Tempos Que Nunca Foram escrita por Bertinelli


Capítulo 1
A Cabine Azul


Notas iniciais do capítulo

Olá novo leitor! Seja bem-vindo!
Espero sinceramente que eu o ajude a embarcar nessa aventura mágica que é (ou que são) o(s) universo(s) de Doctor Who.

Para esse primeiro capítulo eu recomendo a leitura acompanhada dessa música aqui: http://www.youtube.com/watch?v=FRrOI7By5fc

Enjoy it!



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Era uma noite fria do outono britânico, de céu rosáceo, névoa álgida que gelava as ruas e a alma das pessoas. Uma mãe descontrolada, de coração arruinado, envolta num roupão lilás encarava o frio para berrar suas últimas palavras ao seu marido — agora, ex-marido — raivoso e magoado, que caminhava a passos pesados para longe da casa e família que deixava para trás.

Na janela superior uma luz estava acesa. Pelo vidro os olhos da menina se recusavam a crer no que presenciava — seu pai indo embora.

No peito da menina um aperto parecia sufocá-la e lágrimas de incompreensão brotaram, rolando grossas pelo rosto. Nenhum som era emitido, apesar da vontade imensa de gritar, e aos poucos a força de prender o choro enrubesceram sua face. Era tão, tão forte sua dor. Tão, tão forte teria de ser agora para fingir que tudo estava bem e amenizar a dor de sua mãe. Mas por quanto tempo teria de aguentar?

Chorou com todas as suas forças, sem fazer nenhum barulho. Por enquanto sua mãe não viria, pois chorava também, porém assim que as lágrimas dela secassem, sabia que se faria de forte, de mãe-super-heroina inabalável.

Então um ruído alto preencheu o seu quarto, indo do grave ao agudo, do grave ao agudo, numa agoniante escala cíclica que dava vontade de ranger os dentes.

Os olhos da menina quase saltaram das órbitas quando uma cabine de polícia se materializou ao lado de seu armário. Uma lâmpada no teto da cabine estava acesa, assim como o letreiro, e as janelas brilhavam num azul claro, quase branco. O coração dela quis pular do peito quando a porta se abriu.

De dentro saiu uma fumaça acinzentada e um homem cambaleante, muito magro, de cabelos claros arrepiados, terno risca de giz e all-star vermelhos, tossindo compulsivamente.

— Oh, olá! — ele disse entre uma tosse e outra com um sorriso entusiasmado no rosto, e desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar deixar os capítulos não muito extensos, para ficar uma leitura mais suave e deixar todos na curiosidade... :P