entreabriu a boca. Ela riu baixo ali.

- Está tentando me provocar ficando tão perto de mim assim, Edward Cullen? - ela sussurrou em meu ouvido.

     Aquilo me pegou desprevenindo. “Concentre-se, Edward”, pensei.

- E se eu estiver, Bella Swan? - retirei uma mão do braço do sofá e a levei de encontro a lateral da cintura dela. Apertei com um pouco de força.

- Olha que eu posso revidar, hein? - ela brincou, sussurrando de novo em meu ouvido.

- Du-vi-do! - desafiei-a.

     Sem responder nada, ela pôs a garrafa em minha mão e quando a segurei, suas mãos pararam em meu peitoral e me empurraram para trás, afastando-me dela. Tirei minhas mãos dos braços do sofá e dei alguns passos para trás.

     Bella levantou do sofá no exato momento em que outra música iniciava. [link_seguro: http://tiny.cc/lTXDD /música].

- Uau. - eu disse, quando meus olhos desceram por seu corpo, olhando a roupa que ela estava.     

     Uma roupa que ia muito além do que era realmente ser sexy. [link_seguro: http://tiny.cc/bsg4W /roupa]. Mordi meus lábios, acompanhando atentamente com os olhos Bella se dirigir até o pequeno palco proximo do balcão das bebidas. A maioria das pessoas ali viraram em sua direção, curiosas no que ela iria fazer. Alguns, inclusive até se aproximaram. Minto! Alguns não, TODOS ali se aproximaram, até mesmo eu. Ela parecia não perceber a quantidade de gente que estava se aproximando para ver de perto. Seus olhos estavam decididamente focados no cano do pole dance. Ela tocou a ponta de seus dedos no mastro e andou lentamente em volta dele, observando-o... estudando-o. Vários caras ali já começavam a gritar, empolgados com aquilo. Sua mão na altura da cabeça, segurou firme o mastro enquanto ela pôs um de seus pés proximo a base do mesmo. Não... Eu não podia acreditar no que ela estava prestes a fazer...

     Num movimento rápido, ela esticou o braço e inclinou o corpo para o lado, longe do mastro, sustentando seu peso apenas com aquela mão. Ela andou novamente ao redor do mastro até parar de costas para o publico e quando assim ficou, desceu sua mão e seu corpo, movendo seus quadris de um lado para o outro - rebolando - sensualmente até ficar agachada. Não vou mentir, aquela cena estava começando a me excitar, mas o que estava me incomodando mesmo eram as caras dos homens olhando Bella. É, eles queriam ela. Luxuria! Só nisso que eles estavam pensando.

     Uma perna sua enganchou-se no mastro - segurando-o com a parte de trás do joelho -, enquanto sua outra perna estava apoiada novamente no chão, encostado no cano. Ela novamente inclinou sua cabeça para trás ao mesmo tempo em que segurava o cano com as duas mãos um pouco acima de sua perna enganchada. Num ato extremamente perigoso e tentador, ela girou rapidamente em volta dele. Olhei novamente na direção do público e alguns homens já estavam segurando o membro com a mão, outros, porém, foram mais ágeis e já estavam se masturbando no sofá.

     Bella olhou em minha direção e levou seu dedo indicador até a boca, mordendo-o e logo após deslizou-o por seu queixo, descendo-o sem pressa por seus seios, depois sua barriga até chegar em sua coxa. Ela abriu a palma da mão e apertou sua coxa, com força, ainda olhando para mim. Respirei fundo. Agora quem estava pra perder o controle era eu.

     De frente para todos, ela ergueu uma mão até um pouco acima de sua cabeça e tornou a segurar o mastro. Seus dedos foram deslizando por ele a medida que ela começava a se esfregar nele - de uma forma selvagem e bem provocante -, subindo e descendo sem pressa alguma. Enquanto isso, a ponta de sua língua contornava tentadoramente seus lábios. Senti meu membro começar a ficar duro com aquilo. “Não, não, não, não, não”, pensei, negando-me a acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Conheci ela um dia desses e ela não tinha o direito de mexer tanto assim comigo... Não tinha o direito de fazer meu membro ficar assim sem ao menor estar me tocando. Não tinha o direito de fazer aquilo comigo quando não estava fazendo SÓ pra mim.

     Sua outra mão subiu pela lateral da sua cintura até o mastro, apoiando-a nele. Seu corpo foi contorcendo-se lentamente ali enquanto ela girava aos poucos seu corpo para o lado. Ao ficar de lado para todos, ela mexeu seu quadril de forma circular, formando um arco bem... “Ah, não, Bella. Você não devia estar fazendo isso comigo”, pensei novamente. Meu membro começava a pulsar. Ela abriu bem as pernas e se esfregou novamente nele enquanto seu queixo roçava insistentemente seu ombro, provocando-me mais ainda.

     Ainda com os braços apoiados ali, ela girou o corpo várias vezes, como num passo de dança, onde o condutor girava sua dama segurando a ponta de seus dedos para que ela pudesse ter mais flexibilidade nos movimentos. Só que aquilo era bem mais... sexy do que uma dança com um condutor. Bella continuou com os giros, contornando todo o mastro.

     Em mais uma das tentativas de provocar todos os homens ali, ela girou a cabeça de forma circular, fazendo seu cabelo girar também e alguns fios grudarem em sua boca assim que ela parou com o movimento. Uma mão sua percorreu seus seios e os apertou, unindo-o com uma só mão.

     O tesão foi tomando conta de mim. Mas eu precisava me controlar.

     Sua mão pousou em sua cintura e ela rebolou, com um sorriso malicioso incapaz de passar despercebido. Ela posicionou seu quadril para o lado direito e foi agachando-se lentamente e finalmente levantou-o, quando seu quadril assumiu a posição esquerda - como se estivesse desenhando com seu quadril a letra “U”. Em mais uma de suas “surpresinhas”, ela pulou nele, prendendo suas pernas em volta do mesmo e soltando uma perna, esticando-a enquanto seu corpo deslizava - giratoriamente - por ele até seus pés tocarem o chão. Ela inclinou um pouco a bunda na direção de nós enquanto o mastro ficou entre seus seios e lentamente, ao mesmo tempo em que seus seios se afastavam, sua barriga ficavam em contato com o cano e em seguida, seu quadril. Era tentador demais... Eu tinha que sair dali antes que eu não respondesse mais por minhas ações e agarrasse Bella ali mesmo. Ela deitou no chão, enquanto suas pernas ficavam em torno do mastro. Parei, observando o que ela pretendia fazer ali. Uma perna sua dobrou enquanto a outra estava reta, deitada no chão. As mãos dela foram caminhando bem safadas por seu corpo, apertando a cada parte em que suas mãos tomavam conta. Enquanto isso, ela ia movendo-se no chão, tão flexível como... Não, eu não deveria comparar Bella com uma cobra, embora seu veneno fosse me entorpecendo completamente. Ela mais estava parecendo a Beyoncé com todas aquelas provocações.

     Ela foi se pendurando cada vez mais alto no mastro e descia. Fez isso mais uma vez e parou. Olhou diretamente em meus olhos, enquanto era demoradamente aplaudida por todos, com direito a assobios, comentários abusados e outras coisas mais. Choveu de homem ao pé da escada quando ela começou a descer os degraus do palco. Cumprimentou cada um por quem passou, dando total liberdade para eles tocarem em sua bunda. E logo depois disso, veio andando em minha direção. E como um idiota, eu esperava. Fiquei sério, sem transmitir nenhuma emoção em minha face.

- Oi. - ela disse, mordendo o lábio inferior.

- Quer uma carona? - perguntei seco.

- Já quer ir? Ué, a festa não tava tãããããão animada pra você? - ela arqueou a sobrancelha, enquanto uma mecha de cabelo caía sobre seu rosto.

- Você “fechou” a festa. Foi o centro das atenções, ainda quer mais? - alterei um pouco o tom de voz.

- Quê que é? Só você pode “causar” numa festa, é Edward? - sua voz continuava baixa, calma. - Só você pode provocar as pessoas?

- Está bem. Se você não quer a carona, tudo bem, mas eu já vou.

     Dei as costas pra Bella, enquanto algum lado meu consciente me avisava de que ela vinha andando atrás de mim, impaciente e com raiva por eu ter dado as costas pra ela. Continuei andando, fingindo não perceber sua presença até chegar no estacionamento. Acionei o botão controle, fazendo o carro destravar as portas.

     Ouvi um assobio. Olhei pra trás... A garota que eu tinha ficado na festa. Ela correu em minha direção, e parou perto de mim enquanto Bella abria a porta do passageiro - no carro. Mas parou, olhando de mim pra garota e tornando a fechar a porta.

- Você disse que ia voltar e... não voltou. - ela se pôs entre mim e Bella e me abraçou, encostando seu rosto em meu ombro.

     Eu a abracei, enquanto olhava a cara de raiva que Bella estava fazendo, mesmo na luta em fingir que não se importava com aquilo.

- Me procura amanhã aqui na escola? - ela perguntou, sua boca indo de encontro a minha, me beijando. Mas não, minha concentração não estava ali e sim em Bella.

- Procuro sim. - falei entre seus lábios e logo continuei o beijo, ainda olhando a expressão de Bella.

- Edward, porque você não explica logo pra ela que só tá usando ela pra me fazer ciúme? - ela perguntou e logo a menina parou e ficou me olhando, séria.

- É verdade isso, Edward? Canalha! - a menina perguntou e sem me dar chances pra explicar, ela me deu um tapa e saiu.

     Bella abriu a porta novamente e pôs uma perna ali na porta, impedindo que ela fechasse. E assim como a garota, ela me deu um tapa também.

- Canalha. - ela repetiu e logo reconheci a nova música que tocava lá dentro. [link_seguro: http://tiny.cc/75yBn /música]. Era perfeita pra um beijo roubado em Bella...

     Puxei-a sem cerimônia até sentir seu corpo quente no meu. Imprensei seu corpo contra a porta de trás do carro e inclinei meu corpo totalmente no dela, fazendo com que seu corpo estivesse de acordo com os contornos do carro, toda inclinada sobre ele. Apertei com minha mão sua coxa e a levantei até a altura da minha cintura, enganchando-a ali. A cada centímetro que meu rosto ia se aproximando do dele, era mais um tapa que ela me dava acompanhado de um xingamento. Eu não me importava. Claro que não. Eu tinha fetiche por aquilo. Aquilo só me fazia desejar mais ainda Bella. Encaixei minha boca na dela, levando minha outra mão até sua nuca. Seus tapas em meu rosto pouco a pouco iam cedendo até que finalmente pararam e ela pousou suas mãos no meu pescoço, me arranhando. Apertei meus dedos em sua coxa, sentindo suas leves mordidas em meu lábio inferior.

- Idiota. - ela falou entre meus lábios.

- Ciumenta. - sussurrei, mordendo e em seguida puxando seus lábios entre meus dentes.

     Depois dali, era só levar Bella pra casa e ir embora. Eu sabia que ela não cederia mais do que aquilo pra mim naquela noite e eu estava sem pressa. E agora eu pouco me importava com Jasper tendo ela ali em meus braços naquela hora. Eu só queria beija-la, beija-la e beija-la. Mesmo sabendo que eu corria o risco de ela me empurrar, entrar no carro e pedir que eu a levasse até sua casa sem direito a outro beijo de despedida. Bella era incompreensivelmente provocante e indecifrável. Eu gostava daquilo. E não era uma coisa da qual eu quisesse me controlar, não, ao contrário, eu só queria mais e mais.