Agora É Guerra! escrita por LDMRPB


Capítulo 15
Aquele das prioridades.


Notas iniciais do capítulo

AI MEU DEUS UMA NOVA RECOMENDAÇÃO S2S2 Pistache se liiindo muuuito obrigaaada amei amei amei S2S2 Só não te dedico o cap pq acho que você não vai gostar dele... #fazavilã

Agradecimentos também para Erick sanchez, MaruChan, ladyfeiticeira,
CallHunt, Arqueira Yuuki, Matt e pechan02. Não pude responder, mas adorei os reviews, quem dor terceiroanista vai me entender T_T

Chega de mimimi e vamos ao cap, boa leitura õ/



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A noite já havia se despedido dando início a uma calma madrugada. O céu totalmente escuro, onde já não se via mais estrelas. As ruas calmas, onde não se ouvia um só barulho. Diferente da minha cabeça, que como sempre, estava um caos.
Depois que meus pais me deixaram sozinho, eu parei um pouco para refletir. Acabei por pensar diversas bobeiras e como o sono fugia de mim, me atarefei com outras atividades. Estudei um pouco para os exames, fiz alguns exercícios atrasados, atualizei algumas redes socias. O relógio já batia três da manhã e eu continuava desperto. Pensei no que eu poderia fazer para me distrair a esse horário, e enquanto checava meu celular uma mensagem me chamou atenção. Havia uma ligação perdida da Clary. Senti minha cabeça latejar, devido a consciência pesada. Eu havia ido para a cama com o peguete da minha amiga. Já havíamos dividido homens antes, afinal não havia exclusividade entre ele, mas algo em fazer isso sem que ela soubesse estava me incomodado. Apertei o comando no celular para retornar a ligação. Foi preciso duas tentativas para com uma voz completamente carregada de sono a loira me atendesse.

— Hmm — Foi a saudação que recebi.

— Clary? Sou eu, Daniel. Lhe acordei? —

— O que você acha, sua mula loira? — Respondeu mal humorada.

— Desculpa lhe ligar tarde, mas vi sua ligação apenas agora. —

— Merda, merda! — Praguejou em sussurros — Espera um pouco Daniel. — Pediu antes de afastar o celular do seu rosto. Pude ouvir alguns barulhos que não consegui distinguir, antes dela voltar novamente. — Voltei! Não acredito que acabei caindo no sono. — Reclamou assim retornou a linha. — Sobre a ligação, não se preocupe, não foi nada demais. —

— Fico feliz em saber, mas Clary tem outra coisa que gostaria de falar com você, porém tem que ser pessoalmente. —

— Alguém morreu ou está com alguma doença grave? —

— Não... —

— Então pode ir contando, seja lá o que for. Não vem com esse papo de "tem que ser pessoalmente" que você sabe que eu sou curiosa e detesto isso. Pode ir desembuchando. — Ordenou.

— Okay, Clary, mas lembre que foi você quem pediu, quando você quiser dar na minha cara e não poder. Eu transei com o alguém que você gosta. —

— Com quem? E pode soltar o folego amor, portanto que não seja o Josh Hutcherson, você ta salvo. —

— Com o Sr. Treadway. — Falei meio exitante.

— Noah, sério? Não sabia que ele cortava dos dois lados. Mas sério, você estava certo, estou com vontade de te bater. Como você acha que dormir com o Noah vai me irritar? Pensei ter deixado bem claro que ele era só um caso. —

— Mas você vive falando dele, tem certeza que não tem problema? —

— Claro que eu vivo falando dele, aquele homem é muito gostoso. E claro, claro que não tem problema Dani, eu não gosto dele. Alias, to agora mesmo a caminho de casa. —

— São quase quatro da manhã, onde você estava? — Perguntei curioso.

— Acabei dormindo na casa de um carinha. Vou levar uma bronca daquelas quando chegar em casa. —

— Carinha? Que carinha? —

— Meu professor de teatro, acho que já te falei dele. Olhos verdes, cabelos castanhos, na casa dos trinta...—

— Meu Deus garota, qual é esse teu negócio com professores? — Perguntei risonho.
— O que posso fazer? O proibido me atrai, mas acho melhor desligar, estou dirigindo. —

— Tudo bem, é melhor mesmo. Amanhã a gente conversa, e boa sorte com a sua mãe. —

— Vou precisar mesmo. Ah, e amanhã eu quero detalhes da noite. Quero saber se ele se dedicou tanto a você quanto a mim. Nossa, álgebra não é a unica matéria que ele domina. — Falou mais para si mesma, quase nostálgica.

— Boa noite, pervertida! —

— Boa noite, tarado! — E desligou.

Respirei fundo assim que larguei o celular, o coração já parecia cem quilos mais leve. Saber que ao acordar amanha a loira não me odiará era uma sensação no mínimo aliviante. Me aconcheguei entre os travesseiros e lençóis da cama e fechei os olhos, agora eu iria conseguir dormir, espero.

Foi só fechar os olhos que um barulho irritante começou a perturbar. Parecia com o barulho de objetos caindo no chão, se eu estivesse no apartamento da minha mãe, não estranharia, afinal temos um vizinho no andar de cima, mas na casa dos meus pais o barulho era no mínimo irritante. Ele estava ficando cada vez mais frequente e alto, tão inconveniente que decidir sair do conforto da minha cama pra verificar.

Caminhei sonolento até a direção do barulho, chegando à janela do meu quarto. O barulho cessara. Abrir as cortinas e olhei para baixo. Meu coração falhou uma batida. David estava lá em baixo, com seus cabelos molhados pela chuva que caia sem piedade. Usava uma simples camisa preta e um jeans de lavagem desbotado, sorriu assim que me vira na janela.

— Vou subir. — Falou alto para que eu o ouvisse e em seguida escalou a árvore próxima a janela, fiquei por perto ajudando-o a entrar quando se aproximou.

— Maluco, o que faz aqui? Está tarde e chovendo. — Indaguei, com um misto de curiosidade e preocupação.

— Vim lhe vê, me bateu uma saudade sua. — Aproximou-se. Instintivamente fechei os olhos, apertando-os em meu rosto.

Seu corpo se aproximou do meu, cobrindo-me com seus braços. Algo estava errado. O abraço dele era bom, mas aquele era perfeito. Minha cabeça posicionada pouco a baixo dos seus ombros, fortes como nunca. Aquele abraço parecia meu lar, o lugar onde eu pertencia, meu Éden. Continuei de olhos fechados, apreciando a sensação. Aspirei seu cheiro, cheiro de paraíso. Seu corpo curvou-se um pouco, deixando sua boca próxima ao meu ouvido, quando sussurrou.

— Você pertence aos meus braços, príncipe. — Arregalei os olhos assim que ouvi aquela voz macia e entorpecente. Ele sorria, seu usual sorriso prepotente.

— Sean? — Perguntei assustado.

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— Daniel, você está atrasado! — Marco falava enquanto me sacudia na cama. Acordei meio zonzo, situando-me.

— Já acordei, já acordei! — Reclamei para que ele parasse de me sacudir.

— O Rodrigo fez o café, vamos logo que você tem 20 minutos para estar no colégio. — Esbugalhei os olhos mirando o relógio na cabeceira. Eu estava muito atrasado.

— Vou me molhar e vestir o uniforme, desço em cinco minutos. —

— Aproveita esses cinco minutos e pensa na desculpa esfarrapada que vai me dar quando eu perguntar quem é esse Sean que nunca ouvi falar. — Franziu a testa em sinal de descontentamento. Papai Marco, sempre ciumento.

— S-sean? — Gaguejei. — O que tem ele? —

— Você estava repedindo o nome dele incontáveis vezes até que finalmente te acordei. — Estreitou os olhos analisando-me. — Cinco minutos lá embaixo. Apresse-se! — Mandou antes de sair do quarto, me deixando paralisado por alguns segundos onde estava para em seguida correr em direção ao banheiro. ODIAVA ATRASOS!

Praticamente engoli a comida sem mastigar para poupar tempo, teria 12 minutos para entrar na instituição, o que com muita sorte consegui.

Chequei meu relógio aliviado vendo que conseguiria. Diminui o ritmo das minhas passadas quando já estava dentro do colégio. Eu teria alguns minutos para chegar na sala de aula. Peguei meu celular para checar as redes sociais durante o percurso. Totalmente distraído minha atenção só foi tirada do aparelho quando sentir alguém tocar meu ombro, me impedindo de continuar andando.

— Oi. — Levantei meu olhar indo de encontro com Sean sorrindo fraco.

— Oi? — Indaguei. — Com licença. — Pedi retirando sua mão do meu ombro e continuando a andar.

— Eu preciso falar com você! — Ainda o ouvir falar, mas me fingindo de surdo continuei a andar. Fiquei curioso? Fiquei. Mas é instintivo fugir quando se estar nervoso. Não tenho culpa de ser assim, não conseguia olhar pra cara dele ainda.

Tudo bem que eu não esperava casar, ter filhos e um cachorro chamado Karl Marx, mas eu fiquei magoado por ter sido destratado e ainda estava confuso sobre o que sentia quanto ao loiro. O jeito com que ele me olha é como jamais sonhei que seria olhado por ninguém, mas apenas isso não é o suficiente. Respirei fundo entrando na sala e sentando no meu lugar, reparando que apenas a Clary estava na sala, nem sinal do David, novamente.

Depois de mais um dia longo e rotineiro, finalmente pude escutar o último sino, liberando-nos da escravidão escolar. Despedir-me da Clary e comecei meu percurso para a biblioteca, se eu andasse um pouco mais lento do que estava naquele momento, pararia no lugar. Eu não queria vê-lo, falar com ele e não queria ouvir o que ele tinha pra me falar, eu só queria ir para casa e dormir, mas só para manter o costume, eu não teria o que quero.

Eu já esperava que ele fosse conversar comigo, o que eu não esperava era que ele estaria sentado próximo a uma estante encarando a porta a minha espera.

— Finalmente! — Comentou assim que me viu.

— Mas olha, parece que alguém virou pontual, comprou um relógio? — Usei humor ácido para inibir o desconforto que sentia.

— Daniel eu quero falar com você. — Disse sério.

— Mas eu não quero falar com você. — Retruquei.

— Que droga Daniel! Você não quer clareza? Me entender melhor? Não acha tudo isso estranho? Pelo amor de Deus, me da a droga de uma chance de me explicar. Se não for por afeição, que seja por curiosidade. Só deixa eu dizer o que eu tenho que dizer e eu juro que nunca mais te perturbo novamente. — Foi impossível não me sensibilizar, aquela garoto sentado quase encolhido próximo as estante, abraçando os joelhos. Séria cômico vê-lo assim, se não fosse deprimente. Ele me olhava esperando uma reação, seus olhos azuis perdidos em minha direção. Bufei irritado antes de caminhar em sua direção e sentar ao seu lado. Esperei alguns minutos, que pareceram eternos, mas o Sean nada disse.

— Sabe, você já pode esclarecer as coisas. —

— Desculpa é só que eu repassei esse momento mil vezes na minha cabeça e agora eu simplesmente não sei por onde começar... —

— Comece do inicio. — Pedi. O Sean respirou bem fundo antes de começar a falar.

— É que eu sempre fui o tipo de cara que não dá a mínima, mas contigo é diferente. Tua presença fica até quando você não fica. Você está constantemente em minha cabeça, droga, eu venho sorrindo para o castigo. É difícil está tão perto de você porque, por mais que você jamais admita, somos muito parecidos. Somos ambos teimosos e orgulhosos e isso só complica mais as coisas. Ao me deitar eu penso em ti, nem sei se é sonho, mas lembro do teu sorriso, do teu toque e dos teus lábios. O que eu to querendo dizer é que a gente passa a vida procurando a felicidade e eu sei que encontrei a minha toda vez que te vejo sorrir. Daniel eu estou apaixonado por você. —

— Há quanto tempo? — Foi tudo que consegui perguntar dentre o turbilhão de questões que rondavam minha cabeça.

— Desde sempre, desde que nos conhecemos. —

— Mas não faz sentido, você sempre foi tão... — hesitei. — Assustador.

— Eu sou assustador porque na maioria do tempo eu estou apavorado. Apavorado com a ideia de te amar a metade do que sei que amo. —

— Como você sabe que me ama? —

— Porque... Porque é uma agonia. — Sean encarou seus pés. Com um rosto totalmente vermelho. Ele havia aberto seu coração pra mim e eu não fazia ideia do que dizer. Estava mais confuso do que nunca, eu aceitara a ideia dele sentir atração por mim, mas amor... Amor é algo tão profundo, tão confuso... — Eu sei que é muito pra assimilar, só peço que pense um pouco no assunto. — Quebrou o que deve ter sido um longo momento de silencio. Ele que continuava me olhando nos olhos desde que falou, segurou uma das minhas mãos com a sua, acariciando-me. Meu corpo tremeu com o contato, já o havia tocado, mas naquele momento tudo era diferente, tudo era intenso. O momento foi quebrado pelo meu celular que vibrava no bolso, voltei a mim e soltei suas mãos para recusar a ligação, mas ao vê quem ligava resolvi atender.

— David? — Falei ao atender.

— Dani vem me vê... — Sua voz estava chorosa como nunca havia ouvido antes.

— Meu Deus, David o que aconteceu? — Todos os cenários possíveis se passaram na minha cabeça naquele momento.

— Só vêm, eu preciso de você. — Dito isso ele desligou. Automaticamente levantei de onde estava, lembrando da existência do Sean sentado na mesma posição, porém com uma expressão totalmente diferente, ele estava perplexo.

— Desculpa, mas tenho que ir. — Justifiquei ao vê sua expressão questionadora.

— Não vai. — Pediu.

— Sean, não me faça escolher, porque vai ser ele. Sempre foi e sempre vai ser. — Respondi a pressas me retirando da biblioteca em passos rápidos sem olhar pra trás.


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Notas finais do capítulo

Eu demorei... mas voltei o/
Esse cap não foi fácil para quem é #teamSean
Mas me contem oq acharam...
Dani fez besteira de novo?
E a declaração do Sean, valeu ou ele ainda não merece o Dani?
O prox cap ja ta em andamento... E temos um personagem que voltará a tona nos proximos capítulos, quem acertar ganha uma previa do proximo cap por mensagem...

BEEEEEEEEEEEEEEIJOS e FELIZ DIA DOS NAMORADOS (comprei uma nova apostila do enem de presente para mim, dlç)