Fall In Love [HIATUS] escrita por sckespinosa


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOi gente, tudo bem?
Eu senti tanta a falta de você
*u*
Bom, sem mais delongas aqui está o capítulo.
Espero que gostem.



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"Você já sentiu como se conhecesse alguém, acha que sabe de tudo que ele é capaz de fazer e então ele te surpreende?" Skins

Arrancamos noite adentro por estradas rurais escuras. O vento golpeava o Camaro. A chuva açoitava o para-brisa. Eu não sabia como Sally conseguia ver alguma coisa, mas ela mantinha o pé no acelerador. Toda vez que um relâmpago produzia um clarão, Percy olhava para Grover sentado ao seu lado no banco de trás e ficava quieto. Deve estár pensando se o que ele está enxergando é verdade, afinal, Grover estava literalmente sem calça. Depois de alguns minutos no silêncio, ele falou:

– Então, vocês e minha mãe... se conhecem?

Os olhos de Grover moveram-se rapidamente para o espelho retrovisor, embora não houvesse carro nenhum atrás de nós.

– Não exatamente – disse ele.

– Quer dizer, nunca nos encontramos pessoalmente. Mas ela sabia que nós estavamos observando você. - completei.

– Observando, a mim?

– Estavamos de olho em você. Cuidando que estivesse bem. Mas nós não estavamos fingindo ser seus amigos - acrescentou apressadamente. - Somos seus amigos.

– Ahn... o que o Grover é?

– Isso não importa neste momento, Percy. - respondi.

– Não importa? Da cintura para baixo, o meu melhor amigo é um burro...

Grover soltou um agudo e gutural:

– Bééééé!

– Eu não disse, Grover? Está me devendo cinco dracmas.

– Bode! - exclamou. - E eu não vou te pagar cinco dracmas Andy, você sabia que ele iria falar que eu sou um burro ao invés de bode.

– O quê?

– Eu sou um bode da cintura para baixo.

– Mentira, Percy. Ele é sim um burro. Ou como eu gosto de chama-lo: ele é um menino- jegue.

– Mas, você acaba de dizer que não era importante.

– Béééé! Alguns sátiros poderiam pisoteá-lo por causa de tamanho insulto!

– Opa. Espere. Sátiros. Você quer dizer como... os mitos do S. Brunner?

– Aquelas velhas na banca de frutas eram um mito, Percy? A Srª. Dodds era um mito? - perguntei.

– Então você admite que havia uma sra. Dodds!

– É claro.

– Então porque...

– Quanto menos você soubesse, menos monstros atrairia - expliquei. - Eu pus a Névoa diante dos olhos humanos. Tínhamos esperanças de que você achasse que a Benevolente era uma alucinação. Mas não adiantou. Você começou a perceber quem você é.

– Quem eu... espere um minuto, o que você quer dizer?

Um estranho rugido ergueu-se novamente em algum lugar atrás de nós, mais perto do que antes. O que quer que estivesse nos perseguindo ainda estava na nossa cola.

– Percy - disse minha mãe -, há muito a explicar e não temos tempo suficiente. Precisamos pôr você em segurança.

– Em segurança como? Quem está atrás de mim?

– Ah, nada demais - disse Grover, obviamente ainda ofendido com o comentário sobre o burro. - Apenas o Senhor dos Mortos e alguns dos seus asseclas mais sedentos de sangue.

– Grover. - briguei com Grover ao mesmo tempo que Sally, ainfal, não estavamos aqui para assustar o Percy.

– Desculpe Srª. Jackson. Poderia dirigir mais despressa, por favor?

Sally fez uma curva fechada para esquerda. Desviamos para uma estrada mais estreita, passando com velocidade por casas de fazendas às escuras, colinas cobertas de árvores e placas que diziam - COLHA SEUS PRÓPRIOS MORANGOS - sobre cercas brancas. Finalmente estavamos chegando em casa.

– Aonde estamos indo? - Percy perguntou.

– Para o acampamento de verão de que falei. - A voz de Sally estava tensa, ela estava tentando não parecer assustada. - O lugar para onde seu pai queria mandá-lo.

– O lugar para onde você não queria que eu fosse.

– Por favor, querido - implorou ela. - Isso já é bem difícil. Tente entender. Você está em perigo.

– Porque umas velhas senhoras cortaram um fio de lã.

– Aquilo não eram velhas senhoras - disse Grover.

– Eram as Parcas. Você sabe o que significa... o fato de elas aparecerem na sua frente? Elas só fazem isso quando você está prestes a... quando alguém está prestes a morrer. - completei para Grover, sabia que ele não conseguiria falar.

– Não, eu não disse. Eu disse, "alguém"

– Você quis dizer "você". Ou seja, eu.

– Eu quis dizer você como quem diz "alguém". Não você, Percy, mas você, qualquer um.

– Quietos. - disse Sally.

Ela puxou o volante com força para a direita e eu tive um vislumbre de um vulto do qual ela se desviara - uma forma escura e ondulada, agora perdida na tempestade atrás de nós.

– O que foi aquilo? - Percy perguntou.

– Estamos quase lá - disse Sally ignorando a pergunta do Percy. - Mais um quilômetro e meio. Por favor. Por favor. Por favor.

Passou alguns minutos e quando Percy iria falar alguma coisa, houve um clarão ofuscante, um Bum! De fazer bater o queixo, e o carro explodiu. Lembro-me de ter me sentido sem peso, como se estivesse sendo esmagado, frito e lavado com uma mangueira, tudo ao mesmo tempo.

– Ai. - disse Percy.

– Percy! - gritou Sally.

– Estou bem...

Tentei sair do carro mas a minha porta não estava abrindo e o airbag também não estava colaborando.

– Grover!

Olhei pra trás tentando ver o que estava acontecendo, aparentemente, ele estava caído de lado, com sangue escorrendo do canto da boca. Percy começou a sacudir o seu quadril peludo quando ele gemeu:

– Comida.

– Percy, Audrey - disse Sally -, temos de.. - ela titubeou.

Tentei novamente olha para trás, num clarão de relâmpago, através do pára-brisa traseiro salpicado de lama, vi um vulto andando pesadamente na nossa direção no acostamento da estrada. Aquela visão fez minha pele formigar. Era a silhueta de um sujeito enorme, como um jogador de futebol americano. Parecia estar segurando uma manta por cima da cabeça. A metade superior dele era volumosa e indistinta. As mãos erguidas davam a impressão de que ele tinha chifres. O reconheci imediatamente... era o Minotauro.

– Quem é... - Percy tentou falar mas Sally o interrompeu.

– Percy - disse Sally, estremamente séria- ajude Audrey e saia do carro.

Ela se jogou contra a porto do lado do motorista. Estava emperrada na lama. Percy tentoa sua. Emperrada também. Então, desesperadamente, ele ergou os olhos para o buraco no teto. Entendi na hora, poderia ser uma saída, mas as bordas estavam chiando e fumegando.

– Saiam pelo lado do passageiro. - disse Sally. - Percy, vocês tem de correr. Está vendo aquela árvore grande?

– O quê?

Outro clarão de relâmpago e pelo buraco fumegante no teto eu vi a arvore a que ela se referia: era o pinheiro de Thalia, no topo da colina.

– Mamãe, você também vem.

O rosto dela estava pálido, os olhos tristes. Então, tentei ajudar também. Sabia que Percy não iria sem Sally.

– Ele tem razão Sally, você deve vir. Pode nos ajudar a carregar Grover.

– Comida! - gemeu Grover, um pouco mais alto.

O Minotauro estava chegando mais perto.

– Ele não nos quer - disse Sally. - Ele quer você. Além disso, não posso ultrapassar os limites da propriedade.

– Mas...

– Não temos tempo, Percy. Vão. Por favor.

Então, eu finalmente consegui abrir a porta. Virei-me para ele e disse:

– Nós vamos juntos. Venha, Sally.

– Eu já disse que...

– Mamãe! Eu não vou abandonar você. Ajuda aqui com Grover.

Percy não esperou pela resposta dela. Passou para o banco da frente e arrastou-se para fora do carro, puxando Grover consigo. Então, Sally saiu do carro também e juntos, puseram os braços de Grover nos seus ombros e começamos a subir a colina aos tropeções, com o capim molhado na altura de cintura.

Olhei de relance para trás e via a imagem do Minotauro. Olha, eu já tinha visto o Minotauro mas a sua imagem ainda me assustava. Tinha, fácil, mais de dois metros, e os braços e pernas pareciam algo saído da capa da revista Músculos - bíceps e tríceps saltados e mais um monte de outros ceps, todos estufados como bolas de beisebol embaixo de uma pele cheia de veias. Ele usava roupas, a não ser cuecas - branquíssimas, da marca Fruit of the Loom -, o que teria sido engraçado não fosse o fato de a parte superior de seu corpo ser tão assustadora. Pêlos marrons e grossos começaram na altura do umbigo e iam ficando mais espessos à medida que chegavam aos ombros. Seu pescoço era uma massa de músculos e pêlos que levavam à enorme cabeça, que tinha um focinho tão comprido quanto meu braço, narinas ranhentas com um reluzente anel de bronze, olhos pretos cruéis e chifres - enormes chifres preto-e-branco com pontas que você não conseguiria fazer nem num apontador elétrico.

Vi que Percy também tinha olhado para trás.

– Aquele é...

– O filho de Pasífae - disse Sally. Gostaria de ter sabido antes o quanto desejaram matar você.

– Mas ele é o Mino...

– Não pronuncie o nome - adverti. - Os nomes têm poder.

O pinheiro de Thalia ainda estava longe - pelo menos cem metros colina acima.

Dei outra olhada para trás.

O Minotauro se curvou por cima do carro, farejando. Eu não sabia muito bem por que ele se dava a esse trabalho, já que estávamos a apenas quinze metros de distancia.

– Comida? - gemeu Grover.

– Shhh. - fez Percy. - Audrey, o que ele está fazendo? Não está nos vendo?

– Sua visão e sua audição são péssimas - disse. - Ele se orienta pelo cheiro. Mas vai perceber onde estamos logo, logo.

Como que na deixa, o Minotauro bramiu de raiva. Ele agarrou o Camaro pela capota rasgada, o chassi rangia e gemia. Ergueu o carro acima da cabeça e atirou-o na estrada. Aquilo se chocou contra o asfalto molhado e deslizou em meio a um chuveiro de fagulhas por cerca de quinhentos metros antes de parar. O tanque de gasolina explodiu.

– Percy - disse Sally. - Quando ele nos vir, vai atacar. Espere até o último segundo, depois saia do caminho. Ele não consegue mudar de direção muito bem quando já está atacando. Você entendeu?

– Como você sabe tudo isso?

– Estou preocupada com um ataque há muito tempo. Devia ter esperado por isso. Fui egoísta, mantendo você perto de mim.

– Mantendo-me perto de você? Mas...

Outro bramido de raiva e o Minotauro começou a subir pesadamente a colina.

Tinha nos farejado.

O pinheiro estava a apenas mais alguns metros, mas a colina era cada vez mais íngreme e escorregadia, e percebi que Grover estava ficando cada vez mais pesado.

O Minotauro se aproximava. Mas alguns segundos e estaria em cima de nós.

Sally devia estar exausta, mas carregou Grover.

– Percy, vá. Eu tentarei impedir que o Minotauro alcance vocês.

– Não, Andy... - Percy tentou balbucionar mas não conseguiu.

– VÁ. - gritei e por fim eles foram.

– Agora é só você e eu. - E ataquei.

Comecei a correr em sua direção e quando estava chegando perto apertei meu anel que no mesmo instante se transfmorou em Harpe, a minha espada. Comecei a duelar com o Minotauro. Eu com Harpe e ele com uma machado. Ele estava com vantagem por seu tamanho e seu machado, mas eu era rápida. Porém, num movimento ele conseguiu me pegar, e aproveitou para quebrar minhas costelas; Segurei um gemido de dor e então ele me ergueu. Aproximou seu rosto de mim e rosnou. Achei que iria morrer naquele instante, mas ele me tacou na direção do Acampamento. Quando dei por mim tinha caído no meio do refeitório e estava tudo quieto.

Mesmo entando um pouco tonta consegui vizualizar o Quíron galopando em minha direção com uma cara de preocupado.

– Di Immortales, Audrey. O que aconteceu?

– Minotauro... Percy... Grover... Colina. - foi tudo o que eu consegui dizer antes de ouvir Quíron dizer.

– Chalés de Ares e Apolo vão para a colina, rápido. Annabeth, vá também.

E por fim, desmaiei.


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