A.N.J.O escrita por Nadeshico, JapanSora


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi gente voltamos.....

Nós temos muita coisa para dizer a vocês mas ia ficar chato eu escrever mais uma desculpa falar do pq demorei e coisa e tal .

Então quero agradecer as oito pessoas que continuaram aqui se eu soubesse o nome de cada uma delas eu juro escreveria para cada uma um agradecimento.



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Lúcifer ON

Muito Tempo Atrás (O Começo de Tudo)

—Lú....Lúcifer....Lúcif...- Comecei a piscar e algumas lágrimas caíram de meus olhos, olhei em volta tentando lembrar onde eu estava – Você está bem? - Voltei meu olhar para a pessoa a minha frente e encontrei um rosto amigo, o jovem rapaz de cabelos castanhos e de olhos âmbar me olhando, agora, com certo alívio – Graças, achei que teria que carregá-lo para casa novamente - Senti minhas bochechas corarem ao lembrar deste pequeno episódio, não sei porque mas sempre que entro em um pensamento que me entretêm eu me desligo do lugar ao meu redor.

—Muito engraçado Gabriel, muito mesmo, olhe estou chorando de tanto rir – Levantei-me da cadeira, assim como o resto da turma que já saiam da sala e iam para casa, passando a mão nos locais úmidos onde as pequenas gotas salgadas aviam traçado uma trilha. Vi o rosto de Gabriel se iluminar com um sorriso e desviei o olhar sem graça. - Enfim vamos para casa, logo escurecerá mais e eu não estou afim de ser confundido com um Seltmer novamente– Virei-me em direção a porta e senti meu pulso ser segurado e um calor, digamos que, confortável começou a se espalhar por meu braço. Olhei para o jovem atrás de mim e o vi com um rosto curiosamente sério.

—Eu também quero ir para casa logo, mas infelizmente eu tenho um......amigo que passou simplesmente a última aula inteira sonhando com sabe-se lá o que, e eu tenho que passar a matéria para ele porque eu quero que ele se forme junto comigo.- Ele soltou meu braço e eu senti um leve formigamento naquela região fitei o chão por um instante e logo voltei a olhá-lo

- Mas você não pode me passar a matéria em casa? Afinal nós dois moramos juntos - Senti meu rosto esquentar com a pergunta, esquentar muito. Ele deu um sorriso malicioso mas logo voltou a expressão séria que tinha antes.

—Eu até poderia...- Disse ele se aproximando mais de mim – Mas eu sei que não conseguiria me concentrar na minha obrigação por muito tempo... – Continuou, levando a mão a minha bochecha e passando levemente no local – E também eu tenho algumas duvidas para saciar e já que eu não posso contar com você terá que ser com os livros mesmo. - Tirou sua mão de meu rosto e se virou na direção contraria – Vamos para a Biblioteca temos muito a fazer. - Ainda sentia seu toque no meu rosto, quente, suave....carinhoso. Como eu desejava que esta sensação durasse por muito, mas muito tempo.

Segui ele até a Biblioteca em silencio, ainda apreciando aquele pequeno e breve toque em minha bochecha. Paramos em frente a porta e como ele estava em minha frente esperei que abrisse-a, o que não aconteceu. A porta de entrada tinha a parte de cima de vidro e a parte de baixo era de uma madeira escura, assim podíamos ver o que acontecia dentro da Biblioteca, não que nós, os estudantes, precisássemos ser vigiados mas sabe aquele ditado que fala “Confiança é bom, mas controle é melhor” ? Então por aqui é assim, e eles usavam a desculpa de que “jovens são irresponsáveis não sabem o que fazem”. Havia uma pessoa dentro da sala, uma garota para ser mais exato.

—Então, não vamos entrar? Achei que queria me passar a matéria e retirar as duvidas – Perguntei com certa indiferença, percebi sua mão hesitante na porta e fiquei um pouco preocupado – Gabriel... Ei tudo bem? - Ele se virou na minha direção sem expressão

—Claro – E empurrou a porta. O local estava meio frio o que fez com que um arrepio percorresse o meu corpo e eu me abraçasse (Estranho estava tão quente lá fora) – Pegue, é normal aqui estar mais frio....- Gabriel me esticou um manto grosso e preto, que aparentemente surgiu do nada...

—Obrigada – Peguei a roupa e reparei que ele não estava vestindo nada mais que uma simples túnica bege – Mas você não ficará com frio? – Ele negou com a cabeça e deu um sorrisinho simples, nossa era....interessante, como uma coisa tão boba como essa me fazia corar.

—Já estou acostumado, eu vinha bastante aqui antes de ser seu....Colega de quarto. - Ele foi em direção á uma mesa vazia perto da janela e puxou uma cadeira sentando-se nela, pegou um pequeno amontoado de coisas e jogou-as em cima da superfície plana. Pude reconhecer alguns objetos uma pena, um papiro amassado em brancos outros com anotações -Então, sente-se pode parecer pouca coisa mas você sabe como os exercícios de transmutação podem ser complicados.

—Claro....- Sentei-me a sua frente e peguei um tinteiro e uma pena – Será que eu posso pegar um dos seus os meus acabaram tenho que ir amanhã comprar mais.... - Ele assentiu com a cabeça e eu peguei um papiro meio amassado o estendi sobre a mesa, mas antes que eu pensasse em pegar suas anotações para copiar senti algo me abraçar por trás e estremeci pois eu conhecia muito bem aquela presença, olhei para Gabriel e ele estava com uma expressão mortífera.

—Parece que hoje o nerd não estava prestando atenção na aula – Disse uma voz masculina próxima ao meu ouvido, sem qualquer reação da minha parte senti um vento forte passar pelo meu rosto e levar o peso que me abraçava junto, senti a áurea de poder atrás de mim aumentar e a de Gabriel também, este já se encontrava de pé e em suas mãos duas consideráveis esferas de ventos – Nossa....Acordou do lado errado da cama hoje, Gabi ? - Levantei-me correndo e sussurrei.

—EDUC – Senti a rajada de vento produzida por mim se tornar forte e densa, nos levando para fora da sala, deixando para trás uma enorme bagunça, eu tinha certeza que ainda hoje teríamos que arrumá-la. Quando chegamos a “céu aberto” fiz com que os ventos parassem e derrubassem eles no chão. Ajudei Gabriel a se levantar e o puxei para o meu lado longe do outro aprendiz – Acalmem-se. - falei baixo mais tinha certeza de que eles aviam escutado.

—O que quer Miguel? - Perguntou o aprendiz que estava ao meu lado, com uma voz fria e áspera. Escutei uma risada vinda do rapaz que tentava se levantar do chão e foquei meu olhar nele

—Credo, quanta violência...Olhe! Sua recepção nada agradável me deixou todo machucado – Ele se postou em pé, e olhou em minha direção com um sorriso malicioso brotando em seus lábios ( Não vai sair nada de bom nisso....) - Bom é como minha mãe costumava a dizer...Nada que um “beijinho” não cure né? - Ao terminar sua frase senti seus lábios serem pressionados e sua língua adentrava em minha boca. Na hora ocorreu-me a ideia de mordê-lo e lhe causar um grave ferimento, seria engraçado ver ele tentar explicar o acontecido aos outros, mas infelizmente Gabriel lhe deu um soco no estômago,antes que eu pudesse mordê-lo, e o jogou contra uma árvore com um barulho que me fez pensar que ele poderia ter ficado aleijado. Senti Gabriel passar os braços pelos meus ombros e me puxar para perto em um gesto protetor e ao mesmo tempo possessivo.

—Não sou nenhuma criança que precisa de proteção – Lhe falei olhando para meus pés e saindo de seu aperto. Ele me soltou mas se aproximou de meu ouvido e disse.

—Eu sei muito bem que você é mais forte e...Ágil que eu e conseguiria se defender sozinho, mas eu também tenho o direito de cuidar do que é MEU, nem que seja uma vez.- Ouvimos Miguel tentar se levantar novamente (Céus, ele ainda consegue se manter de pé?). Vi Gabriel cerrar os punho quando o outro se pois totalmente sobre as duas pernas – Se era isso que queria, acho bom ir embora pois se tentar mais algo outra vez não serei tão bonzinho. - Disse ele de forma sombria

—Eu sei – Disse Miguel sorrindo – O que me deixa realmente aliviado é que você agiu antes de Lúcifer, se tivesse hesitado mais um pouco creio que ficaria sem a minha língua ou coisa pior. – Ele olhou diretamente para mim – Não é ?– Mesmo não querendo dei um pequeno sorriso, ele me conhecia mesmo. - Em fim, vim atrás de vocês porque o Senhor disse que quer vê-los, agora, nos aposentos dele. - Um arrepio passou por minha pele e olhei para Gabriel, ele estava de punhos cerrados, maxilares trincados e olhos muito, mas muito ameaçadores.

—Com uma notícia importante dessas você prefere me provocar assediando Lúcifer para depois contá-la? - Perguntou tentando esconder a raiva e falhando miseravelmente

—E qual seria a diferença se eu falasse antes? - Perguntou Miguel sorrindo – Queria Beijá-lo de qualquer forma e você não conseguiu me impedir. Essa foi a parte mais divertida. - Vi que Gabriel queria partir para cima de Miguel, agindo rapidamente consegui conjurar uma série de correntes que os deixaram presos e sem movimentos.

—Obrigada pela notícia. —Virei-me de costas e fiz com que Gabriel levitasse ao meu lado, percebendo a indignação deste disse – Vocês ficarão assim até que cheguemos a porta dos aposentos do Senhor. - Comecei a andar em direção ao dormitório, sem esperar para ouvir reclamações.

Ao andar pelos corredores pude ver os olhares dos aprendizes e dos professores curiosos para saber o que havia acontecido para Gabriel estar preso. Sabia que por mais quieto que ele poderia estar, dentro de si com certeza estava planejando alguma coisa como vingança contra Miguel e contra mim.

“Eu sei muito bem que você é mais forte e...Ágil que eu e conseguiria se defender sozinho, mas eu também tenho o direito de cuidar do que é MEU, nem que seja uma vez.”

Lembrar desta fala fez minha face esquentar, isso já havia acontecido antes pois Miguel sempre arranja uma maneira de me...Atacar e isso sempre faz com que Gabriel fique muito bravo. Ao contrário do que parece eu sou forte e muito mas minha aparência faz parecer que eu sou frágil e meio lento, várias pessoas já tentaram tirar vantagem de mim por isso e acabaram se arrependendo logo depois, mas graças a isso eu desde pequeno era sozinho quando conheci Gabriel nós já havíamos entrado para a Decisão, ele não é nem um pouco parecido comigo em vários aspectos mas desde a primeira aula ficou junto comigo. Meus pensamentos foram interrompidos quando uma porta em especial apareceu em nossa frente.

— Dimittam – Falei e Gabriel foi solto

—Da próxima vez que me impedir de...... - Escutamos a porta ser aberta e voltamos nossa atenção para ela, e vumos um homem já com certa idade saindo por ela e parando na nossa frente com um sorriso sincero.

—Ha! Então eram vocês. Gostaria de saber porque estavam demorando por isso vim aqui fora para procurar – Ele nos deu passagem nos incentivando a entrar. Não era a primeira vez que eu entrava nos aposentos do Senhor mas no entanto a sua...Grandeza ainda me assustava, tinha praticamente o triplo dos dormitórios comuns, mas em seu interior havias as coisas mais inusitadas de se esperar - Pedi para que Miguel os avisassem já faz um tempo, aconteceu algo? - Eu e Gabriel nos olhamos e ele disse com uma formalidade incrível

—Nos desculpe Senhor, Miguel nos avisou mas ouve um contratempo e nos atrasamos. - O Senhor se sentou em uma poltrona e nos ofereceu as outras, nós agradecemos e nos sentamos em sua frente.

—Não há porque se desculpar, o meu pedido foi repentino eu que lamento – Disse nos e se ajeitou um pouco mais em sua poltrona – Aceitam algo? - Direcionando para uma bandeja com os mais variados alimentos.

—Não obrigado – Dissemos juntos. Vimos ele pegar uma xícara e encher com um liquido claro e com um aroma desconhecido.

—Eu pedi para chamá-los aqui porque tenho uma missão para você Gabriel e para você Lúcifer tenho um simples mas importante pedido. - Ambos estranhamos tal fala e o aprendiz ao meu lado foi o primeiro a se manifestar.

—Mas Senhor, não nos graduamos. Ainda nos falta várias décadas para podermos participar da Escolha.

—Eu compreendo a reação de vocês mas a nossa missão não se resume a um pedaço de papiro com anotações – Disse-nos com gentileza – Quando chegarem na Escolha terão que decidir o que se tornar e a partir dai terão que agir por conta própria, se você Gabriel se mostrar inseguro como conseguirá concluir seu objetivo? - O Senhor estava certo, sabíamos que Gabriel queria se tornar um arcanjo e também sabíamos o que isso significava e o quanto seria difícil, ele seria enviado para vários lugares em missão de paz ou de guerra. O Senhor deu uma longa olhada nele – Gabriel sua missão é simples você sabe das revoltas que estão ocorrendo no Submundo e consequentemente na Terra, não? - Ele assentiu com a cabeça – Bom sua missão é simples, quero que você leve um recado para o Submundo, um aviso para o líder sendo mais exato, e também quero que transporte meu filho em segurança para a Terra, assim este pequeno mundo terá um líder que os unirá e não ficará entregue a qualquer um. Araqiel e Briathos tem mais informações vá falar com eles, certo? - Gabriel se levantou meio aturdido e se foi em direção a porta.

—Obrigada.....Senhor – E saiu me deixando “sozinho”. Com muito custo desviei meu olhar da porta para o homem a minha frente ele tinha a expressão séria, mais do que quando falava sobre a missão de Gabriel, juntei minhas mãos que já estavam suando e isto só demonstrava o quanto eu estava nervoso.

—Lúcifer – Começou ele – O pedido que eu tenho para você já é um pouco mais simples. Como eu cedi meu filho para outro mundo estou procurando por alguém que o substitua e na minha ausência tome o meu lugar. Você gostaria de se tornar meu aprendiz, Lúcifer ?

- Eu nunca esperei ouvir tais palavras do Senhor, assim como não tinha esta...Ambição – Levantei o rosto me mostrando confiante, podia nunca ter tido esse desejo mas agora essa chance se abriu para mim e eu não vou jogá-la no lixo por nada. - Mas essa será provavelmente uma chance única. Não vejo nenhum motivo para o Senhor me querer como aprendiz mas eu aceito com muita gratidão.


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Notas finais do capítulo

Qualquer duvida, reclamação ou pergunta eu respondo não importa o que esteja escrito Nós vamos nos esforçar para voltar semana que vem.



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