– Hora veja só se não é o pequeno Proibido! - Gelei ao ouvir essas palavras saindo da boca do demônio superior - Ao que devo a honra de receber uma chamada sua ? - comecei a transpirar ao ouvir o sarcasmo na voz dele (Droga de corpo humano e suas reações! Agora entendo o porque de aquela maldita Leviatã ter sido banida para a Terra e não para Neidres!) - Vejo que está nervoso Caio aconteceu algo? - Vi seus olhos brilhando (Acho melhor contar sobre o "obstáculo" para meu pai mesmo...) escutei vozes vinda de onde ele se encontrava.

- N-Não Lucífer imagina é que eu gostaria de fazer umas perguntas sobre a missão para meu pai - Vi os olhos dele brilharem mais uma vez (Agora to lascado.)

- Hora, acredito que você pode me fazer essas perguntas certo? - (Pois é estou entre o forno e frigideira...) Meio sem-graça e tentando fugir de Lucífer que se encontrava com um sorriso sarcástico nos lábios falei

-Perdoe-me Lucífer mas creio que você tem coisas melhores a se fazer do que responder as perguntas de um reles serviçal, peço-lhe perdão por te roubar este precioso tempo - Vejo um vulto se aproximar dele e falar baixo para minha surpresa o vulto revelou ser meu pai em sua forma humana, este colocou uma mão no ombro de seu superior.

- O meu filho está certo Lucífer, deixe que eu respondo suas perguntas - Sinceramente suspirei de alivio ao perceber que era meu pai.  Percebo que o sorriso no rosto do demônio superior se tornou mais visível (...) - Com licença

Meu pai pegou "chamada" e saiu de onde estava com pressa, pude ver que passávamos por vários pilares pintados de uma mistura de branco e vermelho e moldados em espiral, havia portas de madeiras grandes fechadas nas paredes haviam figuras, lembranças, quadros. Desviei um pouco o olhar da "paisagem" e foquei em meu pai, que se encontrava com uma expressão indecifrável (Isso não é bom, eles estão em CyFlei, devo ter interrompido uma reunião realmente importante).

 "Nós" entramos em um cômodo escuro onde eu consegui distinguir apenas as silhuetas de umas cadeiras e algo Muito alto no canto de algum lugar, meu pai soltou a chamada no ar e se virou para mim mas apesar de tudo falou calmamente

- Posso saber o que é tão importante para você interromper uma reunião em CyFlei? - Estranhei o tom de meu pai, ele normalmente ficaria nervoso pois as reuniões só acontecem neste local quando são para discutir assuntos que envolvem os "Mundos Demoníacos", assim chamados pelos  celestes, essas reuniões dificilmente acontecem pois cada mundo tem seu governante e eu acabei de interromper uma...

-Pai eu tenho uma noticia não muito boa sobre a missão - Meu pai suspirou foi até a silhueta e arrastou para frente da "chamada" se sentando (Ele deve ter alguma coisa essa é a única explicação para ele estar agindo desta maneira)

-Sei que você deve estar estranhando meu comportamento, mas nos últimos tempos Lucífer tem me mandado direto para conferencias com nossos aliados- ele apoiou sua cabeça nas mãos - enfim qual é a noticia? Eu vi pela sua expressão que você não estava nem um pouco afim de contar para Lucífer - (Que bom que o humor dele está assim, se fosse antes acho que perderia a cabeça com essa "noticia"

-Sabe a Proibida que eu tenho que trazer? - Ele assentiu com a cabeça - Então você tinha razão, os anjos sabem da existência dela e o pior de tudo é que ela tem um protetor - Vi o rosto de meu pai se contorcer em umas caretas e ele se endireitou na cadeira - Encontramos eles hoje mas não tivemos a chance de atacar devido as regras Hunters, e também nenhum de nós estava preparado para enfrentar um protetor... - Deixei a frase inacabada e esperei alguma reação do meu pai. Este me fitou através da chamada e disse

- Lamento Caio mas se era ajuda que você estava esperando encontrar devo dizer-lhe que isso está impossível no momento, todos estão muito aflitos com a quebra do acordo entre os Mundos e também estão esperando que uma guerra comece por nossa parte e pela dos anjos. - Assenti com a cabeça, entendia o que isso queria dizer (Tenho que me livrar do anjo por conta própria), do meu lado da chamada escutei um barulho olhei para a maçaneta da porta e vi ela voltar para sua posição original (Deve ser o Matheus), voltei o olhar para me pai e percebi que ele já estava de pé

- Filho parece que ambos temos compromissos, então até uma próxima - Ele hesitou um pouco - Espero que tenha dito tudo o que queria pois na próxima vez que nos vermos meu humor pode não estar muito " doce " - Assenti com e com a cabeça e ouvi a maçaneta ser mexida novamente (Será mesmo que é o Matheus? Acredito que o hotel não deixaria nenhuma fã subir para o meu quarto sem a minha permissão), a chamada se encolheu para um mínimo pontinho e sumiu, vire-me e fui em direção a porta eu abri a porta rapidamente e disse

- Nunca ouviu fal.... - Travei ao olhar para a mulher que estava parada na frente do meu quarto, ela tinha cabelos ondulados e ruivos claros, sua estatura era pequena e se encontrava com o rosto sério (O que ELA esta fazendo aqui?)

- Você sabe que eu nunca mais quero ver o seu rosto ou o daquele traste, por isso me deixe entrar é muito importante

CAIO OFF

FIM DA QUEBRA NO TEMPO (1)

 QUEBRA NO TEMPO (2)

FELIPE [o anjo para quem não sabe...] ON

"Pai...Mundos...Vermelho...Leviatã...Lucífer..."

Enquanto Marrie estava desmaiada resmungava essas palavras e a cada uma que passava eu ficava cada vez mais nervoso (Se acalme! Ela deve estar tendo uma visão do passado de seus pais...Isso não quer dizer que ela vai descobrir...), fitei os corpos estendidos no chão e avaliei os traços da Leviatã. Ela fora banida por Lucífer, teve seus poderes e sua forma verdadeira trancafiados dentro deste corpo humano (Isso foi inteligente da parte deles...).

"...Os demônios são quase imortais mas quando tem seus poderes selados, como ela teve, não aguentam sustentar sua real forma então tem que mudar para um corpo que se adapte com o passar do tempo ao seu estado físico e sempre que isto acontece é para demônios poderosos e perigosos, como ela, serem mortos com muita facilidade.

Então além dela estar indefesa nesta forma, acreditaram que não conseguiria se adaptar vendo que o corpo humano tem muitas sensações amais que os outros corpos e também é um dos poucos que quando é "usado" por muito tempo...Como anos na terra, acabam por passar a ter as mesmas reações humanas, como envelhecer, engravidar, sangrar.

Deve ter sido realmente difícil para ela se adaptar a esta nova vida fugindo de anjos que hoje são seus aliados, ter varias tentativas de ser morta pelas pessoas que antes diziam ser suas amigas, se acostumar com o novo corpo...Acredito que Samuel deve tê-la ajuda muito."

Continuei fitando seu rosto que apesar de tudo ainda tinha uma certa beleza, agora ela aparentava ter uns 32 a 35 anos de idade, seus cabelos lisos eram de um preto parecido com petróleo seu nariz era discreto sua boca era pequena mas chamava atenção por sua coloração avermelhada, ela tinha poucas sardas embaixo de seus olhos, (Mesmo sendo bonita nos padrões terrestres a aparência dela agora com certeza não chega aos pés de sua verdadeira forma).

Desviei os olhos para Marrie, esta se encontrava com o rosto contorcido em alguma caretas, no "corpo" humano da menina só era diferente da mãe, os cabelos lisos eram de um castanho escuro  tirando isso o "resto" era igual. (Tenho certeza de que ela nunca viu sua verdadeira forma, como será que ela é visto q ela é filha da leviatã) fiquei desconfortável com o pensamento e desviei o rosto, mas escutei um barulho vindo daquela direção e ao voltar meu olhar vejo Marrie sentada e arfando.

-Marrie... - Sem perceber pego um pacote de bolacha que estava do meu lado e estendo para ela (De onde saiu esse troço?) - Hum...Acho melhor você comer um pouco - Vi ela virar o olhar para o céu e depois voltar seu olhar para o pacote e Bill, este estava com os olhos se fechando e encarava a mochila com muito sono.(Por isso ele estava tão quieto!)

–Onde vocês acharam bolachas? – Perguntou ela, eu fiquei quieto vendo ela nos analisar com os olhos, mas Bill de repente se move e eu desvio os olhos

– Estão amaçadas e meio murchas, espero que não se importe – Falou Bill meio cansado, ele se deitou e olhou para a Marrie pelo canto do olho – Se um de nós fosse procurar comida ou abrigo e o outro ficasse para vigiar vocês iriamos ficar mais “indefesos” por assim dizer então achamos melhor esperar vocês acordarem - (Pois é todos homens são pecadores até os que tem a função de caçar anjos...Ele além de assassino é mentiroso) - mas agora...eu lamento estou com sono e já sou velho...bom um pouco, vou dormir Felipe aproveite a noite e ensine a ela o que o pai não pode ou seja a controlar corretamente seu poderes - (Como ele sabe o meu nome ? Eu contei para ele?) enquanto Bill falava mais algumas coisas eu estava entretido com os meus pensamento, mas acabo por voltar a prestar um pouco de atenção em suas palavras - ...Controlar corretamente seu poderes... Se tentar ensinar mais algo para ela que não seja isso... Eu e minha amiga aqui voltaremos aos velhos hábitos. - (Ele quer que eu ensine Marrie? Pera o que ele estava falando antes?) Em meio as tentativas em vão de recordar o que ele falava Bufei irritado. – Parece que não tenho com o que me preocupar,Boa noite Marrie - Esta sorriu enquanto o homem se preparava para dormir.

Uma brisa passou e eu achei bom sentir o "ventinho" no rosto, escutei Marrie dar uma risada - – Algum problema? – Lamentei por minha voz ter saído tão desinteressada

– Não nenhum. Então Felipe...O que aconteceu enquanto eu estava desmaiada? –   (Parece que ela presta mesmo atenção no que falamos...Ainda quero saber como ela matou a arma e o que aconteceu no sonho, mas acho que terei que perguntar isso em um lugar mais afastado para que ele não escute)  Eu me levantei e me espreguicei, percebi que ela moveu a cabeça, comecei a andar em direção a mata que estava atrás dela.- Vai aonde? Pensei que Bill tinha dito para me ensinar a controlar meus poderes. - (Ah então era isso mesmo que ele queria...pelo visto tem medo de que os poderes da garota saiam de controle)

– EU não vou, NÓS vamos! - Ela me encarou após eu dizer estas palavras - Eu irei te ensinar, por isso precisamos nos afastar deles – Ajudei ela a se levantar - Seu tio pode ser bem...Perigoso...Quando quer - Falei olhando para a katana, notei que ela parecia surpresa -  Sim eu percebi! Mas te treinar não é o único motivo de eu querer me afastar daqui, tenho umas perguntas que precisam ser respondidas e algumas respostas para as suas perguntas então prefiro que eles não escutem...Para seu próprio bem. - Comecei a andar deixando ela para trás (Deus que ela confie em mim o suficiente para me seguir).

Passei pouco tempo andando em direção ao centro da mata , se é que esta mata tem algum centro, parei perto de uma árvore e me virei, vi que ela não estava atrás de mim em tão sentei e fiquei esperando (Será que ela se perdeu?), escutei um barulho de aproximação e a vi chegando. (primeiro tenho que fazer com que ela me mostre como matou, isso irá ser difícil vendo que ela ainda não sabe controlar muito bem seus poderes)

– Finalmente, achei que tivesse decidido não confiar no seu protetor, ou quem sabe você vinha atrás de mim mas se perdeu no caminho e ficou desesperada! - Ainda sentado dei um sorriso para irrita-la (Quem sabe se eu a deixar brava o poder que ela usou aparece)

– É mas isso não aconteceu - (Está funcionando....) - O que realmente uma pena! Se isso tivesse acontecido, aposto que Bill iria voltar aos “velhos hábitos”.Gostaria muito de ver esta cena -(Bom, agora é só continuar até os poderes aparecerem.)

–Parece-me que eu tinha razão! Você realmente é sádica! - Ela franziu o rosto mas logo falou

– Certo PERIQUITO, era só isso que você queria? - Tive vontade de rir do que ela acabara de falar mas me segurei. Levantei-me rápido e falei o seu ouvido

–Quem diria, minha protegida é sadomasoquista! - Ela começou a tremer imperceptivelmente aos olhos humanos, me afastei e voltei para a árvore.

Ela moveu a perna com intenção de me chutar mas eu fiquei parado um pouco vendo a luz que acabava contornar a  perna da garota, sai do local que estava antes da perna dela me atingir, ouvi um barulho e olhei para a árvore que agora se encontrava "meio quebrada" por causa do golpe da menina (Ela usou o Phinon...) percebi que ela me olhava e falei

–Agora entendo como matou o gato!

FELIPE OFF

FIM DA QUEBRA NO TEMPO (2)