Our Little Secret escrita por Gabi Sampaio


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores. Bom, esse é o tão esperado capítulo da batalha. Espero que supere todas as ideias que vocês tinham e que vocês gostem do final, porque eu tenho certeza que ninguém imaginou que seria assim.
Esse provavelmente será o último capítulo de 2014, mas não é o último capítulo da história. Pelo menos não ainda.
Então desejando que todos tenham tido um ótimo natal e que o ano que vem agora seja só bençãos para vocês!
Boa leitura!



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Stranger’s POV

A dor na cabeça era um pouco estranha e ao mesmo tempo algo novo. Seu corpo latejava um pouco e assim que abriu os olhos viu que não estava sozinho, havia outros anjos ali.

Ele levantou vagarosamente, seu corpo doía e a cada ruído parecia que estavam batendo com pratos de um bateria em sua cabeça. Então era isso que os humanos chamavam de ressaca?

– Que bom que acordou, Castiel. – Disse Aaron.

– Shh, tem como você parar de gritar? – Aaron e Daniel trocaram olhares cúmplices cheios de significado, mas ele estava tão atordoado pela ressaca que não conseguiu perceber.

– Certo. – Daniel falou em um tom mais baixo. – Acionamos os arcanjos, a guerra começou.

Seus olhos se arregalaram no momento exato que as palavras “guerra” e “começou” foram ditas na mesma frase. Ele se levantou num pulo, mesmo que isso lhe doesse o corpo.

– Como assim vocês acionaram os arcanjos? Eu deveria acioná-los quando fosse a hora. Vocês não tinham o direito de fazer isso. Muito menos de começar uma guerra da qual não tem conhecimento.

– Castiel, - Aaron disse calmamente. – encontramos você apagado e trancado na casa. Tivemos que arrombar a porta pra entrar. Entendemos que claramente haviam tramado contra você, por isso acionamos o arcanjos e a guerra contra os Cipriano foi iniciada. Acha que fizemos algo de errado? – Aaron o olhou com um olhar irônico como se questionasse a quem ele servia.

– Não, claro que não. – Ele respondeu. – Só estou meio atordoado ainda.

– Bom, nós devemos ir nos juntar ao batalhão. Você também está incluído nisso, Castiel. – Daniel o olhou com um olhar significativo.

– Claro, eu sei. Podem ir na frente, eu vou mais devagar para me preparar.

– Tem certeza? Nós temos ordens expressas para levá-lo junto conosco. – Daniel disse o olhando seriamente.

Ele olhou diretamente nos olhos dos dois anjos a sua frente e disse com toda sua força mental que ainda restava:

– Vocês vão na minha frente, eu vou logo após vocês e vocês irão afirmar que eu vou estar lá.

Daniel e Aaron pareceram confusos por um tempo mas acenaram a cabeça em afirmativa e saíram pela porta arrombada deixando um Castiel confuso e cansado.

Ele sentou no sofá onde fora encontrado e relembrou o que havia acontecido. Álcool. Emily. Ela o havia embebedado! Então ele se lembrou do que ela havia dito, o cuidado que ela teve com ele ao sair, o beijo na bochecha, suas asas coloridas. Ele sabia que ela tinha razão no que dizia.

Levantou-se devagar, saiu da casa dando um último olhar no local, abriu suas asas prateadas e voou o mais alto que pode sobrevoando e vendo toda ColdWater até chegar ao Delphic. Pousou distante de onde a guerra se iniciava, queria ter certeza se era seguro estar lá.

Olhou atentamente, no lado direito pode ver Mason, Harry e Emily. No lado esquerdo, viu a maior quantidade de anjos e arcanjos, conhecia todos eles, em especial os dois que se encontravam a frente da linha de frente da guerra : Adam e Phoenix.

– É contra isso que lutaremos? – Phoenix deu uma gargalhada irônica. – Ora, cadê seus progenitores? Se acovardaram? – Harry tinha uma aparência feroz e mortífera. – Bom, vamos ver do que vocês são capaz.

Mal a frase foi terminada e cerca de 50 anjos rodearam os 3. Harry prontamente invadiu a mente deles porque metade dos anjos caíram no chão com a mão na cabeça, logo depois Mason e Emily os atacaram , enfiando estacas em suas cicatrizes sem mesmo se darem o trabalho de arrancar as asas por completo. Enquanto isso, Harry criava ilusões para afastar os outros anjos e ao mesmo tempo mantinha os outros desacordados. A potência mental do garoto era enorme.

Em menos de um minuto, havia 50 corpos exatos de anjos rodeando a área onde se encontrava Mason, Harry e Emily. Alguns anjos do batalhão encontravam-se apavorados, era praticamente impossível exterminar 50 anjos tão rápido!

Pela primeira vez na vida, vi a confiança de Phoenix vacilar e o olhar de Adam de “está tudo no controle” tremer. Eles também estavam assustados. Mas não assustados o suficiente, eles precisavam de mais.

Então uma horda de anjos e arcanjos foi mandada em direção ao grupo. Poderia muito bem haver uns 500 seres alados ali. Seria interessante de se ver.

Harry usava todo seu poder mental para desarmar e deixar os anjos fracos e ao mesmo tempo usar de suas habilidades físicas para os reduzirem a corpos inofensivos. Mason atacava com toda sua fúria e brutalidade, acertando golpes e provocando dores que só um ser com uma força extraordinária poderia causar. Emily utilizava seu poder de sentir as emoções para interceptar os movimentos dos anjos, assim ela os surpreendia e os eliminava rapidamente.

Mas logo, os anjos foram perdendo o medo que tinham. O ataque surpresa fora eliminado. Agora os anjos preparavam suas barreiras mentais o que dificultava Harry, já que ele tinha que lidar com a barreira mental de vários anjos. Apesar de fortes, os ataques de Mason não eram calculados e se repetiam, assim, os anjos passaram a interceptar seus golpes de forma mais fácil. Emily era a única que ainda conseguia surpreender os adversários porque nenhum deles sabia como ela adivinhava seus movimentos.

Mas ao mesmo tempo que interceptava seus inimigos, ela tentava interceptar os de Mason e Harry. Vez ou outra podia-se ouvir seus gritos avisando aos irmãos o que seus combatentes iriam fazer.

– Mason, a sua direita, acerte-o na cabeça. Harry, do seu lado, barreiras iguais teias de aranha.

Isso acabava a enfraquecendo também porque ela não podia lidar com todos. Eles estavam se saindo bem levando em conta o número de anjos com que tinham que lidar mas toda vez que derrotavam uma boa quantidade, o dobro vinha contra eles.

No momento que parecia que tudo estava sendo perdido, ouviu-se gritos do lado leste e oeste do Delphic. Parece que os Cipriano também tinham suas surpresas. Do lado leste, vinha Patch com mais ou menos uns 20 anjos caídos. Do lado oeste, Nora vinha com seus nefilins.

Logo, anjos e arcanjos lutavam contra anjos caídos, nefilins e a família de Patch Cipriano. Ao olhar bem dava para perceber perdas nos dois lados, apesar de a maior ser no lado dos anjos.

Tirando os olhos da luta, eu pude ver algo que não havia reparado antes. Havia um clone meu ao lado de Adam e Phoenix, no meio deles para ser mais exato, como se eu estivesse liderando toda aquela confusão.

Ao forçar mais ainda a visão, consegui ver algo que me enojou completamente. Eles estavam criando uma ilusão. Aquela batalha sequer era real. Alguns anjos estavam de verdade ali, porém a maior parte deles era ilusão. Phoenix e Adam estavam usando poderes divinos proibidos para “ressuscitar” os anjos que já haviam caído em combate.

A palavra ao certo não era ressuscitar porque só O Criador tinha esse poder. Era mais uma ilusão. Eles pegavam os corpos dos mortos e faziam com que esses “voltassem a vida” sem estar mesmo vivos. É como se eles copiassem os anjos mortos e criassem novos mas estes não eram reais, não eram de carne e osso, mas para quem estava os combatendo iriam parecer.

Então pude ver que os arcanjos nunca se preocuparam de verdade com o que aconteceria com os outros. Eles só ligavam para si mesmos, aquela guerra toda sempre fora porque os Cipriano representavam uma ameaça ao seu poder e não aos outros seres existentes.

Emily estava certa, aquilo era errado. Pior ainda, aquilo era nojento.

Antes que eu pudesse tomar uma atitude, alguém maior que os anjos comuns apareceu. Como uma serpente ardente descendo pelo céu, com suas seis asas queimando em fogo ardente, o serafim pousou.

Olhou na direção de Mason e Harry como se os conhecesse havia anos. É claro. A profecia. Logo depois, olhou para Emily, sua filha, com um olhar irreconhecível.

– Pai..? – A voz de Emily não passou de um murmuro mas foi ouvida por todos.

– Não se dirija a mim, garota tola. – A voz exalava poder. – Vim cumprir o meu dever.

– Muito bem então. – Adam disse. – Vamos acabar com isso logo.

– Espere! – Eu gritei, saindo do meu esconderijo. Todos olharam para mim assustados. – Existe outros meios de acabar com isso.

– Castiel? – Emily disse. Olhei para ela dando um olhar significativo para que deixasse eu estar no controle.

– Ora, ora, quem te viu, quem te vê, Castiel. Compilou-se para o lado do inimigo? – Phoenix disse com um sorriso irônico.

– Você sabe que eu nunca faria isso, Phoenix. Apenas acho que deveríamos evitar mais derramamento de sangue, afinal somos seres da paz.

– Você nunca teve misericórdia por alguém, muito menos se fossem um inimigo. Por que isso agora? – Adam perguntou com toda sua formalidade.

– Bom, existe uma primeira vez para tudo. Mas voltando ao assunto, acho que existem formas menos sangrentas de se resolver isso.

Olhei para todos. Phoenix deu um granido como se quisesse que o serafim fizesse logo o que tinha que fazer mas Adam ponderou e fez um movimento para que eu continuasse.

– Como vocês sabem, estamos todos aqui pelo simples fato de Patch Cipriano e Nora Grey terem procriado duas crianças híbridas, metade anjo caído, metade nefilim. Uma combinação perigosa e ao mesmo tempo interessante, eu diria. Há muito tempo atrás, uma profecia sobre o nascimento de híbridos foi proferida. É claro que todos acharam que era bobeira, afinal anjos caídos e nefilins são inimigos naturais e seria impossível uma união entre os dois, certo? Errado! Patch e Nora estão ai para isso e seus filhos são o fruto. Agora, o motivo de estarmos aqui é porque nessa mesma profecia dizia que esses híbridos ameaçariam a ordem e a paz mundial, tanto no mundo no qual estamos como no mundo dos anjos...

– E é exatamente por isso que devemos exterminá-los! – Phoenix gritou. – Para garantir a paz e a ordem dos mundos.

– Phoenix, querido, poderia esperar só mais um pouco? – Olhei para ele ironicamente. – Agora, como eu estava dizendo antes de ser rudemente interrompido, o problema todo é a paz e a ordem que esses dois mocinhos ai – apontei para Harry e Mason – podem vir a quebrar. Então o que devemos fazer é não deixá-los provocar esse estrago todo. E antes que me interrompam não acho que deva ser com a morte.

– E o que você sugere? – Adam perguntou.

– Bom, vamos pensar um pouco. Matando a família Cipriano, estaríamos previamente acabando com um problema mas quem não nos garantiria que não pudesse haver outra união entre outro anjo caído e nefilim? – Me virei perguntando para o anjo mais próximo, ele pareceu confuso.

– Bem...

– Exato! Ninguém nos garantiria isso. Poderia muito bem existir outros híbridos criados para conseguir o poder que tanto almejam. Eu proponho ao invés de morte, uma punição. Assim todos veriam o que aconteceria caso tentassem ameaçar os arcanjos novamente.

– E qual punição você tem em mente? – Adam perguntou interessado.

– Acho que deveríamos transformar Patch e Nora em humanos e fazer de Harry e Mason anjos. – Um burburinho tomou conta do local até o grito de Phoenix ser ouvido.

– O QUE? VOCÊ FICOU LOUCO?

– Veja bem, Phoenix, eles são imortais, tem tudo o que poderiam querer. Agora, transformando-os em simples mortais eles perderiam a eternidade perfeita deles e mesmo que viessem a procriar de novo, nasceriam apenas humanos inofensivos.

– Certo, essa parte eu entendi muito bem mas por que transformar os híbridos em anjos? – Adam perguntou olhando diretamente nos meus olhos.

– Porque eles são poderosos demais para serem desperdiçados. Se você não pode contra o inimigo, tenha o do seu lado, não é mesmo? Por que desperdiçar dons tão poderosos se podemos ter eles para nós?

Ouve um silêncio desconfortável pelo Delphic que foi quebrado com a voz grave do serafim.

– Então, posso ir embora ou o que? – Adam olhou por um momento para mim e depois para Harry e Mason e com isso disse :

– Pegue-os. – E antes que o serafim pudesse se mexer completou. – E traga-os até aqui, depois disso pode ir embora.

Sendo assim, o serafim envolveu Patch, Nora, Harry, Mason e até mesmo Emily em suas asas de fogo e os deixara em frente a Adam e logo depois partiu.

– Bom, acho seu plano muito bom Castiel. Vejo que seu tempo aqui fez o ver as coisas com mais clareza ao invés de agir com o impulso e agora... – Mas antes que Adam pudesse completar , Harry o interrompeu.

– Desculpe-me mas não quero ser um anjo.

– Você o que? – Phoenix perguntou.

– Não quero ser um anjo.

– Então você prefere morrer? – Deu seu sorriso mais assustador. Phoenix adorava ver mortes.

– Não, quero ser humano. Mas antes quero passar meus poderes para meu irmão.

– Você tem certeza, Harry? – Olhei o significativamente. Ele afirmou com um aceno. – Depois disso, não vai haver mais volta.

– Eu sei. Tenho plena certeza do que estou fazendo.

Com essa última frase, Harry fez um corte com uma adaga, que estava perto, em si mesmo e a ofereceu para Mason, que logo depois, também o fez.

– Eu, Harry Cipriano, faço esse juramento de sangue onde dôo todos os meus poderes de híbrido para meu irmão, Mason Cipriano. – Então, Harry juntou seu sangue com o de Mason e uma luz dourada quase cegou a todos. E quando se apagou, Harry se encontrava no chão, meio desacordado, enquanto Mason parecia atônito a tudo.

Logo Harry se levantou e fez um aceno de cabeça para que continuássemos.

– Com o poder divino que O Criador me concede, eu, o arcanjo Adam, retiro a imortalidade de Nora Grey, Patch Cipriano e Harry Cipriano, transformando-os em humanos.

Logo após as palavras de Adam, uma luz prateada saiu dos 3 e voou para as mãos do arcanjo. Nora e Patch agora possuíam a aparência de um casal no auge dos seus quarenta anos, enquanto Harry apenas parecia um adolescente normal.

Então, Adam olhou para Mason e Emily, tirou sua espada da bainha e disse :

– Com o poder divino que O Criador me concede, eu, o arcanjo Adam, concedo a Mason Cipriano e Emily Volkmer o direito de serem anjos.

E os nomeou, batendo sua espada em cada um dos ombros dos dois, exatamente igual se fazia na Idade Média para nomear um guerreiro. Então uma luz branca caiu sobre os dois e asas cresceram. Enquanto Emily carregava asas coloridas que demonstravam pureza e bondade, Mason carregava asas negras que mostravam todo seu poder.

– No entanto, você Castiel será o mentor dos dois e todo prejuízo que eles causarem será por sua conta, já que a ideia foi sua. – Adam sorriu de forma diabólica como se estivesse gostando.

– Certo. É justo. – Respondi derrotado.

– Vocês tem um dia para retornarem. – E logo depois da última palavra, uma luz azul os envolveu e logo eles não estavam mais ali.

Olhei para todos ali presente e disse a única coisa que podia dizer.

– Agora, vocês podem ir para casa.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que todos comentem o que acharam, mesmo que seja para dizer que odiaram. Quem sabe uma recomendação, se tiverem gostado?
Não esqueçam de deixar sua opinião! Ela é importante.