I Hate Myself escrita por Lady SunDame, Lia Mayhew


Capítulo 12
Soneto XVIII


Notas iniciais do capítulo

GENTE, EU DEMOREI MUITO, E EU SEI DISSO, ENTÃO, ME DESCULPEM.
Dedico este capitulo a LiaMayhen que me fez ler Coração de Tinta e a Julia, com quem identifiquei



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Antes de começar a ler a minha fic, saiba que algo muito bugado não está me deixando escrever muito nas notas do capítulo. Só consigo escrever três linhas, então, TT~TT

– Fanindra, você tem que provar os biscoitos que ela faz. São os melhores.

Eu estava tirando eles do forno da cozinha de Yesubai. Logo em seguida, coloquei-os em um prato.

A garota de olhos violeta estava quase tirando um do prato e mordendo-o, quando dei um tapa em sua mão.

– Você não pode comer isso ainda – A reprendi – Estão quentes. Muito.

Ela fez bico.

***

Sexta Feira.

Repeti para mim mesma quando acordei. Sexta Feira.

Eu era uma daquelas pessoas que esperava ansiosamente por este dia. Eu poderia dormir até não aguentar mais no Sábado e no Domingo, isso se Yesubai não me chamasse para passear por ai.

Eu posso não parecer uma pessoa que espera ansiosamente pelo final de semana, mas, como toda pessoa normal, eu sou assim.

Tomei uma ducha e coloquei uma roupa simples. Um shorts preto e uma camisa rosa. Calcei um all star cinza e, desta vez, deixei meus cabelos soltos.

Sai do quarto e desci as escadas, indo em direção à cozinha.

– Oi Kells! – Sammy exclamou, sorrindo, quando me viu.

Retribui o sorriso.

Mike estava, como sempre, tomando uma xícara de café e, Sarah, fazendo algo no fogão.

Servi-me dos waffles que ela havia preparado e bebi um pouco de suco que havia na geladeira.

Quando terminei, sai de casa.

Foi só quando estava chegando ao colégio, que percebi que ainda era muito cedo. As aulas começavam às 9h10min. Ainda eram 8 horas. Tentei ignorar aquilo e sentei-me em uma das mesas do refeitório.

Peguei um livro que havia guardado dentro da mochila e comecei a lê-lo.

– Coração de Tinta? – Uma voz as minhas costas perguntou.

Virei-me imediatamente e suspirei.

– É. Você já leu?

– Parei no segundo livro – Dhiren disse, sentando-se ao meu lado.

– Por quê?

Ele deu de ombros.

– Queria dar um tempo no livro... Eu ficava até tarde da noite lendo. Cheguei a ficar acordado até às 6h da manhã, lendo. Então, eu quis dar um tempo... Você é assim? Lê metade de um livro da noite para o dia?

– Não. Eu sou uma pessoa normal.

Eu não disse mais nada, e então, Dhiren mudou de assunto.

– Por que você não veio de tranças hoje?

– Queria mudar um pouco. Por quê?

Ele sorriu.

– Você fica mais bonita de tranças.

Senti minhas bochechas queimarem.

E então veio aquele silêncio constrangedor, que sempre nos pega de surpresa. Se o silêncio falasse, ele diria: ‘’Mãos para o alto! Aqui é o silêncio’’.

Eu queria falar algo para quebrar aquele clima estranho, mas o quê?

– Então... Você gosta de rabanetes?

Arrependi-me de ter dito aquilo segundos depois, e rezei para que aquelas palavras voltassem para dentro da minha boca.

– O quê? – Dhiren riu – Kelsey... Rabanetes?

Dei de ombros. Ótimo, Kells, você é uma idiota!

Yesubai POV

Cheguei ao colégio com Fanindra.

Estávamos conversando sobre... Sei lá. Coisas.

Estávamos procurando a Kells. E então, fomos para o refeitório. Fanindra avistou-a sentada em uma mesa, rindo com Ren.

Nesse momento, senti-me orgulhosa de mim mesma. Eu era um ÓTIMO cupido.

Eu e Fanindra ficamos observando os dois e rindo.

– Parece que você estava certa – A garota de olhos cor de esmeraldas, disse – Sobre todo aquele negócio dos dois saírem juntos.

– Eu disse pra você! Além disso, aqueles dois são péssimos mentirosos.

Caminhamos até a mesa em que eles estavam sentados e, logo que perceberam que nós estávamos ali, eles se distanciaram.

Kells disse um simples ‘’oi’’ para nós duas, enquanto Ren acenava.

– Sobre o que vocês estavam conversando? – Perguntei.

Os dois se entreolharam e disseram, em uníssono.

– Nada.

Fanindra tentou esconder uma risada.

Sentei-me do lado da Kells e sussurrei em seu ouvido:

– Por que vocês se distanciaram quando nos viram?

Ela simplesmente piscou freneticamente, abriu um pouco a boca, como se fosse dizer algo, mas desistiu logo em seguida, quando a fechou. Suas bochechas estavam vermelhas, como um pimentão.

Fanindra também percebeu isso e começou a rir baixinho. Ren achou estranho e tentou adivinhar o por que dela estar rindo. Foi quando ele olhou para a Kells e riu um pouco.

– Por que você está tão vermelha? – Ele perguntou.

– Nada... – Ela murmurou.

***

– Por que aquele tipo de pergunta? – Kells falou, alto, não chegando ao ponto de gritar, logo que todos haviam saído da sala de aula.

– Ora... era só uma pergunta... E por que você ficou tão vermelha? Parecia até que estava com vergonha...

– Eu estava com vergonha!

– Por quê? Eu estava certa sobre vocês dois estarem saindo? – Eu sorri.

Ela respirou fundo e me ignorou, pegou a mochila e passou pela porta da sala.

– Eu acho que você está realmente certa sobre aquele negócio dos dois estarem saindo. Eu ainda tinha minhas duvidas, mas depois dessa reação dela... Eu tenho um pouco mais de certeza – Fanindra disse, observando a porta aberta.

Saimos da sala e corremos em direção a Kelsey.

Coloquei a mão em seu ombro direito.

– O que foi? – Ela perguntou sem me olhar.

– Não me diga que você vai começar a me evitar, só por que eu disse que vocês dois estão saindo.

– Eu nunca disse que ia começar a te evitar.

–Eu posso ver isso só de olhar pra sua cara!

– Eu não vou começar a te evitar.

Eu sorri.

– Então, já que você não vai me evitar, você poderia me contar se vocês dois estão saindo ou não... Sabe... Só um sim... Ou um não.

– Não! – Ela gritou, num tom de voz brincalhão.

Eu ri.

– Você é meio bipolar... Só acho.

Ela me encarou, como se dissesse ‘’Por quê?’’

Eu apenas ignorei e continuei rindo.

Kelsey POV

Sábado.

Existe algum dia mais perfeito que o Sábado? Não.

Levantei-me da cama e fui direto para o banheiro.

Me assustei quando olhei-me no espelho.Meu cabelo estava todo desgrenhado e embaraçado. Ia demorar um pouco para arrumar ele. Tomei uma ducha e vesti uma camiseta cinza, shorts xadrez e uma sapatilha preta. Penteei meu cabelo e amarrei-o de uma forma com que, meu cabelo ficasse solto, mas, ao mesmo tempo, com uma trança

Desci as escadas e fui em direção a cozinha.

Sammy foi o primeiro a notar minha presença.

– Kelsey! – Ele exclamou – Mamãe fez misto quente!

Sorri e me servi do lanche que Sarah havia preparado.

– Kelsey, hoje mais cedo, passaram aqui na frente de casa e me pediram para entregar isto para você – Ela me entregou um envelope azul.

– Quem era? – Perguntei.

– Ele não disse o nome. Só disse para eu te entregar.

– Ele?

Mas ela já havia se distanciado, voltando a mexer em algo no fogão.

Comi o meu misto quente e voltei para o meu quarto.

Joguei-me em cima da cama e abri o envelope. Dentro dele, havia um papel branco, com algo escrito:

Soneto XVIII

Se te comparo a um dia de verão

És por certo mais belo e mais ameno

O vento espalha as folhas pelo chão

E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia

Outras vezes desmaia com frieza;

O que é belo declina num só dia,

Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,

E a beleza que tens não perderás;

Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

Meus versos vivos te farão viver.

Segurei a folha em minhas mãos. Era Shakespeare.

Sarah havia dito que alguém passara em casa, mais cedo, apenas para me entregar isto. Só consegui descobrir que havia sido ‘’ele’’. Quem seria ele?


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Notas finais do capítulo

''Talvez seja você. A vida vai dizer. De qualquer forma: obrigada por me fazer dormir sorrindo'' - Clarissa Corrêa (Indireta para os leitores)