Agora É Guerra! escrita por LDMRPB


Capítulo 7
Aquele dos péssimos instintos.


Notas iniciais do capítulo

Muito feliz com o retorno que tive do capítulo anterior, vocês me deixam muito feliz mesmo com o reviews, e se soubessem como eu escrevo mais rápido com eles... hehehe #indiretadireta

Meus agradecimentos especiais para Sun BL, Miss nothing, Ponyo, Saol Dorcha, Megurine Shin, Bosh, Chiharu, Fernando Stelet, IagoMontgomery e Nock, por comentarem e dar sua opinião.
E um beijão para Maru por betar esse cap *-*



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''Não permita que nenhum homem o faça descer tão baixo a ponto de sentir ódio. ''
Martin Luther King

Aquele dia teria sido diferente se eu tivesse seguindo a minha rotina normal, mas algo em mim um impulso sobre-humano me disse que eu deveria treinar basquete naquele exato momento, sim treinar basquete as meia noite de um sábado, e onde eu deveria treinar? Na quadra do colégio. Não me pergunte o porquê, eu apenas sentir vontade e decidir seguir meus instintos, afinal os instintos estão aqui para nos guiar para o caminho certo, né? Talvez seus instintos sim, mas os meus, os meus gostam de me vê se fudendo, porque eles me levaram para a maior enrascada da minha vida.

Eu peguei minha mochila e caminhei silenciosamente pela casa para não acordar os meus pais. Montei na minha moto ainda sentindo um pouco de dor, devido aos hematomas do acidente. Talvez esse fosse o motivo da minha vontade repentina de treinar, afinal o basquete era a minha vida, e por causa daquele estupido acidente eu estava a mais de quinze dias sem treinar. Cheguei ao colégio rapidamente devido a pouca movimentação de carros na rua. Entrar no colégio era fácil, sempre foi. Afinal, quem iria imaginar que os jovens fossem invadir logo o colégio, com tantos lugares empolgantes para estar? Caminhei lentamente por aquele breu, uma coisa que meus instintos não avisaram, era que estaria tão escuro, usei a lanterna fraca do meu celular para poder me guiar até chegar ao meu destino final, a quadra, afinal existiam zeladores no colégio, o que fazia com que eu não pudesse simplesmente acender as luzes.
Coloquei umas bolas no chão e fui até uma arquibancada guardar a minha mochila. Estava tanto calor naquela noite, acho que era a noite mais quente do verão. Decidir então tirar a camisa. O grande problema é que o inteligente aqui resolveu retirar a camisa segurando o celular, resultado? Meu celular espatifou no chão.

–Merda! - Praguejei alto. O barulho raramente atraia os zeladores, que ficavam no fundo da escola, geralmente dormindo. A quadra estava completamente escura agora.
Eu não era um dos caras mais medrosos do mundo, mas naquele momento tudo que é filme de terror passou na minha cabeça, era exatamente assim que a loira peituda morria nos filmes, ela tirava a camisa e morria. E então eu ouvir um barulho, um barulho muito próximo de mim, um barulho de passos caminhando lentamente em minha direção.

–Quem está ai? - Perguntei. Ótimo Daniel revele a sua posição exata para o psicopata assassino. -E-eu estou armado! Não se aproxime! - Tentei inutilmente parecer durão, enquanto mentalmente já imaginava o que falaria com Deus assim que o encontrasse.
O barulho sessou. Respirei fundo. Eu só estava imaginando coisas, havia sido apenas o vento. Até que o vento espirrou, mas espera o vento não espirra. Caminhei em direção ao espirro e acabei tropeçando em uma das bolas que havia espalhado pela quadra e caí de cara em algo molhado e grande, e nesse momento as luzes se acenderam. Minha primeira reação foi olhar para a porta e encarar o zelador com uma careta inexplicável depois percebi o objeto abaixo de mim se mover desconfortável.

–Você poderia sair de cima de mim? - A coisa grande e molhada falou chamando-me a atenção. Olhei para baixo e percebi que a coisa grande, molhada e seminua que me encarava era na verdade um loiro carrancudo.
Levantei rapidamente analisando a nossa situação. Eu, sem camisa encima de um cara molhado com apenas uma sunga. Depois analisei novamente o zelador, esse já estava no telefone.

–Diretora? Eu preciso que a senhora venha para cá agora mesmo. - O ouvi falar nervosamente ao telefone. Ótimo, eu estava fudido!

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A Sra. Ferrera, era uma mulher de meia idade de aparecia tipicamente latina, e humor estupendo, mas naquele momento encarar aqueles olhos me lembrava dos documentários de vida animal que assistir com meus pais. Ela mantinha no olhar uma verossimilhança inegável com uma raposa minutos antes de atacar um pobre carneirinho. Sua roupa estava amassada provavelmente por te-la vestido rapidamente e ser chamada ao seu local de trabalho no meio da madrugada, mas continuava impondo disciplina apenas pela maneira de estar sentada em sua cadeira. Eu e o Sean, já vestidos, estávamos sentados lado a lado em frente à mesa dela. Era engraçado vê-lo nervoso, normalmente ele apenas impunha um olhar de machão, que era facilmente acompanhado por sua aparência de gigante.
–Sabe, eu não costumo receber ligações ao meio da madrugada, com meus empregados informando-me que dois dos mais celebres atletas estão mantendo relações inapropriadas na propriedade do colégio. Por serem tão celebres, darei a vocês uma única chance, e apenas uma, de convencer-me a não expulsar vocês e voltar para a minha confortável cama neste exato momento. Comecem! - O tom de voz da diretora foi tão calmo quanto assustador.

–Eu não sei quanto a esse idiota ai, - Sean foi o primeiro a se pronunciar. - Mas eu me sinto extremamente ofendido a acharem que eu estou tendo algum tipo de relação homossexual com esse merdinha, espero que essa ideia ridícula não chegue aos ouvidos do meu pai. - Concluiu.

–Parabéns senhor Stanford, você acaba de perder sua chance de justificativa. Daniel, algo a acrescentar? -

–Bom primeiramente, eca. A senhora acha que com tantos caras gostosos nesse colégio, eu iria marcar de me encontrar com alguém como ele? - Apontei para o garoto loiro ao meu lado. - E em segundo lugar, eu sinto muito, sei o quanto estou errado em invadir o colégio, mas peço que entenda que sou um adolescente estupido, e adoro estudar aqui e adoraria poder continuar estudando. -

–Daniel, você estar certo. Você é muito estupido. - Comentou secamente. - Vocês dois são, e se acham que xingando um ao outro neste momento irá desfazer o fato de que foram encontrados deitados e vestidos indecentemente no chão da quadra do meu colégio estão muito enganados. Não irei expulsa-los agora. Mas, segunda-feira eu quero os dois aqui acompanhados de seus pais, e eu darei meu veredito final. Não sou uma mulher injusta, irei analisar as câmeras do colégio, e escolher a melhor punição. Vão embora daqui agora, os dois. E nem pensem em desviar a rota para se agarrarem em algum beco, porque estarei observando vocês. - Sra. Ferrera apontou para os telões em sua parede. - Vou ter que mandar novamente? Saiam!- Ordenou. Eu e o Sean levantamos na mesma hora e caminhamos juntos em direção à porta, esparrando um no outro ao sair.

–É tudo culpa sua, seu imbecil! - Sean falou assim que estávamos longe dos ouvidos da diretora.

–Culpa minha? O que você fazia de sunga no meio da quadra de basquete? -

–Eu sou da equipe de natação, gosto de praticar de madrugada por que assim não esbarro com imbecis como você. -

–Dá para parar de me xingar? Temos que dar um jeito de não sermos expulsos. Não sei você, mas meus pais não vão ficar nem um pouco felizes ao descobrir que eu fugir de casa, independente do motivo. - Os olhos do Sean se estreitaram.

–Como se já não bastasse amanhã terei que suportar três bichas em uma sala. Ótimo! - Cuspiu as palavras com repulsa. Vamos analisar bem a situação: Eu nunca fui à pessoa mais calma do mundo, mas também nunca arrumei confusão sem motivo.

O problema era que eu era mais parecido com meu pai do que gostaria de admitir, e eu jamais permitiria que alguém pisasse em mim, jamais. E se tinha alguém que gosta de tentar me colocar para baixo era o brutamonte do Sean. O cara era um ogro, um estupido de nascença, mas como um garoto racional que sempre fui sempre deixei ele de lado e ignorei suas brincadeiras estupidas, afinal eu não iria descer ao mesmo nível que aquele idiota, eu apenas o olhava com desprezo e seguia o meu caminho.
Mas algo naquele dia não estava normal, talvez fosse o medo de ser expulso, ou simplesmente por já estar de saco cheio daquele imbecil, mas naquela noite, eu não escutaria nem mais uma piadinha dele. Por que ele pode me chamar do que quiser, mas xingar meus pais era passar de um limite, e olha que o meu limite era bem alto.
Não pensei duas vezes, pulei em cima dele levando-o ao chão o deixando completamente surpreso. Dei um murro em seu rosto, fazendo-o bater com a cabeça no piso.

–Você é um idiota, e quem deveria sentir nojo da sua presença eram meu pais que tem muito mais caráter em um fio de cabelo que você em todo seu corpo, seu imbecil! - Eu falava compulsivamente enquanto socava seu rosto. Ao termino eu já estava respirando pesadamente.

O Sean sorriu, assim como os psicopatas fazem, ele deu um grande sorriso com seus dentes sujos de sangue. Ele inverteu as posições ficando por cima de mim e tentava atingir meu rosto para revidar enquanto eu prontamente desviava.

–O que vocês estão fazendo? - Distrair-me com o grito da mulher e acabei por levar um soco. - Você ta louco? Saia de cima dele agora! - A diretora estava na minha frente arrastando o Sean para longe do meu corpo. - Sinceramente, vocês são tão idiotas assim? - Falou quando já estávamos separados. O Sean mantinha o sue olhar preso ao meu, com um maldito sorriso de superioridade nos lábios e os olhos estreitos. - Eu avisei que estaria observando! Cansei de ser boazinha, os dois podem ir para a minha sala, vou chamar seus pais agora mesmo. - Conclui irritada e deu-nos as costas caminhando em passos pesados para o seu escritório. Sendo acompanhado por mim que andava de cabeça baixa completamente arrependido e pelo Sean que seguia a diretora desfilando, como se não tivesse feito absolutamente nada de errado.


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Notas finais do capítulo

Então meus amorzinhos, espero que tenham gostado do capitulo, tanto quanto eu gostei de escreve-lo.

Muitos dos meus leitores leem essa fic e não leram a fic do David, caso tenham interesse o link estar aqui: http://fanfiction.com.br/historia/331897/O_Garoto_Dos_Oculos_Escuros/

Muito obrigada a todos que comentam, mandam mp, acompanham e favoritam. Vocês são muito importantes para mim.

Como pedido de um querido leitor coloquei a foto do Sean, mas sintam-se livres para imaginar-lo tão perfeito quanto a sua mente pervertida quiser, ok?