I Hate Myself escrita por Lady SunDame, Lia Mayhew


Capítulo 10
''Família Luke. Você prometeu''


Notas iniciais do capítulo

Aviso inicial : O titulo é ''Familia Luke. Você prometeu'' pq eu achei fofo e chorei com essa frase. Além de que, eu queria q tivesse alguma coisa relacionada a PJO pq... Né... Sangue do Olimpo lança esse ano.
BEM... ENTOOOON... VOU ME EXPLICAR O POR QUE DE NAO TER POSTADO NADA DURANTE UNS 3 MESES!!!
1. Eu fui assistir ''A Menina que Roubava Livros'' e fiquei um tempão pensando sobre a morte do Rudy ( O negócio é assim: Uma vez que você se apega no personagem, não tem jeito).
2. Eu viajei lógo em seguida e fiquei umas duas semanas fora.
3. Minha família trouxe mt coisa, então, tive que ficar arrumando as coisas.
4. Tive que pegar matéria atrasada.
5. Estou em semana de provas, e e ainda não peguei toda a matéria, ou seja, me ferrei.
Então... ME DESCULPEM MAIS UMA VEZ!!!!
Eu ia meeeeeeeeeesmo aumentar esse capitulo ( A NatiiMaral sabe disso, pq pedi ajuda pra aumentar esse capitulo, pra ela ), só q isso ia demorar muuuito mesmo, e ai eu achei q ia ser mt mancada com vcs e coisa e tal. Então, deixei ele assim mesmo.
Bem... É isso.



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Havia um vaso de flor encostado na parede. Orquídeas.

Nós dois a observamos.

São muito bonitas de se olhar. Isso, você tem que admitir.

– Eu também sou.

– Você é muito convencido – Ela respondeu

– Ninguém nunca tinha me dito isso antes de você.

– Continue comigo e esta não será a ultima vez.

Era esse o motivo para eu gostar dela? Ela me dizia coisas que ninguém nunca havia me dito antes. Ela tinha coragem o suficiente para ter me dado um soco. Ela era única.

Kelsey POV

Acordei no dia seguinte, mais cedo do que o normal, transpirando.

O ar estava abafado. Quase sufocante.

Andei até o banheiro e tomei uma ducha gelada.

Vesti uma camiseta branca e uma jardineira jeans clara. Prendi meu cabelo em minha típica trança, com uma fita branca. Calcei uma sapatilha da mesma cor.

Desci as escadas. Um forte cheiro de queimado invadiu minhas narinas.

Andei até a cozinha. Sarah estava manejando uma frigideira. Seu conteúdo estava preto, queimado. Ela nunca fora uma boa cozinheira.

Mike a observava parecia apressado

Rebecca e Sammy estavam sentados junto à mesa, encarando tudo aquilo com uma careta.

– Ai que droga! – Sarah murmurou.

– Mamãe... Isso é mesmo de comer? – Sammy perguntou.

Ela o ignorou.

– Sarah, vamos logo. Se continuarmos assim, vamos chegar atrasados! – Mike exclamou, perdendo a paciência.

– Eu ainda tenho que dar o café da manhã para as crianças e levar elas para a escola, então, não me apresse.

– Por que nós simplesmente não damos dinheiro para eles comprarem um lanche na escola? – Ele perguntou, olhando seu relógio de pulso.

– Você sabe que eu não confio naqueles produtos industrializados que as escolas vendem!

Os dois começaram uma discussão, até que me pronunciei.

– Se quiserem... Eu faço o café para as crianças e as levo para a escola... Se quiserem, é claro.

Sarah me olhou e sorriu um tanto quanto aliviada.

– Ah... Obrigada Kelsey. Você sabe onde fica a escola deles, não sabe?

Assenti com a cabeça e vi Mike e Sarah saírem às pressas de casa.

As duas crianças suspiraram quando os pais passaram pela porta.

– O que foi? – Perguntei.

– A mamãe estava tentando fazer uma daquelas receitas que ela vê naquelas revistas do tipo... Como fazer seu filho crescer saudável, com receitas nutritivas.

– São aquelas receitas em que ela usa leite de soja, linhaça, proteína em pó, agave... Essas coisas? – Perguntei.

– São.

– Eca.

Sammy se ajeitou na cadeira.

– Da ultima vez que a mamãe fez aqueles biscoitos vegan para eu levar para a escola, eles tinham gosto de giz marrom.

– Você já comeu giz marrom? – Perguntei, pegando algumas coisas da geladeira.

– Não. Mas eu sei que é ruim.

Eu ri.

– Por que seu biscoito tinha gosto de giz marrom? – Perguntei.

– A mamãe colocou alfarroba nele.

Engasguei e comecei a tossir, rindo logo em seguida.

– A mãe de vocês coloca alfarroba em biscoitos!?

Os dois assentiram.

Peguei uma panela e comecei a fazer o café da manhã deles.

– Ela não faz biscoitos... Normais para vocês?

– Nós já pedimos para ela fazer biscoitos de abóbora com gotas de chocolate e biscoitos de chocolate com manteiga de amendoim, mas ela diz que essas coisas fazem muito mal.

– Sua mãe fazia biscoitos para você? – Sammy perguntou, sua voz era calma, infantil.

Dei um leve sorriso.

– Fazia... Se vocês quiserem, posso fazer biscoitos para vocês um dia.

– Sério? – Eles perguntaram, esperançosos, em uníssono.

– É... Mas eu acho que a mãe de vocês não vai gostar nada disso.

– Nós não vamos contar pra ela – Rebecca disse – Não aguentamos nem mais comer a couve de Bruxelas que ela prepara! Por favor!

Eu ri. Peguei três pratos e coloquei um misto quente em cada um, deixando em cima da mesa logo em seguida.

Tirei o suco de laranja da geladeira e peguei três copos, deixando os em cima da mesa, também.

– Okay. Vou ver o que posso fazer – Disse.

***

Saí de casa com as duas crianças ao meu lado. Rebecca carregava uma pequena mochila rosa claro e Sammy uma mala de rodinhas do Batman.

Do outro lado da rua, Nílima vinha vindo.

Ela usava um vestido com de creme e sandálias. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo.

Ela acenou para mim, e eu retribui enquanto trancava a porta.

– Quem é ela? – Rebecca perguntou.

– É uma amiga.

– Ela é bonita – Sammy disse.

Eu e Nílima rimos.

– Obrigada – Ela disse – Por que eles estão com você?

– Sarah e Mike tiveram que sair mais cedo, tinham algum compromisso, então eu tenho que levar eles para a escola.

Nós quatro caminhamos juntos, em direção à escola deles. Ela não era tão longe do meu colégio, então, não tive que desviar muito do meu caminho.

Quando chegamos perto dela, os dois saíram correndo, indo em direção aos amigos. Eles acenaram para mim e para Nílima.

– O Sammy é um fofo – Ela disse para mim, enquanto caminhávamos, indo em direção ao nosso colégio.

– Você só diz isso porque ele te elogiou – Respondi.

Ela me mostrou a língua.

– Ele tem bom gosto, ok?

Eu ri.

***

Estávamos sentadas em uma das mesas do refeitório.

Yesubai estava do meu lado, usando um vestido violeta e preto, salto alto e um relógio de sua cor preferida.

– Sabe... Eu... Preciso falar com vocês depois da aula – Nílima disse.

– Ah, ok... Mas por que você não fala aqui? – Perguntei.

Ela e Yesubai se entreolharam.

– Eu... Nós, precisamos contar algo para você.

– Vocês podem vir na minha casa depois da aula. Tudo bem para vocês? – Perguntei.

As duas assentiram.

O sinal tocou minutos depois, nos obrigando a subir para nossa sala de aula.

O tempo passou rapidamente. Sr. Kadam nos avisou novamente sobre a semana de provas.

Nós três fomos para minha casa.

Sammy e Rebecca nos cumprimentaram.

Larguei minha mochila no pé da cama. Yesubai e Nílima deixaram perto da minha escrivaninha. Sentei-me na cama, junto com Yesubai.

Nílima ficou de pé.

– Então... O que você queria dizer? – Perguntei.

– E-Eu... É que... Eu... – Ela gaguejou.

– O quê?

– Olha... Eu queria que nós não conversássemos no colégio porque eu tinha medo de que talvez, você pudesse se descontrolar um pouco, então...

– Nílima... O que você está tentando dizer? – Perguntei.

Ela me olhou e então, suspirou.

– Eu... Eu vou me mudar, Kells – Disse, num tom triste.

– E qual o problema disso? Você só não será mais a minha vizinha, não é Nílima? Você continuará estudando conosco como sempre... Não é?

Ela me olhou, pesarosa.

– Não... Eu... Eu vou para Nova York

Senti algo entalar em minha garganta.

– Como assim?

Yesubai tocou no meu ombro.

– Lembra quando eu e Nílima íamos para a biblioteca? Nós estávamos indo entregar um documento para que ela pudesse ser transferida de colégio – Ela disse.

Levantei da cama, abalada.

– Você sabia disso? – Perguntei, chorosa, para Yesubai.

– Nós não sabíamos como te contar! Sabíamos que você iria ficar louca com isso.

Senti um gosto metálico em minha boca.

– Eu não queria que você ficasse triste com isso – Nílima murmurou.

–Por quê? – Perguntei – Por quê você tem que se mudar? Ainda mais para Nova York!

– Meus pais tem uma empresa lá... Ela se desenvolveu muito rápido... Eles precisam estar lá. Você entende?

Sentei no chão, abraçando meus joelhos.

– E por quê você precisa estar lá?

– Kells, eles são meus pais... Somos uma família... Precisamos ficar juntos.

Fechei meus olhos.

Família. Meses atrás, eu poderia não me lembrar do significado dessa palavra, porém, desde que eu entrara para aquele colégio, Nílima me ensinara o real significado daquilo.


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