Our Little Secret escrita por Gabi Sampaio


Capítulo 27
Capítulo 26 - Especial Mason's POV


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal,estou oficialmente de férias e cheia de tempo livre e venho humildemente postar esse capítulo para vocês. Fãs de Emason, comemorem, esse capítulo é para vocês.
Também venho comentar a capa divina que minha amiga Sabrina Mori se ofereceu pra fazer para a fanfic, para testar os dons dela como designer. Eu adorei e vocês?
E é com grande pesar que venho dizer que a fanfic está no fim. Esses são os últimos capítulos da história e apesar de dar uma dor no coração por terminar, tenho enorme gratidão em dizer obrigado a vocês leitores que me acompanharam nessa jornada. Vocês são uns amores!
E agora só tenho uma coisa a dizer :
" A guerra começou."



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/365083/chapter/27

Stranger’s POV

A raiva corria por seu corpo mais rápido que qualquer impulso nervoso que seu cérebro pudesse transmitir. Como ele podia ter sido enganado por um garoto? Como ele não havia percebido a ilusão?

Entrou na casa úmida e velha com raiva, fechou suas asas, deixou a garota em um canto e se jogou no sofá enquanto massageava as têmporas numa tentativa inútil de se acalmar.

A garota levantou, foi até a cozinha e voltou com um copo na mão.

– Você precisa beber um pouco. – Ela ofereceu o copo com vodka. Ele pegou sem pensar duas vezes. Como ela havia se tornado de prisioneira a... Ele não sabia bem o que ela havia se tornado. Deu o primeiro gole.

– Obrigado. – Disse com a voz rouca e embargada pelo álcool.O segundo gole foi maior e queimou mais que o primeiro mas mesmo assim ele continuou a beber o líquido com gosto de fogo. Acabou com o copo mais rápido do que devia.

A garota riu ao ver a cena e trouxe logo a garrafa inteira. Ele apenas a olhou, deu um suspiro alto e estendeu o copo para a garota que prontamente o encheu. Ele precisava mesmo daquilo.

– Castiel – A garota o chamou docemente e ele logo levantou os olhos para olhá-la –por que isso tudo? Por que essa briga?

– Você sabe o porquê. Patch Cipriano e Nora Grey geraram duas crianças que ameaçam a paz dos arcanjos. – Ela deu uma risada sarcástica.

– Isso é o que vocês dizem. Se eles quisessem colocar vocês fora do poder já teriam feito, não acha? Castiel, eu sei que isso é uma desculpa sua para acabar com Patch por causa de Dabria. – Ele estremeceu ao ouvir o nome. – Por favor, Castiel, pense bem. Você quer mesmo destruir uma família por causa da rejeição de uma mulher que nunca te amou?

– Já chega! – Ele tentou se levantar mas o álcool já tinha feito certo efeito em seu corpo e o acabou levando pro chão. Ela riu.

– Não acredito que arcanjos podem ficar de porre.

Ele a encarou meio confuso, definitivamente o álcool não havia sido uma boa ideia. Ela pegou a chave da casa, suspirou e se virou pra ele.

– Sinto muito que tenha que ser assim, Castiel. Pensa bem no que eu te falei ta? Não estraga a felicidade dos outros por um erro de outra pessoa.

E então ela o beijou na bochecha, saiu correndo pela porta e a trancou. Pela janela ele pode ver as asas coloridas da garota antes de apagar de vez.

Mason’s POV

Os gritos do anjo o enchiam de prazer. Sabia que era algo muito ruim se sentir melhor pela dor dos outros mas simplesmente não conseguia evitar. Havia um lado muito ruim dentro de mim, um lado obscuro, um lado maníaco. Um lado que pedia por sangue.

Eu só não sabia se conseguiria controlar aquele lado por muito tempo e naquela hora, eu não controlei. Devo ter praticado tantas maldades que meu lugar no inferno já devia estar garantido. Não era uma coisa que eu me orgulhava, mas eu tinha feito e não podia negar.

Não era o primeiro anjo que eu matava mas era o primeiro que eu matava por intenção. Ele se recusou a responder muitas coisas, Patch se enfureceu, deu um sorriso mais maligno do que qualquer demônio e pediu que eu me divertisse.

Agora o corpo do anjo jazia morto, coberto de sangue e a luz fraca da lua que surgia dava a pele branca do anjo um tom muito estranho e incomodo.

Saí do porão, andando devagar pelas escadas antigas que rangiam sobre meu peso. O lugar tinha mesmo um toque sombrio, talvez Patch o tivera deixado assim com esse intuito, seja o que for causava arrepios, principalmente se olhasse pro corpo do anjo morto. Estava péssimo. Eu era um monstro.

Assim que cheguei a sala, pedi a Patch que retirasse aquele corpo do porão o mais rápido possível e me voltei para Nora.

– Mãe – ela sorriu, eles gostavam mesmo que os víssemos como pais – cadê o Harry?

– Foi para casa, querido. Ele não queria presenciar a tortura e depois dos últimos eventos, acho que não seria bom pra ele. – Assenti e ficamos em um silêncio confortável até que Patch voltasse.

O local era o mesmo, paredes pintadas de vinho, o chão de madeira que as vezes rangia, o sofá verde pinho e um abajur antigo, deixado em cima da cômoda marrom escura e velha, com cores que brilhavam assim que o ligássemos. Não combinava em nada.

Patch então entrou imponente e não pude deixar de reparar no olhar que Nora se dirigia a ele, era do amor mais puro e divino. Uma coisa pra se admirar mas ao mesmo tempo não podia olhar, era algo deles, não meu.

– Então, eles pretendem nos pegar hoje a noite. Pelo menos foi o que deu a entender. Os arcanjos não querem esperar mais e se apressam em acabar conosco. Chegou a hora. Nora, você vai convocar os nefilins. Eu vou reunir os anjos caídos que juraram fidelidade. –Patch disse sendo breve e rápido.

– Mas e eu? – Perguntei assustado.

– Você vai reunir seu irmão, se puderem tentem procurar Pepper, se não conseguirem não tem problema.

– Mas e depois?

– Depois vocês vão para o Delphic, o parque abandonado, acho que vocês sabem onde é. Nos encontramos a meia noite no parque. – Ele deu um sorriso.

– Claro que sei mas porque o Delphic? – Patch me olhou sério antes de responder.

– Porque foi onde tudo começou e vai ser onde tudo vai terminar.

Patch se dirigiu ao leste, em direção ao Bolsa do Diabo. Nora foi pra oeste, em direção a antiga casa dos Millar onde convocaria todos os nefilins. Eu fui para norte, onde era casa da minha vó e onde Harry poderia estar.

Andei calmamente enquanto usava a moto de Patch, já que Nora fora com meu carro e Patch estava usando o jipe. O caminho não era tão longo e eu não queria apressar meu fim.

A luz do quarto de Harry estava acesa, minha vó já estava dormindo e levei um susto assim que cruzei a porta do quarto do meu irmão.

– Emily?! - Não pude deixar de sorrir. - O que faz aqui? Como...? - Harry riu e olhou para Emily.

– Ela embebedou Castiel. Acredita? - E riu mais um pouco. Era meio surreal ter ela ali, não me importava de verdade com como ela havia fugido. - Ela deu um porre em um arcanjo.

– Harry - Emily pediu com a voz doce. - Pode nos deixar a sós?

– Claro - Ele olhou para nós - Mas é claro, já vou indo.

Mal esperei Harry sair do carro e abracei com todas as minhas forças. Ela me abraçou de volta e devemos ter ficado assim por um tempo. Depois nos soltamos um pouco e ficamos nos encarando.

Antes que ela pudesse dizer algo, a beijei. Beijei como se fosse a última coisa que fosse fazer na minha vida, e talvez fosse mesmo mas naquela hora não me importava mais.

Seu beijo era doce, com um gosto de caramelo. Seus lábios eram macios e se encaixavam no meu de forma correta. Eu me sentia em êxtase, se não a estivesse segurando nos braços, teria derretido ali mesmo. Aquele foi o momento da minha vida.

– Mason...

– Emily, eu amo você. Com todo meu coração, com todo meu corpo, com toda a minha alma. Com tudo que eu tenho. Tudo de bom que há em mim, vem de você. Se eu tenho algo bom dentro de mim, é o amor por você. E não há mais nada no mundo que eu queira além de poder estar com você. Emily Volkmer, eu te amo.

Os olhos dela transbordavam lágrimas, ela parecia querer dizer alguma coisa e havia um sorriso lindo estampado em seu rosto. A calei antes que ela pudesse dizer algo e logo sentia seus lábios sobre os meus de novo.

Teríamos ficado assim para sempre, se Harry não entrasse de fininho e nos assustasse.

– Hm...Me desculpe atrapalhar, é que hm... Acho que chegou a hora.

– Sim. - Emily disse ainda envergonhada. - Temos que ir.

Fomos em direção ao Delphic, a noite e a luz da lua, aquele parque dava mais arrepios do que nunca.

Ficamos bem no meio do parque, entre a montanha russa e a casa dos horrores. A sensação ruim percorria o tempo todo pelo meu corpo, aquilo era horrível. Segurei a mão de Emily e a olhei nos olhos.

"Não importa o que aconteça aqui. Eu te amo, Emily."

"Eu te amo, Mason."

Então sem aviso prévio, sons de asas foram ouvidos e na nossa frente, milhares de anjos aterrissavam na nossa frente. E liderando eles se encontrava Castiel.

"A guerra começou."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que vocês acharam? Não deixem de comentar e quem sabe uma recomendação?