I Hate Myself escrita por Lady SunDame, Lia Mayhew


Capítulo 14
Camiseta e Calcinha


Notas iniciais do capítulo

Do fundo do meu coração, me perdoem.
Eu sei que demorei muito para postar.
Sei que teve leitores que ficaram muito bravos comigo e, por isso, me perdoem.
Eu não esperava que isso fosse demorar tanto assim.
Mas, do fundo do meu coração, espero que me perdoem pela minha demora.
Eu tinha escrito metade desse capítulo dias antes do meu computador corromper.Eu tentei escrever logo que arrumaram meu computador, mas o arquivo não abria.
Enfim... Novamente, me desculpem.

Ah, sim! FELIZ ANO NOVO AEEE GALERA!!
Eu tenho uma novidade(?) Enfim, não sei se isso pode ser considerado novidade, mas okay.
Eu vou arrumar essa fic INTEIRA, INTEIRA, INTEIRA!!!
Eu percebi que tem muitos capitulos com menos de 300 palavras (Eu não sei porque eu fiz isso, mas okay). Então, eu vou arrumar tudo e tals...
Lembrando que: EU NÃO VOU RE-ESCREVER A FIC!! Eu vou arrumar ela(Posso até fazer algumas mudanças, tipo, conversas entre os personagens, mas assim, nada que mude significamente a fic).

(Eu fiquei com tantas saudades de vocês)
Beijinhos.
Ps: Tem um coiso muito louco nesse meu Nyah! cara. Eu NÃO CONSIGO postar as Notas do Capítulo!! E quando consigo, é tipo... Depois de vinte tentativas. É só aqui comigo ou é com mais alguém?



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Pérola inestimável

Se um rei tivesse uma pérola inestimável

Uma joia que amasse acima de tudo

Ele a guardaria num esconderijo

Tirando-a de vista

Temendo que outros a roubassem?

Ou a exibiria, orgulhoso,

Engastada num anel ou numa coroa

De modo que o mundo lhe admirasse a beleza

E visse a riqueza que ela trazia à sua vida?

Você é a minha pérola inestimável.

Eu não conhecia o autor, então, pensei em pesquisar na internet. Não havia resultados.

Pensei durante algum tempo. Eu não mexia na minha bolsa há alguns dias. Alguém poderia ter colocado a carta no colégio, ou então, hoje.

Mas... Quem?

Dhiren?

***

Esfreguei os olhos.

Meu quarto estava muito iluminado. Eu havia me esquecido de fechar as cortinas na noite anterior.

Levantei-me, cambaleando e fui até a janela, fechei a cortina e voltei para minha cama.

Que dia era hoje? Domingo? Eu não sabia.

Depois de algum tempo, adormeci.

Acordei novamente, somente um bom tempo depois, com meu celular tocando. Ainda sonolenta, peguei meu telefone e atendi.

– Alô?

– Você está dormindo?

–Ãhn?

Kelsey, acorda!

– Quem falando?

– Ai meu Santo... Kelsey sou eu, Yesubai. Agora, acorda.

– Que Santo?

– Kelsey Hayes, dá para você acordar de uma vez?

– Hm...

Eu adormeci novamente.

Eu devo ter cochilado por vinte minutos ou menos, porém, parecia que eu tinha dormindo por duas horas.

Acordei bruscamente, com alguém me jogando para fora da cama.

Eu só pude sentir a queda e o chão frio abaixo de mim.

– Mas o quê...? – Balbuciei.

Levantei minha cabeça, tentando entender o que havia acontecido. Já fazia algum tempo desde que eu caira da cama pela ultima vez, porém, a hipótese de eu ter caído não podia ser descartada. Porém, quando olhei para cima, surpreendi-me ao ver Yesubai me encarando, de cara amarrada.

– O que você está fazendo aqui? – Balbuciei enquanto me sentava no chão e bocejava.

A expressão dela não mudou.

– Eu te liguei há uns dez minutos atrás e você estava dormindo! Que tipo de pessoa dorme até às 11h30min no Domingo?! E ainda por cima, você não estava dizendo coisa com coisa!

Levantei-me do chão.

– Você me ligou? – perguntei confusa.

– Sim, liguei.

– E o que você está fazendo aqui?

– Vim te acordar.

Eu bocejei, sentando-me na cama.

–Quem te deixou entrar aqui? Você não arrombou a porta da minha casa e nem nada do tipo né?

Ela me encarou.

– Eu tenho cara de quem consegue arrombar uma porta?

–... Tem?

– NÃO! A Sarah abriu a porta para mim.

–Ah... E porque você veio até aqui?

– Eu ia te convidar para irmos ao clube, mas você estava dormindo!

Suspirei e me espreguicei novamente. Não demorou muito para que ela abrisse um sorriso e me olhasse com aqueles olhos violetas

– E então? Você vai querer ir?

– Para onde? Para o clube?

– Kelsey Hayes, o que você tem nessa sua cabeça? Você ainda está dormindo? É óbvio que é para o clube! Onde mais poderia ser?

Assenti com a cabeça.

– Tudo bem. Eu vou.

Ela bateu palmas

– Vai se arrumar, rápido. Veste uma roupa de banho por baixo, pega uma bolsa, coloca uma toalha, protetor solar...

Peguei algumas coisas no meu armário e fui ao banheiro para me trocar.

– Eu também convidei a Fanindra – Yesubai disse através da porta.

– Você também arrombou a porta da casa dela e jogou ela da cama? – Perguntei, escovando meus dentes.

– Haha, muito engraçado. Mas se quer saber, não. Eu não arrombei a porta da casa dela e nem a joguei. Ela atendeu o celular e então, eu a convidei. E a mãe dela se ofereceu para nos levar.

Saí do banheiro e peguei algumas coisas, como toalhas e uma troca de roupa e coloquei tudo na bolsa. Não esquecendo um livro que não pesasse tanto.

***

Nós três descemos do carro.

– Ligue para mim quando eu tiver que vir buscar vocês – A mãe de Fanindra disse, acenando para nós.

A entrada do clube era grande.

Eu realmente não sei como descrever a aparência dele. Não era algo pequeno, com paredes desbotadas e cheiro de cloro impregnando o local. Era algo mais... Bonito, grande e, bem feito.

Passamos pela catraca e, Yesubai nos levou até uma parte mais distante, e, paramos na borda de uma piscina.

Colocamos nossas bolsas em espreguiçadeiras.

Yesubai retirou a camiseta lilás e o short, deixando a mostra o biquíni.

– Que milagre! – Eu disse, procurando meu protetor solar na bolsa – Posso saber o porquê de você não estar usando um biquíni violeta?

Ela bufou.

– Você sabe o quão difícil é encontrar alguma roupa de banho violeta ou até mesmo roxo? A única coisa que eu encontrei foi um lilás e olhe lá!

Fanindra riu e, logo em seguida tirou o top cropped e o short que usava, revelando um maiô branco e amarelo.

Enquanto as duas conversavam, eu tirei meu short e minha camiseta. Eu usava um simples maiô azul escuro.

Enquanto eu passava meu protetor solar, sentada em uma espreguiçadeira, Yesubai riu e, comentou:

– Sabe Kells... Essa é a primeira vez que te vejo, realmente, com tão pouca roupa.

Corei.

Eu tinha que concordar com isso.

– Ah... Eu também sou a única de nós que está usando biquíni... – Ela murmurou.

As duas entraram na piscina, animadas.

– Você vem? – Fanindra convidou-me.

Neguei com a cabeça.

– Acho que vou ficar um pouco aqui fora... Logo eu entro.

Peguei um livro da minha bolsa. Morte de tinta.

Folheei-o até a página na qual eu havia parado e então, comecei a ler.

Podia ter se passado dez minutos, ou até mesmo meia hora. Eu não sei. Quando eu leio, eu não presto atenção em outra coisa a não ser o livro.

Durante a leitura, eu fiquei com sede. Abaixei o livro por um momento para procurar uma garrafa de água na minha bolsa, mas fui surpreendia quando percebi que havia alguém ao meu lado, me observando. Pulei da espreguiçadeira.

– Mas o quê...? – Murmurei para mim mesma.

A figura apenas sorriu com a minha surpresa.

– Você é mesmo tão assustada assim?

– Como você quer que eu reaja? Você esteve me encarando por todo esse tempo?

– Sim... Sabia que você quase não pisca quando lê?

Peguei minha garrafa e dei um gole.

– O que você está fazendo aqui, Dhiren?

Ele colocou uma das mãos nos cabelos.

– Hm... Eu meio que sou sócio daqui... E como hoje estava quente, eu pensei... Por que não? E você? O que te traz aqui?

Apontei para Yesubai que estava na outra ponta da piscina, tentando ‘’afogar’’ Fanindra.

– Ela me convidou.

– Hm... E por que você está aqui fora e não lá dentro da água?

– Eu estava lendo.

–Sério? Eu não havia percebido... Hm... Esse maiô cai muito bem em você – Ele comentou.

Senti minhas bochechas queimarem.

Lembrei-me que eu estava usando apenas uma única peça de roupa e não calças e camisetas.

E então eu pensei: Me ver usando um maiô era quase a mesma coisa que me ver usando regata e calcinha, certo?

Espere... O quê?

– Obrigada – Agradeci, tentando desviar o olhar dele, que usava somente um shorts.

Neste momento, ouvi Fanindra gritar para mim:

– Hey! Você não vai entrar?

Agradeci mentalmente a ela.

– H-Hm, eu já vou!

Entrei na piscina. A água gelada pinicava cada canto do meu corpo. Estremeci.

Yesubai logo chegou perto de mim e, percebendo que eu não estava acostumada com a temperatura, me mergulhou bruscamente.

Levantei no mesmo instante, talvez por instinto.

Peguei fôlego com a boca e cruzei meus braços, tremendo-os.

– Yesubai!

– Você logo se acostuma, ela disse, tirando o cabelo da minha testa.

Ficamos conversando por um tempo. Às vezes brincávamos, outras vezes, nos encostávamos-nos à parede e descansávamos.

Quando finalmente saímos, estávamos cansadas.

Yesubai como uma amiga dedicada, foi comprar algo para nós bebermos e, Fanindra ficou comigo, sentada ao meu lado na espreguiçadeira.

– Ela é uma boa pessoa, não acha? – Perguntou.

– É... Eu nunca conheci alguém como ela. Ela é muito ativa e entusiasmada, mas é uma boa pessoa. Você já teve amigas como ela?

– Na verdade, não. Eu estudava em casa, lembra? Então eu não conseguia me socializar muito.

– Você não se sentia solitária?

– Não... Eu converso muito com minha mãe.

Sorri.

– Mas conversar com mães é diferente de conversar com outras pessoa, não acha?

– Eu não vejo tanta diferença... Minha mãe e eu somos bem unidas, quase como irmãs, sabe? Como é seu relacionamento com a sua mãe?

– Minha mãe? Bem... Já faz um tempo que eu não converso com ela... Uns três anos, talvez...

Fanindra se assustou, e logo arregalou os olhos.

– Três anos? Por quê? Seus pais são divorciados? Sua mãe se mudou para outro país?

– Na verdade, meus pais morreram quando eu tinha quatorze anos, em um acidente de carro.

Ela abaixou os olhos, provavelmente pensando no que falar.

– Eu... Sinto muito... Não sabia.

– Não tem problema – Eu sorri para ela.

Continuamos conversando por um tempo, até que Yesubai apareceu acompanhada de Dhiren.

Ela sentou-se na espreguiçadeira em minha frente.

– Olha quem eu encontrei – Ela disse me entregando uma garrafa d’água.

Abri a garrafa e a bebi.

– Hey Ren, o que você acha do maiô da Kells? – Ela perguntou.

Engasguei e, Fanindra deu tapinhas em minhas costas, rindo.

– Eu já comentei isso com ela, hoje. – Ele respondeu, se divertindo.

– Como assim? – Yesubai perguntou provavelmente confusa.

– Nós já conversamos hoje, enquanto vocês duas estavam na piscina.

Ela me lançou um olhar malicioso.

– Foi por isso que você demorou a entrar na água, Kells?

Isso foi o suficiente para que eu sentisse minhas bochechas queimarem.

– O que você quer dizer com isso, Yesubai? – Perguntei, enquanto dobrava minha toalha.

– Nada, Kells, nada...

Suspirei.

– Eu acho que já vou ligar pra minha mãe... – Fanindra disse – Tudo bem?

Assentimos e, ela se levantou e foi para um canto.

Ficamos todos em silêncio por alguns segundos.

– Eu acho que vou ao banheiro – Yesubai disse, se levantando antes que eu pudesse dizer alguma coisa.

Ótimo. Estou novamente, sozinha com Dhiren.

– Por que ela continua fazendo isso? – Murmurei.

– Você disse alguma coisa? – Ele perguntou, me analisando.

– Hum? Não, nada.

Ficamos em um silêncio constrangedor novamente.

– Eu... Hm... Você teve notícias do seu irmão? – Perguntei, tentando quebrar aquele silêncio.

– Não. Faz algum tempo que ele não liga mais para casa. Minha mãe às vezes fica nervosa por que não recebe mais notícias dele... Ele deve estar ocupado estudando, ou coisas do tipo... Mas eu tenho que admitir que, depois que ele foi embora, minha casa está bem mais silenciosa.

– Por quê?

– Nós eventualmente brigamos por besteiras, sabe? Coisa de irmãos...

Continuamos conversando, até que Yesubai e Fanindra resolveram aparecer.

***

Saí do banheiro, enrolada em uma toalha. O cabelo, úmido.

Vesti meu pijama e arrumei meu material escolar do dia seguinte. Deitei-me na cama e apaguei as luzes, e comecei a me revirar. Eu não estava com sono. Peguei meu celular e fiquei mexendo nele, até que algum sinal de sono aparecesse.

Nada.

Coloquei meu celular no criado-mudo, e, revirei-me na cama, olhando para um ponto fixo na escuridão de meu quarto.

Fechei meus olhos, e logo, adormeci.

Sonhei com um animal branco. Eu não conseguia vê-lo direito. Eu tinha uma visão embaçada do animal.

Ele estava deitado, debaixo de uma árvore, encarando um ponto fixo. Estava de olhos fechados, os pelos se movimentando conforme o vento. Logo, percebi que aquele animal era, na verdade, um tigre branco.

Ele então abriu os olhos.

Olhos azuis cobalto.

Azuis como os olhos dele.


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